sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Ela Tem Namorado, Massagem Erotica; Touch; Pá

Ela tem namorado, já suspeitava que uma mulher daquelas não estava sozinha, descobri por acaso, numa situação caricata. Fiquei triste, desejo não a ver mais, enquanto antigamente ansiava a sua presença. Não faz a mínima ideia daquilo que penso, quando falo com ela sofro.
Farto de estar sozinho fui à procura de anúncios de mulheres que fazem massagens eróticas. Desta vez não queria sexo, depois dos últimos falhanços, queria algo que durasse mais tempo e arranjei esta solução. Depois de muito pesquisar, de tentar arranjar algum feedback sem sucesso  (na minha zona não existe muita oferta) lá tive coragem para contactar uma mulher. Comprei um cartão de telemóvel só para usar para esse fim, não queria que ficassem com o meu número pessoal. Fiquei tão nervoso quando liguei, parecia uma criança que nunca saiu de casa. Tinha que ir à cidade tratar de outro assunto, então como desta vez não levei a minha mãe vi a oportunidade ideal para fazer algo de diferente. Quando cheguei estacionei o carro e liguei para ela depois de lutar muito contra esta timidez, a vontade de urinar era imensa tal o estado de nervos que fiquei. Estava disponível, fui ao café despejar a bexiga, depois segui viagem para um bairro que nunca tinha ido, entrei em paranóia com medo de não encontrar o apartamento onde estava. Com as indicações dela, cheguei lá com algumas dificuldades e sempre a olhar em redor com medo do que as pessoas pensassem. Subi encontrei uma mulher de nacionalidade brasileira entre os 35 e 40 anos. Fisicamente não era nada de especial, um bocadito gordita, a fugir para o feia. Se calhar foi melhor assim, se encontrasse um "canhão" provavelmente ficaria mais incomodado. Encontrei um quarto muito bem asseado, bonito mobiliário. Tirei a roupa e deitei-me na marquesa, mandou-me deitar de barriga para baixo e começou a fazer a massagem. Consegui relaxar, aproveitei o momento, os nervos quase desapareceram, se bem que às vezes pensava no final e a insegurança apoderava-se de mim. No final mandou-me virar, comecei a tocar nela e ela fez oral, disse-lhe para fazer devagar, no entanto o mesmo problema de sempre, ejaculei muito cedo. Perguntou-me se queria tomar banho, disse que sim, mais um ponto a favor. Não lhe perguntei o nome nem a idade, desconfio que me mentisse. Não falámos muito, mas revelou-se simpática e carinhosa. Elogiou-me a dizer que não esperava um homem tão bonito. Acabou por ser um convívio positivo, ao contrário das outras vezes. Mas continuo vazio, não é este tipo de contacto que quero. Triste por ter que pagar para ter algum contato feminino, tudo por causa desta maldita personalidade.
A minha mãe levou nas orelhas de uns familiares para não voltar a comprar roupas, para parar com essa obsessão. Ela disse que não ia voltar a gastar dinheiro, sinceramente duvido que cumpra a sua promessa. Agora quer comprar um smartphone novo. Queixa-se que o dela não presta, o facto é que ela não sabe usar o touch. Não percebo a dificuldade dela, mas deve ser uma das poucas pessoas do mundo que não o sabe fazer. Se ela não sabe usar nenhuma das suas funcionalidades, nem usar o touch porque quer comprar um telemovel com o mesmo sistema? Tento despersuadir-la, mas sem sucesso. Tem que arranjar sempre uma maneira de gastar o dinheiro que ganha da reforma.
Um colega pediu-me ajuda num serviço e tive que usar uma pá de obras. Viu logo pela minha minha habilidade que não estava habituado a usar. Perguntou-me se era a primeira vez que tinha pegado nesta ferramenta.  Menti a dizer que sim, quando já tinha feito dezenas de vezes quando ajudava o meu pai num trabalho. Porque o fiz? Não percebo! É daquelas minhas atitudes inexplicáveis.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Churrasco, ETC..

No outro dia fui "obrigado" a ir a um churrasco, convívios que tanto detesto. Demorei-me no escritório de propósito só para lá estar o menos tempo possível. Cheguei ao local tarde, já todos estavam na mesa, preparados para comer as carnes grelhadas, fiquei espantado com a quantidade elevada de pessoas, contava que estivesse lá menos gente. Fiquei automaticamente bloqueado, não tive coragem para ir cumprimentar um a um, apenas disse boa tarde (deve ter dado mau aspecto) e sentei-me logo no lugar vazio acima da mesa. Não consegui falar nada enquanto decorria o jantar, a tristeza ia aumentando, no final fugi rapidamente, procurei refugio com as crianças que andavam a ver vídeos no tablet. Porque não consigo abrir a boca? Quem me impede de falar? Criar relações? Pareço um deficiente! Adoro aquele comer, mas fiquei com a fome porque tinha vergonha de me servir. Chegado a casa deprimido reflecti no assunto, porque não consigo ser uma pessoa normal?
Nesse churrasco havia uma pessoa com uma doença ruim, deu-me pena, não conseguia comunicar. Devia olhar para ela? Ignorá-la, no sentido em que fizesse dela uma pessoa normal? A timidez faz com que não saiba lidar com essas pessoas, será que fiz alguma coisa de errado? Não quero magoar ninguém por causa desta minha personalidade!
Cada vez que vejo o meu pai ele insiste em perguntar se tenho namorada ou se tenho alguém em vista. Fico embaraçado, não sei o que dizer, começa a dizer que já estou a ficar velho. Perguntou-me se o meu tio já tinha feito um serviço, eu já o tinha feito, mas fui incapaz de dizer que o tinha realizado e menti a dizer que foi ele, nem para me elogiar sou bom. Lá pelos outros não acreditarem que consiga, não quer dizer que assuma ser verdade, tenho que mudar esta mentalidade. Sinto que as pessoas sozinhas nesta minha faixa etária também são descriminados como os gays ou ciganos. As pessoas devem ter liberdade para serem felizes!
Até parece que o meu tio leu o meu último post, pois esta semana esteve muito mais tranquilo. Invejo a sua força de vontade e da mulher, estão sempre atarefados, a procurar melhorias. A minha preguiça é devido à minha personalidade? Quando não estou a trabalhar estou na cama até ao 12:00 e nem me apetece sair de lá. Saíram e a casa ficou sem vida.
Tocou  a campainha, por acaso desci nessa altura para beber água, estava um familiar a cozinhar, disse para ir atender mas não tive coragem, deixou o arroz no lume e teve que lá ir. Ficou espantada pela minha atitude. Estava com medo que encontrasse alguém conhecido do passado e seria incapaz de desenvolver uma conversa.
Porque tenho tanta dificuldade em acreditar naquilo que leio? Parece que o meu cérebro se recusa a acreditar que é verdade e tão fácil.
Medo de falar assuntos importantes com os mais chegados, não ter coragem para falar com familiares com medo de possíveis represálias.
Começou novamente a época de futebol, não queria passar tanto tempo a ver jogos. Já nem ligo muito ao meu clube, nem ao futebol português, mas gosto principalmente de ver os portugueses no estrangeiro em acção, como o Ronaldo na Juventus, o Bernardo Silva no Manchester City ou os portugueses do Wolves. Tenho que deixar de perder tempo com futebol e tentar fazer coisas mais importantes.
Vou deixar este Verão em claro? Tenho que arranjar um programa para sair da monotonia!

domingo, 12 de agosto de 2018

Tio Insuportável

O discurso dele é sempre atacante, parece que está a ralhar com uma criança, não gosta de ser contrariado, pensa ter sempre razão em tudo no que diz, detesto-o, torna-se insuportável. Enerva-se e começa aos gritos, só ele é que tem direito? Não é só comigo, é com todos os familiares mais chegados, claro que para fora dá uma imagem completamente diferente daquilo que é. Se exibisse esse feitio como em casa, iria ter problemas, nem todos são mansos como eu. Estou farto, guardo tudo para dentro e a minha cabeça quer explodir de tanta raiva. Quanto mais velho mais resmungão fica, ou será que é de estar cada vez mais deprimido que sinto essa sensação? Antigamente nem ligava muito ao que dizia, ao contrário de agora. Tenho medo de falar com ele, penso sempre nele de noite com receio do que vai dizer no dia a seguir, medo que um dia me passe e acabe para sempre a relação que tenho com ele, para tristeza de outros familiares. Acho que prefiro morrer ao ter que o ouvir. Tento evitar o máximo de convívio, fugindo para sítios onde ele não está, no entanto às refeições não o consigo fazer. Faz escândalos por assuntos insignificantes, até me benzo. Nestas alturas, fico lixado por não ter ninguém com quem sair e desabafar. Não faz a mínima ideia daquilo que penso, tem uma opinião negativa minha, mas nem imagina o quão negativa tenho dele. Não sei como responder sem gerar conflitos, visto não aceitar a minha opinião.  Como se cria uma relação com uma pessoa que não gosta de ser contrariada? Se lhe responder ainda vai ficar mais bruto, tenho que aguentar até ele ir embora para o estrangeiro, mas não está fácil. Quando era criança, com o meu pai afastado era a minha referência, mas sempre me afastou quando andava com a filha ou a fazer os seus pequenos biscates, não me esqueço de quanto sofri mesmo quando era novo por causa dele. Devia tentar transmitir como me sinto, podia ser que ele tivesse mais calma, mas como não sei falar torna-se complicado. Como vai ser num dia quando ele voltar de vez(que estará para breve)? Só de pensar deixa-me angustiado. Um exemplo: Um familiares fizeram um serviço em que precisavam o máximo-de-mão-obra possível, no entanto nem sequer estava a par do mesmo, ia ajudar na boa se me pedissem em condições. Mandou logo uma boca a dizer que não era mais que a minha obrigação ajudar, naquele seu estado raivoso dele, que um dia se precisasse ninguém me ajudava. Antes morto do que pedir algum favor a ele! Para soltar a fúria da minha mente imagino agredi-lo, gritar com ele, mas não resulta, só fico mais transtornado. Sou um cobardolas por não o conseguir enfrentar! Continuo a deixá-lo interferir em assuntos que devia dizer "não tens nada a ver com isso, quem decide sou eu". Não sei como a mulher o atura, merecia uma estátua!

domingo, 5 de agosto de 2018

Prisioneiro, Vaga Calor

Estes últimos dias têm sido terríveis, um prisioneiro na minha própria casa, não tenho liberdade para fazer nada. Sinto-me atacado cada vez que ele fala e faz as suas criticas, chama-me incapaz que não sirvo para nada, o que me dói é que ele tem razão, mas não percebe a minha personalidade, não sabe que aquelas palavras me deixam tão mal e sem confiança. Fala com outros a revelar a minha inabilidade, não se cansa de repetir o mesmo discurso. Não sou capaz de lhe fazer frente, explicar-lhe...anseio pelo dia que vá embora.
Esta vaga de calor tem sido impossível aguentar, tinha que calhar logo nesta altura, em que nem posso estar à vontade no r/c ou quintal. Ainda pensei ir o fim-de-semana para um sitio ao pé da praia, procurar um alojamento para dormir duas noites, pela primeira vez na vida pernoitar fora de casa, para variar não dei o passo que faltava. O que diriam? Mal, com certeza. Porque dou tanta importância à opinião deles? Já não aguentava este ambiente, tinha que sair de casa, fui dar uma volta de mota pelas terriolas á volta, parei num café (para mim é impossível parar num café da minha vila com medo que alguém me reconhecesse), estive lá um bocado, mais uma vez me senti deslocado a observar as outras pessoas a relacionarem-se. Que pessoa normal faria uma coisa destas? Não voltei a falar com aquela colega simpática, entretanto foi deslocada para outro projecto e nunca mais foi ao escritório onde trabalho.
O que me falta para dar o clique? Não preciso falar muito para fazer coisas. O certo que não as sei fazer nem sequer mandar.
Estou neste momento a receber visitas de uns familiares  que estão no estrangeiro, eu em sequer consigo descer para cumprimentá-los. Tenho tanta fome, dói-me a cabeça. Já estão à meia hora a dizer que se vão embora e nunca mais vão.
Quero ir embora daqui, deixar tudo para trás, esquecer esta vida, encontrar uma nova… para quê? Ia levar comigo esta minha maldita personalidade, não consigo fugir dela. Ter ambição, arranjar família, filhos, uma casa minha. Um dia se não arranjar mulher, pensar em adoptar uma criança? Não me sinto responsável o suficiente. Teoricamente vivo num "paraíso", vilas pequenas sem grande transito, vive-se confortável é o sitio ideal que recomendaria a uma pessoa para viver, não sei a sorte que tenho.
A minha mãe continua mal, no outro dia caiu da cama, chocou-me imenso vê-la no chão chamando o meu nome de forma débil, mal a consegui levantar por causa do peso excessivo e pela minha fraqueza. Passei um dia todo nas urgências, saturante e no final não tenho a certeza se a diagnosticaram bem, pois passado uns dias as melhoras são poucas. É isto que me espera no futuro? Estou preocupado que isto interfira com o meu trabalho...