domingo, 22 de dezembro de 2013

Dexter

Acabei de ver o último episódio da minha série preferida de sempre: "Dexter". Esta série acompanhou-me durante 8 anos, vou ter muitas saudades :(! O personagem principal chamado Dexter é um serial killer que matava apenas psicopatas (ele próprio era um). Revejo-me em muitas coisas da personalidade dele, não como assassino claro, mas no mundo à parte que ele vivia e dos constantes monólogos com o seu falecido pai, da vida de fachada que tinha, ninguém conhecia como ele era de verdade e os seus sentimentos, tal como eu.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Paranoias

Algum tempo que não escrevo no blog, só no meu caderno diário, tenho tentado melhorar, aprender a gostar de viver, mas não é fácil, quando penso que estou a dar um passo em frente, algo me derruba e volto ao inicio. Os dias em que tenho o humor em cima continuam escassos.
Ontem fui ao centro comercial com a minha mãe comprar as prendas de Natal para os meus afilhados. Dezenas de lojas, a variedade de escolha é muita, mas por mais que olhasse em redor, não consegui encontrar o presente ideal e isso deixou-me angustiado, saturado e irritado, chegando mesmo a gritar com a minha mãe. Fui almoçar sozinho e entrei no meu mundo da "imaginação". Estar em outro lado, ser alguém que não sou, uma personagem de uma série. No final gastei praticamente 300€! Nunca na vida ia gastar isso comigo, preciso de um disco externo e ando a adiar, preciso também de ir ao oftalmologista, tenho que trocar a lente do meu olho direito. São "Projectos para 2014" (sempre a adiar). Com o dinheiro que gastei no DVD da Xana Toc Toc tinha comprado algo útil como o óleo para o carro. Ando entretido a fazer um DVD com os melhores momentos de 2013 para oferecer aos familiares mais chegados, vídeos que até faz parecer que o ano que vivi foi feliz.
As coisas no emprego estão péssimas, a crise está muito apertada, não sei se aguentarei muito mais tempo. Não estou a conseguir lidar com as tarefas e sinto que jamais conseguirei deixá-las feitas. Vou para lá, visito todos os cantos, gravo vídeos do sistema de vigilância para futuramente ficar para recordação, é como se fosse a última vez que lá vou. Tenho trabalhado todos os sábados e é quando gosto mais, porque estou na maioria do tempo sozinho. A minha família não faz ideia como estão as coisas, não tenho ninguém com quem falar. Se correr mal, a coisa boa era ver-me livre dela. Agora não tenho dúvidas, quero que ela saia de uma vez da minha vida. Houve a possibilidade dela ser despedida e fiquei aliviado.
No outro dia perdi o controlo do carro e fui parar ao outro lado da berma. Ainda estou para saber como aconteceu, foi em plena recta e ia devagar. Tive sorte em não apanhar um carro que viesse de frente e não haver nenhuma árvore ou declive. Será que encaro isto como um aviso?
Acabou-me uma conta que tinha a prazo e um fundo de investimento. Agora não faço a mínima ideia onde investir o dinheiro...isso é outro assunto que me está a deixar angustiado, quando mais tempo deixo passar, mais perco. Estas minhas indecisões deixam-me maluco! Não tenho confiança em nada do que faça.
Ultimamente ando com paranoias cada vez mais esquisitas. Por exemplo: O meu carro tem noventa e tal mil km's e agora deu-me para atingir a marca dos 100 mil. Enquanto não os fizer parece que não descanso. Se estiver a acabar uma caixa de cereais, tenho que os comer o mais rápido possível. É com perfume, pasta de dentes,etc :S Se meter na cabeça que tenho que comprar uma coisa, tenho que a fazer rapidamente, pois tenho medo que acabe o stock nos supermercados apesar de saber que existe sempre todo o ano, é com cada cena mais ridícula. Sinto tanta vergonha de ser assim.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O meu pior inimigo sou eu?


"Nunca vi ninguém com tanta pena de si próprio" Estas foram as palavras da minha ex. O que estou a fazer a mim mesmo? Porque não consigo ser feliz? Porque não consigo obter a liberdade para viver a minha vida?

Um familiar meu recentemente matou-se, também devido a problemas com depressões. Chocou-me bastante a morte dele, não que tivesse nenhuma relação forte com ele, mas da maneira como foi. Será que um dia me pode acontecer o mesmo? Estar tão desesperado que cometa essa loucura? Pensando bem talvez apenas umas 10 pessoas me afectariam se morressem, não sei se ando a ficar com os sentimentos muito frios. Ser tímido não promove laços fortes com outras pessoas.
Ando preocupado com a minha mãe, anda sempre em baixo, por vezes às 20:00 já está na cama. Tenho também medo que cometa uma loucura. Anda sempre à procura de musicas do passado em sites de leilões na net, talvez por ter saudade dos tempos que viveu... ao menos é um dos hobbie que tem. A culpa será minha por eu não lhe dar nenhuma alegria? Serei eu o responsável pela tristeza dela? A esta altura já lhe devia apresentar uma namorada, lhe dar um neto.

Tomei os meus primeiros ansiolíticos, sinceramente não notei diferença nenhuma, continuo com o humor em baixo, talvez um bocado mais cansado... pode ser que consiga dormir melhor.

Tive que tomar uma decisão, o meu pai quis que eu fosse ajudá-lo nas vindimas no sábado, no entanto tenho muito trabalho para despachar na empresa e já tinha prometido que ia trabalhar. Sinto-me tão mal, penso que o desiludi. Há uns anos era capaz de ir trabalhar só para fugir ao trabalho com ele... mas agora mudei de opinião, afinal em principio as terras um dia vão ser minhas, tenho que sentir que faz parte de mim. Errei, tivesse planeado melhor, nada disto tinha acontecido...podia ter avisado com antecedências... mas os meus bloqueios tramaram-me.
Parece-me que vai haver mudanças na empresa, algum pessoal vai embora, espero que não me afecte.
Ultimamente tenho tido pouco tempo livre com o trabalho, curso, etc, mas por mais que tenha a cabeça ocupada não me consigo concentrar e vivo com esta angustia continuamente. Procurei uma prenda para a minha prima que faz anos. Um "passatempo" diferente, que deveria esquecer por uns momentos a tristeza, mas até aqui a tortura de não conseguir encontrar a prenda ideal apoderou-se de mim. Desisti e tive que pedir ajuda à minha mãe :(. Às vezes consigo ser tão pouco independente.
Recordo tempos recentes com saudade, mas que esses momentos foram passados de tristeza. Eu não existo mesmo! Até parece que foi outra pessoa que viveu a minha vida. Sou muito observador, muitas vezes vou para a biblioteca só para ver o prazer que os outros (principalmente pessoas do sexo feminino)  têm em estudar. A maioria em grupo e eu sempre sozinho no meu canto. Quando encontro alguém sozinho, penso se será como eu, um solitário compulsivo. Gostava de tentar meter conversa, mas a timidez não o permite. Por aquilo que já passei já devia ter "acordado".
Brevemente vai haver mais uma festa aqui na terra, mais uma vez tentarei passar sozinho, em casa...gostava de ir... mas esta fobia...
Desde novo que sempre tive um mania. Meter musica em altos berros e dançar de um lado para o outro em correrias desenfreadas. Era tão libertador, não o consegui deixar de fazer apesar das queixas de alguns familiares. Depois de um dia reprimido, tinha que ser, libertar a minha fúria e imaginar que fazia mal aqueles que me atormentavam. Agora que penso melhor no assunto, isto pode ser um indicio dos meus graves problemas psicológicos.


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Noites longas ou curtas?

Ultimamente tenho me deitado por volta das 22/23 horas, ligo a televisão e procuro um canal onde esteja a dar um programa desportivo. Viro a cara para o lado e espero que me venha o sono. Por vezes passado 5 minutos já nem oiço o que estão a falar e às vezes começo a ficar irritado. Já tentei música, mas também me irrita. Não consigo dormir muito tempo seguido, basta ouvir um barulho de uma porta para acordar. Tenho o despertador programado para as 8:27, mas normalmente a partir das 6 e tal já não consigo dormir e olho para o relógio quase de minuto a minuto à espera que o tempo passe ou que não passe, a angustia apodera-se de mim...desejo que o dia não comece. Conclusão: Acordo cansado, parece que fiz uma directa, nem tenho noção quanto tempo dormo exatamente. Os sonhos que tenho são um pesadelo. Muitas vezes sonho com ela a provocar-me com outros homens.
Almoço em casa, para poder tirar meia hora para me deitar. À tarde chego por voltas das 19:00 e passo o tempo sem fazer nada de interessante. Janto sozinho e volto a não fazer nada de interessante até me deitar.
No trabalho as coisas vão de mal a pior, não estou a conseguir coordenar o trabalho com os meus colegas, tudo se deve à minha timidez e não conseguir expor as minhas ideias, devia ser mais duro em muitas situações, mas prefiro ficar na minha e deixar andar. Até o relacionamento com o colega que me dou melhor se está a deteriorar. Tenho tanta coisa para fazer e não consigo pegar em nada!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Fui ao Médico de Familia

Falei-lhe ao de leve do meu estado de tristeza sem motivo, da minha ansiedade, do meu medo, da angústia, não entrei em grandes pormenores. Ele receitou-me umas ampolas e uns comprimidos(ansioliticos). Ainda não fui à farmácia buscá-los. Tenho medo de tomar e ficar viciado, ou que provoque outros efeitos secundários indesejados. Mas não posso continuar assim, tenho que tentar alguma coisa para ver se altero o meu estado, antes que seja tarde demais. Ando completamento desconcentrado, às vezes as pessoas falam para mim e eu não consigo reter informação. Agora tenho medo que ele comente com alguém da minha familia. Diz ele que preciso de uma namorada...
Em breve vou ser operado às minhas partes intimas. Vou fazer a operação pelo hospital público, provavelmente ainda vai demorar meses, apesar do médico ter solicitado como urgente. Pelo privado pediram-me cerca de dois mil euros. Devia ter feito isto há muito mais tempo, mas porque raio eu deixei andar? Porque não tratei logo do problema quando era mais novo?

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Estou Arrependimento?

Às vezes pergunto-me como estaria hoje se não me tivesse envolvido com ela. Provavelmente estava mais feliz, continuaria no meu mundo sem me aperceber que estava a passar ao lado da vida. As coisas no trabalho correriam melhor. Provavelmente não saberia o que era a depressão. A ignorância e ingenuidade são uma benção!
Olho à volta e vejo gajos mais feios, burros que se safaram, constituiram uma familia e que vivem bem. Conheço um caso de uma pessoa que não é muito inteligente, nem bonito no entanto arranjou uma parceira e casou. Daqueles gajos que é gozado por toda a gente, mas não se importa com a sua personalidade e vive a vida sem se preocupar com aquilo que os outros pensam.

Sim... se pudesse voltar atrás alterava o meu destino, nunca me tinha declarado a ela.
Na altura o meu pensamento foi: mais vale receber um não como resposta do que ter a frustação de não tentar. Se calhar o não era a resposta que esperava...
Só agora vejo a minha ingenuidade e recordo situações do passado que por ser tão ingenuo não sofri.
Estou tão preocupado com o meu futuro por causa da minha personalidade. Tenho pesquisado muitas coisas: "como mudar de personalidade", em foruns, ler relatos parecidos com os meus(muito deles muito mais graves) . Sinto uma necessidade imensa de falar com alguém, que me oiça, compreenda, não me julgue... era ela. Pensei que escrever num caderno, tipo diário me ajudasse, mas não. Decidi criar este blog para me sentir melhor e partilhar algumas coisas com desconhecidos...mas não está a resultar.
Em breve vou fazer 30 anos, esse dia vai ser um tormento, muitos pensamentos me passarão pela cabeça. O dia que fiz 29 anos foi péssimo, pior aniversário de sempre. Fui para o trabalho com uma roupa melhor, esperava que ela me desse os parabéns. Mas nem ela, nem ninguém se lembrou. O meu pai também não me deu os parabéns, talvez como vingança porque não lhe telefonei no dia do pai. Nesse dia não resisti e mandei um sms a ela, liguei-lhe, ela cagou em mim, mais uma vez humilhei-me. Ao fim do trabalho fui dar uma volta de mota, corteio o cabelo, fui à Galp meter gasolina e o funcionário deu-me os parabéns(a data de aniversário está registada no cartão da Galp). Nesse dia só a minha mã, avó, tios e 2 primos é que se lembraram da data.
O meu pai casou-se uma segunda vez sem me dizer nada, só soube uns meses mais tarde. Qual a minha reacção? Nenhuma, devia ter ficado chateado, mas nem liguei. No entanto quando a minha madrasta morreu também não fui ao funeral. Não sei se foi vingança ou por timidez.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Afastei-me uns dias...

De volta... e o pesadelo "criado" por mim continua. Pensei que ganhasse forças nos dias que tive ausente, infelizmente parece que regressei mais fraco. Os meus superiores já toparam que existe alguma coisa entre nós os dois... não sei como descobriram, será que ela contou alguma coisa? Se contou deve ter sido uma versão muito tendênciosa. Uma resposta que não vou procurar saber. Eles deixaram claro que não se querem meter. Reagiram bem e até me deram conselhos, um dos quais para não ficar paranoico. Quanto mais queremos uma coisa pior é, às vezes quando deixamos de andar atrás ela volta. É claro que não querem que a nossa má relação interfira no trabalho... isso vai ser dificil, porque não me apetece falar com ela. Queria mesmo agarrar-me no trabalho e esquecer tudo o resto... mas não consigo. Neste momento não sei onde ela anda, não sei se está cá ou se saiu, isso deixa-me ansioso. A sua presença deixa-me bloqueado. Como foram passadas as minhas férias?  Nos dias em que fiquei em casa...de manhã na cama até quase à hora de almoço  (tirando os dias que os meus primos foram a minha casa). De tarde no quintal apanhar banhos de sol e a fazer sopa de letras e cruzadez ou a jogar copas e espadas no smartphone. Ver cicilismo, tenis, futebol, programas desportivos... houve um dia que vi 3 jogos de futebol seguidos... 6 horas.
Quanto às saídas, uma tarde fui até às piscinas municipais, uma experiência única na minha vida. Quando a água me chegou ao pescoço fiquei aflito, tentei flutuar mas sem sucesso, afogamento certo sem pé. Fui a uma feira e matei saudades de andar nos carrinhos de choque. 2€ uma viagem? Achei muito caro! Levei a minha mãe a fazer exames e fui ao centro comercial visitar  lojas. Não consigo estar mais de 5 minutos a ver roupa.
É dificil no meu isolamento não pensar que sou outra pessoa, criar histórias, inventar personagens que me ajudam a passar o tempo. Enquanto não parar com isso não cresço, mas é não é facil evitar, principalmente quando estou muito tempo sozinho.
Continuo a não conseguir disfrutar a vida, o presente, receio o futuro. Mas porquê?  O que me impede de ser feliz?

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Dificil Viver Assim

Ontem familiares meus pressionaram-me e fizeram-me perguntas incómodas no qual tive dificuldades em responder. Perguntaram-me pela minha ex... só me apetecia dizer mal dela, mas não tive coragem de revelar que não me dou com ela e que é um pesadelo ir trabalhar. Perguntaram-me se ficava para tio (apesar de não ter irmãos). Simplesmente fiquei calado, à espera que alguém mudasse de assunto. Às vezes penso em pedir-lhes uma cunha para ir trabalhar para o estrangeiro. Ontem estava enervado, por pouco que não me ia passando e dizendo que quem me dera que fossem embora, só porque me criticaram por ter fechado a porta um bocado mais de força. Tenho medo de alguns sentimentos que não consigo controlar: ódio, raiva e vingança. Nunca me vinguei de ninguém, às vezes penso mas nunca cheguei a fazer nada e nem acho que faça, mas através do pensamento alivio-me.

Hoje ela foi simpática, até fiquei com cara de parvo, mas não consegui desenvolver uma conversa com ela. Como é que eu posso criticá-la se a culpa é toda minha?   Não aprendo, não consigo raciocinar a 100%, bloqueio, baralho tudo. É dificil viver assim!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Mais uma Semana de Pesadelo

Tudo de férias e eu a trabalhar sozinho com ela. É demais para mim, estar ao lado dela e não conseguir falar. Tudo que faz me irrita, por incrivel que pareça a relação deteriora-se de dia para dia, as atitudes para comigo estão cada vez piores. Sou fraco, não suporto mais continuar assim. O que fazer? Será que a melhor solução é sair da empresa? E depois como arranjar trabalho ainda por cima limitado com a minha timidez? Estou num beco sem saída :(

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Distimia

Mais uma expressão que desconhecia e que se enquadra muito no que sinto:

Transtorno distímico3 ou depressão crônica,4 mais conhecida como distimia, é um tipo de depressão5 que se caracteriza principalmente pela falta de prazer ou divertimento na vida e pelo constante sentimento de negatividade.6 Os sintomas da distimia se estendem por pelo menos dois anos. Ela se difere dos outros tipos de depressão pelos sintomas serem mais leves e contínuos.7
Apesar de geralmente não privar o indivíduo de suas tarefas e obrigações, impede que ele desfrute a vida totalmente.8 A distimia também estende-se por um período muito maior que os episódios de distúrbios depressivos severos. Frequentemente, se percebe que pessoas distímicas são desanimadas e/ou muito regradas.9

Origem do termo

O termo distimia originalmente se referia a uma condição psiquiátrica clínica. O radical grego dys- do termo significa "defeituoso, anormal ou irregular"; ao passo que o sufixo thymia refere-se ao timo, um órgão linfático que está localizado na porção antero-superior da cavidade torácica, e que se acreditava estar associada ao controle do humor.
Essa interpretação inicial referia-se a uma visão distorcida da realidade pelo paciente. Ele, por exemplo, se sentia como alguém que sabe o que os outros pensam ou compreendia uma dinâmica social subjacente que não é a real. Esse padrão de pensamento pelos pacientes os levou a serem vistos como profetas ou curandeiros altamente intuitivos. Desse modo, as pessoas imaginavam que eles sentiam hostilidades, ressentimentos ocultos que não existiam.
Essas pessoas frequentemente enfrentavam desavenças sociais por causa de seus contínuos julgamentos distorcidos, resultado de seus sentimentos anormais.
Essa definição de distimia costuma ser usada para diversas desordens, as quais podem muito provavelmente ser consequências de comportamento anti-social.

Sintomas

O paciente com distimia:
  • apresenta baixa ou nenhuma auto-estima
  • sente-se desmotivado
  • possui constante sensação de falta de esperança e um sentimento de negatividade
  • desinteresse ou perda do prazer pela maioria das suas atividades, ou perde totalmente o interesse em todas elas10
  • tem insônia ou dorme excessivamente
  • apresenta perda de apetite ou alimentação exagerada
  • esquecimento de tarefas simples e recentes, assim como dificuldade de concentração
  • tende ao isolamento, tem poucos amigos e vida social limitada11
  • apresenta sentimento de rejeição pelos outros
  • sente uma falta de capacidade12
  • tem constante irritabilidade e/ou descontentamento.
O paciente também pode apresentar pensamentos suicidas13 e tendência para consumir drogas, álcool, e tabaco, aumentando a frequência e a quantidade consumida dessas substâncias se já as utilizar.[carece de fontes]
Vale ressaltar que, apesar de o paciente sentir todos ou alguns desses sintomas, a distimia geralmente não impede que ele continue vivendo sua vida normalmente (ou seja, ir ao emprego, à faculdade, etc.). Porém, percebe-se que pessoas distímicas reclamam demais14 , têm um pensamento negativista, a tendência ao pessimismo, uma sensação de que nada pode ajudar e relutância em fazer alguma coisa para mudar certas realidades indesejadas.
A distimia manifesta-se pela primeira vez, na maioria, das vezes em jovens solteiros abaixo dos 25 anos. Sua incidência é maior nas mulheres.15
A distimia pode ser confundida com o transtorno de personalidade dependente e com outros transtornos de humor pela semelhança dos sintomas. Segundo Spanemberg, cerca de 50% dos pacientes não serão reconhecidos e cerca de 77% vão apresentar comorbidades.

Causas

Existem várias causas, dependendo de cada caso. Está claro que as pessoas que enfrentam muitas situações de estresse excessivo, apresentam risco aumentado de desenvolverem depressão crônica. Psicólogos comportamentais chamam essa causa de desamparo aprendido. Por essa relação com estresse excessivo distimia (e outros transtornos de humor depressivo) são comuns em profissionais de saúde, professores, Administrador de sistemas, economistas, policiais, bombeiros e qualquer outra profissão que lide com estresse excessivo constante (também chamado de distresse).
Esses eventos são representados por: perda de um ente querido, estresse crônico associado à pobreza ou ao desemprego, doença crônica ou dor crônica. Algumas pessoas também podem apresentar fatores genéticos que predisponham à depressão crônica, e esses pacientes tem maior probabilidade de desenvolver distimia mesmo com uma estimulação menor.
Existem, ainda, alguns hábitos que podem aumentar a chance de uma pessoa tornar-se depressiva, como ter um estilo de pensamento negativista, tendência ao pessimismo, sensação de que nada pode ajudar, relutância em fazer alguma coisa para mudar certas realidades indesejadas. A pessoa distimica, além da tendência em tornar-se depressiva, ainda incorpora alguns sentimentos como não se sentir feliz e a felicidade alheia a incomodar, mostra-se geralmente pessimista e exageradamente individualista, instabilidade de humor (principalmente no tocante a uma irritabilidade inesperada), bem como sentir-se invadida em seu espaço (local onde mora, onde trabalha, onde passa maior parte do seu tempo).

Tratamento

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Advertência: A Wikipédia não é consultório médico nem farmácia.
Se necessita de ajuda, consulte um profissional de saúde.
As informações aqui contidas não têm caráter de aconselhamento.

Algumas pessoas com distimia respondem ao tratamento com medicamentos antidepressivos[1]. Para depressões brandas ou moderadas, a Associação de Psiquiatria Estadunidense, no ano 2000, em suas diretrizes para tratamento de pacientes com desordens depressivas severas, aconselha que a psicoterapia sozinha ou acompanhada de antidepressivos pode ser apropriada.
Normalmente é tratado com Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) como a Fluoxetina(nomes comerciais: Prozac, Daforin) em conjunto com psicoterapia ou só com a psicoterapia.
Durante a psicoterapia, uma possível terapia da abordagem Psicologia cognitiva envolveria mediar formas mais saudáveis de enfrentamento, mediar novas formas de mobilizar recursos (ambientais, sociais, informativos...), ensinar técnicas de relaxamento, levar o cliente a refletir sobre as vantagens de encarar seus problemas com pensamentos mais otimistas e promover maior qualidade de vida mediando comportamentos como se exercitar, manter uma rotina e fontes de alívio de estresse mais saudáveis.
Já uma terapia da Psicologia comportamental poderia se focalizar mais numa re-educação de padrões de comportamento que desencadeiam reações de estresse, um treino de assertividade e em uma dessensibilização sistemática dos eventos mais estressores.
É importante ressaltar que a psicoterapia mais adequada varia muito de acordo com o paciente e da experiência do profissional.
Após o final do período de distimia, o paciente começa a relatar a (re)tomada de gosto por atividades que antes considerava chatas ou entediantes. Nessa nova fase é comum lamentar o tempo perdido e todos os transtornos que a doença causou em sua vida social e/ou profissional. Uma sensação de vazio interior é descrita por muitos pacientes, o que leva o tratamento a abordar agora essa nova condição do indivíduo. Porém, deve-se ressaltar também, que a Distimia, por ser crônica, não possui uma cura definida. Em quase todos os casos, o paciente distímico volta a ter recaidas depressivas e seus sintomas distímicos também reaparecem.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Indecisões

Devo almoçar em casa ou fora? Devo levar o meu carro ou o da empresa? Devo ligar àquilo que ela pensa? Devo confrontá-la ou manter-me silêncio? Detesto estar indeciso! Mesmo que sejam pequenos pormenores. Gosto de ter a minha vida organizada, saber com antecedência o que fazer, não gosto de mudar de planos bruscamente. Até pode ser uma virtude, mas tudo o que é demais é mau. Não me consigo decidir.

Sou incapaz de fazer alguma coisa em casa. Fazer pequenos retoques que fazerm toda a diferença na manutenção da casa do género de evitar que as paredes fiquem pretas por causa da humidade, ou meter spray nas portas para elas não chiarem. Tenho ouvido muitas criticas de um familiar meu... o problema é que fico cada vez mais nervoso. Devia tentar aprender, mas não tenho coragem.
Exemplos: Ontem com todo o pessoal a ver fui buscar uma mesa, mas não a consegui meter em pé quando bastava meter as pernas no gancho(quando estou sozinho não tenho problemas mas bloqueio com gente a olhar). O medo de falhar é tanto que até a ligar uma extensão tive dificuldades ou a tirar a comida do tacho para o prato. Coisas simples que se transformam num bicho de 7 cabeças quando me observam. Sou mesmo um inutil.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Dia "normal"

Tenho que fazer algo, não consigo sair desta apatia. Não consigo me concentrar em nada. Quero trabalhar mas não consigo, o tempo cada vez passa mais devagar, estou sempre a olhar para o relógio e os minutos não passam. Apenas quero ir para outro sitio, longe dela, não aguento este silêncio que existe entre nós,  não consigo falar com ela, tenho medo. Ela podia-me ajudar, mas as minhas atitudes e os meus ciumes ditaram o contrário. Quero ser forte, libertar-me deste peso, mas não dá. Às vezes saio, ando pelo escritorio, para ver se o tempo anda mais depressa e vejo que só passaram uns minutos, não me consigo distrair. Tenho cigarros escondidos, hoje era o último e estava partido... ando desesperado. Não sei se tire férias. Hoje à uma festa, gostava de ir...

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Revolução da alma

Adorei este texto escrito por Aristóteles:

“Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue a sua alegria, a sua paz e a sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém. Somos livres não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.

A razão da sua vida é você mesmo. A sua paz interior é a sua meta de vida. Quando sentir um vazio na alma, quando acreditar que ainda falta algo, mesmo tendo tudo, remeta o seu pensamento para os seus desejos mais íntimos e procure a divindade que existe em si. Pare de colocar a sua felicidade cada vez mais longe…

Não coloque o objectivo longe demais das suas mãos, abrace os que estão ao seu alcance hoje. Se anda desesperado por problemas financeiros, amorosos ou de relacionamentos familiares, procure no seu interior a resposta para o acalmar. Você é reflexo do que pensa diariamente. Pare de pensar mal de si mesmo(a), e seja o seu melhor amigo(a) sempre.

Sorrir significa aproveitar, aceitar, felicitar. Então abra um sorriso para provar que o mundo lhe quer oferecer o melhor. Com um sorriso no rosto as pessoas terão de si a melhor das impressões, e você estará afirmando para si mesmo que está “pronto para ser feliz”.

Trabalhe, trabalhe muito a seu favor. Pare de esperar a felicidade sem esforços. Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você próprio conquistou.

Critique menos, trabalhe mais. E, nunca se esqueça de agradecer.

Agradeça tudo o que tem neste momento, inclusive a dor. A nossa compreensão do universo, ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida.


A grandeza não consiste em receber honras mas em merecê-las”

Preciso estudar mais filosofia...

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Coisas que não fiz por causa da Timidez

Algumas das coisas que não vivi por causa da timidez e que gostava de fazer:

- Jogar futebol. Adoro futebol e até tenho jeito para a coisa. No entanto nunca ninguém me chamou para jogar futebol por exemplo nos torneios entre empresas. Por causa do meu feitio devem pensar que eu não sou bom futebolista. Mas se me convidassem provavelmente também não ia.
- Festas/Convivios - Sair à noite, engatar gajas, conversar sem bloquear, dançar, ouvir musica, ver concertos, (nunca fui a um festival de verão)...
- Bebida. Apreciar um bom vinho, discutir os vários tipos...
- Piscina. Adoro água, mas não sei nadar. Gostava no Verão ir para a uma piscina aprender. Na minha infância uma colega tinha uma piscina e todos iam para lá, menos eu.
- Ginásio. Gostava de trabalhar o meu físico, usar as máquinas como bicicleta ou passadeira, fazer banho turco, etc.
- Férias/Viagens - Nunca passei de Lisboa para baixo e do Porto para cima. Gostava de ir ao Algarve ou costa alentejana (dizem que a água é muito mais quente e tem menos gente ao contrário das praias do centro, da última vez que lá fui mal consegui entrar na água, estava gelada, apesar do calor que se fazia sentir). Gostava fazer férias de 2 semanas, contudo nunca dormi uma noite fora de casa.
-Histórias - Toda a gente conta histórias de coisas que se passou, não tenho nenhuma para contar... podia inventar mas destesto mentir.
- Aprender a Cozinhar

O que me deixa mais triste é que ainda estou a tempo de fazer algumas coisas mas não consigo.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Família, Trabalho, Saúde

A minha casa nos últimos dias ganhou uma nova vida. Vieram uns familiares meus que estão no estrangeiro passar 1 mês de férias. Por um lado gosto desta agitação, apesar de continuar com o "cão preto" atrás de mim, faz-me esquecer um bocado e consigo-me rir e distrair com eles. Faz-me ver o que é uma real família, coisa que nunca tive. Eles ao contrário da minha mãe ou meu pai são alto astral e vêm a vida de uma forma positiva. Por outro lado tenho menos tempo para estar no meu mundo...
Compraram um portátil e pediram-me que lhes ensinasse a utilizá-lo. Não é fácil ensinar uma pessoa de 60 anos que nunca mexeu num pc. Não tenho jeito nenhum para dar explicações, irrito-me facilmente e não tenho grande paciência. Sei que vou sentir falta quando eles se forem embora, vai ficar um vazio brutal.

No emprego as coisas vão de mal a pior. Continuo a não conseguir concentração no trabalho, os papeis estão a acumular-se...já recebi um aviso do meu patrão. Tenho que mudar urgente a minha atitude! Ser mais exigente comigo mesmo. Sinto que as relações com os meus colegas estão a piorar e com a minha ex ainda mais. Ela está a tentar prejudicar-me, respondo-lhe na mesma moeda, mas eu é que acabo por ficar mal. Já foi fazer queixinhas ao chefe, mas acho que ele não deu importância ao caso. Não tenho grande disposição para conversas. Ainda ontem um colega que vejo poucas vezes tentou conversar comigo e eu simplesmente não liguei. Torno difícil o fácil, coisas que antigamente gostava de fazer e que eram um desafio agora são um bicho de 7 cabeças, qualquer lançamento me parece complicado e tenho sempre dúvidas do que estou a fazer. Tenho um primo que recentemente ficou desempregado, aparentemente não foi abaixo e tem mais responsabilidades, a primeira coisa que fez foi montar uma piscina para ir para lá. Ao menos curte a vida.

Vou ter que ser operado a um problema de saúde, nas minhas partes intimas. Contei à minha família, contundo não fui honesto e fui incapaz de contar pormenores, simplesmente por vergonha e medo de me julgarem. A culpa não é minha mas é como se fosse. Também tenho tido algumas dores fortes na parte dos intestinos (nem sei se tem alguma coisa com o meu outro problema). No outro dia atrapalhou-me bastante ao fazer uma tarefa simples como carregar lenha. Não posso fazer grandes esforços físicos, o que vale é que trabalho num escritório e não tenho que carregar nada pesado.
Vi pela primeira vez a referência do cão preto no livro que do Robert Enke. Pesquisei e encontrei este video interessante:



quarta-feira, 24 de julho de 2013

Cada vez mais dificil de aguentar

Os dias passam e a tristeza não sai. Não aguento mais isto! Ontem mais uma noite em branco, a raiva instalou-se em mim, não consegui tirar os pensamentos negativos da minha cabeça. Cada vez me custa mais levantar e ir para o trabalho, agora comecei a almoçar em casa para poder tirar um tempo para descansar e chorar. O medo não sei bem de quê não sai de dentro de mim. Já nem com os meus priminhos consigo rir. Não me consigo concentrar no trabalho, tenho tanto coisa a fazer e só faço mesmo o essencial. Às vezes apetece-me ser sincero, ter uma conversa com o meu patrão e colegas de trabalho e explicar-lhe o que sinto, que não aguento mais, que isto está a prejudicar a minha produtividade... devia sair, mas fazer o quê? Preciso tanto deste emprego! Às vezes penso que devia mudar radicalmente, ir para o estrangeiro... melhoraria? Penso que não, não deixaria a minha personalidade cá. Neste momento nem que me saisse o euromilhões ficava contente. Estou completamente perdido. Vou-me a baixo com qualquer critica que recebo, em vez de aproveitar para melhorar não, fico simplesmente de rastos.Sinto-me desconfortavel no trabalho, temos videovigilância e tenho uma camara atrás de mim, parece que estou sempre com a sensação de ser observado. Vou para qualquer sitio como se fosse para um funeral, não tenho alegria de viver.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Dança

Ando a aprender a dançar. Mais uma vez inscrevi-me influenciado por um colega de trabalho. Diz que fazia bem para me desinibir. Nunca dancei, nem em bailaricos, sempre fui espectador nas raras vezes que ia a festas(é claro que me tento baldar sempre a esses eventos sociais). Raramente me atrevi a ir para a pista dançar. Uma vez fui e a sensação que eu tinha é que estava tudo a olhar para mim a gozar.
No inicio custa, parece que me sinto preso, mas depois com o tempo até me divirto. A dança até é parecida com o futebol. De vez em quando vou para o quintal imitar as fintas do Ronaldo e outros jogadores mais tecnicistas, por isso tenho alguma facilidade. A seguir o professor é fácil, mas tenho muitas dificuldades em decorar os passos, sou muito distraído. Quando vou para lá parece que a minha memoria desaparece.
A maioria é pessoal já com certa idade (também não dão uma para a caixa), mas existe uma rapariga que me encantou, bastante simpática e que até gostava de a conhecer melhor, mas descobri que tem namorado, logo desisti de a convidar para sair. Mais uma vez me baldei aos convívios sociais, podia conhecer novas pessoas.... A deslocação e mensalidade ficam caras, não sei se desista.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Semana Agitada mas + do mesmo

Por mais que tente não consigo fugir deste "modo depressivo". A última semana foi muito agitada, tive um colega de férias, muito trabalho para fazer, muito coisa diferente a aprender. Ele não deixou nada organizado, foi um caos. Este "peso" constante não me sai de cima, o que me dificulta imenso. Não me consigo concentrar e desisto de tentar resolver os problemas, tentando passar para outros colegas. O meu cérebro parece que não absorve nada, tenho dificuldades em transmitir um simples recado. Tenho medo que a minha memória falhe, ainda mesmo quando outra pessoa fala. Às vezes falam para mim e eu estou a pensar noutras coisas, parece que o meu cérebro funciona a "pedais", só percebo passado uns segundos, perco a confiança em mim e duvido que consiga fazer tarefas simples, como por exemplo abrir um portão de um armazém. Porém existem outros momentos que acho que outros estão a fazer tudo mal e eu é que faço bem.
Ando a tentar fazer coisas diferentes para distrair. Com o calor insuportável, passo a maior tempo do tempo no quintal, só não durmo cá porque os insectos e gatos estão sempre a chatear. Fui até à praia e deu para relaxar um bocado, se bem que de vez em quando ficava em baixo quando olhava em redor e via famílias com os pais a brincarem com os filhos ou amigos a divertirem-se... ficou cara a brincadeira, com portagens, gasolina, restaurante, gastei uns 80 euros.
A minha mãe está cada vez mais "taralhoca", estou mesmo preocupada com ela. No outro dia estava a andar na auto-estrada a uma velocidade normal de 120 km's e ela estava sempre a melgar-me para abrandar, parecia que eu ia ter um acidente a qualquer momento. Não parece ter 60 anos, não se sabe desenrascar em nada, qualquer tarefa para ela é complicada. Não viveu... revejo-me nela em muitos dos meus defeitos.
Estou a pensar comprar uma moto desportiva de 125cc...tentar arranjar maneiras de me distrair e não pensar noutras coisas. Vou comprar o livro do Robert Enke, o antigo gr do Benfica que se suicidou também com problemas de depressão. Ver se compreendo melhor algumas coisas.

Por este post se percebe que não devia ter motivos para estar triste. Tenho emprego, dinheiro para fazer algumas aventuras como ir à praia, ou pensar adquirir uma moto. Muitas pessoas não têm esse luxo. Não entendo porque sou assim... um dia vou recordar com saudades este tempo que supostamente devia estar feliz.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Frases Soltas

Não consigo falar normal.
Fico corado como um tomate.
Evito falar, com medo de me perder e ser gozado. 
Ela percebeu que fiquei fodido por ter feito sorrisos a outro, a partir daí agiu de forma simpática comigo, mas queria que fosse de forma natural...
Pavor em perceber que ela combinou encontros com outros e não se quer encontrar comigo.
Detesto ter este complexo de inferioridade.
Tenho ciumes do relacionamento que ela tem com os outros.
Não me consigo comportar dentro da sociedade.
Não conheço os meus vizinhos, não sei quem mora ao meu lado, até posso ter vizinhas "boas".
Hoje acordei com uma dor brutal.
Tenho medo que as pessoas pensam que sou burro, incompetente e básico.
Tenho medo que as conversas se centrem em mim. Penso sempre que se reunem para falar mal de mim.
Tenho dificuldade em aprender coisas novas. Tudo que aprendi foi quando era novo.
Tenho dificuldade de concentração e de memória.
Às vezes perco-me nos meus pensamentos, não me lembro o que estava a pensar à 10 segundos atrás.
Bloqueio quando as pessoas olham fixamente para mim.
Não consigo transmitir aquilo que penso.
Tenho graves falhas de comunicação.
Não sei o que dizer em diversas situações, mantenho-me calado.
Espero que as outras pessoas decidam por mim.
Tenho tantos pensamentos do que dizer e na hora H não me lembro de nenhum.
Fico lixado por só me lembrar depois do que devia ter dito.
Não consigo melhorar, evoluir.
Não consigo lidar com injustiças, fica uma raiva acumulada dentro de mim que não a consigo soltar.
Tenho medo de confiar nas pessoas. Tento, mas não consigo, até as coisas sem importância.
Tenho dificuldade em estar com ela, para mim é uma alivio quando ela sai, fico muito mais solto.
A culpa é toda minha por não me saber relacionar com ninguém. 
Não percebo porque ela me mente quando não tem necessidade.
Tenho que conseguir viver mais.
Sinto que a minha vida é a que passo em casa a ver futebol, jogar, filmes ao invés daquela que tenho cá fora.
Cada vez escrevo mais no meu caderno, se antigamente era uma vez por acaso, depois começou a ser mensal, depois duas vezes por semana, depois uma vez por semana e agora é quase diário, sinto a necessidade de reportar todos os meus episodios. Imaginem se tivesse uma vida preenchida!
Tiro muitas fotos/videos com o meu smartphone, um dia vou ver as imagens e dizer que passei por aqui e sentir saudade. Tiro fotos ridiculas. Mesmo com a minha familia o cenário é sempre o mesmo. Gostava de fazer uns passeios até ao parque, mas tenho receio do que as pessoas possam pensar, principalmente conhecidos.
Gostava de ser acarinhado por alguém.
Quero trabalhar/estudar mas não consigo me concentrar.
Tomo sempre as piores decisões.
Estou rodeado de gente mas cada vez me sinto mais só.
Ela está ali e só a consigo olhar, não consigo que ela olhe para mim.
Sou invisível. Navego por aí sem ninguém prestar atenção.
Não é por ela estar ao meu lado que me vai chamar.
Sinto que a minha vida é uma prisão, não consigo criar a minha liberdade apesar de poder.
Sinto um vazio enorme.
Sofro por antecipação.
Dou muita importância a coisas que não têm.
Por vezes não consigo dormir por raiva de mim mesmo e de certos pensamentos que tenho.
Sou básico, não tenho conteúdo.
Tenho que "aprender a viver" .
Estou cada vez pior.
Não me apetece fazer nada.
Sinto uma raiva brutal dentro de mim.
Porque não concebo a ideia de ir a um psicologo?
Dificil viver com a timidez.
Não consigo controlar o desespero.
Tenho que tomar uma atitude, mas não consigo.
Não posso agir de cabeça quente.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Pesquisas

Nunca me preocupei pesquisar sobre este tema da timidez, isolamento social, relações, medos, solidão, etc. "Porque não consigo ser feliz?" Por isso sei pouco do assunto, agora comecei a procurar ajuda e ver que não estou sozinho neste mundo, leio muita coisa que me sinto familiarizado. Contudo continua a custar-me  ler algumas coisas e uma parte de mim diz-me para desistir e continuar no mundo de sonhos e fantasia. A psicologia é de fato um factor muito importante nas nossas vidas, uma pessoa pode ter tudo e não ser feliz, e outra pode não ter nada e ser muito feliz. Tudo depende de como as pessoas encaram a vida, tenho colegas que têm muitos problemas, mas estão sempre em cima, dinâmicos, criativos, de bom humor, pensam positivo, invejo-os. Discutem uma hora e na hora a seguir já fazem as pazes, não consigo ser assim, não consigo esquecer quando as pessoas me magoam. Tudo me parece difícil  sei que está tudo na minha mente, porque não consigo encarar as coisas de forma positiva  Sou livre, posso ir para onde quiser, gastar o dinheiro que me apetecer... enfim, não consigo aproveitar, muitas pessoas gostavam de ser assim mas não podem.
Estou a pensar procurar um livro que aborde a timidez. No entanto tenho receio de procurar quando for à livraria. Timidez de perguntar e de gozarem comigo! Não gosto muito de ler no pc, prefiro ler a partir de um livro, no quintal, ao ar livre. As pessoas devem pensar que passo os meus tempos livres enfiado no quarto. Pois não é bem assim, a minha casa tem muitos divisões e gosto de diversificar, uma vezes vou para cozinha, outras vezes vou para a sala, marquise... quanto está calor passo muito tempo no quintal, quem conhece a minha casa de fora pensa que ela está encravada, ficariam surpreendidos se vissem que atrás tenho um grande quintal (podia ser maior se o meu vizinho não se cortasse a vender a parte dele como prometeu). Por acaso apesar da timidez sempre fui uma pessoa com algum sentido de humor, às vezes dizia algumas curtas tiradas... isso tudo acabou, não tenho mais disposição.

Do pouco que pesquisei já encontrei alguns links interessantes:

http://www.meiosepublicidade.pt/2007/04/Sabe_como_neutralizar_os_seus_me/

http://www.escolapsicologia.com/como-superar-a-timidez/

http://www.escolapsicologia.com/como-lidar-com-a-depressao/

http://www.comovenceratimidez.com/

http://www.youtube.com/watch?v=FhPytrT8i5M&list=UUGAIss2IAvQnCDUPKKhk63w&index=4

http://oficinadepsicologia.blogs.sapo.pt/183822.html

http://comosuperaratimidez.blogspot.pt/

http://www.psicologosp.com/

http://www.jornaldoempreendedor.com.br/destaques/inspiracao/22-habitos-das-pessoas-felizes 

http://www.buscasaude.com.br/ortomolecular/dieta-bom-humor/ 

http://www.janssen-cilag.pt/disease/detail.jhtml?itemname=bipolar_about

Vou tentar actualizar com mais endereços.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

A Relação - O Depois

Relação Amor Ódio? Obsessão? A minha vida é condicionada por ela, os meus pensamentos giram sobre aquilo que ela pensa e suas atitudes. Coisas normais que ela faz e faço logo altos filmes. Não me consigo abstrair. Até me dou pior com o pessoal com quem ela fala melhor. Nunca senti nada assim. Gosto dela, mas às vezes sinto muitas emoções negativas, sinto-me mal quando tenho estes sentimentos... às vezes penso em vingança, ameaçá-la com aquilo que tenho contra ela, por exemplo com o video dela nua(ela nem sequer sabe que eu filmei), pelo menos devia contar. Sinto-me desconfortável ao pé dela. Quando falamos é um alivio, mas acontece muito raramente. Dá-me a volta com facilidade, apenas quero ficar bem com ela. Quando ela não está ganho muito mais liberdade, se calhar o melhor era mesmo ela sair da empresa. Estou doente, eu sei. Tentar fazer meditação? Quero ser amigo intimo, mas ela não quer :( Às vezes sinto saudades enormes dos momentos que passámos juntos.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Vicios Proibidos

Sempre fui um copinho de leite, raramente bebi alcool na minha vida. Confesso que detesto, o alcool sobe-me rapidamente à cabeça, sinceramente não sei como as pessoas conseguem beber, assim que engolo fico logo mal disposto, rapidamente fico com vómitos, deve ser do meu estomago não estar habituado. Devia beber para me desinibir?  Nunca apanhei uma bebedeira na minha vida, não sei qual a sensação, confesso que tenho medo de apanhar uma e ficar tão desinibido que faça coisas que depois me arrependa, ou revele os meus pensamentos mais intimos.
Fumar já é diferente...gosto. Uma vez deu-me curiosidade e tirei um cigarro a um colega de trabalho para expermentar. Fui para a casa de banho fumar... não contava que deixasse um cheiro tão intenso. Fiquei tão atrapalhado e com medo que me apanhassem! Daí para a frente só fumo no quintal, onde o cheiro é rapidamente disperso. É raro fumar, de vez em quando vou queimar um para o quintal, mais no verão, em toda a vida fumei uns 3 maços de cigarro. No Inverno passam-se meses que não fumo.
É claro que nunca tomei drogas, mas o meu aspeto diz o contrário, tenho sempre olheiras enormes, deve ser do meu estilo de vida sempre à volta do computador e televisão.
Uma vez deu-me para comprar uma caixa de preservativos. Fui a um hipermercado longe de casa, para não ser reconhecido. Mesmo assim tive vergonha na caixa a pagar à frente a mulher. Tinha que saber qual a sensação de ter um preservativo no pénis.
Sempre fui muito certo, bem comportado até demais, acho que nunca fiz nada de mal, Ainda hoje não saio de casa sem tomar o pequeno almoço, apesar de muitas vezes não ter fome, às vezes nem consigo comer a torrada até ao fim.
Para mim as festas são um pesadelo, não me consigo divertir. Quando estou rodeado num ambiente festivo só me apetece fugir. Destesto quando falam e dizem "Está a sair da casca". Essa expressão é horrivel de ouvir, fico logo mais inibido.
Tudo o que seja diferente parece ser proibido para mim.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Morar Sozinho?

Bom ou mau? Será que podia evoluir e ficar mais autonomo ou pelo contrário ficar ainda mais solitário? Por um lado gostava de ser mais independente, tratar das minhas coisas sozinho, fazer o que me apetecer sem estar preocupado com aquilo que a minha familia pensa, poder chegar às horas que me apetecer a casa, sem ter que dar justificações, sair sem dizer nada a ninguém. Ainda hoje quando saio, tenho sempre que dizer onde vou à minha mãe, ou se chegar mais tarde tenho que me justificar(coisas que os meus amigos com 14 anos já não faziam). Ela preocupa-se em demasia... por isso é que lhe tento esconder os meus problemas, ela também não fala abertamente dos dela, sei que está em baixo mas não a consigo ajudar :(.
É raras a vezes que estou sozinho em casa. Com 30 anos, ainda não houve uma única noite que dormisse em casa sozinho. Quando estou em casa sozinho faço coisas anormais, como andar nu pela casa, ir ao quintal fumar um cigarro, atirar a bola contra a parede,etc. Quando era pequeno tinha tanto medo dos "fantasmas" que não podia ficar em casa sozinho, chegava ao ponto de ter medo de estar em certos sitios da casa, ou estar num andar sozinho(a minha casa é de dois andares).
Tenho medo de me isolar, passar menos tempo com os pequenos da familia. Apesar que cada vez tenho menos paciência para os aturar, quem me dera ser como antigamente onde gostava de brincar com eles e andava sempre a inventar brincadeiras inovadoras.
Como tudo na minha vida.... é o "deixar andar".

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Depressão: Descoberta pouco tempo

Por incrivel que pareça só à pouco tempo descobri o que era a depressão ou bipolaridade, ou transtornos ou a importância que a psicologia tem nas nossas vidas. Há um ano atrás nem sabia o que era e estava longe de imaginar que isso me ia afetar tanto. Já tinha ouvido essas expressões, mas não fazia a minima ideia o que era, nem nunca me tinha interessado. Devia ter ligado mais cedo sobre esses assuntos, como tirei um curso mais técnico nunca tive filosofia. Pesquisei na net e vi que me identificava com muitos pontos. É estranho eu sentir-me triste sem razão, será que tenho alguma substância quimica que me provoque esses sintomas? Sabia que o meu pai sofre de depressão e só há pouco tempo percebi certos comportamentos dele. No outro dia a minhã mãe foi ao médico e fui cuscar sem ela saber a receita médica e descobri que também anda a tomar anti-depressivos. Às vezes pergunto-me em que mundo é que vivo? Os meus pais têm esses problemas, será que é hereditário? Eles também nunca se preocuparam comigo apesar do meu comportamento reservado. Pelos relatos que vejo existem pessoas que têm os mesmos problemas, não estou sozinho.

Revejo-me neste texo sobre Depressão Nervosa:

«O transtorno depressivo maior, também chamado de perturbação depressiva major em Portugal, é um transtorno psiquiátrico que afeta pessoas de todas as idades. Caracteriza-se pela perda de prazer nas atividades diárias (anedonia), apatia, alterações cognitivas (diminuição da capacidade de raciocinar adequadamente, de se concentrar ou/e de tomar decisões), psicomotoras (lentidão, fadiga e sensação de fraqueza), alterações do sono (mais frequentemente insônia, podendo ocorrer também hipersonolência), alterações do apetite (mais comumente perda do apetite, podendo ocorrer também aumento do apetite), redução do interesse sexual, retraimento social, ideação suicida e prejuízo funcional significativo (como faltar muito ao trabalho ou piorar o desempenho escolar).1 2»

terça-feira, 11 de junho de 2013

Medicação

Passei mais duas noites em claro. Mais uma vez por uma coisa que vi e que não devia ter importância...mas por causa disso fiquei com a cabeça a mil, não consegui tirar o rancor, ressentimento, raiva, vingança, mágoa, ansiedade, ou outras emoções negativas. Eu não sou assim, não quero ser assim, mais vale desaparecer de uma vez. Queria apenas tomar um comprimido que me fizesse dormir. Tenho que ver mesmo anti-depressivos, ansioliticos, calmantes, etc. Já ouvi falar muito do Prozac, Xanax, mas não queria tomar medicação por uma cena psicologica e provocar outros efeitos secundários e dependência. Tenho que me mentalizar que consigo ultrapassar, tentar cagar no assunto e concentrar-me nas coisas que realmente interessam. Às vezes gostava de continuar ignorante. As pesquisas são importantes, para estar dentro de tudo, mas outras vezes fazem-me pior.
Pensei profundamente do que iria dizer, não posso continuar a ser simpatico, não me posso voltar a humilhar, apetece-me gritar com ela, mandá-la à merda, responder-lhe, dizer as coisas que tenho entaladas... mas basta ela falar com simpatia que o meu ódio transforma-se em amor e não consigo reagir e bloqueio imediatamente.

domingo, 9 de junho de 2013

Dinheiro

Sempre fui muito poupado, tento sempre rentabilizar o produto que compro. Um produto que custe um euro pode ser mais caro que um que custe 100 euros. Às vezes sou demasiado poupado, estou a tentar contrariar isso, por exemplo às vezes passo fome (não lancho) só para não gastar + dinheiro fora de casa. Almoço sempre num restaurante, podia contrariar isso trazendo comida de casa, mas é um "luxo" que posso ter, não estou a ver trazer comida, nem o sei fazer e deve dar muito trabalho.
Gasto bastante em gasolina, para ir para o trabalho e escola. Durante a condução penso em coisas que não devo. Tenho medo de conduzir para sítios que não conheça, tenho medo de bloquear e provocar um acidente, evito conduzir para sítios com grande trânsito, isto é mais umas das desvantagens da timidez. Tenho receio que um dia me fure o pneu, ou que tenha uma avaria e não me consigo desenrascar, já aconteceu mas tive sorte de ser perto da oficina do meu mecânico. Sou péssimo em orientação, perco-me com muita facilidade, talvez de não estar habituado. Quando era pequeno fiz poucas viagens para longe, ir em auto-estradas era raro.
Uma coisa que compensa é sem dúvida a mensalidade da internet/tv/telefone(neste serviço não porque raramente telefono ou recebo chamadas). Com a internet posso fazer tudo, ouvir musica, jogar jogos, ver séries/filmes, assistir a jogos de futebol, discutir em foruns, ver imagens, aprender sobre qualquer assunto. Com televisão posso recuar 7 dias e ver qualquer programa em mais de 120 canais. Nunca ligo a tv de manhã, mas de noite não consigo dormir sem ligá-la..
Gasto muito em presentes para a minha família, principalmente para os meus afilhados e minha mãe, no Natal chego a gastar praticamente o meu ordenado todo. Parece que é proibido em mim oferecer presentes que tenham um valor inferior a 50 Euros. Raramente compro alguma coisa para mim.
É claro que se tivesse uma vida, empréstimos para pagar, etc não podia fazer certas coisas. Tento guardar o máximo possível no banco, nunca se sabe o dia de amanhã. Gasto bastante em seguros, em 2 carros, 1 mota, seguro de vida e seguro de desemprego, ao final do ano devem ser uns 1000 euros.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Masturbação/Vida Sexual

Não devia ter vergonha em assumir que me masturbo, é uma coisa natural, qualquer pessoa o faz. Eu é mais do mesmo, o bater de punheta normal com a direita (a esquerda não dá jeito) enquanto vejo imagens/filmes que me excitem. Já falei noutro post do tipo de filmes que gosto de ver. Nunca tive grandes técnicas nem pesquisei sobre o assunto. Nunca usei lubrificantes até mesmo cuspe. Comprei uma caixa de preservativos, na altura da relação, até já devem ter passado da validade. Gosto de usar, mas raramente o faço, mais no verão por causa do calor.
Quando era puto os miúdos falavam sobre isso, é claro que eu me afastava quando tinham esse tipo de conversas, alguns iam para a sala de aula bater. Era gozado, quando falavam do assunto suponham que não percebia nada e não deixavam de ter razão. Ainda hoje quando falam desses assuntos fico sem jeito.
Não me lembro em que idade tive a primeira erecção(era bastante puto), mas lembro-me da primeira vez que ejaculei. Tinha 13 anos(deve ter sido tardio para o normal). Estava no quarto da minha prima (que estudava na universidade), peguei no urso de peluche e masturbei-me com ele, não estava nada à espera quando me vim. As primeiras vezes foi assim, sempre com peluches, depois acabei por usar a mão, às vezes usava os boxers para colocar sobre o penis, sentia-me mais à vontade.
Doenças? Na altura da relação pela primeira vez apanhei uma infecção urinária. De certeza que não foi coincidência.
Não tive grande ação ou histórias eróticas para contar, sempre fui mais observador. Só beijei uma rapariga (como disse noutro post). Lembro-me uma vez que estava a tomar banho num tanque e os calções caíram-me, não sei se elas viram mas fiquei bastante embaraçado. Tinha problemas até em ficar em tronco nu.
Uma vez fui apanhado pela minha prima, ela fez de conta que não viu e nunca falámos nisso, até hoje sinto vergonha quando me lembro desse momento. Se a minha mãe me apanhasse ficaria escandalizada.
Uma fantasia que tenho é o "CFNM", traduzindo é a sigla em inglês para mulheres vestidas e homens nus. Gosto de as ver excitadas com a nudez masculina, de por exemplo vê-las tirar as calças aos homens, ou apalpá-los, talvez porque gostava que um dia me fizessem o mesmo. Lá no fundo queria ser exibicionista. Excita-me nudez em público.
Os pensamentos, as palavras também me dão bastante tesão, imaginar certas situações em que participo é melhor do que ver vídeos.
Agora no futuro o que fazer para obter mais prazer? Tenho que ver sexshops, talvez comprar uma vagina artificial ou uma boneca insuflável, ver produtos que me possam interessar. Mas mais uma vez tenho medo de entrar numa loja física, ou encomendar online, com receio que a minha família descubra e faça perguntas.
Devo recorrer à prostituição? Acho que é muito mau, mas muitos homens o fazem, sinceramente gostava de experimentar, mas acho que não teria nenhum prazer, acho que o mais importante é fazê-lo com amor. O mais provável era sentir nojo e nem sequer conseguir ereção. Elas são umas badalhocas, andam com todos os homens. Não saberia onde procurar... na rua? Em anúncios eróticos? Onde fazer? No meio do mato?
Como é que os padres conseguem controlar as hormonas? Castração Química?
Na verdade sinto-me mal, porque queria estar com alguém e não consigo. Por isso acho a masturbação em mim muito negativa.

Para mim é um ponto de interrogação se a minha namorada gostou do sexo que tivemos juntos. Queria que ela sentisse prazer, que atingisse o orgasmo. Foram poucas as vezes que o fizemos(3 ou 4). Sempre foi muito submissa, era eu que procurava beijá-la, apalpá-la, nunca tomou a iniciativa, tinha que ser eu a puxá-la para me acariciar. Eu é que decidia as posições, ela não dizia que não, mas acho que não gostava. Mesmo os beijos :( Mas nunca disse nada. Se não gostava porque não disse nada para melhorar? Acho que gostava de broxes(talvez para ela evitar a penetração), às vezes aleijava-me com os dentes, não lhe dizia nada, nessa altura tirava o penis e dizia que era para não ejacular. Não curti fazer minetes, não gostava do cheiro e fiquei com alguns pelos na boca, apesar dela ter rapado. Quanto à penetração não achei nada de extraordinário, mas agora faz-me muita falta. Era ela que conduzia o meu penis até à vagina dela, nunca me preocupei em procurar o "buraco", arrependo-me se por milagre tiver outra experiência não sei o que fazer novamente.
Ela é que me devia ensinar, afinal tinha mais experiência e já esteve com alguns homens. Quando perdi a virgindade ela disse que não parecia que era virgem, como elogio, mas não sei se falava a verdade como tudo que diz. Queria fazer tanta coisa, tinha tantas fantasias, nem um 69 fiz. Só tomei uma vez banho com ela e foi com pressa. Não tive a oportunidade de lhe dar banho e ela a mim. Uma vez ficou "escandalizada" quando lhe pedi que me batesse uma no carro enquanto conduzia, aceitou mas acho que foi contrariada, foi a coisa mais extravagante e maluca que fiz na vida.  Aceitava na boa ir lá sem preservativo... imagino se engravidasse, provavelmente fazia um aborto sem me dizer nada. Nem sei se poderei ter filhos devido aos meus problemas físicos. Ejaculo rapidamente, talvez precocemente, mas passado pouco tempo volto a ter erecção e consigo aguentar muito tempo. A primeira vez que estive com ela, ainda não sabia que era virgem, percebeu que algo de estranho se passava pois o meu coração batia a 1000, nesse dia ela tinha um compromisso e não aconteceu nada, mas depois no msn falámos e relevei a minha condição.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Que se passa comigo?

mais um dia em baixo

só me apetece desaparecer

tenho vergonha de mim próprio

estou a tremer, parece que estou debaixo de um frio de zero graus

o medo, a ansiedade, o receio, a angústia, não me consigo livrar destes sentimentos.

que se passa? porque não consigo pegar em nada?

cada vez pior e sem motivos para isso.

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sozinho com ela custa mais

o silencio impera, qualquer coisa que faça parece irritá-la

ela é hipocrita, mas continuo a querer confiar nela, humilhando-me

custa-me quando ela sai e não vem falar comigo

vai-se embora sem se despedir

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Interesses

Praticamente todos os interesses que tinha deixaram de existir. Custa-me fazer exercicio fisico, ver um filme, ver um jogo de futebol, não me consigo interessar em nada. Continuo a fazer essas coisas mas não sinto prazer. Não me consigo concentrar em nada... no trabalho, na escola, tudo me parece dificil e um desafio impossivel de realizar.  Tenho um blog sobre um jogador de futebol português conhecido, comecei à vários anos e nunca o abandonei, apesar de ter motivos para isso pois a carreira não foi expectavel com o seu talento. Todos os projectos que inicio tento levar até ao fim.  Por exemplo quando estou a ver um filme recordo-me da relação, antigamente adorava filmes românticos, agora só me provoca maior tristeza. Por exemplo na escola podia fazer um esforço, perder tempo e tentar perceber matemática, deve ser bem mais facil do que tentar perceber mulheres. Tenho que me mentalizar que sou livre! Não tenho que dar explicações a niguém, posso ter os meus proprios projetos e conseguir os objetivos. Tudo que faço parece-me ridiculo.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Timidez e os Benefícios Não Tirados

A minha timidez, a solidão, o anti social é um problema. Mas por outro lado tem vantagens, existem benefícios que não os tiro. Podia aproveitar para me empenhar, estudar, evoluir, aprender a fazer alguma coisa de diferente como cozinhar, ou ler, mas prefiro não fazer nada... às vezes oiço música durante muito tempo e olho para o vazio.
Passo demasiado tempo sozinho, penso demais. Às vezes penso várias horas sobre um assunto e não chego a conclusão nenhuma. Há dias que passo o dia todo sozinho em que não falo uma palavra, apesar de estar rodeado de pessoas.
Até ao me masturbar me sinto mal, não me excito com videos chamados "normais". Procuro videos de amadores, não tem que ser pornográfico, mas só o facto de haver interação que nunca tive na vida, excita-me. Por exemplo uma gaja apalpar o rabo a um homem.
Um dia tenho que ter coragem para enfrentar os meus problemas, mas parece-me tão complicado! Cada vez me sinto pior comigo mesmo, passam os dias e sinto que sou incapaz de ganhar esta luta. Não existe evolução, bem pelo contrário. Até tenho uma vida super preenchida, pelo menos de dia, ando desde cedo até às 20, ando sempre ocupado com o trabalho ou escola, ou ajudar o meu pai.
Estou a fazer qualquer coisa e não me consigo concentrar a 100%, parece que existe sempre um peso sobre os meus ombros. Imagino se não tivesse nada para fazer. Uma nuvem de carga negativa anda sempre comigo. Não sinto a mesma paixão que tinha ao ver futebol ou ver filmes. Estou sempre ansioso, de manhã tenho medo de sair de casa e enfrentar os meus problemas. Queria contar com a ajuda da minha ex, mas por outro lado não consigo esquecer a mágoa. A culpa é toda minha se conseguisse reagir normalmente... tudo o que ela me faz me irrita, acho que sou obcessivo. Tenho que encarar a vida de outra forma, dar-me mais com as pessoas, não criar barreiras. Para mim é dificil explicar, só sentindo. Olhando para certas relações de fora, hoje compreendo coisas que me pareciam ridiculas no passado. Não percebia certas atitudes que agora fazem todo o sentido. Tenho que deixar de ser observador e passar mais aos actos. Parece que coisas normais encaro-as como ilegalidades. Posso plantar uma roseira se quiser, quem me impede?

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Timidez = antipatia?

Às vezes pode ser confundida. Acredito que já tenha passado algumas vergonhas por causa disso. Mas eu não respondo porque não sei o que dizer. Algumas pessoas devem achar que sou arrogante. :(
Por exemplo não consigo dar uma palavra de conforto quando por exemplo um familiar vai ser operado ou quando um colega perde um familiar querido, até com a minha companheira quando ela estava em baixo por causa do trabalho. Em vez de tentar animar com um discurso positivo, fico em baixo... não saber conversar é o que me dá cabo da cabeça, estou cada vez mais baralhado.

No outro dia li uma frase que me ficou na retina - Qualquer coisa deste género: "Só não me suicidio com vegonha do que o vizinho possa pensar".

terça-feira, 30 de abril de 2013

Viagens, Férias?

Quanto eu gostava de um dia sair de casa e rumar sem destino à busca de uma aventura, pernoitar no primeiro hotel que me aparecesse, ir a um bar decontraído, conhecer novas pessoas. Ou por outro lado fazer uma viagem planeada, agora com a internet é tão facil...mas não sou capaz de fazer uma coisa ou outra.
Sempre abdiquei de férias, ficar em casa a fazer o quê? Quando tive de férias estavam-me sempre a chamar do escritório! É claro que tinha que ouvir os meus colegas. Então não tiras uma semanita de férias? Que sem vida!
Nunca fui para lado nenhum, a minha familia nunca me levou em viagens, porque também não iam. Até hoje fui umas 5 vezes à praia em toda a minha vida, apesar de estar relativamente perto. Via com inveja a ida dos meus colegas à praia duas semanas ou mais. Quando no inicio das aulas nos encontravamos todos tinham ido para algum lado, menos eu. Como eu gostava de conhecer novos países, novas culturas, ir aos Estados Unidos, Praga, Brasil, etc.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Redes Sociais

Não gosto que se metam na minha vida particular, para mim quanto mais anónimo passar melhor.
As pessoas descobrem muitas coisas nas redes sociais como Hi 5 ou Facebook. Uma vez estive a pesquisar pessoas que já não via há bastante tempo e descobri praticamente tudo... os amigos, onde trabalham, etc.
Tenho um perfil falso para aceder a facebook de algumas entidades como canais de televisão, clubes de futebol, etc. Já me chatearam para criar facebook... o meu maior receio é que ao verem o meu perfil, descobrirem que não tenho amigos. Sinceramente não percebo muito, tenho medo que vejam o meu histórico, o que consultei, etc. Estou registado e todos os dias me enviam sugestões, mas ignoro esses mails.
No Mirc (IRC) era tudo mais facil, um gajo entrava num canal e simplesmente escrevia. Passei muitas horas lá e até aprendi muitas coisas na área da informática. Mas ao longo dos anos, nunca conheci ninguém... o meu anti-socialismo é demais. A verdade é que vou para lá discutir futebol ou outros assuntos, mas nunca chego à fase da "intimidade".

Há uns anos o pessoal começou a usar mais o Messenger. Toda a gente do escritório começou a usar, ainda falei bastante com alguns colegas de trabalho via msn, era mais facil do que por telefone. Mas no meu ponto de vista era mais dificil conhecer novas pessoas.
Participo bastante em foruns, principalmente ligados ao tema de tecnologia e futebol. Às vezes estou a ver um jogo de futebol e ao mesmo tempo com o pc ligado num forum a comentar. Gosto dessa forma de interagir, posso dar a minha opinião sem recriminações, não tenho que ver a cara da outra pessoa e a reação dela, mas tal como no IRC não conheço ninguém, não consigo chegar à fase da "intimidade"...

Existem sites para conhecer pessoas como o omegle, mas não tenho coragem de ligar a camara.
A mim custa-me por exemplo quando estão a falar de futebol e eu não conseguir dar a minha opinião.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Sonhos a Dormir e Acordados

Sonho muito, tenho o sono leve, não consigo dormir muitas horas seguidas. Qualquer barulho me desperta, tenho sorte de viver numa vivenda, numa rua sossegada, muitas das casas são antigas e desabitadas. Não tenho vizinhos barulhentos. Aliás eu sou o mais barulhento, às vezes meto música alta, para aliviar o stress (antigamente exagerava, cheguei a receber uma notificação da GNR, apesar de duvidar se não foi uma encenação da minha familia). Lembro-me principalmente de sonhar de manhã. Sou capaz de ter 6 ou 7 sonhos, num curto espaço de tempo, apesar de me parecerem intermináveis. Todos os meus sonhos refletem a minha realidade, a maoiria "são uma merda". A ansiedade, o medo, o passado, o futuro, tudo entra nos meus sonhos ridiculos. Misturam-se personagens do passado com as do presente, cenários conhecidos, mas alterados pela minha imaginação. Gostava de ter sonhos eróticos, poder estar com mulheres... mas nem em sonhos isso acontece... apesar de às vezes acordar com o pénis erecto como falei noutro post!

Sonhos "Acordados"

Às vezes entro no meu mundo de imaginação e sonho ser uma pessoa que não sou, exactamente o meu inverso, gostava que olhassem para mim com admiração, ser o centro das atenções, dominar as conversas, ser bom em alguma coisa... Adoro futebol, logo umas das minhas maiores fantasias é ser um grande jogador de futebol, sonho estar num estádio repleto de pessoas a aplaudirem-me a dizer que sou bom... essa fantasia repete-se, normalmente ao som de música. Ou então imagino-me ser uma estrela de cinema, ou um músico famoso, ser uma celebridade. O poder do pensamento é ilimitável e não paga imposto, em vez de imaginar devia agir. Passo demasiado tempo nesse mundo.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Trabalho

Saí da escola e tive cerca de 5 ou 6 meses em casa. Na altura dos atentados de 11 de Setembro 2001, estava em casa sem fazer nada. Confesso que na altura não ligava muito, passava sempre em casa sozinho, mas tinha uma imaginação do caraças para passar rapidamente o tempo(nessa altura é que devia ter depressão). Por causa da minha timidez, tinha pavor a entrevistas (por incrivel que pareça hoje passado 12 anos consigo ter mais). Antes não havia crise como agora, a economia crescia e só não arranjava trabalho quem não quisesse. Tinha a vantagem de ser novo e ainda não ter feito estágio profissional. A minha primeira tentativa foi para escriturário nos bombeiros lá da terra, estava tudo combinado mas entretanto surgiu uma candidata mais experiente e ficou com o lugar. Increvi-me em várias empresas na zona, mas tinha duas grandes desvantagens, uma era não ter carta de condução e outra era não ter a inspecção militar feita. Recusaram-me numa empresa por causa desse motivo. Nesse mesmo ano fui à inspeção e essa questão ficou solucionada.
No inicio de 2002, através de um familiar (cunhas :)) consegui arranjar emprego na minha área. Fui trabalhar no escritório num grupo de empresas médio que labora em vários sectores de actividade como constução civil, imobilário, transportes, etc. Em 2004 atingiu o pico, era só lucros (pensar que passado quase 10 anos as coisas em vez de evoluirem, retomaram um destino contrário). Não tinha horárío, por vezes trabalhava até às 23 horas, tinha dias que chegava a casa e não via a minha familia, é claro que não recebia nenhuma compensação monetária. Férias também não tirava, ia para onde? Ficar em casa todo o dia era muito mau. Nas raras vezes que tirava, muitas vezes chamavam-me do escritório, fiquei sem paciência, mais valia não tirar.
Em 2007 fomos atingidos por uma grave crise financeira. Reduziram bastante o pessoal, eu fiquei talvez porque na altura fui dos poucos que aceitou ficar vários meses sem receber (até hoje a empresa deve-me milhares de euros, podia ter surgido ai a depressão, mas não). Às vezes penso que o meu patrão tem pena de mim, por isso é que não me manda embora.
Quando tirei a carta ganhei uma grande liberdade, finalmente comecei a sair a horas mais decentes.
O ambiente no inicio era péssimo, ia para o meu lugar e ficava lá sem falar com ninguém, aos almoços também mal falava. Depois entrou pessoal mais brincalhão e comecei a gostar mais dos almoços.
Por causa desta crise tenho que me sujeitar, não posso dizer que não e tenho que concordar com tudo, mesmo ficando com algumas entaladas tipo com a minha ex. Ou não concordando com algumas decisões que se tomam. Nas reuniões bloqueio totalmente. Ao fim penso e arrependo-me que deveria dizer aquilo naquele momento. Se me chamarem aos domingos vou, assim como feriados, um ano trabalhei numa sexta-feira santa. Não ganho nada com isso, perco até com dinheiro gasto em combustivel e refeições. É claro que nunca pedi aumento ou dinheiro de valores que tenho em atraso. Muitas vezes quando a empresa não tem dinheiro tenho que emprestar do meu bolso. É o que se pode dizer "Pagar para trabalhar".
"Desenrasco-me" em tudo mas não sou bom em nada :(
Estou limitado à minha situação geográfica, não tenho coragem para ir embora para um lado mais longe ou estrangeiro. Se um dia sair da empresa não sei o que irei fazer à minha vida. Aí é que ficaria muito triste.

sábado, 13 de abril de 2013

Saúde

A timidez também prejudica a saúde. O facto de ser envergonhado leva-me a recear as idas aos médicos evitando ao máximo as deslocações. Nunca fiz análises a nada. Quando lá vou (por exemplo quando faço os exames obrigatórios de trabalho) o meu coração dispara, fico tão nervoso que nem sei se isso influencia os resultados como electrocardiogramas. Já não vou ao meu médico de família desde pequeno(ainda com a minha mãe).
Sinto-me fraco, sem energia, canso-me rapidamente, não sei se é tudo psicológico ou também físico. Às vezes vou ajudar o meu pai para o campo e aí é que noto o quanto mal preparado estou. Perco líquidos facilmente, fica-me a doer a cabeça quando faço esses trabalhos. Sempre tive enxaquecas desde pequeno, pelo menos uma vez por semana fico com tantas dores que não consigo fazer nada, os comprimidos aliviam. Esse fato limita-me imenso, nunca falei nada ao meu pai por achar que ele vai pensar que é uma desculpa para não o ajudar a trabalhar.
Vou muitas vezes à casa de banho, às vezes vou de hora em hora urinar e mesmo para obrar, vou umas duas ou três vezes por dia, pelo menos ao fim do pequeno almoço e ao fim de almoço é certo que tenho que evacuar. Uma vez li que era um dos sintomas do cancro, fiquei assustado.
Sinto sempre o meu estômago e intestinos pesados. Doi-me a barriga com facilidade, não sei se terei alguma úlcera nervosa. Essa dor impede-me às vezes de fazer exercício fisico.
Às vezes sofro de uma dor forte nos intestinos parece que o "cócó" está perro.
Mal pego em peso começa-me logo a doer as costas. Já dei duas ou três vezes mal jeito, sem ir ao médico, uma vez mal conseguia andar. Se nessa altura tivesse ido talvez não me sentisse tão fraco.
Para começar devia ir a um psicologo... mas desconfio que me possa ajudar, como é que ele ia tirar a minha timidez?
Às vezes penso em lá ir, mas não sei bem qual a melhor solução, qual a mais barata. Não tenho ninguém de confiança a quem perguntar. Tenho um seguro de vida que ando a pagar e não o aproveito.
Tenho o sono leve, dormo no máximo 3 horas seguidas, às vezes custa-me adormecer e acordo sempre antes do despertador dar sinal (às vezes mais de 1 hora), parece que tenho medo que ele não toque. Sonho muito, sempre sonhos de merda.
Também devia ir ao urologista, os meus genitais são muito pequenos, mas esse é o menor dos meus problemas. Não consigo puxar a pele do meu pénis para trás, quando vou urinar a cabeça fica como uma bola, nunca vi o testículo direito cá fora. Por outro lado acho que sofro de potência a mais, acordo muitas vezes com erecção e às vezes até ejaculo de noite. Às vezes fica em "pé" sem motivos aparentes ou basta ver alguém atraente para as hormonas começarem a saltar. Quando tive a relação tive medo na hora h de ficar tão inibido e a não conseguir levantar, mas correu bem e ela nesse aspecto foi compreensiva, antes tivemos uma conversa que me acalmou, mas no inicio o coração batia forte com medo de falhar. Até que ponto esses problemas me inibiram/inibem? Por exemplo deixei de jogar futebol com medo que os meus colegas gozassem comigo. Quando era miúdo havia um que gozava imenso, acho que fiquei traumatizado.
Há pouco tempo fui dador de sangue e as análises não acusaram nada.
Vejo mal a alguns anos, mas só há pouco tempo é que fui ao oftalmologista e descobri que tinha uma doença grave (pressão ocular elevada que pode provocar glaucoma) e tenho que a controlar metendo todos os dias gotas até ao fim da minha vida. Desde criança que vejo traços e pontos a flutuarem nos meus olhos. Descobri por acaso que sofria de "moscas volantes". Nunca contei nada a ninguém.
Aconteceu o mesmo com o dentista, ao fim de várias semanas com o dente a doer é que decidi lá ir. Gastei várias centenas de euros e neste momento basta-me mascar uma pastilha para ficarem-me logo a doer, estou proibido de comer certas guloseimas.
Mal corro um bocado fico com os músculos a doer, rapidamente perco a respiração, a minha capacidade pulmonar não é grande coisa.
Tenho o peso ideal, tento variar o máximo que posso na alimentação, mas como "porcarias" a mais.  Sou louco por doces. Quando era pequeno antes de me deitar comia sempre uma tablet de chocolate, não sei como era tão magro. O fato de ir muitas vezes à casa de banho pode contribuir, o meu corpo expulsa tudo.  Dizem que o pequeno almoço é a refeição mais importante, sempre o tomei, não me lembro de sair de casa sem comer alguma coisa. A meio da manhã nunca como nada, quando vou almoçar nunca tenho fome. A meio da tarde lancho sempre, mas às vezes fico muitas horas seguidas sem comer(lancho às 19). A refeição que onde como mais é o jantar, às vezes janto para lá das 22, sempre sozinho. Os membros da minha família não jantam, desde pequeno que tenho hábito de jantar sozinho e acostumei-me tanto que quando tenho companhia só quero estar sozinho.
Quando era miúdo aleijei-me no omoplata, de tal maneira que não consegui levantar o braço por uma semana, não tive coragem de pedir ajudar, de contar a um familiar, ir ao médico. Com o tempo lá passou mas ainda hoje quando faço esforço fica-me a doer.
Nos últimos dias tenho ando meio zonzo, não sei o que se passa, será da tensão? Sinto-me desconfortável e não sei como pedir ajuda, espero que isto passe e não piore, não sei o que fazer.
Não conheço o Sistema Nacional de Saúde, para mim é super confuso não conseguir arranjar uma consulta no médico de família. Mais vale fazer ir a uma clínica privada pelo seguro, apesar que fica mais caro. Preciso fazer alguns exames, estou com algumas dores tenho medo que seja cancro.Não tenho ninguém a quem contar, não quero preocupar a minha família, tenho vergonha de contar aos meus colegas, a minha ex não quer saber.
A timidez pode matar?

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Coisas Infligidas e Não conseguir dizer que não

Desde sempre que deixei que as coisas importantes e até as menos importantes fossem escolhidas por outras pessoas. Praticamente tudo na minha vida foi imposto por alguém. Contam-se pelos dedos as coisas escolhidas por mim(tudo relacionado com tecnologia)... LCD, pacote internet, pc, smarthphone, portatil e pouco mais. Alguns exemplos:
A minha mãe sempre me comprou a roupa toda até adulto. A partir de certa idade devia ser eu a escolher, o que gostava mais, talvez por causa disso actualmente "como" tudo, o que mais me interessa é ser variado. Ainda hoje se vê umas calças que gosta, compra (claro que é tudo pago do meu dinheiro). Entro numa loja de roupa e tenho receio de comprar e acabo por não levar nada. A única roupa que compro são aos ciganos, mas isso porque eles vão ao meu local de trabalho e eu não consigo dizer que não. Chegava ao ponto de ser a minha mãe a escolher a roupa que ia vestir no dia seguinte, só com 20 e tal anos é que comecei a fazer isso. Há coisas más que vêm por bem... só quando ela foi operada e teve no hospital alguns dias é que ganhei a liberdade de tomar a iniciativa para mudar algumas coisas. A partir desse dia comecei a fazer o pequeno almoço, ir ao mercado e escolher quais os cereais a comprar, etc.
Nunca opinei na decoração da casa e do meu quarto. Desde pequeno que tive um quarto com decoração de adulto, não me sentia bem quando era mais novo. Entrava às vezes no quarto dos meus amigos, uns tinham posters por todo o lado, bonecadas, etc, nunca tive nada disso. Durante a minha adolescência(17/18 anos?), pintaram o meu quarto de outra cor, escolheram moveis novos, os sitios, sem me perguntarem sequer qual a minha opinião. Hoje podia tirar por exemplo a foto dos meus pais juntos que está pendurada e não faz sentido nenhum e colocar outra coisa mas continuo a deixar andar, como tudo. Tenho medo que a minha mãe não goste. Não tenho ideias :(
Quando tirei a carta, um familiar meu decidiu que ia comprar um carro novo, viu a oportunidade e passou-me o dele antigo. É certo que foi um bom negócio tendo em conta o preço, mas devia ser eu a escolher. Mas mais uma vez tive medo de ir comprar, de escolher mal, o errado. Por falar em carta, tirei-a porque insistiram muito comigo, senão continuava até hoje sem tê-la. Quando tinha 14, 15 anos não via a hora de fazer os 18 anos para tirar a carta, quando os fiz desisnteressei-me completamente, achava que não tinha responsabilidade suficiente para conduzir. Até hoje não tive nenhuma acidente, e as avarias que tive no carro foram perto (se bem que nunca saio para longe). Um dia ser me furar o pneu não sei como me vou safar.
Quando acabei o 9º ano queria continuar a estudar na mesma escola, mas o meu melhor amigo na altura insistiu tanto em mudar de escola que lá segui com ele. Será que foi a melhor opção? Mudou totalmente a minha vida, fico sempre na dúvida se foi a opção correcta.
Seguros, conta bancária, foi tudo imposto por alguém. Coisas que devia ser eu a decidir e planear.
O curso superior foi escolhido por outra pessoa, quando estava inclinado para outra opção.

A minha opinião é pouco valorizada porque raramente a tenho, é tudo culpa minha e sem forças para mudar. É tão facil deixar os outros escolherem...

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Amigos

Apesar da minha timidez ao longo dos anos tive os chamados "melhores amigos". Na primária lembro-me especialmente de três, o meu parceiro de carteira, um vizinho e uma vizinha. Com esse vizinho fazíamos tudo juntos...brincar, aulas, futebol, estudar, etc. Assim que chegávamos a casa passado 5 minutos já estávamos a telefonar um ao outro e ligávamos 3 ou 4 vezes por dia! Infelizmente ele mudou de casa e escola e perdi o contato com ele, anos depois reencontrámo-nos mas a amizade estava perdida, parecíamos dois estranhos.  Às vezes ia até tarde para casa dessa minha vizinha, ficávamos horas no computador (nessa altura era raro alguém ter pc). Na minha rua havia tantos miúdos, às vezes juntávamos uns 15, mas num espaço de 2 ou 3 anos foram todos embora.
Era um orgulho saber que a própria mãe de um colega dizia ao filho para ficar ao meu lado na carteira porque sabia que era boa companhia.
No ciclo havia um colega que era sempre gozado, eu sentia pena, talvez por ser também pouco popular e juntei-me a ele e criei uma forte amizade. Todos os dias ia à minha casa na hora de almoço, não nos largávamos. Também criei forte amizade com outro colega, durou vários anos. Ele ia brincar a minha casa e eu ia brincar a casa dele, ele tinha mais amigos e naquelas tardes divertia-me imenso. Jogar futebol, andar de bicicleta... nessa altura não existia este mundo da internet como agora. Também tinha um primo com quem me dava bem e às vezes ia brincar com ele e com os amigos dele.
No 10º ano mudei de escola e fui para outra cidade, com um desses meus amigos.  Passei alguns maus bocados por causa da minha timidez, os meus colegas rapidamente se aperceberam... não era difícil...  não falava, quando falavam comigo corava, ficava bastante vermelho, apenas me queria esconder num buraco. Esse meu amigo "traiu-me" ao revelar a minha timidez precocemente, pelo menos deixava os outros fazerem uma avaliação. Deixei de me dar com ele. Também ele começou a desenvolver, namorar, fiquei sem pedalada para o acompanhar. Ele também era gozado, por causa de uma deficiência fisica, mas conseguiu ultrapassar e hoje é feliz. Fiz novos amigos curiosamente eram aqueles que também eram um bocado afastados da "sociedade" e que tinham interesses comuns como jogos, pc's, etc. Acabei a escola e não fiquei com o contato de ninguém (em todas).
Comecei a trabalhar e no inicio passei um mau bocado, não me dava com ninguém no escritório. A minha sorte foi que entrou uma pessoa humilde, distraido e comecei a dar-me com ele. Muita gente passou pelo escritório e dei-me bem com alguns, falava sobre futebol, etc, claro que ninguém o suficiente para desabafar até que chegou aquela minha colega...
Na escola não consigo fazer amizades. Gostava de ir às praxes, conviver, conhecer novas pessoas... mas parece que alguma coisa me bloqueia. Será sobrenatural?
Hoje sinto-me completamente sozinho, não me sinto à vontade com ninguém :(  vejo o futuro negro, não consigo me libertar :(