sábado, 22 de dezembro de 2018

Atitude negativa Mãe; Acomodado; Desligado; Entusiasmado Not; Saúde

A minha mãe tive uma atitude muito negativa. A minha avó perguntou-me quando é que tinha de saldo na conta, quer pagar o almoço de Natal. Fui consultar e qual não foi o meu espanto em ver que estava negativa mais de 400€. Verifiquei o porquê e vi que tinha transferido 800€ às escondidas para a conta dela para gastar centenas de euros em lojas de roupa. Desde que descobri que estou deprimido, estragou-me estes dias antes do Natal. Não consigo falar com ela abertamente por causa da doença dela, fico revoltado por não ter com quem desabafar e mais uma vez tenho que o fazer neste blogue. Prefiro evitá-la, mas não consigo estar de mal com ela, tenho um peso insuportável, não estou a conseguir aproveitar estes dias onde deviria haver mais carinho e união. Só estarei alivado quando estiver com ela a bem, não gosto de estar zangado com ninguém muito menos com a minha mãe, estes últimos dias têm sido terríveis. Pensei em várias formas de castigar, mudar o código do cartão, tirar-lhe o computador, mas acho que só iria piorar a situação. Não faço a mínima ideia do que pensa, se sente remorsos, mas precisa de ser castigada e se voltar a repetir? Se ela me tiver comprado alguma coisa apetecia-me queimá-la na fogueira dizendo-lhe que não quero nada do dinheiro sujo. Nem imagina o quanto estou triste. Ora bolas, não deveria ser assim logo nesta época natalícia, principalmente porque antes de saber estava tudo muito bem.
O meu chefe diz para não estar acomodado, uma palavra que descreve bem aquilo que sou. O fumo da salamandra, a iluminação insuficiente, a falta de limpeza incomoda-me, mas não consigo lhe dizer. Meteram-se num projeto megalómano, espero que não saia furado, como ser negativo tenho medo que dê barraca. Estava a pensar tirar a semana que vem de férias mas não sou capaz de pedir, vamos lá ver se pelo menos o dia 24 e 31 não trabalho. A relação entre o meu chefe e sub-chefe está a deteriorar-se, não é fácil lidar com esta situação, não me obriguem a escolher um lado, quero agradar aos dois.
Mais um jantar de Natal deprimente onde o novo tipo foi mais uma vez que me sentir fora deste mundo. Quem me dera ter coragem de escapar.
Fugi do outro almoço de Natal... nem sequer estava convidado, mas por obra do destino nesse dia fui à cidade para uma reunião na contabilidade, pensei que me iam convidar, mas não. Safei-me porque levei o meu carro propositadamente, se tivesse apanhado boleia não iria escapar. Depois era o convívio durante a viagem, preferi gastar gasolina e pagar o almoço do meu bolso só para estar sozinho. Porque o fiz? Medo que ela percebesse como sou tão inábil neste tipo de convívios sociais. Ela ia aproveitar o momento para me por à prova, iria ser gozado. Tão ridículo que sou! Mas gostava de a ver, mas principalmente a colega que já não vejo a algum tempo. Ontem sonhei que ela estava numa carrinha com dois colegas e eu estava cheio de ciúmes dela, lol. 
Os dentes têm sido um problema para mim, apanho cáries, abcessos, dezenas de consultas, muito dinheiro gasto. Tenho boa higiene oral, lavo-os 3 vezes por dia, uso um produto caro para bochechar, gel, mas as bactérias parece que são imunes, estou desesperado. Ultimamente tem tido dores brutais nos intestinos, já me acontece desde que era mais novo mas nunca com esta frequência. As dores de cabeça diminuíram, pelo menos uma coisa boa. Mas só de escrever isto tenho medo que as atraia novamente.
Nada me entusiasma, se pudesse escolher um presente qualquer sem limite de valor não o saberia fazer, pois nada me interessa. É frustrante viver assim, apenas quero ser feliz. 
Às vezes "desligado" faço coisas bem. Por exemplo no outro dia estava tão mergulhado nos meus pensamentos que estacionei o carro naquele lugar apertado, não o faria se tivesse "consciência", SÓ EU!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Tudo Contra Mim (Vitimização)!

Estou na merda novamente, não sei o que despoletou esta situação, foi por causa daquele comentário ridículo sem importância que fui incapaz de responder? Sinto que tudo e todos estão contra mim. Tinha que estar ausente quando ela telefonou, o que terá acontecido? Tenho medo de perguntar. Sou mesmo obsessivo, assim nunca me vou relacionar com ninguém! Volto para o meu mundo solitário e imagino demasiado. Ontem fiz uma retrospectiva das formações em que estive presente como um observador, vagueando como um zombie, depois criei um filme na minha cabeça, digno de uma criança de 10 anos, demasiado surreal para um adulto de 35 anos. Abro a app do google earth e visito locais que gostaria de ir, demasiado depressivo para um tipo que é incapaz sequer de sair do meu distrito de residência. Do meu escritório vejo o comboio a passar, como gostava de visitar a Europa nesse meio de transporte, um sonho irreal para mim. Incrivelmente apesar de não ter vida, não consigo fazer tudo o que quero nas horas de lazer. É disto que tenho medo de abdicar? 
Uma situação muito triste para mim, que não consegui desabafar com ninguém e apetece-me tanto fazê-lo. Os meus primos em casa deles têm na parede vários quadros com fotografias de todos os familiares mais chegados com as crianças… tirando eu. Fico mesmo lixado, é terem uma fotografia de um membro que nem da família é! Só por ser madrinha? Eu sou padrinho! É um exemplo de como sou tão invisível, às vezes apetece-me confrontá-los mas o medo de gerar conflitos é mais forte do que eu.
O meu cérebro às vezes não consegue processar o que me foi dito, às vezes quando alguém vem falar comigo penso que não o consigo perceber e sinto que estou a piorar... sou mesmo idiota! Estou com medo do futuro.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Agir Mais Pensar Menos

Nem sem bem o que escrever, sinto-me em baixo, uma inutilidade extrema, preciso desabafar. Estou no computador meio adormecido a tentar que alguma coisa me venha à cabeça. Tudo que me lembro, seria mais uma repetição... vou citar um texto que escrevi uma vez num forum, quando o meu cérebro estava mais desperto: "Alguns anos que me sinto preso numa cadeia imaginária criada pela minha mente, que me deixa sem liberdade para crescer e evoluir. Estou sempre com um medo inexplicável não sei de quê, o sentimento de culpa permanente não me larga, é um pesadelo viver assim, com esta consciência pesada, um peso forte criado pelo meu cérebro que me atormenta todos os dias. Os anos passam e não consigo mudar, sou incapaz de lutar contra este mal e o sentimento adensa-se. Gera-se vários problemas... ansiedade, angustia, falta de confiança, complexo de inferioridade, revolta, passividade, solidão, relacionamentos inexistentes, fobia social, etc. Não aproveito o momento, nunca estou bem no sitio onde estou, ansioso para ir para outro lado, o ciclo repete-se. Pareço um zombie, não faço parte de nada, sinto-me deslocado, que não pertenço a este mundo. Não consigo planear nada, arriscar e sair da rotina, abrir horizontes, ter objectivos na vida... sinto-me tão infeliz. Não é justo sentir-me assim, tenho emprego, condições financeiras estáveis, existem pessoas em piores condições e que têm força de vontade para lutar contra os seus problemas. Na minha idade já devia ter formado família, criado património, em vez disso tenho uma vida patética, desprovida, onde não tenho poder de decisão. É mais fácil fugir para o meu mundo de fantasia, onde imagino ser uma pessoa onde os meus defeitos são virtudes, uma pessoa social, um líder. Detesto a minha personalidade, os pensamentos obsessivos não me deixam dormir, as paranóias não me largam, agora estou com medo de ficar demente... não sei como sair deste buraco." Agora que reparo nem divulguei o factor que gera estes problemas, a minha timidez excessiva. O pessoal naturalmente aconselhou a procurar ajuda médica, mas continuo incapaz de o fazer, deixo andar a vida, não a controlo.
Nas últimas semanas não tem acontecido nada na minha monótona vida. Vou trabalhar durante o dia, no final mergulho no meu mundo de videojogos, séries e futebol, é a forma que tenho de me esquecer da minha personalidade. No final lembro-me que estou a agir mal e ainda fico mais deprimido.
Vêm aí a black friday, queria aproveitar os descontos para comprar uma TV maior para instalar no meu quarto, mas depois lembro-me que pode ser mais um factor para o meu mundo paralelo ganhar vantagem e acabo por desistir. Além disso tenho dúvidas se seria capaz de instalar o suporte, sou mesmo nabo.
No sábado fui às compras e depois lanchar fora com a minha mãe e avó. Elas passam toda a semana em casa, chega o fim de semana chateiam-me para sair. Não me apetece nada sair com elas, até porque enerva-me certas atitudes que têm, parecem crianças, não se sabem desenrascar em situações que um miúdo de 10 anos saberia resolver.  Fiquei descontrolado por uma dessas situações ridículas, gritei com elas à frente de pessoal, depois fico envergonhado em pensar na opinião de quem assistiu.
No carro costumo ouvir musicas em altos berros, mais uma maneira que tenho para libertar os meus sentimentos reprimidos, mas depois fico a pensar nas pessoas que passam por mim, será que faço caretas estranhas quando estou a curtir a música? Mais uma vergonha!
Depois de 7 meses a tratar do cão ele foi para a sua família, estranhamente nem fiquei muito abalado, estou a ficar seco de sentimentos? Ultimamente quando chego a casa já é de noite, os dias têm sido chuvosos, também não iria estar muito tempo com ele.
Penso demasiado na minha patética vida. Passo horas a recordar momentos do passado, como se tivesse sido glorioso, devia agir mais e criar histórias dignas de uma pessoa normal.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Situação Nova; Aniversário;Mundo "Irreal"

Pela primeira vez na minha vida surgiu uma situação nova, a oportunidade de ir para outra empresa. Mais uma vez através de conhecimentos do mesmo primo que me deu a conhecer a vaga de ingressar na que estou actualmente. O meu pai falou-me antecipadamente. Disse que ele me ia ligar a dizer que surgiu uma oportunidade na empresa onde trabalha a mulher. A possibilidade de ter um salário mais alto, de evolução na carreira, etc. Fiquei em estado de agonia, arrepio-me só de pensar em mudança. Medo de não ter capacidade para desempenhar as novas funções, de ter relações com pessoas desconhecidas, da entrevista, de tudo... mas por outro lado custa-me recusar. Enquanto não recebi a chamada não descansei. Felizmente foi a mulher que me ligou e foi mais fácil dizer que não, disse que estava bem onde estou e que o salário não era o mais importante, "tretas obviamente" de uma pessoa que esconde a verdadeira razão. Mais uma vez não sei lidar com essas situações que me possibilitam crescer.
Num domingo, acordei mais cedo que o habitual, fui à cidade comprar uma prenda para levar a uma primita que tinha a festa de aniversário nesse dia. Cortei o cabelo, fizeram-me uma massagem, almocei uma grande bifana grelhada. Rumo à festa, várias crianças se divertiam a dançar as danças do fortnite como o floss ou take the l, resolver enigmas para encontrar um tesouro e outras actividades engraçadas. Sinto inveja de não ter tido possibilidades no meu tempo de imitar os sucessos actuais, hoje em dia propagados à velocidade da luz devido às novas tecnologias e aos softwares de partilha de informação. Fiquei maravilhado, ao mesmo invejoso, queria ser novamente criança e divertir-me como elas, não o pude fazer quando o era por causa da timidez excessiva, sinto tanta frustração. Nunca consegui dançar à frente de outras crianças, tinha vergonha de ser gozado, nunca participei em teatros ou algo do género. Mais uma vez revi-me num miúdo que lá estava, não por causa da personalidade, bem pelo contrário, era extrovertido e até arrogante, com a mania que é bom. Falar com um adulto estava fora dos meus limites quando era criança. Ele não pensava em mais nada senão jogar à bola, não ligava às actividades de grupo que os outros participavam. Ri-me quando chegou à rave improvisada e voltou logo embora sem querer saber. Fui ter com ele para matar saudades de outros tempos, o tempo passou demasiado rápido. Cheguei a casa depois de um belo dia passado e fiquei depressivo, imaginei que poderia ter a mesma vida dos meus primos se não tivesse esta maldita personalidade.
Farto de estar deprimido, o meu mundo "irreal" voltou a ganhar terreno, quando lá estou fico menos triste. Comecei um novo videojogo, o Assassin's Creed Origins, estou viciado, é muito bom para esquecer o resto. Acompanho 4 séries por semana, comecei a ler um livro novo, comprei-o porque pensava que era uma história de uma personagem que sofria de síndrome de Peter Pan, equivoquei-me não tem nada a ver. Nem imaginam a falta de confiança que sinto em tudo, estou mesmo numa fase em que tudo o que faço me parece básico, o tal medo de ficar demente, este bloqueio mental que me atormenta, até aqui a escrever nunca encontro as palavras que quero.
Já estive com a minha colega duas ou três vezes depois do episódio anterior, quase me ignorou na totalidade, devo ter causado mesmo má impressão naquele dia :( foi tudo da minha cabeça.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Peter Pan

Essa minha colega(do post anterior) quando estava comigo falou-me de Peter Pan, não entendi o que ela queria dizer, nem liguei na altura. Dias mais tarde, por acaso do destino, estava a fazer tempo numa loja e resolvi pegar num livro aleatório e não é que falava do síndrome do Peter Pan, associei logo à conversa, "o menino que não queria crescer". Posso ser o maior no trivial, ter muita cultura geral, mas no que realmente interessa a minha ignorância é imensa. Tantos livros que devia ler que me podiam ajudar a crescer, pensar de maneira diferente, mas não, a minha leitura resume-se a romances, policiais ou aventuras. Por exemplo o livro que estou a ler atualmente é para adolescentes, shame on me. Um gajo para conduzir um carro, ou trabalhar num computador tem que ter conhecimentos, existem pessoas com talento inato, outras tem que se esforçar para aprender como é o meu caso. Sempre fui mais técnico, erradamente nunca liguei a estas ciências da vida mental que são tão importantes. Pergunto-me como na escola fiz estas disciplinas com bom aproveitamento.

Pesquisei na net e encontrei este texto muito bom que se enquadra naquilo que sou:
"Pessoas que continuam a se comportar como crianças mesmo depois de adultas. São pessoas que se recusam a crescer, demonstram uma forte imaturidade emocional e têm um grande medo de não serem amadas e acabarem sendo rejeitadas.
Essas pessoas preferiram se afastar das exigências do mundo real e se esconder em um mundo de fantasia, assim ficaram presos na Terra do Nunca. Dessa forma não conseguem desempenhar seus papéis com sucesso em seus trabalhos e vida pessoal, que é o que se espera na vida adulta. Relutam em cortar a ligação de dependência com os pais e, geralmente, têm apenas relações superficiais com os outros. Assim como o personagem “Peter Pan”, ficam voando por aí à procura de aventuras e são incapazes de pousar em algum lugar, porque têm medo de enfrentar o mundo real. Pessoas que sofrem da síndrome de Peter Pan podem parecer despreocupadas e felizes, mas a sua vida pessoal é cheia de sentimentos de solidão e insatisfação, acompanhados de dependência pessoal. Eles precisam ter ao seu lado alguém que atenda as suas necessidades e que os façam se sentir protegidos. As consequências da SPP podem levar a alterações emocionais graves, como altos de níveis de ansiedade e tristeza que podem levar à depressão. Eles se sentem insatisfeitos com as próprias vidas, uma vez que não assumem a responsabilidade pelas suas ações, o que faz com que não tenham realizações próprias, afetando diretamente a autoestima.
Embora sejam adultos com mais de 30 anos, ainda se comportam como crianças;
Estão sempre insatisfeitos com o que tem: querem ter tudo, mas sem se esforçarem para conseguir.
Consideram o compromisso como um obstáculo à liberdade.
Não se responsabilizam pelos próprios atos.
Se sentem inseguros e têm baixa uma baixa autoestima.
Crescer como pessoa é parte do desenvolvimento natural dos seres humanos, mas nem sempre é uma tarefa fácil. Para ser adulto é necessário que você tome a decisão de crescer e adote valores e objetivos de vida. É também necessário que você desista de algumas coisas para que atinja seus objetivos, se responsabilize pelos próprios erros e tolere os dias de frustração.
Amadurecer não significa ter que perder a criança que há dentro de nós, pois precisamos que essa criança venha à tona, às vezes, para que a vida não seja tão rígida, só não permita que essa criança te domine e dificulte a sua vida adulta, como no caso de Peter Pan. É indispensável ter uma relação harmoniosa entre o adulto e a criança interior. Amadurecer com sucesso é alcançar um equilíbrio entre esses dois aspectos da nossa personalidade."

Ela tem razão, não quero que tenha, quero que pense doutra forma. Pensar como ela tem uma opinião tão negativa deixa-me deprimido, se calhar sou um zé ninguém no seu mundo de folia, nem se lembra de mim. Sei que não é tarde, se fosse Homem, convidava-a para sair e logo via a reação, mas pelo menos tentava e não estaria frustrado.
Desde esse dia que fiquei muito angustiado, acho que é o período maior em que estou mais em baixo. Não me consigo concentrar em nada, nem no trabalho, as minhas actividades de lazer são feitas sempre com um peso excessivo…. apenas tenho este blog para partilhar na tentativa de ficar aliviado, em vão.
Tenho medo que me chamem e perder a tarde de futebol, tenho que inventar uma desculpa... é isto que não consigo controlar.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Socialmente Inapto; Colega Solteira;

Mais uma história que teve o final de sempre, tudo por causa desta minha inabilidade de comunicar com os outros.
1º dia - Uma colega de trabalho que labora noutros escritórios foi ao meu, num dos raros encontros que tivemos. Disse-me que ficou solteira. Quando me revelou essa confidencialidade, fiquei espantado pois não temos assim tanta afinidade(como com  todos). Ela é jeitosa, vestia um vestido sexy revelando as suas tatuagens. Perguntei-lhe qual o significado de uma delas tentando expandir a conversa. Fiquei logo a imaginar que podia ter uma relação com ela, fiquei excitado, mas não avancei mais uma vez por falta de coragem. Pondero demasiado os riscos. Sei lá, medo de receber um não, que ela faça troça, que conte aos outros, que isso me prejudique na empresa. Já tive uma má experiência com a ex, trabalhar com ela tornou-se horrível, se bem que neste caso trabalhamos em diferentes escritórios logo não seria tão grave. Ela parece-me ser uma boa pessoa, mas problemática pelo que me teve a contar da sua vida, o discurso revela-se incoerente e confuso. Deve ter muitos amigos e candidatos, uma pessoa com aquela aparência física não está ao alcance de um gajo socialmente inapto. No entanto fiquei a pensar pois numa sms chamou-me de "meu querido". Será que é do feitio dela tratar assim o pessoal com quem convive? Provavelmente sim, mas deu-me esperança...
2º dia - Desta vez ficou quase todo o dia no escritório comigo. Voltou a mandar umas bocas bastante atrevidas, do género que os meus olhos ficavam mais radiantes quando me via, o amor é lindo, etc. Não reagi, não sabia o que responder, quando me lembrei de uma boa resposta estava lá outro colega e não disse nada. Fiquei muito retraído por causa desse colega, maldita a hora, ele que está na maioria do tempo na rua. É uma mulher que aproveita a vida, festiva, começou a falar em sair, conviver, conhecer-me, beber uns copos...entrei logo em pânico, a minha consciência a dizer para recusar caso me convidasse, com medo de perder o meu mundo de solidão e que visse a minha vida secante. Uma das minhas poucas intervenções revelou-se fatal, uma falta de capacidade para realizar uma tarefa simples que qualquer homem conseguiria fazer.  Disse-me que "dou por findo a relação que ainda agora tínhamos começado" Perdi mais uma boa oportunidade de pelo menos ter uma amiga com quem me pudesse divertir. Agora dificilmente estarei com ela nestes termos, mas se tiver nova oportunidade vou voltar a desperdiça-la. Sinto que somos de universos diferentes. Deixou-me de rastos só me apetece bater com a cabeça na parede, queira ir para casa mergulhar no meu mundo depressivo, mas como um mal nunca vem só, tive que ir com a minha mãe às urgências. O outro colega topou alguma coisa pois incentivou a avançar com ela. Começou com conversa de antigamente se tinha gostado da minha ex, eu fiquei embaraçado a tentar desviar a conversa. Não percebo porque não me consigo abrir com alguém em carne e osso.
Durante a semana espero ansiosamente pelo jogo de futebol no sábado, é isto que é importante?
Que ando aqui a fazer? Com este modo de ser e pensar nunca encontrarei felicidade.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Aniversário, Observador, Cão

Mais um aniversário... se antigamente era um dia de comemoração agora é um dia depressivo, demonstra que a idade avança e eu continuo na mesma, sem evolução, sem projectos, sem amigos, limito-me a sobreviver na minha patética existência como um zombie medroso, sem poder de decisão. Compro um bolo para comemorar num grupo de 6 familiares chegados. Cantam-me os parabéns, mas estão sempre com pressa pois têm que ir para as suas vidas atarefadas. Gostava de descrever melhor aquilo que sinto, mas como em tudo não sou bom em nada.
Sou um observador neste mundo, olho em redor e vejo os outros com inveja a viver as suas vidas, procuro solitários como eu perguntando-me se são parecidos comigo, tentando criar uma empatia imaginária. No outro dia vi uma bela rapariga sozinha, conjecturei um diálogo com ela... que patologia terei? O fim-de-semana passado queria ir a um evento, uma oportunidade de ver figuras públicas que sigo no instagram, mas mais uma vez a inércia ganhou-me. Um dos motivos: ter medo de me filmarem e aparecer na televisão, lol, sou tão ridículo.
Sou tão desligado do mundo real que nem sei quem é o presidente da junta da minha freguesia, no outro dia perguntaram e fiquei embaraçado pois não sabia, deve ter pensado lindas coisas de mim. Não contribuo em nada para a sociedade e minha localidade, não conheço praticamente ninguém, nem os mais populares da terra. É muito mau não ter conhecimentos, tenho consciência que me limita muito em várias situações. Depois cria embaraços quando vêm à empresa onde trabalho e não me conhecem. Não gosto de politiquices, é muito complicado entender, vejo uma cambada de mentirosos que só querem encher o bolso, engano meu pensar assim, devia confiar mais, mas se nem em mim.
Ultimamente oiço um barulho estranho, um género de um apito, que me acorda no meio da madrugada, mas não consigo detectar a fonte do ruído. Primeiro pensei que fosse do alarme de incêndio, mas já o tirei e o som persiste. Gostava de perguntar à minha vizinha se ela também o ouve, mas mais uma vez a timidez impede-mo de fazer.
A minha mãe felizmente melhorou na disposição, já come melhor, perdeu quase 20 kg's na crise, por um lado foi bom pois pesava muito acima do peso ideal. Já quer conduzir novamente, o carro ficou com a bateria descarregada, carreguei-a e lá consegui finalmente resolver um problema! Assim que ficou melhor foi logo visitar sites para comprar roupa e gastar a sua reforma.. não tem emenda, até pela expressão fácil de satisfação consigo ver quando ela está a visitar esses endereços.
Às vezes no trabalho as coisas tornam-se secantes, não faço nada de jeito, conto o tempo para o final do dia, para entrar no meu mundo, ver séries, futebol, estar com o cão...  vou ficar sem ele brevemente depois de 5 meses e meio a tomar conta dele. Vou sentir muita falta, dá outra vida à casa. Por um lado quero que vá embora pois não me deixa limpar o quintal em condições e está sempre a ladrar alertando a minha presença aos vizinhos, não me deixando à vontade, mas claro que vou ter saudades das brincadeiras. Este cão não é normal, atiro-lhe a bola e ele não a devolve. Foge de mim, à espera que corra atrás dele. Assim o faço, provocando-lhe um rosnar de felicidade, gosta de gozar comigo. Quando se cansa, desafia-me a tirar-lhe a bola à força. Aceito o desafio e puxo, mas ele prende a bola de tal forma com a boca e patas que é impossível tirá-la e ele mais uma vez leva a melhor. Depois vingo-me com as fraquezas dele, principalmente o facto de odiar água. Assim que vê-me pegar na mangueira corre para o outro lado do quintal. Pesando os prós e os contras a companhia dele é positiva. O triste é que mesmo estando nestas actividades de lazer, fico ansioso, não entendo, quem vê de fora pensa que estou feliz.. BTW - O que me impede de ter um animal de estimação?
Porque quero ser uma pessoa que não sou? Devia ser feliz à minha maneira!

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Ela Tem Namorado, Massagem Erotica; Touch; Pá

Ela tem namorado, já suspeitava que uma mulher daquelas não estava sozinha, descobri por acaso, numa situação caricata. Fiquei triste, desejo não a ver mais, enquanto antigamente ansiava a sua presença. Não faz a mínima ideia daquilo que penso, quando falo com ela sofro.
Farto de estar sozinho fui à procura de anúncios de mulheres que fazem massagens eróticas. Desta vez não queria sexo, depois dos últimos falhanços, queria algo que durasse mais tempo e arranjei esta solução. Depois de muito pesquisar, de tentar arranjar algum feedback sem sucesso  (na minha zona não existe muita oferta) lá tive coragem para contactar uma mulher. Comprei um cartão de telemóvel só para usar para esse fim, não queria que ficassem com o meu número pessoal. Fiquei tão nervoso quando liguei, parecia uma criança que nunca saiu de casa. Tinha que ir à cidade tratar de outro assunto, então como desta vez não levei a minha mãe vi a oportunidade ideal para fazer algo de diferente. Quando cheguei estacionei o carro e liguei para ela depois de lutar muito contra esta timidez, a vontade de urinar era imensa tal o estado de nervos que fiquei. Estava disponível, fui ao café despejar a bexiga, depois segui viagem para um bairro que nunca tinha ido, entrei em paranóia com medo de não encontrar o apartamento onde estava. Com as indicações dela, cheguei lá com algumas dificuldades e sempre a olhar em redor com medo do que as pessoas pensassem. Subi encontrei uma mulher de nacionalidade brasileira entre os 35 e 40 anos. Fisicamente não era nada de especial, um bocadito gordita, a fugir para o feia. Se calhar foi melhor assim, se encontrasse um "canhão" provavelmente ficaria mais incomodado. Encontrei um quarto muito bem asseado, bonito mobiliário. Tirei a roupa e deitei-me na marquesa, mandou-me deitar de barriga para baixo e começou a fazer a massagem. Consegui relaxar, aproveitei o momento, os nervos quase desapareceram, se bem que às vezes pensava no final e a insegurança apoderava-se de mim. No final mandou-me virar, comecei a tocar nela e ela fez oral, disse-lhe para fazer devagar, no entanto o mesmo problema de sempre, ejaculei muito cedo. Perguntou-me se queria tomar banho, disse que sim, mais um ponto a favor. Não lhe perguntei o nome nem a idade, desconfio que me mentisse. Não falámos muito, mas revelou-se simpática e carinhosa. Elogiou-me a dizer que não esperava um homem tão bonito. Acabou por ser um convívio positivo, ao contrário das outras vezes. Mas continuo vazio, não é este tipo de contacto que quero. Triste por ter que pagar para ter algum contato feminino, tudo por causa desta maldita personalidade.
A minha mãe levou nas orelhas de uns familiares para não voltar a comprar roupas, para parar com essa obsessão. Ela disse que não ia voltar a gastar dinheiro, sinceramente duvido que cumpra a sua promessa. Agora quer comprar um smartphone novo. Queixa-se que o dela não presta, o facto é que ela não sabe usar o touch. Não percebo a dificuldade dela, mas deve ser uma das poucas pessoas do mundo que não o sabe fazer. Se ela não sabe usar nenhuma das suas funcionalidades, nem usar o touch porque quer comprar um telemovel com o mesmo sistema? Tento despersuadir-la, mas sem sucesso. Tem que arranjar sempre uma maneira de gastar o dinheiro que ganha da reforma.
Um colega pediu-me ajuda num serviço e tive que usar uma pá de obras. Viu logo pela minha minha habilidade que não estava habituado a usar. Perguntou-me se era a primeira vez que tinha pegado nesta ferramenta.  Menti a dizer que sim, quando já tinha feito dezenas de vezes quando ajudava o meu pai num trabalho. Porque o fiz? Não percebo! É daquelas minhas atitudes inexplicáveis.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Churrasco, ETC..

No outro dia fui "obrigado" a ir a um churrasco, convívios que tanto detesto. Demorei-me no escritório de propósito só para lá estar o menos tempo possível. Cheguei ao local tarde, já todos estavam na mesa, preparados para comer as carnes grelhadas, fiquei espantado com a quantidade elevada de pessoas, contava que estivesse lá menos gente. Fiquei automaticamente bloqueado, não tive coragem para ir cumprimentar um a um, apenas disse boa tarde (deve ter dado mau aspecto) e sentei-me logo no lugar vazio acima da mesa. Não consegui falar nada enquanto decorria o jantar, a tristeza ia aumentando, no final fugi rapidamente, procurei refugio com as crianças que andavam a ver vídeos no tablet. Porque não consigo abrir a boca? Quem me impede de falar? Criar relações? Pareço um deficiente! Adoro aquele comer, mas fiquei com a fome porque tinha vergonha de me servir. Chegado a casa deprimido reflecti no assunto, porque não consigo ser uma pessoa normal?
Nesse churrasco havia uma pessoa com uma doença ruim, deu-me pena, não conseguia comunicar. Devia olhar para ela? Ignorá-la, no sentido em que fizesse dela uma pessoa normal? A timidez faz com que não saiba lidar com essas pessoas, será que fiz alguma coisa de errado? Não quero magoar ninguém por causa desta minha personalidade!
Cada vez que vejo o meu pai ele insiste em perguntar se tenho namorada ou se tenho alguém em vista. Fico embaraçado, não sei o que dizer, começa a dizer que já estou a ficar velho. Perguntou-me se o meu tio já tinha feito um serviço, eu já o tinha feito, mas fui incapaz de dizer que o tinha realizado e menti a dizer que foi ele, nem para me elogiar sou bom. Lá pelos outros não acreditarem que consiga, não quer dizer que assuma ser verdade, tenho que mudar esta mentalidade. Sinto que as pessoas sozinhas nesta minha faixa etária também são descriminados como os gays ou ciganos. As pessoas devem ter liberdade para serem felizes!
Até parece que o meu tio leu o meu último post, pois esta semana esteve muito mais tranquilo. Invejo a sua força de vontade e da mulher, estão sempre atarefados, a procurar melhorias. A minha preguiça é devido à minha personalidade? Quando não estou a trabalhar estou na cama até ao 12:00 e nem me apetece sair de lá. Saíram e a casa ficou sem vida.
Tocou  a campainha, por acaso desci nessa altura para beber água, estava um familiar a cozinhar, disse para ir atender mas não tive coragem, deixou o arroz no lume e teve que lá ir. Ficou espantada pela minha atitude. Estava com medo que encontrasse alguém conhecido do passado e seria incapaz de desenvolver uma conversa.
Porque tenho tanta dificuldade em acreditar naquilo que leio? Parece que o meu cérebro se recusa a acreditar que é verdade e tão fácil.
Medo de falar assuntos importantes com os mais chegados, não ter coragem para falar com familiares com medo de possíveis represálias.
Começou novamente a época de futebol, não queria passar tanto tempo a ver jogos. Já nem ligo muito ao meu clube, nem ao futebol português, mas gosto principalmente de ver os portugueses no estrangeiro em acção, como o Ronaldo na Juventus, o Bernardo Silva no Manchester City ou os portugueses do Wolves. Tenho que deixar de perder tempo com futebol e tentar fazer coisas mais importantes.
Vou deixar este Verão em claro? Tenho que arranjar um programa para sair da monotonia!

domingo, 12 de agosto de 2018

Tio Insuportável

O discurso dele é sempre atacante, parece que está a ralhar com uma criança, não gosta de ser contrariado, pensa ter sempre razão em tudo no que diz, detesto-o, torna-se insuportável. Enerva-se e começa aos gritos, só ele é que tem direito? Não é só comigo, é com todos os familiares mais chegados, claro que para fora dá uma imagem completamente diferente daquilo que é. Se exibisse esse feitio como em casa, iria ter problemas, nem todos são mansos como eu. Estou farto, guardo tudo para dentro e a minha cabeça quer explodir de tanta raiva. Quanto mais velho mais resmungão fica, ou será que é de estar cada vez mais deprimido que sinto essa sensação? Antigamente nem ligava muito ao que dizia, ao contrário de agora. Tenho medo de falar com ele, penso sempre nele de noite com receio do que vai dizer no dia a seguir, medo que um dia me passe e acabe para sempre a relação que tenho com ele, para tristeza de outros familiares. Acho que prefiro morrer ao ter que o ouvir. Tento evitar o máximo de convívio, fugindo para sítios onde ele não está, no entanto às refeições não o consigo fazer. Faz escândalos por assuntos insignificantes, até me benzo. Nestas alturas, fico lixado por não ter ninguém com quem sair e desabafar. Não faz a mínima ideia daquilo que penso, tem uma opinião negativa minha, mas nem imagina o quão negativa tenho dele. Não sei como responder sem gerar conflitos, visto não aceitar a minha opinião.  Como se cria uma relação com uma pessoa que não gosta de ser contrariada? Se lhe responder ainda vai ficar mais bruto, tenho que aguentar até ele ir embora para o estrangeiro, mas não está fácil. Quando era criança, com o meu pai afastado era a minha referência, mas sempre me afastou quando andava com a filha ou a fazer os seus pequenos biscates, não me esqueço de quanto sofri mesmo quando era novo por causa dele. Devia tentar transmitir como me sinto, podia ser que ele tivesse mais calma, mas como não sei falar torna-se complicado. Como vai ser num dia quando ele voltar de vez(que estará para breve)? Só de pensar deixa-me angustiado. Um exemplo: Um familiares fizeram um serviço em que precisavam o máximo-de-mão-obra possível, no entanto nem sequer estava a par do mesmo, ia ajudar na boa se me pedissem em condições. Mandou logo uma boca a dizer que não era mais que a minha obrigação ajudar, naquele seu estado raivoso dele, que um dia se precisasse ninguém me ajudava. Antes morto do que pedir algum favor a ele! Para soltar a fúria da minha mente imagino agredi-lo, gritar com ele, mas não resulta, só fico mais transtornado. Sou um cobardolas por não o conseguir enfrentar! Continuo a deixá-lo interferir em assuntos que devia dizer "não tens nada a ver com isso, quem decide sou eu". Não sei como a mulher o atura, merecia uma estátua!

domingo, 5 de agosto de 2018

Prisioneiro, Vaga Calor

Estes últimos dias têm sido terríveis, um prisioneiro na minha própria casa, não tenho liberdade para fazer nada. Sinto-me atacado cada vez que ele fala e faz as suas criticas, chama-me incapaz que não sirvo para nada, o que me dói é que ele tem razão, mas não percebe a minha personalidade, não sabe que aquelas palavras me deixam tão mal e sem confiança. Fala com outros a revelar a minha inabilidade, não se cansa de repetir o mesmo discurso. Não sou capaz de lhe fazer frente, explicar-lhe...anseio pelo dia que vá embora.
Esta vaga de calor tem sido impossível aguentar, tinha que calhar logo nesta altura, em que nem posso estar à vontade no r/c ou quintal. Ainda pensei ir o fim-de-semana para um sitio ao pé da praia, procurar um alojamento para dormir duas noites, pela primeira vez na vida pernoitar fora de casa, para variar não dei o passo que faltava. O que diriam? Mal, com certeza. Porque dou tanta importância à opinião deles? Já não aguentava este ambiente, tinha que sair de casa, fui dar uma volta de mota pelas terriolas á volta, parei num café (para mim é impossível parar num café da minha vila com medo que alguém me reconhecesse), estive lá um bocado, mais uma vez me senti deslocado a observar as outras pessoas a relacionarem-se. Que pessoa normal faria uma coisa destas? Não voltei a falar com aquela colega simpática, entretanto foi deslocada para outro projecto e nunca mais foi ao escritório onde trabalho.
O que me falta para dar o clique? Não preciso falar muito para fazer coisas. O certo que não as sei fazer nem sequer mandar.
Estou neste momento a receber visitas de uns familiares  que estão no estrangeiro, eu em sequer consigo descer para cumprimentá-los. Tenho tanta fome, dói-me a cabeça. Já estão à meia hora a dizer que se vão embora e nunca mais vão.
Quero ir embora daqui, deixar tudo para trás, esquecer esta vida, encontrar uma nova… para quê? Ia levar comigo esta minha maldita personalidade, não consigo fugir dela. Ter ambição, arranjar família, filhos, uma casa minha. Um dia se não arranjar mulher, pensar em adoptar uma criança? Não me sinto responsável o suficiente. Teoricamente vivo num "paraíso", vilas pequenas sem grande transito, vive-se confortável é o sitio ideal que recomendaria a uma pessoa para viver, não sei a sorte que tenho.
A minha mãe continua mal, no outro dia caiu da cama, chocou-me imenso vê-la no chão chamando o meu nome de forma débil, mal a consegui levantar por causa do peso excessivo e pela minha fraqueza. Passei um dia todo nas urgências, saturante e no final não tenho a certeza se a diagnosticaram bem, pois passado uns dias as melhoras são poucas. É isto que me espera no futuro? Estou preocupado que isto interfira com o meu trabalho...

sábado, 28 de julho de 2018

Recaída Mãe

Esta semana está a ser muito complicada, depois de muito tempo em que a minha mãe tem estado estável, com aparente melhoria, fazendo coisas que jamais pensei que voltaria a fazer, a melhor fase desde o inicio da doença, teve uma recaída que a deixou sem forças. Uma tosse esquisita, não tem apetite, praticamente não come nada, dificuldade em respirar e falar, dores musculares intensas, não se consegue mover sem ajuda, chegou a estar paralisada, não consegue controlar a urina, noites em claro que a deixou exausta. Esta noite fiz directa à espera que ela acordasse, mas felizmente dormiu várias horas seguidas, até fiquei assustado de ter sido tanto tempo. Depois de muito insistir levei-a às urgências, ela tem medo de ficar internada no hospital(é muito parecida comigo, herdei os problemas psicológicos dela) e teve que ser um familiar com um discurso mais duro a persuadi-la a procurar ajuda médica. O médico que atendeu foi ver o processo dela, doeu-me ouvi-lo dizer que não havia muito a fazer, dizendo por outras palavras para estar preparado para o pior, nem percebi o discurso dele à primeira, insisti e fiz figura de burro. No fundo sempre acreditei que havia esperança que um dia se curasse. No inicio ela já andava a queixar-se, mas o médico de família não a mandou fazer exames, disse que não havia necessidade. Um diagnostico mais precoce podia ter resolvido! Ela era seguida no IPO, (incompetentes de merda, como não lhes ocorreu que poderia suceder metástase, nunca lhe fizeram exames a nada, apenas no sitio do primeiro tumor… não pensaram nessa situação que acontece muitas vezes? Sou um atado, devia ter feito barulho, a minha mãe se fosse mais perspicaz também se podia ter questionado, sinto-me culpado por não ter pedido mais detalhes, esta personalidade pode tê-la conduzido à... Sinto um peso considerável alto, mais que o normal. Estou paranoico, sempre em alerta, tenho medo que caia, já apanhei vários sustos, que eram apenas gritos saídos da televisão.
A minha mãe é como eu, liga mais a assuntos pouco importantes do que ao mais importante, no caso dela o cancro. Devia estar organizada, com um dossier com os medicamentos que toma, com roupa preparada, é sempre uma confusão quando acontece alguma coisa.
Não é fácil viver com uma mulher doente e uma pessoa idosa, chego a casa e encontro um cheiro a urina e uma série de lamentações.
Este fim-de-semana ando a fazer uma limpeza a casa, demasiada grande, muitas divisões, sinto-me esgotado como um velho.
Oiço demasiado barulho, o pessoal a ir para uma festa provavelmente a ocorrer aqui perto e eu sem saber de nada, que se passará? Ou é apenas gente a aproveitar uma noite agradável de verão para passear?

domingo, 22 de julho de 2018

Demência, Verão, Enganado?

Estou a ficar com medo de ficar demente, comporto-me de uma maneira incomum, em certas situações parece que o meu cérebro fica paralisado, por exemplo estou a ver um filme e de repente vem me ao pensamento que não vou compreender os diálogos, tenho medo que isso se propaga principalmente ao trabalho.
No verão as coisas tornam-se mais complicadas, por causa do aumento das festas, festivais e outros eventos. No outro dia ouvi um anuncio de um evento que ia decorrer numa discoteca local, nesses momentos fico deprimido, a pensar no que estou a perder por causa desta timidez excessiva.
Vou voltar a ser prisioneiro em minha casa, já conto os dias para irem embora e nem sequer chegaram! Quero que não me critiquem, ando com paranoia por causa de limpeza do quintal e da casa, qualquer erva daninha por mais pequena que seja faz-me confusão. Eles arranjam sempre uma maneira de falar mal, estou com tanto medo, fico com uma raiva, apetece-me explodir, consigo controlar o que me deixa com uma fúria ainda maior. Não me apetece fazer nada, nos domingos com o calor ainda e dar uma volta de mota, passear ir para pequenas aldeias que não costumo visitar, a inércia parece cada vez maior.
Ela cortou a carne à minha primita, tal como fazia quando eu era criança, ela não vê que com estas atitudes atrasa o crescimento? Muitos exemplos destes podem ser dados, ela pensa que está a ajudar, mas é o inverso.
O meu patrão está cada vez mais exigente, ultimamente anda a comportar-se de uma maneira estranha, a gritar com todos, chamando-nos de incompetentes. A paranoia de ser despedido voltou, ainda por cima antes da chegada dos meus familiares, o que faria se estivesse desempregado?
A minha comunicação com pessoas é terrível, ultimamente fui obrigado a interagir e saí-me mal mais uma vez, com a sensação que me passaram a perna por causa desta minha personalidade. Tinha que levar o carro à inspeção, fui a uma estação de serviço lavar o motor, quando acabam vejo que tinha saído uma peça e nem me chamaram a atenção. Reparo e perguntei-lhe de onde era aquilo (infelizmente não percebo nada como em muitas áreas). Disseram que era do capot, mas que já estava assim antes, para ir a um sucateiro...tenho a certeza que foi da lavagem, mas não reclamei, calei-me e fui embora triste por não ter enfrentado e dito o que pensava. O carro chumbou na inspeção, tive que recorrer ao mecânico, mais uma vez fiquei com dúvidas se não fez alguma trafulhice para pagar o que não era necessário. No dentista uma restauração correu mal e passado um mês tive que fazer outra ao mesmo dente, paguei novamente quando devia ter reclamado.
Os fins-de-semana demoram a passar, (se dissesse isto à uns anos chamava-me louco). Costumo ir para o quintal apanhar sol, ler um livro, escrever, jogar no smartphone, brincar com o cão emprestado... mas estou sempre com este sentimento de culpa, devia estar a fazer outra atividade, visitar lugares, conhecer novas pessoas,etc. Em breve vou fazer 35 anos, queria que este fosse o momento para passar para o próximo nível, esta idade é terrível pois é a transição de "novo" para "velho".

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Vida Paralela; Zombie; Doença Mãe

Tenho trabalhado até mais tarde, sinto-me cansado, mas é o único sitio onde posso dizer que sou o mais próximo de uma pessoa normal. Demasiadas vezes perco-me em pensamentos, pego em frases ditas por colegas que me fazem voar na imaginação conjeturando cenários irrealistas. Continuo constantemente com esta vida paralela, personagens que crio, diálogos onde as pessoas respondem exatamente aquilo que quero ouvir, imagino um eu num mundo onde os meus principais defeitos são virtudes….um gajo social e feliz. Sei que devo desligar-me de vez, mas é mais forte do que eu, não consigo, a minha vida ficaria secante. Tanta coisa importante que devia ligar… mas é o mesmo de sempre, este medo irracional toma conta de mim e não me faz crescer. Às vezes estou rodeado de gente, mas é como se estivesse sozinho, só curtos diálogos, eles devem ter uma opinião horrível a meu respeito. Li que a solidão faz tão mal como fumar 15 cigarros por dia, acho que faz pior!
Chego a casa, ando de divisão em divisão feito zombie, a tentar perceber o que ando aqui a fazer, nada de positivo. Quando estou assim não me apetece fazer nada, nem ver televisão, nem ligar o computador. Fui ao quintal com o objetivo de limpar as ervas daninhas, passado 10 minutos já estava esgotado, do outro lado o cão sempre a ladrar que me faz irritar e aumentar a ansiedade. Depois até medo de despejar o lixo no contentor tenho, medo de encontrar alguém na rua, sinto-me um prisioneiro. Quero agradar a um familiar, mas ele vai sempre arranjar uma maneira de me criticar. O médico receitou-me um medicamento chamado triticum, para não acordar tantas vezes de noite, mas o efeito em mim é inexistente. Ultimamente nem tenho vontade de masturbar, no entanto de noite acordo sempre com o pénis erecto, o que é muito incomodo quando tenho vontade de urinar.
Notícia horrível que recebi, a doença da minha mãe está outra vez a alastrar. Foi um choque ouvir o médico quando nos informou, não estava nada à espera... depois de estar algum tempo estabilizada  com o novo tratamento a resultar, agora parece que os tumores ganharam resistência. Ela tem melhorado a nível de humor, já ajuda mais em casa, conduz para lugares mais distantes, agora está de rastos..
Numa troca de mensagens com uma colega senti que podia ter arriscado mais, tentar perceber se existe alguma possibilidade de a conhecer melhor, mas mais uma vez não fui capaz de ultrapassar os meus limites. De qualquer maneira ela já deve saber a merda que sou.

terça-feira, 19 de junho de 2018

Timidez e os seus problemas

Problema principal… timidez... gera outros problemas como: falta de confiança, complexo de inferioridade, apatia, solidão, passividade, várias limitações, não expandir horizontes, não ter vida, medo de arriscar, culpa permanente, mente prisioneira, relações diminutas, burrice, falta de experiência, ansiedade, depressão, etc. Como gostava de passear, ir para um destino diferente, fugir à rotina, fazer programas variados. Vejo fotos e vlogs de pessoas na internet e suspiro de inveja por não conseguir ter uma atitude que mude a minha postura. Ainda ontem vi um vídeo no youtube de um homem que foi à Russia, ver o Portugal-Espanha, que me deixou fascinado, com vontade de lá estar ao vivo a disfrutar aquele ambiente, sentir aquela experiência, conviver com pessoal desconhecido, abraçarem-se nas comemorações.... deve ser tão bom ser assim…
Mesmo conhecendo meu patrão à quinze anos, tenho tantas dificuldades em fazer um simples pedido. Imagino situações estapafúrdias que me impeçam de fazer o que quero. Ouvir uma colega de trabalho a falar dos projetos criativos, a maneira fluída como fala, a capacidade de argumentação deixou-me espantado e em baixo por não conseguir fazer o mesmo. Várias situações ao longo do dia me deixam assim, sou patético. 
Num dos raros encontros entre o meu pai e a minha mãe ele teve uma conversa com ela sobre a doença psíquica, a obsessão pelas compras. Falou muito bem, até me admirei da capacidade de diálogo, muito superior ao meu. Fiquei depois com medo da reação dela, apesar de estar consciente que mereceu tudo o que ouviu, não tem noção de quanto triste fico por esbanjar o dinheiro em coisas desnecessárias que nunca vai usar. Enquanto escrevia isto falou comigo para fazer um cartão de crédito para uma compra...entra por um ouvido sai por outro.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Festa de Aniversário; Mau Ambiente Familiar

Decorreu a festa de aniversário do meu afilhado, foram convidados uns amigos da escola na faixa etária de 4, 5 e 6 anos. Sentado no meu canto, observava-os... sempre gostei das crianças, da sua inocência, verificar a aprendizagem constante, os disparates que dá vontade de rebolar a rir. Havia uma miúda extrovertida, que falava muito e só fazias asneiras, até que começou a gozar com uma amiga que estava sempre calada, dizia ela que só abanava a cabeça para expressar um sim ou não. Epah, revi-me tanto nessa situação, vieram-me memórias de quando era mais novo, sucedia exactamente o mesmo, tive tanta pena. Via-se que ela não gostava de lá estar e assim que chegou a mãe foi correr para os braços dela de felicidade, só espero que a criança não tenha o mesmo destino do que o meu. A responsável pela festa era uma bela jovem simpática, viu que não fui buscar uma fatia de bolo e foi entregar-me onde estava sentado, fiquei surpreendido com o gesto, acho que nem agradeci como devia, fiquei bloqueado como acontece sempre nestas interações pessoais. Fiquei a pensar como podia ter uma conversa com ela, mas não me ocorreu nada, ia dizer o quê "sabes como passei o boss no jogo x"? Esta minha deficiência psicológica está a dar cabo de mim, sei que a tenho mas não a consigo ultrapassar, o odio que sinto por ser assim é demasiado. Que mania esta de colocar as outras pessoas num pedestal.
Os fins-de-semana continuam terríveis, a culpa permanente não me larga, por exemplo estou a brincar com o cão, uma actividade que devia relaxar, mas fico ansioso. Assisti à final da liga dos campeões, com este peso, não consigo desfrutar nada. Vêm aí o mundial, uma competição que tanto me agradava no passado e agora estou sem expectativas porque sei que vou estar abatido. Nos tempos livres agora um dos meus passatempos é jogar Farcry 5, a minha postura deve ser terrível, pois causa-me dores nas cervicais, situações que me deixam desesperado tal como a gengiva inflamada que persiste em incomodar-me a algum tempo.
A minha mãe está insuportável, não se pode ir para lado nenhum com ela por causa da sua obsessão pelas compras! Gastou o dinheiro toda da reforma e agora quer que lhe empreste dinheiro para comprar roupa que nunca vai usar. Disse-lhe que não e ficou amuada de tal forma que mal me dirige a palavra. Sei que tenho a razão do meu lado, mas não consigo deixar de ficar triste e essa situação persegue-me neste dias. Tenho medo que agrave a depressão, que cometa alguma loucura por uma coisa insignificante. Mais valia ter lhe dado o dinheiro e assim ficava contente e eu igualmente por não me ter que preocupar. Não posso ceder a todos os caprichos dela, mas fico em baixo por estar mal com ela. Gera-se um clima pesado nos raros momentos que saímos, o mau ambiente sempre presente, não me apetece voltar a fazer este tipo de programas. Uma vez falei deste problema com a psiquiatra dela, ela disse que se não se sentisse culpada não havia problema, por causa destes exemplos é que tenho dúvidas de alguma competência, talvez o problema foi meu de não conseguir transmitir o quanto prejudica a rotina diária.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Minha Voz, Colega Simpática

Às vezes gravo conversas em alguns locais como em consultas com o médico ou quando os bancos estão a tentar impingir novos produtos, etc. Faço isso por causa da minha dificuldade em decorar conversas quando estou à frente das outras pessoas. Por exemplo no dentista não tive possibilidade de gravar e agora estou cheio de dúvidas quanto ao tratamento.  No entanto depois raramente as oiço por vergonha da minha voz e das minhas patéticas intervenções, não digo nada de jeito. A minha voz é péssima, timbre, dicção, falo pouco, demasiadamente rápido, muitas disparidades no volume. Mas por exemplo leio bem, é por não encontrar as palavras que a minha voz sai assim? Também se pode treinar e aperfeiçoar? Acho que sim, mas parecia doido se por exemplo falasse sozinho.
Ultimamente tenho me dado bem com uma colega, sinto um à vontade com ela o que é estranho para mim. No outro dia tive a rara oportunidade de ficar sozinho com ela algum tempo. O silêncio imperava, esperava que ela tomasse a iniciativa, estava-me a sentir mal por mais uma vez a timidez  levar a melhor, até que pensei um assunto para quebrar o gelo e a partir daí para meu espanto a conversa fluiu. Revelou-se ser bastante simpática e desde aí que ela me fala de uma maneira carinhosa. Não consegui deixar de pensar nela à noite, estou apaixonado? Anseio que volte a estar com ela em breve. Ela provavelmente é assim para todas as pessoas, eu é que quero que tenha algum tipo de carinho especial por mim. Quais são os sinais se uma pessoa está interessada na outra? Como gostava de perceber mais sobre esta matéria!  Nem sei avançar e perceber os indícios para recuar., corria o risco de criar uma situação embaraçosa. Mas mesmo se tivesse sucesso como seria o depois? Se não conseguisse manter uma relação e por causa dela entrasse numa depressão maior como  aconteceu no passado?
P.S. Primeira vez na vida que estou a escrever no blog dentro de um carro 😕

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Tristeza Fim-De-Semana; Consulta Médico

Ultimamente parece que fico mais triste ao fim-de-semana do que durante a semana, um padrão estranho, pk será? Tudo o que faço são coisas que gosto, talvez a culpa seja maior por sentir que não estou a agir correctamente como uma pessoa normal. Ora bolas, cada um deve ser livre de fazer o que lhe apetece desde que esteja a respeitar os outros, mais uma vez sinto como se tivesse a cometer alguma ilegalidade. Toda a gente faz as suas actividades sem remorsos, porque sou diferente? Quero sentir felicidade, os adjectivos que encontro são insuficientes para descrever aquilo que passo, não me quero estar a repetir em demasia, simplesmente não consigo viver o momento, não quero continuar assim.  Não sei se é por acordar mais tarde nestes dias, mas fico com dor de cabeça que me impede de curtir aquilo que costumo fazer, penso demasiado nisso. Qualquer problema pequeno transformo-o num grande. A minha vida é muito repetitiva e monótona, devido a não conseguir relacionar-me com ninguém. Não saio para lado nenhum, nem procuro actividades diferentes, só estou "bem" em casa no meu mundo solitário.
Novamente uma consulta com o médico de família, mais uma vez provei a mim mesmo o cobardolas que sou em não revelar qual é o meu maior problema. Falei lhe apenas de uma ansiedade excessiva e dificuldade em dormir, não fui capaz de dizer que o meu estado de humor é habitualmente de tristeza. Não entendo o porquê de não conseguir manifestar os meus problemas a um profissional especializado que me podia reencaminhar para um tratamento que pudesse melhorar, no meu intimo parece que não quero ser ajudado. Falei uma vez dos meus problemas com o antigo médico de família que cagou completamente no meu caso, provavelmente sabia que iria sair daquele centro de saúde. Também o culpo pelo agravamento da doença da minha mãe, ela queixava-se e ele nunca a mandou fazer exames, dizia que era uma tosse normal, foi salva por um doutor temporário. Este novo médico é completamente diferente, novo, simpático, vê-se que se preocupa com o paciente. Durante o diálogo tive várias oportunidades de me abrir, mas não fui capaz e naturalmente deixou-me em baixo. Ainda estou a tempo... mas tenho receio que me pergunte porque não contei mais cedo. Já pensei dizê-lo mas não entrar em pormenores, dizer que foi depois de terminar a minha relação o que não deixa de ser verdade.

sexta-feira, 30 de março de 2018

Criticas, Ajuda, Exames, Avô, Serra de Estrela, Visitas de Estudo, Carreira Futebolistica

O meu patrão voltou a fazer-me criticas, diz para defender a empresa como se fosse minha. Comunica muito bem, oiço e desejo ser como ele. Raramente respondo, digo sempre que sim a tudo, mesmo quando tem ideias um bocado estapafúrdias. Muitas vezes não concordo, mas não consigo dizer, tento evitar algum tipo de represália com medo que pense que não estou a ajudar a melhorar. Quem me dera saber dar sermões a quem visse que a estava a prejudicá-la, apetece-me fazê-lo muitas vezes, vejo muitas situações erradas, mas não consigo chamá-los a atenção para corrigir. Gostava de organizar tanta coisa de maneira diferente, mas não tenho capacidade para impor as minhas ideias. Sou da opinião que cada um deve defender a empresa onde trabalha, a entidade que lhe paga, mas vejo muito pessoal que critica, não compreendo quem pensa assim. Sou assim na minha vida pessoal, podia dar mais de mim se não fosse esta personalidade tão delimitadora. Sinto-me derrotado, duvido da minha competência, nem tento...
Fiz exames ao joelho, ombro e anca. Ainda não fui ao médico, mas li no relatório que não detectou qualquer problema, mas pk raio sinto estas pequenas dores que me incomodam tanto? O examinador disse para fazer mais desporto... Recentemente fiz um tratamento a um dente que me custou cerca de 200€, no final continuo com dores. Estão me a doer outros, não sei o que faça.
Uma tarefa que não me diz respeito, mas porque tenho a sensação de culpa por não ajudar? Eles não me pediram, mas um familiar distante lembrou-se de mim. Mas esta minha condição física, deixei-me com receio de piorar, foi num desses esforços que dei cabo da anca, ainda por cima o tempo está chuvoso e vento forte, pouco é suficiente para ficar doente. Já me estragou este fim-de-semana prolongado por causa deste pensamento continuo sobre esse assunto. Era mais útil ir ajudá-los, do que ficar em casa a escrever no blog, colecionar cromos do mundial da panini, ver um filme ou jogar "Age of Empires", último jogo que instalei. Tenho medo de que tipo de retaliação? Um obrigado no final era suficiente para mim.
O meu avô faleceu quando era criança, tinha apenas 12 anos. Tinha 65 anos, mas uma aparência de 90 anos tal a quantidade de doenças que tinha, nada lhe faltava, desde diabetes, angina do peito, arrotos, Alzheimer, etc. Lembro-me bem das recordações dele, memórias mais vivas que algumas recentes. Talvez por ser criança não tivesse sofrido tanto, era como se fosse uma brincadeira, era um pesadelo ter assim alguém doente em casa, principalmente quando a cabeça não regulava bem. Muitas vezes não se lembrava de mim, perguntava quem era o garoto que andava a deambular pela casa, não sabia onde estava, perdido. Tenho a sensação que muitas vezes estava noutra linha temporal, pois lembrava-se melhor das memórias antigas, costumava cantarolar músicas do passado, as recentes eram apagadas. Nunca sabíamos em que estado o iríamos encontrar. Uma vez estava com amigos em casa e ele perguntou onde ficava a sala, todos se riram, a primeira vez também me ri, depois habituei-me. À noite ele acordava e fazia barulho pela casa, irritado, saía sem a gente dar conta, perdia dinheiro, era um perigo constante que na altura por causa da minha tenra idade não me apercebia. Será que me protege onde ele está?
Voltei a visitar a Serra da Estrela, prometi a mim mesmo que lá voltava num dia de sol e com bastante neve. Raramente vi neve na minha vida, onde vivo só me lembro de ter nevado duas vezes quando era criança, desaparecendo rapidamente. Pela primeira vez na vida vi neve a sério, andei a caminhar nela e a ver as bonitas paisagens provocadas por este belo fenómeno da natureza. Almocei numa albergaria, pensei como sou patético, nunca pernoitei na vida num hotel! Vi vários autocarros com alunos, as famosas visitas de estudo que tanto odiava, paravam em parques para fazer os piquenique, as recordações que me traz. Passei o tempo a andar de  um lado para o outro, ver os miúdos a divertirem-se(pena de nunca ter podido fazer o mesmo) pessoal a esquiar, fazer snowboard...porque não tive coragem para experimentar? Ao contrário do normal para as outras crianças(para minha personalidade normal tudo que saísse da minha zona de conforto) eu detestava as visitas de estudo, cheguei a inventar desculpas como más disposições para não ir. Ficava muito enjoado pelas longas viagens de autocarro, no final do dia muito cansado, só desejava o regresso. Não comia quase nada, por exemplo dava as minhas salsichas aos meus amigos que se consolavam. Como me arrependo de não ter apreciado essas visitas para aprender, longe de imaginar na altura que nunca iria sair para lado nenhum. Aliás, nem no meu concelho nem nos vizinhos conheço nada, por acaso no outro dia li um artigo, um guia de alguns locais a visitar nas redondezas e fiquei espantado de haver tanto lugar que nem imaginava existir.
Futebol, desporto que tanto gosto, mas sou mais um adepto do sofá, mais por causa desta timidez pois gostava de ter jogado. Quando era criança ainda joguei na equipa da terra, durante duas épocas. Tinha uns 8 anos e noutra tinha uns 11, apenas fui por causa de um amigo. Na primeira época, era suplente, fraco fisicamente, até desejava que não me passassem a bola. Na segunda era titular pois não havia muita qualidade. Assim que deixei de ter contacto com esse meu amigo que me influenciava, deixei de jogar, tenho pena de o ter feito. Para além disso a minha outra experiência mais competitiva foi na escola, futsal, desporto escolar, inter turmas. No primeiro ano não me inscreveram na equipa, fiquei triste por acharem que não tinha qualidade suficiente, mas muitos amigos abandonaram e tive a minha oportunidade, até deu barraca quando marquei um golo e deram conta que não estava inscrito. É claro que nunca fui convocado para defender a minha escola contra outras.  No verão existem muitos torneios de futebol de salão, muitas empresas participam. Nos primeiros anos a empresa onde trabalho também participava, mas claro que nunca contavam comigo, também não me ofereci, tinha medo de ser gozado.
Cada vez que relato estas "histórias" ridículas fico com a sensação de tristeza por levar uma vida tão desprovida.

domingo, 18 de março de 2018

5 anos Blog

Hoje faz 5 anos desde o primeiro post deste blog. Incrível, como já passou tanto tempo... é  como se o tivesse criado ontem! Na altura, "inicio" da crise procurei alguma forma de escrever e partilhar a minha angustia. Costumava descrever a minhas "aventuras" num caderno, decidi optar também pelo digital, uma maneira onde pudesse escrever em qualquer lugar a qualquer hora. Comecei por fazer posts a contar como era a minha família, amigos, na escola, etc. Acho que o objectivo não era continuar o blog por muito tempo, mas acabou por ser uma terapia desabafando as minhas histórias, contando toda a verdade, tudo o que sentia, sem qualquer restrição, mesmo as acções que me fazem sentir com mais vergonha, os meus segredos que nunca conseguirei contar a ninguém pessoalmente. Não pensei que alguém fosse lê-lo, no entanto já recebi alguns comentários a tentarem-me ajudar, agradeço a quem o fez.
A nível de humor posso dividir a minha vida em duas fases principais. O ano de 2012 foi uma viragem que me fez conhecer este mundo de depressão. Antes era um jovem pateta, ingénuo, sabia das minhas limitações, mas não ligava muito a esta timidez e à falta de acção, ansiava o momento para ir para casa para entrar no meu mundo solitário de lazer e isso bastava para ser feliz. É claro que no fundo sabia que podia acontecer uma mudança e ter que encarar a realidade foi um choque, resultando assim um sentimento de culpa permanente que não me larga desde então. A relação amorosa que tive nesse ano fez mudar tudo para pior, abriu-me os olhos para um mundo real e soube que seria extremamente difícil sair do meu com esta minha personalidade.
Vejo as fotos do passado num misto de saudades, nostalgia, ontem quase chorei ao ver um vídeo de mais de 10 anos atrás em que jogava à bola no quintal com a minha afilhada. Estou com uma paranóia de ser assaltado e de me roubaram o que tenho em casa, não é as centenas de euros que  tenho guardado em casa que mais me preocupam, mas sim os dados que tenho nos meus discos rígidos, ficaria muito triste se perdesse o conteúdo de milhares de fotos guardadas. Pensei guardar um disco de backup noutro local, colocar os ficheiros num serviço nuvem, mas são muitas GB. Ainda comecei a operação de upload os ficheiros para o Mega que tem alojamento 50 gb, criar várias contas... acabei por desistir.
Recentemente faleceu um colega de trabalho, foi de um momento para o outro, todos ficámos em estado de choque, era uma pessoa 5 estrelas, durante dias não me saiu da cabeça esse assunto e claro penso nas comparações. Devia gozar a vida enquanto cá estou, não devia sofrer por cenas insignificantes, completamente sem sentido. Não tenho doenças graves, tenho emprego, casa, carro, não tenho conflitos com ninguém. Esconder os meus sentimentos à minha família, de vez em quando deixa-me com um sentimento de injustiça, às vezes gostava que soubessem o que sofro, eles pensam que sou o pateta de antigamente, que sou feliz à minha maneira. 
Ouvi a minha mãe contar histórias para uma relativa desconhecida, em como conheceu o meu pai, o desenvolvimento da relação... a mim nunca me contou nada, acaba por ser justo pois ela não sabe de nada do meu sofrimento. Em tudo uso o sobrenome da parte da minha mãe, desde as assinaturas de email, quando me perguntam, etc. Apesar de não ser o meu último nome como acontece normalmente, sinto uma ligação mais forte a este lado da família, um dia se tivesse um filho gostava de passar esse sobrenome, o meu pai obviamente não iria gostar, mas é uma não questão visto nunca irá acontecer.
Existem algumas dezenas de associações aqui na zona, como gostava de me integrar em alguma(agora não me apetece desenvolver)!
Actualmente continuo com um medo irracional, de sair de casa e ir para o trabalho mesmo sabendo que é um bom sitio. Continuo com problemas de comunicação mesmo com o pessoal mais chegado, por exemplo tive conhecimento duma oportunidade de negócio mas fui incapaz de dizer alguma coisa. A falta de confiança, os novos pensamentos, perturbações, obsessões estão cada vez maiores, tudo o que vejo parece-me confuso, até aqui estou com dificuldades em escrever, demorei imenso tempo a elaborar este texto, as palavras não fluem, antigamente era mais rápido, a memória, a criatividade desapareceram, estou a desaprender... tenho ideia que nunca consigo transmitir o que sinto por minha incapacidade intelectual.

P.S. Confesso que estou a escrever este texto uns dias antes de ser publicado, exactamente no dia 12 de Março, mas vou agendá-lo para a "comemoração" do aniversário do blog. Escrevi este post scriptum só para dar um exemplo da minha ânsia. Estou com uma vontade imensa de o publicar imediatamente, sei lá, medo que o texto desapareça e que nunca seja publicado.

domingo, 4 de março de 2018

Sair do Meu Mundo

Tenho que tentar sair do meu mundo de vez nos próximos tempos, brevemente o prazo chegará ao fim, posso ficar sozinho a qualquer momento e não estou preparado. Tenho todos os meios para o fazer, incluindo condições financeiras, mas o medo de mudar continua mais forte do que eu, deixar os outros decidirem é mais fácil, receio que as minhas decisões sejam erradas e que fique pior do que estou. Sei que esta personalidade me limita imenso, mas aos poucos tenho que tentar evoluir, senão não estou cá a fazer nada. Tenho que planear o futuro, ser mais activo naquilo que quero, mas é complicado, nem sei o que pretendo fazer e isso deixa-me sempre angustiado. Estou a pensar transformar  uma divisão numa sala de lazer que seja só minha. Colocar a tv numa parede, umas prateleiras onde arrume os meus livros, secretária(preciso mesmo do meu pc desktop?),comprar sofá moderno, objectos que goste, posso ir à net pesquisar ideias, fazer um esboço... acabo por desistir. No meu quarto tirar a televisão e qualquer outro entretenimento, ter apenas os moveis, ali é só para dormir. Arranjar solução de maneira a ter conforto térmico. Acho que nunca conseguirei dizer nada à minha família, medo de se rirem das minhas ideias patéticas. Farto de dizer que tenho que evoluir, etc mas nunca acontece.
Tenho que ser mais autónomo, aperfeiçoar-me nas tarefas domésticas, só assim poderei ter a consciência tranquila para fazer outras atividades. O meu candeeiro de teto foi-se e agora como vou substitui-lo? Espero por um familiar para me humilhar ou tenho que pagar a alguém para fazer o serviço? Isto não é coisa de homem!
Preciso resolver um assunto, mas uma pessoa do passado trabalha lá e só por causa disso tenho medo de lá ir, são estas coisas ridículas que me afetam muito a minha vida.  Às vezes desejava ter coragem para ir para um sitio distante e começar do zero.
A última consulta no médico foi uma desgraça, não consegui transmitir a dor que sentia nos pulsos, o médico ficou impaciente. Para além do esquerdo agora o direito dói-me também. Estou com medo que isto não me passe, pois incomoda-me bastante. São anos e anos de esforço consecutivo e é normal que se ressentem.
Não consigo impor ideias em lado nenhum, isso deixa-me tão irritado, certas pessoas vêm como um inútil. Não tenho atitudes para corrigir as suas opiniões.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Memórias, Paixoneta Dores de Cabeça, Poupança

Custa-me entrar em memórias, demoro demasiado para visualizá-las, mas quando entro lembro-me de quase tudo, é como se fosse outro mundo, mas isto prejudica quando sou obrigado a entrar nelas rapidamente. A paranoia que agora tenho de não perceber o que os outros dizem está-me a perturbar. Gostava de entrar num cérebro de outra pessoa só para ver a sensação de despreocupação e felicidade, de ver o mundo sem as dificuldades que coloco, um mundo claro, sem baralhação. Esta falta de confiança em mim tem que acabar, não sou inferior a ninguém. Tenho a capacidade de falar e decidir como os outros.   
Existe uma mulher que entrou a alguns meses na empresa que me parece bem simpática. É gira, apetecia-me meter com ela, mas sei que está longe de ser do meu campeonato, provavelmente já deve estar comprometida.  Ela trabalha noutras instalações, raramente a vejo, ultimamente ando a falar mais com ela para resolver tarefas em comum, mas atrapalho-me imenso, ela deve achar que sou um idiota, sinto uma paixoneta que gostava de aumentar. No outro dia ligou-me a perguntar se ainda estava no escritório, eu disse-lhe que aquele número é da empresa e que deixo o telemóvel lá, apetecia-me dizer que se quisesse tomar um café fora de horas podia lhe dar o meu número particular, é claro que não fui capaz. Dizem que pareço mais novo do que pareço, podia ser uma vantagem mas não uso. Esta ausência de relações amorosas faz muita falta.
Estas dores de cabeça e tonturas estão me a deixar desesperado. Estou tão habituado a dormir por curtos períodos de tempo que quando durmo um bocadinho mais fico logo desregulado. Passei pela farmácia e comprei umas cápsulas para ver se adormeço mais rápido e não acordo tantas vezes de noite. Não sei se tome, tenho medo que me faça mal, apesar de estar comprovado que este tipo de medicamentos não criam dependência. Marquei uma consulta com o médico, nem sei quais os assuntos que vá abordar.
A minha mãe continua a deitar o dinheiro todo da reforma no "lixo", compra coisas desnecessárias, principalmente roupa que não usa, fico tão irritado com ela! Mete os sacos todos num quarto desocupado, os pacotes quase chegam ao tecto. Ela não tem noção, nem se culpa, o que é grave. A mãe dela paga-lhe todas as despesas, devia obrigá-la a contribuir.  Se um dia precisar de dinheiro e pedir ajuda apetecia-me responder que não! O meu pai é o oposto, guarda tudo, suponho que deve ter uns bons milhares no banco, até lhe cortaram a isenção das taxas moderadoras. Não gasta dinheiro, poupa em tudo, isso também é demais! Nunca me deu nada de relevante, anda sempre com as mesmas roupas, na cozinha tem tudo antigo, por exemplo nem um micro-ondas, uma das melhores invenções do século. Sem dúvida que saio mais ao meu pai, mas tento ser mais equilibrado possível.
Estou no quintal ao sol, para passar o tempo escrevo no meu caderno o resumo do último episodio de uma das séries que estou a acompanhar, ou do último filme visto, da última missão que joguei. Agora abri o blog para escrever estes disparates que ninguém quer saber, para ler no futuro e tentar melhorar. Uma forma de não estar parado e meter o meu cérebro a carburar. Parvoíces para alguém da minha idade que comprova a minha solidão e a minha vida monótona.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

A Fobia do Carnaval

Tive a reler alguns posts antigos sobre esta altura do Carnaval, tudo se mantêm igual, passado uns anos podia escrever exatamente a mesma coisa. Nada evoluí, incrível como não consigo enfrentar os meus medos, não consigo nem sequer espreitar à janela quando o corso passa na minha rua com receio de ser visto. Não gosto do carnaval, digo isto à minha família, a mim mesmo.. estou a enganar-me? Eu acho que até gosto, ver os disfarces, os carros alegóricos, a música, os bailes, queria participar mas.... sou uma pessoa taciturna, o carnaval é o oposto, alegria, diversão, não é nada o meu estilo.  Hoje queria ver os meus pequenos primos no desfile, mas não tive coragem, mais um falhanço da minha parte. Ás vezes espreito pelo oculo da porta para ver o movimento, vejo pessoas a gritarem sem qualquer sentido, procuro pessoas que passam sozinhos, imaginando uma explicação, devem ir ter com alguém. Mas qual a razão deste meu medo irracional?  Que tipo de desculpas patéticas invento para não ir? 1º Aposto que tinha que levar comentários da minha família, "até admira teres ido". Porque não consigo ir com eles? Como é que nunca se interrogaram que alguma coisa de errado se passa comigo? São mesmo tapados! 2º Tenho medo de encontrar certas pessoas do passado, principalmente 1 antigo colega e 1 primo que provavelmente nem se deve lembrar de mim, se ele soubesse quantas vezes penso nele, principalmente por estas alturas, lol, medo de uma pessoa que até é porreira, só eu! Se eles me vissem e começassem a fazer perguntas de difícil reposta e se me convidassem... Podia ir com uma máscara, como já fiz várias vezes anteriormente, mas esta cobardia já não suporto. Na Terça estou a pensar trabalhar só para evitar este pesadelo de ouvir a música em fundo. Não me consigo concentrar nas minhas tarefas de lazer.  
A formação e trabalho deviam ser a base para um objetivo mais importante, formar e sustentar uma família. Que raio ando a fazer na vida?

Um teste que fiz na net sobre se sou uma pessoa sombria que diz muito sobre mim:
«Você é muito sombrio, vive em seu próprio mundo escuro, assustador e solitário, nele só há lugar para você e as pessoas que tentam entrar nele você logo dá um jeito de tirar, você gosta de estar em sua própria companhia. »
No entanto gosto de cores vivas, sol,  Death Metal não é de todo o meu género musical e não aprecio filmes de terror demoníacos, hehe.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Trabalho Atrasado; Dificuldade em Tomar Decisões; Fiasco Bitcoin

Tenho o trabalho todo atrasado e isso faz com que entre em parafuso. Esta semana queria deixar tudo em ordem, mas o servidor da empresa avariou e atrasou-me em tudo. Sinto-me um bocado responsável, pois ele já estava a dar problemas mas nunca me preocupei em arranjar uma solução final, tentei desenrascar de outras formas para poupar dinheiro e foi o que deu...nem sei se vou conseguir recuperar todos os dados e isso preocupa-me. Detesto repetir trabalho... o problema é que nem sei bem o que fiz. Muita coisa para fazer deixa-me perdido, fico completamente de rastos quando não me consigo concentrar num assunto, às vezes trabalho em outros menos importantes, não o consigo deixar de fazer, não sei porquê. Depois colegas e patrão a chatear não me ajudam. Fico tão nervoso e irritado, tento ser simpático e não demonstrar como me sinto por dentro, só espero que eles se vão embora para explodir, dar um murro na mesa, gritar umas asneiras, espetar um biqueiro no armário. Quer que faça mais horas mas sinto-me tão cansado. Queria mesmo deixar tudo em dia, podia ser que a minha consciência ficasse mais leve... mas quem é que eu estou a enganar?
O tempo passa e quanto mais velho fico mais decisões importantes tenho que tomar, mas tenho tanto medo delas. Esta minha personalidade de deixar os outros escolher tem que acabar. Até agora ainda não tive nenhuma decisão importante, mas sei que vai chegar a altura e tenho que estar preparado, o que está longe de suceder no momento. O que escrevi sobre assuntos da empresa, também se aplica aos pessoais. Porque deixo adiar alguns assuntos que podia tentar resolver hoje? Por exemplo na saúde, o meu lado esquerdo está uma lástima... joelho, anca, pulso e omoplata, tudo me doi. Não é que seja dores fortes, mas incomodam, principalmente quando faço esforços, felizmente raramente faço. No outro dia bastou mudar um móvel de sitio para ficar logo "amachucado".
A operadora de telecomunicações ligou-me e adicionei um cartão de telemóvel ao meu tarifário a pagar mais 10 euros por mês, com bastantes minutos e net. Acho que até era um bom negócio para uma pessoa normal, mas para mim que não ligo praticamente para ninguém não faz muito sentido. Tenho telemóvel dual sim, mas pelos vistos não dá para ter dois cartões a funcionar juntamente com o de memória. Tentei arranjar uma solução na net, vi um vídeo na de um tipo que o fez, tentei imitar a técnica que usou mas mais uma vez devido à minha incapacidade correu mal e estraguei-o.
O bitcoin revelou-se um fiasco. Depois da minha entrada o valor não parou de descer, às vezes até penso que a culpa desta queda é minha. Lá foram umas centenas de euros à vida, logo eu que sou tão poupado. Este meu lado forreta de tentar gastar o menos possível e poupar o mais possível está-me a deixar louco, espero ser recompensado no futuro...

domingo, 14 de janeiro de 2018

Urgências, Frio, Controlo Vida

2018 começou da pior maneira a nível de saúde. Deu-me uma dor forte no peito, na zona do coração e fiquei logo a pensar o pior. Fui de imediato às urgências e depois de fazer os exames não me foi diagnosticado nada de grave, o coração e pulmões estão bem, detetaram que tinha sinusite, talvez seja isso que me esteja a provocar as constantes dores de cabeça. Deram-me a medicação e lá ando a tomar essas drogas, mas até hoje ainda me sinto combalido e a dor no peito ainda não passou totalmente, quando me dá vontade tossir é terrível. Deram-me uma injecção na nádega, fiquei preocupado pois já ouvi dizer que perdemos 3 anos de vida em cada uma que levamos, nonsense. Fiquei excitado por mostrar o rabo em "público", a privacidade era pouca, era uma sala de tratamentos onde estavam sempre a entrar enfermeiras e outros doentes. Por acaso foi um enfermeiro do sexo masculino e também não fui apanhado enquanto tinhas as calças para baixo, confesso que fiquei desiludido, o CFNM sempre foi uma das minhas fantasias. Fui ler o que escrevi sobre o assunto num post que fiz em 2013, fiquei surpreendido com o nível de detalhe que dei, talvez pensasse que nunca ninguém fosse ler, agora não o fazia.
O frio está a matar-me quem me dera ir para o Brasil ou outra região mais quente nesta altura do ano. A temperatura da casa ronda os 8 ou 9 graus, é muito baixa, ainda por cima não tenho aquecimento. O quarto só uso para dormir e mesmo com pijamas polares e 3 cobertores continuo a tremer com frio na cama. As últimos noites tem sido agitadas, acordo com o lençol na mão, cama desfeita, mesmo prendendo bem debaixo do colchão, até tenho chegado tarde ao trabalho por causa disso (compenso no final do dia). Na sala tenho um pequeno aquecedor e uma manta, é aqui que passo algum tempo a ver televisão ou jogar vídeo jogos. O resto do tempo passo na cozinha, (única divisão da casa quente devido ao fogão da lenha) no computador a fazer inutilidades como ver vídeos de humor ou de youtubers, a última moda é vê-los jogar GTA V modo roleplay.
Na cozinha lá tento aprender a fazer alguma coisa, mas o meu cérebro parece que recusa a reter informação... já fiz aquele prato algumas vezes, mas quando começo é como se fosse uma novidade... não entendo como tenho memória tão fraca, é como se fosse outra pessoa a ter vivido aquele acontecimento.Tenho que aprender a mexer em todos os eletrodomésticos, como máquina de lavar roupa ou loiça, mas dá-me a sensação que se recusam a ensinar só porque querem ser úteis, podia aprender sozinho mas tenho medo não sei de quê. Mais um exemplo da minha inabilidade nos serviços de casa: No outro dia partiu-se um suporte de um varão no armário. Fui comprar um e tentei colocá-lo, como não sei abrir furos com o berbequim para colocar os parafusos decidi usar pregos, claro que esteticamente ficou uma porcaria... passado uma semana voltou a cair!
Saber inglês é muito importante. Percebo a maioria do que falam e escrevem... mas quando sou eu a escrever ou a falar as coisas já mudam de figura, tenho imensas dificuldades. É mais uma limitação desta minha personalidade, se nem sequer sei falar português sem me atrapalhar como vou fazê-lo em inglês?
Quando é que tento controlar a minha vida? Ela continua a ser ditada pelos outros, sinto que não decido nada, não reajo, fico sempre na expectativa. Não elaboro planos futuros, por causa desta inercia em que a minha mente está inserida. O que me falta para subir para outro patamar e evitar este sofrimento?