sábado, 31 de dezembro de 2016

Natal, Cabana, Fifa 17 e Passagem do Ano

Devido à ausência de uns familiares de uns primos chegados, eles convidaram-nos para passar a casa deles a véspera de Natal, foi a primeira vez na vida que saí de casa nesta noite. Estava entusiasmado por esta noite diferente...infelizmente nas vésperas adoeci, uma gripe tomou conta do meu corpo. Comecei com dor de garganta, arrepios de frio, não me lembro de sentir assim tanto frio com naquela altura, cheguei a mesa a um palmo do fogão de lenha enquanto comia e mesmo assim o meu corpo não aquecia, comecei a temer que fosse uma pneumonia. Febre quase a chegar aos 39 graus, mau estar, dores musculares e de cabeça, pk tenho que sofrer assim tanto? Estes dias foram terríveis. Verifiquei que nestas situações e futuras crises não tenho ninguém que me possa ajudar a por exemplo ir ao médico, não me devia queixar ainda tenho alguém que me faz o comer e as outras tarefas domésticas... Se me der uma crise quando estiver sozinho como faço? Saudades do tempo em que era criança e que me levavam ao médico sem me preocupar quantos dias precisaria para recuperar. Devo ter o sistema imunitário mesmo fraco, não é normal ter assim tantas crises, ainda por cima protejo-me bastante. Estou revoltado, pqp. O que me irritou é que durante estes dias não pude ajudar a minha família, nem sequer ir às compras! A única coisa positiva é que pelo menos fiz uma pequena dieta e não comi as habituais porcarias de Natal(se bem que filhoses, bolo-rei...não são definitivamente a minha praia). Para não parecer mal lá tive que ir ao jantar. Durante o tempo que lá estive só me apetecia ir para a minha cama, o aquecimento exagerado estava a fazer a minha cabeça explodir. Comecei novamente com as paranoias... a casa dos meus familiares muito acolhedora e confortável, pensei que nunca na vida ia conseguir fazer uma casa minha, com as minhas escolhas, ao meu gosto, fiquei logo para baixo. Ver aqueles brinquedos todos, a maioria deles com alguma perícia para montar, o meu afilhado bem tentou pedir a minha ajuda mas não estava disposto a ajudar, o mau estar e a minha falta de jeito assim o impossibilitam. Nos últimos tempos a falta de confiança em mim voltou a aumentar. Até aqui a escrever no blog me sinto confuso, o texto não me sai fluído. Fiquei contente da minha primita ter gostado da prenda que lhe comprei, estava na dúvida mas ela adorou, foi das poucas coisas positivas na noite, confesso que fiquei com um ego descabido. 
Desde cedo me apercebi que o facto de ter boas notas na escola não queria dizer que ia estar melhor preparado para a vida. Tinha uns 13/14 anos quando entrei num projecto de construir uma cabana com mais 3 amigos meus. Logo aí vi a minha incapacidade/falta de habilidade para estas actividades, curiosamente os dois que tinham as piores notas é que trabalharam mais desde cortar mimosas, carregá-las, eu nem um nó em condições soube dar! Claro que nunca fui capaz de subir à árvore, apesar das insistência deles, sempre fui medricas.
Pela primeira vez na vida comprei um jogo original, o FIFA 17, fui muito influenciado pelas constantes visualizações aos vídeos do youtube, quando vi que o jogo estava a um preço mais acessível comprei-o. Mais uma atitude para contribuir para o meu isolamento. Devo ser o pior jogador do mundo, pois cada vez que vou jogar online levo goleadas, até aqui me sinto mal por causa da minha falta de capacidade.
Num determinado assunto, mais uma vez não fui capaz de dar uma explicação, enfim...
Mais uma vez vou passar sozinho a passagem do ano, devo ir para a cama antes da meia-noite. Hoje estive a fazer o balanço do ano, ver os saldos do banco, custos/ganhos, mapa das dividas, enfim, nem sei porque perco tanto tempo em ter isto tudo organizado, só gera trabalho para a pouca utilidade que tem. Em 2016... Profissionalmente: Um ano para esquecer, apesar de ter trabalhado todo o tempo tive poucos dividendos, fiz algumas formações sobre temas pouco importantes. Relações: Cada vez pior, não conheci ninguém com quem me sentisse confortável Saúde: Comecei o ano com uma faringite?, depois vieram dois abcessos dentários, dor no pé, anca e musculares, cabeça. Apanhei duas fortes gripes. Fui várias vezes ao hospital para levar os meus familiares a consultas/tratamentos. Não tenho perspetivas para 2017, provavelmente vai continuar tudo na mesma, ir a um trabalho que não me pagam, ir várias vezes ao hospital, estar constantemente com medo da mudança, não conhecer ninguém por causa desta timidez.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Não mudo mesmo

Um grupo novo, ninguém me conhece e não conheço ninguém. Diferentes situações e o meu comportamento e atitude não mudam. Vou ser sempre assim, não consigo ter outra personalidade.  Mais uma vez criar laços de amizade é para esquecer, porque não vou ter com o grupo e tentar participar ao invés de ir para o meu canto ou desaparecer para longe?  Os intervalos são muito longos, uso o meu smartphone para me entreter, mas não estou concentrado, às vezes passo o tempo a desbloqueá-lo e bloqueá-lo. As minhas poucas intervenções resumem-se a perguntas parvas. Fiquei envergonhado numa das minhas raras participações, pensei se me saíram bem as palavras, o que será que os outros ficaram a pensar? Terei ficado corado? A minha voz tremeu? A impressão que eles têm de mim deve ser horrível! Conheci um gajo muito conversador, que usa bastantes palavras caras, tenho vergonha de falar a seguir, a diferença de nível é abismal como gostava de ter 10% da sua capacidade linguística.
Ele prometeu e não cumpriu, não fui capaz de lhe alertar apesar da raiva me estar a consumir por dentro. Todos me passam à frente, quer o trabalho feito, mas não consigo me motivar para o fazer. Porque tenho tanto medo? Medo de perder uma das poucas pessoas com que ainda posso falar qb? Estou angustiado, a tentar evitar as lágrimas, quero sair deste estado de tristeza profunda mas não consigo.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Sou tão burro! Chegou Dezembro, mês de Natal!

Meti-me numa situação complicada que podia ter sido evitada, apenas bastava ler com atenção o oficio ou ter estado com atenção na palestra. Vai-me gerar problemas pessoais, no emprego... sinto-me o homem mais burro do universo. Podia ter sido dispensado, mas por ser ignorante e distraído, não fui a tempo. O meu pai provavelmente vai ser operado, a minha avó idem, tratamentos da minha mãe, no trabalho estes dias também são complicados, pois estamos em fase de balanço, devo estar muitos dias indisponíveis. Também não merecem que vá trabalhar ao fim-de-semana ou depois do horário como decerto me vão pedir para fazer, era uma boa altura para expor a minha revolta, nem a gasolina que gasto em deslocações me pagam! Não têm consideração por mim, porque me preocupo tanto? E agora como vou fazer? Estou fodido e tudo por culpa minha! Tenho que mudar a minha atitude quando estou perante pessoas desconhecidas. Elas não sabem o meu histórico de timidez, tenho que deixar de ficar retraído no meu canto, e procurar relacionar-me, senão não estou a fazer nada na vida Sei disso, mas porque é tão difícil para mim? Porque tenho tanto medo? Porque bloqueio tanto que fico sem saber o que falar? Porque tenho sempre tantas dúvidas do que quero para mim? Questões que já coloquei várias vezes, mas não as consigo resolver. Quem me dera nascer com uma personalidade diferente. Fico demasiado tempo sozinho, só me sinto confortável na solidão. Outro dos meus problemas é que me distraio com facilidade quando estou a ouvir, os meus pensamentos vão para outro lado, pensar em assuntos que não têm nada a ver e quando estou a falar com alguém que me encara, bloqueio.  Não consigo ser antipático e mau quando devia ser, as pessoas falam-me a bem e dão me logo a volta, concordo logo com tudo, apesar de no meu intimo não ter o sentimento de concordância.
A minha mãe está bem melhor da depressão, parece que a medicação está a dar os seus frutos, estive a ver algumas fotos do passado e a expressão dela era horrível, muito triste, hoje apesar da aparência ser parecida com um dos zombies do "Walking Dead" já apresenta uma cara mais contente. Será que a medicação me poderia ajudar a ultrapassar os meus problemas? 
O meu pai fez anos, tirei o dia e levei-o a conhecer um restaurante de luxo, um espaço agradável onde fazem vários eventos. Quando olhou para os preços até se passou, mas é uma vez num ano. Passei o dia com ele, demos uma volta de carro, espero que tenha ficado contente, não tenho muito para oferecer.
Estas dores de cabeça estão a dar cabo de mim, quero fazer alguma coisa mas não consigo! Sofro deste mal desde criança, mas nunca tentei resolver, lembro-me de fazer um tac quando era novo que não revelou nada. Umas vez dói-me do lado esquerdo outras do lado direito, não sei se será um factor positivo ou negativo. Pergunto-me se algum dia vou descobrir qual a sua origem, suspeito que possa ser dentes, ou olhos... mais uma coisa que nunca vou resolver. Tenho que falar com o médico de família e insistir para tentar descobrir a verdade. Estou a ponderar adquirir um seguro de saúde. Pior que o frio do inverno são os aquecimentos exagerados que temos que levar em certos locais como em hospitais, detesto! No exterior com 4 mangas , no interior de manga curta, mas quem é que se habitua a este choque térmico? Deixam-me com a cabeça em fogo, corado, mais facilmente fico doente.  
Dezembro... encaro este mês como um período de pausa, reflexão, as rotinas mudam, tudo funciona a meio gás, as pessoas aproximam-se, até acho que ficam mais simpáticas. O Natal sempre foi especial para mim, mágico, a minha época preferida do ano, gostava muito, desde montar a árvore de natal, o presépio, enfeitar a casa, etc...agora já não tenho muita paciência, pode ser que um dia destes esteja com humor mais elevado para cumprir essas tarefas. Gosto principalmente do convívio da troca de presentes, ver os miúdos alegres, tal como eu ficava antigamente(saudades). Infelizmente, a consoada mudou muito nos últimos anos, pois os meus familiares que estão emigrados já não vêm passar férias a Portugal em Dezembro, o que faz com que esta noite seja mais triste e com menos vida. Recordo com saudade quando toda a família estava reunida, depois do jantar íamos para a sala e esperávamos até à meia-noite para a troca de presentes, é claro que não aguentámos e pouco depois das 22H já estava tudo aberto, divertíamos imenso. Agora a consoada é passada com a minha avó e minha mãe que com problemas de saúde, não dão alegria à casa, eu próprio não sou nada alegre, todas as condições para ficar deprimido. Nessa noite normalmente estreiam filmes, é o meu programa ao fim de comer o tradicional prato: batatas e bacalhau. Não me devia queixar, sei que existem pessoas bem piores do que eu, muitos estão na rua, não tem família. No dia seguinte, a casa ganha mais vida quando os meus primos vão lá almoçar, depois da refeição mascaro-me de Pai Natal e simulo que deixo lá os presentes. Tenho pensado muito no meu pai, deve ser muito solitário passar sozinho essa noite, será o que me espera no futuro? Sei que tenho os meus primos, mas não quero que seja um encargo. Como todos os assuntos na minha vida fico muito ansioso ao andar a escolher qual a prenda certa, acho que escolho sempre a errada. Gasto tanto para os outros e para mim nem um miminho.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Certas conversas deixam um pessoa mesmo em baixo, a pensar na vida e com vontade de desistir de tudo. Impossível haver melhorias para o futuro sendo eu como sou.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Nova Operadora/New Wave/TombRaider/Casa

Lá vou ter a necessidade de procurar *******, envergonho-me quando o faço, fico sem jeito perante as pessoas, pedi ajuda ao meu colega, mas ele não quer saber. Não fazem nada por mim!
Mudei de operador de comunicações. Não consegui esperar e mais uma vez por falta de paciência prejudiquei-me. Sabia que eles me iam ligar nos últimos dias a fazer uma boa proposta, mas tive medo de arriscar, com medo de ficar sem serviço e negociei com outro operador com condições inferiores.Tenho medo que o comercial me tenha enganado, pois ofereceu uma proposta que não existe nessa operadora, fui avisado por outros, mas não liguei pois tenho o contrato assinado e gravei uma conversa em que ele confirma todas as condições negociadas. Agora tenho medo de enfrentar uma guerra que não sei se vou conseguir batalhar por ela. Stressei demais por causa disto. Já escrevi a minha defesa, mesmo antes de saber se vou ter problemas, lol. Quando tenho um assunto desse tipo em mão não descanso enquanto não estiver preparado, procuro guardar tudo, mesmo o que não interessa.
Um dos novos canais que apanho com a nova operadora é a Globo. Estão a transmitir uma série antiga chamada "Malhação" ou "New Wave", esses episódios passaram em Portugal à mais de 12 anos. Era uma série que acompanhava, programava a gravação em cassetes VHS e via à noite quando chegasse da escola/trabalho. Dessa série gostei principalmente de uma temporada onde os personagens principais chamavam-se Leticia e Gustavo. Fui recordar essa historia de amor, no youtube uma utilizadora postou os vídeos e ao vê-los fiquei imediatamente nostálgico, com as lágrimas nos olhos, com saudades desse tempo. Incrível como passado tanto tempo ainda me lembro como se fosse hoje de algumas cenas, tinha uma capacidade de memorização maior que agora.
Quanto ao vicio dos jogos acabei o "Rise of the Tomb Raider". Tomb Raider foi um dos meus jogos preferidos que me acompanhou desde a minha adolescência, joguei a maioria deles e cheguei ao fim em vários. Depois vou ao youtube ver a prestação dos outros nesse jogo, para comparar a dificuldade que tiveram em comparação comigo. De vez em quando vejo alguns canais de youtubers, fico admirado com esta nova moda, muitos têm mais audiência que canais de televisão. Gosto principalmente de um youtuber chamado "Ricfazeres". Um homem que já deve ter uns 40 anos, que continua a jogar como fosse uma criança, bom humor, é divertido ver as reacções e ouvir os comentários dele.
No smartphone enervei-me por causa do jogo 8 ball pool e parti o touch screen... mais uma despesa. Sempre gostei de trivial pursuit, antigamente jogava muito num canal do mirc. Procurei na play store um jogo desse género e instalei um jogo chamado "Perguntados", um jogo de perguntas online. Sou praticamente imbatível, % de perguntas certas acima dos 80%, fico admirado com a minha cultura geral, infelizmente esse meu dom não me serve para nada na minha vida quotidiana.
A casa onde moro tem muitas divisões, apesar de não serem muito grandes, consigo diversificar a minha presença, o que é muito positivo, pois não me sinto sufocado. Umas vezes vou para a sala de cima, sala de baixa, cozinha antiga, cozinha nova, marquise, quarto, etc. Depois tem um quintal atrás da casa onde passo muito tempo no verão, é bom porque ninguém me vê, apenas 2 ou 3 vizinhas velhotas. Um dia quando sair de lá vou ter saudades, está para breve, no máximo 5 anos. Já começo a pensar como vai ser um pesadelo morar num apartamento no 2º andar. Só de pensar carregar as compras lá para cima, com o meu problema de coluna, ter o carro fora da garagem, as poucas divisões.... na verdade devia estar nesta fase da vida a procurar o meu próprio espaço, escolher o sitio onde viver, não andar em casa dos meus familiares.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Religião

Como a maioria dos portugueses sou católico. A verdade é que uma pessoa nem pode escolher, desde novo é obrigado a aderir ao cristianismo e a todos os seus eventos e cerimónias. Fui batizado aos dois meses, a partir do momento que comecei a escola primária ia um dia por semana à catequese e ia à missa aos domingos. Fiz a "primeira comunhão", "profissão de fé" e "crisma", aos 14 anos já tinha realizado todos as celebrações obrigatórias para ser padrinho ou para me casar(não sei se é mito). Desde essa idade raramente fui à igreja/capela a não ser a batizados, casamentos e funerais. Desde novo, sempre tive o habito de antes de me deitar rezar vários "Pai Nosso" e "Ave Maria", se não o fizer tenho medo que seja castigado. Normalmente faço as orações enquanto visto o pijama e preparo a roupa para o dia seguinte, mas ao mesmo tempo estou a pensar noutros assuntos que não têm nada a ver, tenho consciência que isto assim não é nada. Se tentar mesmo falar com Ele sinto-me um anormal, por falar nisso, cheguei ao ponto de apontar num papel a contagem das orações que fazia, que idiota que sou. Como ajudo pouco na solidariedade por causa da minha timidez, resolvi à uns anos fazer algumas doações a instituições, o facto é que coincidiu com a falta de pagamentos de salários da minha entidade patronal e considerei um sinal e deixei-o de fazer. Até aqui estou limitado por causa da minha personalidade, o medo de ser incapaz de gerar receitas futuras, tento guardar o mais que posso, porque um dia posso precisar. Nesta época onde as pessoas recordam os mortos, fiquei a pensar em certos rituais que praticamos, o facto de irmos ao cemitério, comprar flores e acender velas, será que sabemos mesmo o que estamos a fazer? A sensação que me dá é que fazem isso só para parecer bem na opinião das outras pessoas. O que pensar quando por exemplo estou ao pé da campa do meu avô? Devo-lhe pedir ajuda na minha vida terrestre? O meu pai é "Protestante", a religião sempre foi um fator de melhoria para a sua vida, "ter pensamentos positivos atrai o bem". Também já me levou a uma missa dessas, os padres(acho que é pastor que se designa) podem ter filhos, fiquei chocado com as pessoas a gritarem dos seus males, senti-me desconfortável, só me apetecia ir embora. Também me levou à conhecida IURD(nem percebi se tem alguma coisa a ver com protestantismo), achei que quem está na liderança só quer o dinheiro das pessoas e aproveitam-se da fé dos mais fracos, mas por outro lado se essas pessoas realmente acreditam que as pode ajudar até pode ser benéfico para elas. Sempre me considerei um católico não praticamente, um quase ateu. Mas acredito que exista algo superior, um Deus, que equilibra tudo. Às vezes parece que certas situações não são controladas por mim, algum ser superior coloca-me para baixo ou cima, é impossível combater, simplesmente não vale a pena. Acredito que sejamos recompensados pelo bem que fazemos na vida. Será que existe um paraíso e um inferno? Para onde vão as nossas almas quando morremos? Existe vida depois da morte? Será que os seres superiores andam entre nós? Quem nos comanda realmente? São questões que nunca perdi muito tempo a pensar nelas, pois sei que nunca saberei a resposta.  No outro dia li um livro que tinha esta expressão ou ago do género "Os lugares mais tenebrosos do Inferno estão reservados para as pessoas que mantêm a neutralidade em tempos de crise". Fiquei a pensar, eu que não tomo partido por nada, serei maior pecador que um assassino? Existem pessoas que vão muitas vezes à igreja, mas que na sua vida fazem mal às outras, para onde vão essas? As pessoas têm que buscar ajuda em algum lugar, quando as coisas estão a correr mal, têm que se agarrar a algo, quando parece que ninguém tem capacidade para ajudar, temos que recorrer ao divino, é importante ter fé e eu tenho que melhorar muito nesse aspeto.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Stressado, Aventura na Serra

Estou stressado, não tenho dormido nada por causa de alguns assuntos que tenho pendentes, para pessoas normais não lhes tiraria o sono mas para mim são um pesadelo enquanto não os resolver. Não consigo dormir mais que umas horas seguidas e os sonhos são em redor desses assuntos, sem qualquer tipo de lógica. Até tenho levantado antes do despertador tocar, tal a adrenalina que se apodera de mim. Tenho medo que por causa de alguma precipitação não efectue a melhor opção, como já tem acontecido, quero me livrar do assunto, por raio não consigo "esticar a corda" o máximo que posso?
O meu colega perguntou-me se estava tudo bem comigo. Diz que me estava a achar stressado, deve estar a gozar, será que não imagina pk estou assim?
Resolvi fazer mais uma "das minhas aventuras", desta vez o destino foi a Serra da Estrela e o objectivo visitar a Torre que é o ponto mais alto de Portugal continental. Só lá tinha ido uma vez, numa visita de estudo, quando ainda andava na escola primária, tinha uns 7 ou 8 anos. Claro que o ideal era visitá-la quando estivesse com neve, mas a confusão seria muita, preferi um dia de sol para conhecer o local. Parei para almoçar numa vila à entrada da serra e depois subi até à torre. Parei várias vezes ao longo da subida para apreciar a paisagem e tirar fotografias(+ uma obsessão que tenho). Quando passava pelos locais só me lembrava das transmissões da volta a Portugal em bicicleta. É um dos meus desportos preferidos que costumo acompanhar desde criança. Parecia que tinha alugado a serra, pouca gente se encontrava no local. Fui ao centro comercial só para conhecer, forreta como sou não pretendia comprar nada, mas o lojista insistiu tanto que não consegui dizer que não e levei uma recordação artesanal. Também me queria vender queijos e outros artigos da região, mas não levei nada, porque não estou habituado a comer aqueles tipo de enchidos. Estive lá uns 30 minutos e já estava farto, no topo estava frio, o vento era intenso, em contraste a temperatura do carro era elevada, assim que entrava os óculos ficavam embaciados tal a diferença térmica. Pensei em descer pelo outro lado da serra, mas teria que fazer muitos mais km's no regresso a casa, achei que era aventura a mais para um dia. Vi um jovem casal alemão a passear. Observei-os de longe, pareciam felizes, sempre na brincadeira, arrancaram de carro e foram por trilhos de terra para o meio da serra,  deu o mote para começar a pensar... como eu gostava de viajar para um sitio distante, com alguém que me amasse, parece que nunca vou ter esse tipo de aventura. Cheguei a casa e fui ver os sítios que visitei, numas dessas pesquisas descobri que o Vítor Gamito, um ex ciclista que sempre fui fã tem um canal do youtube onde coloca as corridas em que participa, apesar da idade continua a subir a Serra da Estrela, Pirineus, fazer provas BTT, adoro ver corridas no meio do mato (como gostava de fazer um programa desse género) e alia o desporto à tecnologia, sem dúvida uma pessoa a seguir. Estou a pensar ir à capital no meu próximo "programa", ir de comboio, viajar de metro, meios de transporte que que raramente usei.
Não disse nada à minha mãe da viagem, apenas disse que ia dar um passeio para não a preocupar, quando cheguei a casa estava a stressar, porque começou a imaginar que tinha ido ao médico, paranoias dela, tenho mesmo a quem sair.  Meteu na cabeça que queria comprar aquele casaco e como não a levei lá, resolveu ir sozinha, conduzir, coisa que não faz para coisas importantes.
Tenho que marcar uma consulta com o médico, gostava mesmo de fazer um check up, será que a minha falta de energia se deve só a factores psicológicos? Exames à cabeça, coluna, coração, análises ao sangue, o timming é perfeito pois neste momento posso tirar alguns dias.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Atitude Ex Colega/Empresa...

Um ex colega defendeu os seus direitos com uma atitude muito baixa. Não deve ter ficado de consciência pesada, fez aquilo que achou que era certo em seu proveito, devia aprender com ele. Fico de consciência pesada só por pensar em defender os meus direitos, não consigo me chatear quando são simpáticos para comigo. Quando estou sozinho fico com uma raiva por não conseguir fazer nada, mas é passageira, sei que se fizer alguma coisa de "extraordinária" ficarei arrependido. Estive a escrever as desvantagens e vantagens em relação a estar na empresa. As desvantagens são muitas, mas as vantagens são importantes. Mais uma vez não me pagaram, sei que o dinheiro faz falta para liquidar outras coisas, mas o resto do pessoal recebe e ainda reclama. Apesar de não receber da empresa, estou a conseguir mais rendimentos do que antigamente, mas é temporário, tenho que agir agora, mas como? Quem não sabe fazer nada não pode ser muito exigente.
Bastou um telefonema à hora errada para estragar o momento que tinha planeado à dias, fiquei tão fulo, não tirei mais aquele assunto do pensamento, não consegui ficar concentrado na atividade que estava a fazer. Mais uma vez fiquei desiludido comigo mesmo por não conseguir resolver o problema, por ficar atrapalhado ao tentar explicar o sucedido. Apetece-me faltar, mas desta vez sem aviso, será que percebiam que estou descontente? Por outro lado tenho medo que me afastem de vez, infelizmente isto é a única coisa que tenho. Tentar novos desafios, colocar-me-iam em dificuldades, só de pensar nas possíveis consequências deixa-me deprimido.
Preciso de calçado/casaco, o que uso já tem uns anos, os últimos que comprei foram tão baratos que me fazem doer os pés. Fui com a minha mãe comprar uns, ela disse que me pagava. Não tenho paciência nenhuma para comprar, procuro, fico sempre na dúvida em qual escolher e acabo por desistir. O calçado é um só exemplo, acontece com tudo. Estou a renegociar o meu contrato com a operadora de comunicações e tenho várias propostas, mas não consigo decidir qual a melhor por muita análise que faça, estou com dificuldade em dizer não aos comerciais. Agora que a minha mãe recebe reforma, já posso juntar mais dinheiro para as minhas poupanças. És um forreta, diz ela!
Detesto ficar com tonturas e dores de cabeça, não me apetece fazer nada, nem me divertir à minha maneira. As dores de costas estão-me a incomodar bastante, leio tanta coisa na net de como aliviar a dor, mas não consigo fazer nada que me ajude a superar. Sei que a minha postura não é a mais correta, mas não a retifico. Porque me "castigam" desta forma?

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Vindimas/Atitude Péssima Pai

Durante um telefonema com o meu pai, ele disse-me que ia fazer a vindima no fim-de-semana. Nem pensei, ofereci-me logo para ajudar, era uma oportunidade de aproveitar para fazer algo de diferente, de agradar ao meu pai, pois poucas vezes estou com ele e principalmente com os seus(meus) familiares. Tenho fraca conexão com eles, era uma oportunidade rara para conviver. Ele normalmente faz a vindima nos dias de semana, por isso aos anos que já não o ajudava. Sabia que provavelmente ia ter consequências para os meus músculos, pouco habituado a fazer exercício, mas sabia que a forte dor de cabeça era inevitável (não sei porquê quando vou fazer estes trabalhos fico com dor de cabeça insuportável, nunca contei isto a ninguém). Preparei-me: levei chapéu, água (fico facilmente desidratado), fato-de-treino comprido (apesar do calor não queria arranhões ou outras feridas), luvas e a tesoura da "poda". Quando cheguei ao local, já tinham arrancado, lá fui para o meio do mato com duvidas no caminho, com algum receio dos cães (naquela zona andam soltos). Ele é dono de várias pequenas propriedades, terras de pouco valor, os terrenos são aos altos e baixos, deve ter uns 30 "andares", imaginar carregar as uvas lá de baixo cá para cima! Apesar das "belgas" serem pequenas, andei lá perdido e com alguma dificuldade a encontrar as passagens em pedra para descer/subir, muitas delas perigosas. A produção foi pouca, acabámos mais cedo que o previsto, logo o cansaço não fui muito elevado.
A última semana até estive com humor aceitável, mas tudo foi abaixo nesse dia e até agora estou triste tudo por causa da personalidade do meu pai. Ele é muito nervoso e stressa demasiado, sempre a reclamar, aos berros. Ele é que é bom, progressista, até me enjoa esses discursos idiotas e sem noção. Mandou  bocas que não gostei, sempre a humilhar-me perante os outros, por não ter prática a fazer estes trabalhos, tive que me conter para não lhe responder e gerar conflitos, mais uma vez a minha atitude passiva prevaleceu. Apetecia-me ir embora dali! Não é assim que funciona a comunicação entre as pessoas, sei que é meu pai mas devia ter respeito, até porque o que ele não ajudou na minha vida não lhe dá direito de falar assim comigo. Se tivesse dito calmamente que estava a fazer errado não tinha ficado chateado. Dou um exemplo concreto: Fui vindimar uma videira que era brava(nos meus olhos são todas iguais), quando viu que já tinha cortado metade das uvas começou logo a gritar...devia ter sido avisado, não sou adivinho, depois a maneira que ele falou deixou-me logo sem confiança. Mais tarde não teve confiança em mim para realizar uma tarefa relativamente fácil, foi chamar outra pessoa, mas como estava ocupada lá teve que recorrer a mim, fiquei pior que estragado.  Ele é que trabalha, o que eu faço no escritório não é importante, não devia deixar menosprezar assim o meu emprego, tem que me respeitar, tenho a certeza que ganho mais em "algumas jogadas" do que ele a trabalhar todo o dia no campo. Assim sendo, futuros trabalhos vou pensar duas vezes antes de aceitar. Está habituado desde novo a trabalhar no campo, a tecnologia para ele não existe, nunca mexeu num computador, até para ligar a boxe da televisão tem dificuldade! Alguma vez gozei com ele? Nunca! Podia ainda o confrontar com a sua atitude, mas não vale a pena. Durante as vindimas falei com um primo que já não via à muito tempo,  para meu azar havia festa este fim de semana na minha localidade e ele perguntou se ia lá. É claro que não tinha intenção de ir, mas não consegui dizer a verdade e disse que sim, "depois lá nos encontramos". Fiquei mesmo abalado e mais umas vez os fantasmas da fobia voltaram. Eu queria ir, mas não consegui, voltei a não ter coragem para enfrentar um convívio social.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Ser Mais Independente / Explorado / Conhecimentos

A minha avó está a ficar velhota, a minha mãe doente, não tenho mulher, em breve vou ter que me safar sozinho, tento evitar estes pensamentos, mas não consigo, tenho que aceitar a realidade que me espera no futuro. Penso nestes assuntos sobretudo antes de dormir, o medo apodera-se de mim e começam as paranoias. Tenho 33 anos, já devia ser mais independente!
Sempre cresci com o pensamento que cozinhar era um bicho de sete cabeças, confesso que quando era pequeno tinha um pensamento machista  "cozinhar é para mulheres". Nos últimos tempos tenho observado alguns pormenores e parece que a dificuldade está na minha mente, na minha postura apática e sobretudo na minha falta de confiança, de certeza que já superei "sistemas" mais complexos. No outro dia aprendi a grelhar um peixe, fiquei a pensar "isto é assim tão fácil?"A minha família sempre me afastou, em vez de tentar ensinar essas tarefas desde que era mais novo. Aí erraram, deviam ter insistido mais para aprender. Falo em cozinhar mas pode-se aplicar em outros assuntos. Gostava de ter alguém que me ensinasse, alguém que tivesse paciência e me transmitisse confiança, tudo seria fácil se tivesse companhia. A minha avó não sabe explicar, fico enervado com o seu ar de gozão. Não sei se procure cursos que ensinam de forma profissional ou se tente pela internet...
Exploram-me ao máximo, é incompreensível para quem está de fora perceber porque razão continuo. No fundo vingo-me em não me aplicar nas tarefas que tenho a fazer, a motivação é 0. Envergonho-me de não ter capacidade de falar abertamente com eles e exigir aquilo que é meu. Deixo andar porque não tenho mais nenhum sitio para ir, tenho receio de uma mudança para pior e perder alguma liberdade e flexibilidade de horários. Durante o dia algumas tarefas são difíceis como falar com fornecedores/colaboradores principalmente quando sei que têm uma grau de licenciatura superior ao meu, apesar de ter já alguma experiência continuo com dúvidas da capacidade de transmitir a mensagem por mais simples que seja, é como se fosse sempre a primeira vez. Falto um dia por outro, mas sinto-me mal em casa sem fazer nada. Tenho medo do que os vizinhos possam pensar e que me achem um vagabundo. Com eles é só bom dia, boa tarde ou boa noite, não tenho coragem de tentar uma conversa. Irrita-me colocarem os carros à frente da garagem e eu sem coragem para lá ir avisá-los.
Com 33 anos continuo com um medo brutal de sair de casa, principalmente à noite para tentar conviver. Neste fim-de-semana houve uma festa, muita gente a passar pela rua onde moro, por momentos estive a espreitar pelo óculo da porta e pensei no anormal que sou. Porque tenho pavor em sair naquele momento ao contrário do que acontece quando por exemplo vou ao café antes de ir para o trabalho? Sem convívio nunca vou conseguir arranjar amigos e namorada.
O meu pai chateia-me para tentar travar conhecimentos que me podem ser úteis no futuro. Tem razão, mas eu não consigo falar, não consigo ter um tema de conversa que não me pareça despropositado, fora do contexto. Ele mora sozinho, deve ser bastante solitário, não quero acabar como ele. Contou-me algumas histórias do passado quando morava com a minha mãe, fiquei chocado, ele às vezes exagera, mas acredito nele por causa do perfil da minha família. Também o deitavam abaixo em vez de apoiarem, conseguiu demonstrar que do nada conseguiu viver uma vida relativamente estável. Claro que para ter essa vida não me ajudou em nada, ao contrário do que diz(será que ele pensa mesmo?).
Tenho uma culpa dentro de mim que não consigo deixar de sentir quando faço programas como jogar, ver filmes/séries, ler livros, ou outras actividades solitárias que me impedem de focar em assuntos mais importantes para a evolução do meu ser. Depois dos 30 esse sentimento adensou-se.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Ida à Praia, Depilação, Sexo

3 anos que não ia à de praia. Em vez de ir ao mesmo local de sempre, resolvi ir a uma praia que nunca tinha ido (em toda a minha vida apenas conhecia uma). Não contei a ninguém, pois sabia que ia preocupar a minha mãe, não estava para a ouvir e provavelmente acabaria por desistir da viagem. Vi o caminho pela net, pareceu-me bastante fácil lá chegar. Enchi o deposito e arranquei, cheguei ao destino muito mais cedo que imaginava, depois de entrar na auto-estrada demorei uns 50 minutos. Facilmente arranjei estacionamento(não estava à espera), fui dar uma volta a pé para conhecer a zona, tirar fotografias/selfies. Fui almoçar cedo, para ir ao mar apanhar ondas o mais rapidamente possível (tenho medo da congestão). Estendi a toalha perto do mar, vi outro homem sozinho o que me fez sentir melhor, pois não era o único solitário, sei que é triste. Deixei todos os pertences no carro, com medo que me roubassem numa ida ao mar, mas fiquei preocupado em ter deixado a chave no saco. Aconteceu uma situação bastante embaraçosa, numa onda mais forte os meus calções desceram deixando-me por instantes todo nu e o meu minúsculo pénis exposto. Reparei que um homem se estava a rir, deve ter reparado, estava muita gente à volta, provavelmente mais pessoas viram, que vergonha! Para o ano espero que dê para ir para longe, passar para o próximo "nível", ficar alojado durante uns dias, bem sei que provavelmente não terei coragem. Recentemente descobri uma praia fluvial aqui perto (cerca de 10km's), que desconhecia completamente, depois de uma volta de mota por aquela zona é que fiquei a saber da sua existência.  Às vezes aos domingos dou uma volta de mota ao fim do almoço. Vou visitar terras onde raramente fui, procuro um café e estou lá um bocado até me fartar.
Aproveitando uma ida ao cabeleiro para cortar o cabelo resolvi fazer uma extravagância, marquei uma depilação completa, resolvi arriscar e experimentar algo novo para sair desta monotonia. Cheguei ao local e os minutos de espera pareceram uma eternidade, a ansiedade aumentou, o coração disparou, tentei relaxar em vão. A minha expectativa era grande quando vi que trabalhavam lá várias jovens bonitas, mas a técnica que me atendeu já devia ter uns 50 anos, confesso que apanhei uma desilusão, pois preferia uma técnica mais jovem. Ela depilou-me as pernas, virilhas, rabo, axilas, peito, costas, pensei que ia doer mais, a zona do peito foi a mais dolorosa. A técnica foi rápida, falava muito para me deixar à vontade(preferia outra abordagem), não tenho dúvidas que é mais competente que qualquer uma das outras funcionárias mais novas e com menos pudores. Quando cheguei a casa resolvi cortar os pelos pubianos, para completar a depilação. O pior é no final o ardor, agora ando a chegar creme hidratante, que nunca usei na vida, vamos lá ver como nasce a nova "pelagem", espero não ter muita comichão.
Voltei a pagar a uma mulher para ter sexo e mais uma vez foi um fail. Ejaculei logo no sexo oral, ainda nem tinha atingido a erecção na totalidade. É como se meu pénis me dissesse "já está despachado, vamos sair daqui o mais rápido possível", para ir embora desta situação desconfortável. Não desisti e queria ter sexo vaginal, paguei mais uma segunda vez mas já não consegui erecção. Arrependi-me de não ter falado com ela que ejaculava muito rapidamente. Fiquei tão desiludido comigo mesmo, é mesmo para esquecer.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Estragar Planos/Empresa/Casa/Obsessão por Compras


Não vale a pena planear nada, acontece sempre alguma coisa que faz com que os planos sejam estragados. Os dias tem estado quentes, mas ainda não consegui tirar um dia para relaxar e ir até à praia. Mais uma vez a minha mãe está internada no hospital o que provoca o atraso nos tratamentos de quimioterapia. Mais preocupações, directas, farto!
Na empresa continuo sem receber, custa-me tanto ir trabalhar nestas condições, não tenho qualquer motivação, estou cada vez mais a desleixar-me nas tarefas que tenho que fazer. A semana passada ainda perguntei a medo se não podia receber um dos salários que tenho em atraso. Mas lá me disseram que havia muitas despesas e que não me podiam pagar... o facto é que o resto do pessoal recebeu. Só eu, para aturar isto, qualquer pessoa já tinha cagado para isto e bazado. Pago mesmo para trabalhar.
A minha casa está cheia de vida por causa dos meus familiares e principalmente por causa dos meus primos pequenos. Em breve vão embora, por um lado fico contente por retomar as minhas rotinas, por outro lado fico triste por perder aquela animação. Não gosto de ouvir certas bocas, principalmente quando duvidam da minha capacidade, deixam-me mesmo triste, não consigo deixar de ficar em baixo.A timidez é confundida com burrice. Até tivemos uns 2 ou 3 convívios porreiros que vou recordar com saudade.
Mais uma vez constipei-me no Verão, dores de garganta impossíveis de suportar, passei vários dias em casa a recuperar. Nestas situações procuro-me resguardar ao máximo, para ver se fico melhor mais rapidamente, mas a recuperação foi na mesma lenta, devia ter seguido a minha vida normal, este tipo de pensamento só me faz atrasar.
As instituições publicas funcionam mesmo mal, tenho tido bastantes problemas por causa da incompetência desses senhores, já estou a ver que não vou conseguir ganhar dinheiro nenhum com a seguradora por falta de documentação que não devia ter problemas em arranjar. Este assunto deixa-me tão revoltado, apetece-me gritar com as pessoas que me atendem, apesar de saber que não têm culpa nenhuma. Mas só a apatia delas me dá nervos, o estilo "tia" da mulher que está a atender dá-me vómitos.
A minha mãe tem mesmo um grave problema psicológico com a necessidade de comprar coisas que não usa, principalmente roupa e cd's. Tinha noção, mas só depois de fazer uma limpeza no quarto é que vi a gravidade. O quarto dela é inenarrável,sinto-me sufocado lá dentro, mobília exagerada, muitas molduras, caixas grandes cheias de tralha por cima dos armários, roupa espalhada por todo o lado, não dá para lá andar dentro. Fiquei chocado, quando vi centenas de cd's de música por abrir, ainda dentro dos plásticos, para que ela compra se não ouve? Compra roupa quando tem tanta, maioria dela nem vai usar! Nesse aspecto, sou tão diferente dela, ando a ficar cada vez mais forreta, até os meus familiares gozam quando dizem que nunca pago nada. Sabia que ela comprava cd's pela net, mas não imaginava que fosse tanta coisa. Até um telemóvel novo comprou e ainda não tirou da caixa, será que não se lembra? Será que ela contou à psicóloga/psiquiatra? Ela omite algumas situações o que me deixa preocupado. Uma pessoa pobre não pode gastar tanto dinheiro em coisas supérfluas, que raio de pensar é o dela?

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Viver a Vida dos Outros e Não Conseguir Viver a Minha

Fui passar uma tarde a casa de uns familiares de uns familiares. Fazemos este convívio uma vez por ano, os miúdos divertiam-se na piscina, estava a passar um bom bocado, até que de repente comecei a ter pensamentos que me deixaram triste. Olhei em redor e vi uma família feliz, tive ciumes de não conseguir criar a minha própria e viver eu estes momentos. Nem coragem tive para levar os calções de banho, para me divertir dentro da piscina, tenho raiva de não conseguir sair desta apatia. Brinquei com o cão, até isso me deixou em baixo, nem tenho coragem para ter um por causa do trabalho que daria. Sinto que não teria paciência, confiança, nem capacidade para o ter de maneira a que ficasse bem tratado. Vi o meu familiar a colocar um cinto para segurá-lo no carro, ou arranjar uma maneira para prendê-lo à parede, não sei fazer nada disso. Devido à minha personalidade estes momentos são raros, se "quisesse" podia ter outros dias de convívio como este. Gostava de saber tratar um jardim, da casa, em vez dos meus tempos livres serem passados a ver séries com o Flash ou jogar Resident Evil.
Evitar conflitos deixa-me posteriormente nervoso. Fui obrigado a trazer a mota num dia frio, só porque decidiu fazer um serviço naquele dia. Se entrasse em confronto seria mau para mim, imagino-me a discutir para libertar a minha ira.
Existem 2 ou 3 espectáculos que gostaria de assistir, mas que não vou conseguir ir por causa da minha maneira de ser. Exemplos: Gosto muito de uma dançarina, sigo-a no instagram a alguns meses. Vai actuar aqui perto, gostava de ir vê-la ao vivo. Estou encantado com uma jornalista que em breve vai fazer um programa em directo aqui na zona. Também gostava de a ver ao vivo, arranjar um autografo, tirar uma selfie, conversar, quem sabe um beijo... já estou a sonhar demasiado alto. Se fosse até lá o máximo que conseguia seria olhá-la de longe, se por acaso me dirigisse a palavra era capaz de bloquear.
Apesar de não ser grande especialista na análise de resultados o espermograma revelou que tinha espermetozoides, comparei os resultados com alguns que vi na internet e pareceu-me normal, ainda tenho esperança de ter filhos. Vou ter que marcar uma consulta, agora estou em paranóia por causa de um alto que tenho na cabeça, doi-me quando toco nela, dá-me a sensação de ter uma ferida. Costumo ter muitas dores. Para libertar o stress e imaginar histórias, oiço musica pelos phones com som muito alto, não o devia fazer mas para mim é como uma terapia, com isto consigo libertar alguma raiva que tenho acumulada. Tenho medo de ter alguma coisa, porque não faço uma tac? Fiquei chocado ao ver uma pessoa que há dois anos era saudável, actualmente com a doença de parkinson. Ela é que tem razão para estar em depressão, se me acontecesse esse azar... nem quero pensar.
Este ano acho que nem vou conseguir tirar uma semana seguida de férias puras o que me deixa revoltado, ainda para mais na situação que estou.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Comunicação

Mais uma sessão da formação e parece que o tema é de gozo para comigo, o destino prega-nos cada partida! É sobre comunicação, aquilo em que sou mesmo muito fraco. Estar lá torna-se um pesadelo, estou mesmo em baixo como a algum tempo não estava. Alguns pontos focados: atitude passiva - anulação perante os outros, evitar conflitos para agradar os outros, não expressar os seus pensamentos, bloquear perante os problemas, desvalorizar as suas capacidades, não agir com receio de deceções. Isto é minha descrição, como querem que mude se tenho mais medo de "comunicar" do que morrer? Rapidamente vão descobrir que tenho atitude passiva, todos intervêm menos eu. Não sei como vou conseguir ir às próximas sessões, vou pensar nelas os dias e as noites, como aguentar? Todos os "problemas" com os meus familiares, vida profissional, falta de vida amorosa é da falta de comunicação, não saber falar. Não viver por não saber comunicar, qualquer pessoa consegue ter vários minutos de conversa, menos eu. Faço uma retrospetiva e vejo que não faz sentido a vida que levo. Coisas tão fáceis para qualquer pessoa, menos para mim, hoje apetece-me chorar. Logo no último dia em que me podia divertir, antes da chegada dos meus familiares, estou num estado depressivo.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Formação

Aguento tanta coisa para não ter que ir a entrevistas, formações, convívios, etc, mas lá fui obrigado a ir a uma formação realizada aqui no concelho. Preferia que fosse longe daqui, a angústia apoderou-se de mim. Algum pessoal da minha vila presente, não falei com nenhum, conheço alguns, não sei se a mim me conhecem e um deles até é meu vizinho (ou era, não sei se já saiu das casas dos pais) outro é um gajo bastante popular, tenho medo da reação dele quando descobrir que sou da terra dele e fazer perguntas incomodas às quais vou ficar embaraçado ao responder. "Em mais de 30 anos nunca te vi, onde te enfias?", "Estás mesmo a morar na vila?". Mesmo se pensasse más coisas de mim, porque raio ligo à opinião dele? Gostei da técnica que fez a apresentação, bonita e simpática, (conheço aquela cara de algum lado, mas não estou a ver de onde), infelizmente a intervenção dela foi curta, por outro lado não gostei nada da formadora. A primeira sessão foi surreal, pessoal muito conflituoso, um bêbado, uma brasileira que não parava de falar, um que tem a mania que é bom, não se falou nada da formação em si, definitivamente não me enquadro, que pesadelo vão ser as próximas sessões, estou com medo das apresentações e se for preciso falar perante a "classe"? Fico tão bloqueado que não me sai nada, totalmente baralhado, não consegui fazer uma simples pergunta, todos falavam por cima de mim. Mil vezes o trabalho, é por isso que prefiro estar lá mesmo sem receber qualquer dinheiro. Podia estar de "férias", a gozar... mas não. Não consigo compreender o porquê de me sentir preso? Mais uma vez sou o crucificado no emprego porque sei que com a minha personalidade não consigo ir para outros ambientes...quem me dera não ser tímido. Uma pessoa que lá estava falou do filho e parecia que me estava a descrever a mim. "Um ser calado, que parece que está no mundo à parte, se estivesse aqui nem se ouvia a voz dele".
Fanático por futebol vibrei com a conquista do Euro 2016 por parte de Portugal. Mais uma vez foi um sentimento que acabou por ser triste, pois não tinha ninguém com quem comemorar, ver as pessoas todas na rua em festejo e eu em casa sozinho fez-me sentir ridículo.
Ansioso pelo resultado da biopsia da minha mãe e pelo espermograma que realizei. Será que vou ter a confirmação que não posso ter filhos? Não sei se o resultado é explicito ou se tenho que marcar uma consulta com o meu médico de família, tarefa quase impossível nestes tempos. Vêm familiares do estrangeiro, tenho tanto medo com as perguntas. "Então quando arranjas uma gaja?"...
As histórias imaginárias voltaram em força, agora sonho que sou um ser de outro planeta que está sozinho no mundo, que se sente vazio, nada o preenche, uma justificação para a sua personalidade. Encontra outro ser do mesmo planeta do sexo feminino que sente o mesmo e quando se conhecem têm uma bonita história de amor... nem entro em detalhes é tão vergonhoso que nem consigo escrever, sou tão pateta.
Como convívio lá procuro ir para fóruns, no outro dia fiquei tão chateado por não conseguir defender a minha opinião, sinto sempre que não tenho argumentos para os outros e que sou básico, os outros têm sempre razão. No outro dia deixei lá uma mensagem e nem tive coragem para ir ler as respostas. Dou importância ao que não devia, se fico assim no mundo virtual fará no mundo real.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Como Gozar a Vida com esta Personalidade? Perguntas que não tenho resposta...

Estou neste momento em baixo, não me apetece fazer nada, nem escrever, a minha imaginação sumiu. Como gozar a vida com esta personalidade que tenho? Como enfrentar os novos desafios que se vão colocar?  Como sair desta prisão imaginária? Porque fico tão triste quando algo não corre como previsto? Porque raio penso tanto nos possíveis imprevistos que me possam impedir de ver aquilo que goste? Porque meto os outros sempre à minha frente? Porque acho que outros merecem mais do que eu?  Porque perco tanto tempo com assuntos sem interesse nenhum? Porque tenho medo de falar com pessoas que tenho pouco a perder? Porque ligo tanto ao que os outros pensam? Porque não consigo fazer as tarefas quando os outros desconfiam que não consigo realizar? Penso muito em assuntos e respectivas consequências, que não têm importância nenhuma. Não me consigo libertar, ir desinibido, não estou a fazer mal nenhum, porque parece que vou matar alguém? Acho que já me começo a repetir muito.
Mais uma vez observo os trabalhadores e vejo que se desenrascam a fazer qualquer serviço, eu não sei fazer nada, pergunto-me se não devia ter outro tipo de formação, mais prática e útil.
Às vezes sinto mesmo falta de companhia. Quando me masturbo desejo sempre estar com alguém pessoalmente, já não me excita sozinho como antigamente. Até pensei ligar para as mulheres anunciantes de convívio, mas sei que não é solução, elas não me iriam dar o carinho que preciso.
Hoje marcaram uma reunião sobre um assunto que me pode interessar a mim e à minha família. Soube ontem e fiquei logo de rastos, querem que eu vá, mas sinto-me tão angustiado, fico com medo de perder a minha zona de conforto. Estava preparado para ver o jogo de Portugal, o meu jogador preferido foi surpreendentemente titular e fez uma grande exibição, mas eu não consegui gozar esse momento por estar em baixo. Estar com tanta gente desconhecida e ao mesmo tempo da minha terra deixa-me nervoso, vão perguntar quem sou eu, tudo a olhar para mim, um intruso. Devo ficar tão bloqueado que nem conseguirei reter a informação. Ainda por cima véspera de fim-de-semana prolongado e antes do Euro. E se me convidam para ir beber um copo?  Já devia ter maturidade para confrontar esse tipo de situações! Tantos anos de experiência, já passei por tanta coisa e continuo a parecer uma criança. Sinto uma revolta tão grande por ser assim. Apetece-me inventar uma desculpa para faltar, tipo uma dor de cabeça como às vezes acontece que me deixa KO. Sinto estas dores de cabeça desde miúdo, deixa-me desesperado por não conseguir fazer nada para as impedir, pergunto-me qual será a causa, dentes, olhos? Tomo comprimidos, tipo aspirina, brufen e aguardo que passe. Só fiz um exame quando criança que não detectou nenhum problema. Talvez devesse pedir mais exames...
Sou um grande fanático pelo Quaresma, tenho um blog que actualizo quase diariamente.Guardo tudo o que encontro sobre ele, imagens, videos, etc, tenho uma pasta várias dezenas de gigabytes de dados.
Na empresa  lá acabei por ceder mais uma vez às exigências do meu patrão... vamos lá ver o que isto vai dar, estou tão triste que nem apetece escrever nada :(

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Tempo

Ontem tive uma sensação que já não tinha à muito tempo. O tempo andou depressa demais, quando olhei para o relógio já eram 20:00, quando pensei que era muito mais cedo. Saudades de me sentir assim, triste por saber que não acontecerá tão cedo. Tudo aconteceu numa festa de aniversário, estava tão divertido com os miúdos que nem dei pelo tempo passar, fiz actividades como jogar à bola, brincar com o cão ou dar tiros na brincadeira com pistolas de plástico. O tempo normalmente passa demasiado devagar para mim, é no escritório, em casa, em todo o lado estou sempre fixado no relógio a ver as horas. Admirei um convidado pela forma como montou rapidamente o parque de estacionamento, ou a maneira como foi buscar a bola que tinha ido parar a árvore. Tarefas essas que não sei se seria capaz de fazer, pelo menos em público com tanta gente a ver. Cheguei a casa passei as fotos para recordar o dia, fiquei triste por não ter conseguido tirar fotos como queria.
Hoje queria fazer ponte, mas fui incapaz de pedir o dia, até pensei faltar sem avisar tipo numa forma de protesto, mas não tive coragem para tal.
O calor está a chegar e queria ir buscar a mota à casa do meu pai. Não tenho espaço para colocar a mota na garagem, não sei qual a solução que vou tomar. A garagem é estreita, é preciso grandes manobras para estacionar o carro. Pensei retirar os armários, mas colocá-los onde? Não tenho espaço, nem o dono da casa o permitiria, nem o conseguiria fazer sozinho. Podia tentar falar com 2 ou 3 vizinhos que tem espaço, mas mais uma vez a minha timidez tira-me a coragem para o fazer. Pensei levar o carro para a garagem da minha mãe, mas os anteriores inquilinos ainda a usam apesar de já terem mudado de casa. Essa é outra história que não entendo, mudam de casa, não entregam a chave e somos nós que pagamos as contas. Já falei nisso à minha mãe, mas ela não quer problemas, tem mesmo uma personalidade idêntica à minha. Além disso não sei se era prático, só mesmo experimentando, maldita a hora que estraguei os encaixes da garagem.
Agora a época futebolística está parada, parecendo que não ainda passo muito tempo a ver jogos de futebol, estou ansioso que comece o Euro 2016. Sempre senti um carinho especial por esse tipo de competições.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Avó, Portatil Novo, Empresa - Não sei que atitude tomar

A minha avó está muito em baixo depois da operação, não pode fazer nada, não consegue sequer estar deitada, passa as noites sentada no sofá, (diz que sente menos dores), o maior problema são as tonturas. Tenho receio que não descanse como devia, vai ser longa a próxima semana para ela. "Há males que vêm por bem", o facto da minha avó estar em baixo, fez com que a minha mãe assumisse o papel de doméstica, cozinha, lava a roupa, etc, tarefas que não fazia há anos, está com o humor para cima o que me deixa muito contente. Chego a casa e vejo-a no computador, a jogar ou no facebook, pelo menos está entretida, faz o jantar e deita-se tarde em vez de passar o dia na cama como antigamente. Talvez a pausa dos tratamentos a tenham ajudado a melhorar o humor, mas tenho medo que prejudique a saúde. Do hospital não disseram mais nada, a médica disse que ia fazer uma biopsia e ainda estamos à espera que a chamem.
Quando comprei o portatil novo um dos objectivos era deixar de me irritar pelos constantes bloqueios, lentidão e restantes problemas que me deixavam em stress. Agora que rapidez não é problema, estão me a surgir outros bugs que me deixam fulo por não os conseguir resolver. De vez em quando fico sem internet,  a ligação está activa, mas é como se estivesse offline. Uma porcaria quando uso aplicações que preciso internet sem falhas, como aceder remotamente a outros computadores ou jogar online. Instalei um programa que deu bronca por não conseguir fazer ligação aos servidores para instalar as actualizações. Foi um pesadelo fazer download de um ficheiro de 1gb, por causa dessas falhas.Tenho actualizado os drivers da placa, não sei o que mais fazer. Outro problema é a gráfica, a começar pelo software que não actualiza automaticamente, certas aplicações como o MEO GO não funcionam bem, a imagem está sempre a parar. Quando desactivo o anti-virus, ele volta a activar-se automaticamente apagando-me ficheiros que sei que não são virus. Quando o pc entra em modo de suspensão às vezes bloqueia. Pensava que não ia sofrer mais com a aquisição do novo pc, mas pelos vistos enganei-me.
A empresa está sem dinheiro para pagar aos funcionários, estado e outros fornecedores. Como fico sempre para trás não espero receber tão cedo, ainda hoje o meu chefe me deu a entender pelo facto de não ter filhos podia ficar para trás, uma justificação ridícula na minha óptica, porque se trabalhei mereço receber tanto como os outros. Ele fez uma proposta de me colocar no desemprego (continuava a trabalhar na empresa por fora), para ter menos custos com segurança social e outros encargos, assim poderia receber alguma coisa da segurança social, também tenho um seguro de desemprego, mas não sei se pagam nestas condições(pedi a apólice para analisar bem). Daqui a uns tempos a empresa fecha e aí teria direito ao subsidio de certeza. Sempre tive azar em aproveitar-me destas situações, não sei fazer trafulhices, não gostava de trabalhar ilegalmente. Vejo outros problemas, como explicar ao tipo da HST? E a indemnização? Esta situação faz-me lembrar a saída da empresa da minha ex. Não sei que atitude tomar sinceramente, vou deixa andar como sempre.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Operação, Corte de Cabelo, Massagem, Neuras

Escutei mais uma conversa telefónica que não gostei, infelizmente o pessoal aqui em casa tem sempre o hábito de ter a chamada em alta-voz. Estava à espera da minha avó para levá-la ao hospital, entretanto toca o telefone, ela não se apercebe que estava na divisão ao lado e falou sobre mim de uma maneira que não gostei, como se fosse um inútil, incapaz de conseguir completar uma missão tão simples. Criticar o que não sei e criticam aquilo que sei, sem paciência para aturar certas atitudes. Fiquei triste, fico chateado por estar chateado, não percebo como vou tão abaixo por umas palavras menos abonatórias, estragou logo o meu dia. Estou a pensar cada vez que falem ao telefone ir embora para evitar ouvir os outros. Deu conta e ficou mais simpática, mas não consigo esquecer, a minha maneira inconsciente de vingança é não falar(como se fossem dar grande importância, visto passar o tempo calado). Estou muito preocupada com ela, sempre com a tensão alta e com tonturas, tenho medo que lhe dê alguma coisa má. Fiquei preocupado por saber que ela não liga muito à medicação, no outro dia fiquei chocado quando soube que não andava a tomar tudo correctamente. Foi ao médico que lhe receitou mais um comprimido, mas parece que não resultou. Não posso deixar andar, tenho que ser mais persistente, antes que seja tarde de mais.
Enquanto a operavam dei a desculpa de ter uma reunião na contabilidade para sair da sala de espera (ia estar lá horas para quê? Farto de hospital já ando eu). Tinha agendado um corte do cabelo e uma massagem (ando a experimentar um tipo diferente por ano). Cheguei muito cedo à hora combinada, fui até à loja de tecnologia para passar o tempo, mas não é para mim andar lá a ver os produtos só por ver, sem interesse em comprar, que tédio, parecia que os vendedores me acusavam de um crime só por estar a ver, acabei por levar um livro para ler quando for para o quintal apanhar sol. Assim que cheguei fui logo atendido, por uma mulher bastante atraente. Costumo estar calado enquanto me cortam o cabelo e normalmente as cabeleireiras vendo que não sou de conversas calam-se também. Mas desta vez foi diferente, ela começou a falar comigo sobre vários temas...cabelos, tempo... eu queria conversar mas não sabia o que dizer, não tinha assunto, rapidamente a conversa acabou e o silencio imperou. Fiquei tão mal comigo mesmo, se fosse outro até o facebook daquela "brasa" arranjava. Depois seguiu-se a massagem, prometi a mim mesmo que não ia ficar triste como da última vez, sem grandes ilusões, apenas tentar aproveitar ao máximo o momento. A técnica foi a mesma da última vez, jeitosa e simpática, gostava de perguntar se lembrava-se de mim (obvio que não, no meio de tantos clientes). No inicio disse-lhe os pontos que me doíam mais e ela intensificou bastante os exercícios nessas partes, como é hábito no final fui incapaz de lhe dizer 2 ou 3 coisas, com medo do que ela pensasse. Gostava de me inscrever no ginásio, piscina, fazer body balance ou outro tipo de aula para exercitar o corpo, com companhia. Hoje estou outra vez com dores nas cervicais e na anca, com medicamentos e massagens isto não passa, terei uma dor crónica? Não sei o que fazer, queria marcar consulta com o meu médico de família para me passar exames, mas está difícil.  No outro dia marquei um espermograma numa clínica particular, mas nesse dia tive o abscesso dentário que me impediu de ir, terá sido um sinal? Já podia saber o resultado, que puta de neura me dá a pensar nesse assunto.
Quando tenho um assunto pendente que preciso resolver rapidamente fico ansioso, irritado, o tempo passa devagar, tudo me parece tão lento, desde o trânsito, a fila de carros para meter gasolina, a demora da caixa de compras, etc. A adrenalina apodera-se de mim e só quero me despachar para resolver o assunto. Quando me lembro de alguma coisa que tenho que fazer, só fico descansado quando o fizer mesmo coisas sem interesse nenhum.
Ontem à noite apeteceu-me chorar, já não o faço a vários meses, só não o fiz porque tenho medo que me faça mal à saúde ocular, agora que finalmente estabilizei a tensão...

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Tchaikovsky, Pequenas Situações, Trabalho, Rotina

Hoje resolvi ouvir Tchaikovsky. Não oiço habitualmente musicas clássicas, estou a tentar descobrir novas paixões para me abstrair dos meus problemas e tristezas. Agora que a minha avó vai ser operada, não posso de maneira nenhuma ir abaixo, tenho que ter forças para ajudá-la. Não sei fazer nada em casa e não tenho confiança para aprender, tudo me parece difícil de fazer, até estrelar um ovo. Sou ridículo, eu sei. A minha família devia-me ter ensinado desde novo a fazer algumas tarefas, no tempo em que ainda tinha capacidade de assimilação, nesse aspecto falharam. Irrita-me a maneira de gozo quando vêm que falho, fazendo-me desistir de aprender, não devia ligar, mas não consigo, a culpa é minha e destes malditos sentimentos... pk sou assim? Vejo os meus pequenos primos que vão para a piscina, dança, etc, eu nunca entrei em actividades extra-escolares. Até hoje nunca frequentei formações fora do meu trabalho para enriquecer o meu currículo, sei que poderei ser prejudicado por isso.
Existem pequenas situações que me deixa enervado, desde a meo facturar tráfego a mais quando não passei os limites, artigo que comprei danificado que não querem trocar... apetece-me tanto gritar com eles! Não saber falar tem muitos contras, não consigo coordenar as palavras, fico baralhado, bloqueado e corado. Vejo familiares que não fazem nada, passam o dia no café ou a dormir para ir para as noitadas. Podem ganhar dinheiro pelo simples facto de terem conhecimentos e serem "trafulhas", fico aborrecido com certas situações, não gosto de ter estes sentimentos, mas é injusto. Nunca me aproveitei de ninguém, nem do próprio Estado ou companhias de seguros que merecem serem roubados por roubar os outros. Porque não mudo essa filosofia de vida? Estou com um ódio às finanças, estão a destruir a empresa com as suas coimas e juros elevados. Apetecia-me ir lá reclamar, mas é contra uma entidade, as pessoas que lá trabalham não têm culpa.
Nem consigo comentar a situação que estou na empresa, montes de salários em atraso, empresto dinheiro, sem grandes perspectivas de trabalho. Pessoal a reclamar comigo, quando têm tudo em dia, se eles soubessem, de certeza que agiam de maneira diferente. Era boa hora para sair, mas ir para onde? Estar em casa poderia provocar o aumento da depressão, vejo algumas vantagens que posso perder saindo do meu emprego actual. É perto de casa e ao mesmo tempo fora da vila, tenho um horário normal(detestava por exemplo trabalhar por turnos). Estando em casa, tinha medo dos comentários do outros, de me chamarem... mas que raio de pensamentos são estes? Porque sofro de merdas que não tem lógica sofrer. Aqueles pensamentos antes de adormecer são devido a quê? Não consigo compreender o que tenho.
A minha rotina dos dias de semana é levantar às 8:20, de seguida tomo logo o pequeno-almoço e depois vou-me lavar e vestir, saio de casa por volta das 8:45/8:50 para estar no trabalho às 9:00, 8,2 km's, 10 minutos. Saio ao 12:30, vou a casa almoçar(um dia por semana, normalmente às sextas almoço num restaurante), por volta das 13:15 regresso, de vez em quando paro num café (procuro diversificar) bebo um e vejo os jornais ( 5 minutos máximo) se estiverem disponíveis. À tarde não tenho horário certo de entrada/saída, entre as 13:30 e 13:45 já estou no trabalho, às vezes até mais cedo. Saio por volta das 18:15-18:45, às vezes fico até mais tarde por obrigação ou escolha, podendo sair às 20:00, 21:00. Quando estou sozinho, até saio mais tarde, para não ir logo para casa, para aquele clima pesado. No sábado de manhã vou às compras, e depois fico à tarde em casa. Domingo de manhã fico na cama até ao meio dia, ficando à tarde em casa. Raramente saio,  por exemplo este fds aconteceu, fui ver um jogo de futebol. Ás vezes tenho que perder dias para ir ao hospital, de noite não saio... é assim a minha vida monótona.
Que medo aterrador é este de sair da zona de conforto? Basta me mandarem para um serviço diferente que perco logo as forças, como se andasse a correr durante km's ou segurar pesos.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Conversa que nunca vou chegar a ter...

Chega, estou a escrever um texto com alguns tópicos que queria abordar com um familiar quando ele começasse com o seu discurso critico, insistente e chato que me deixa louco por não conseguir rebater.  Não posso explodir com raiva e deteriorar o nosso relacionamento, mas também não posso deixar que ele me afunde com as suas palavras, não consigo simplesmente suportar mais esta situação, cada vez mais me custa ouvi-lo falar. Não posso deixar que menospreze o meu emprego, todos os trabalhos têm as suas vantagens e desvantagens, lá por trabalhar no escritório e não em produção directa não quer dizer que seja um mar de rosas, não posso permitir que desvalorize o meu esforço, não sou nenhum vagabundo, se ele soubesse os problemas que eu tenho!  Sei que é irrelevante o que estou a escrever, nunca vou ter coragem de ter uma conversa aberta com ele, por causa desta timidez não sei argumentar. Penso às vezes lhe mandar um mail...
Custa-me tanto ver a minha mãe sempre na cama, com dores, os problemas de saúde não a largam, não tem interesse por nada, os últimos exames parece que revelaram uma situação diferente, pelo que entendi para pior, tenho tanto medo de falar directamente com a médica, não é nada simpática, já tem idade de se reformar.
Ando a passar-me com as dores que tenho tido, ou é nas cervicais, ancas, dentes, garganta, músculos... fico desesperado por estar assim. Antigamente não tinha esses problemas, tudo começou com estes sintomas de depressão.
Sei que neste momento não é o momento para gastar dinheiro, devido à grave crise financeira que a empresa atravessa e não saber se vou receber... ou se tenho que emprestar. Resolvi comprar uma LCD para a sala, para substituir a antiga que lá estava. Já o devia ter feito à anos, mas a minha inoperância fala mais alto. Para aproveitar a TV, tenho planeado meter uma 2ª box, só não o faço já, porque estou fidelizado e estou a pensar mudar de operadora. Tenho também que trocar o meu pc, ainda tenho um pentium 4 de 2005, como é que aguento tanta lentidão? Comprando a televisão, posso ir mais vezes para a sala, ligo o meu portátil e poderei ver filmes em full hd ou jogar num ecrã maior. Tenho medo que esta compra me torne mais viciado. Às vezes parece que não tenho tempo para tudo na minha vida, imaginem se saísse e tivesse relacionamentos.

Gostei de ler este site:

http://www.portuguesesfelizes.com/

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Acabei por Fazer Mais um Negócio da Treta

Perdi uns 300 euros num negócio por precipitação, por não analisar bem as coisas, leio tanto e fico confuso, depois escolho a pior solução possível e só no fim é que me apercebo... porque sou assim tão burro? Porque tenho medo de arriscar quando sei que é de confiança? Estou tão enervado comigo mesmo! Sou mesmo de compreensão lenta! Apetece-me bater a mim mesmo! Sei que existem pessoas que fazem a auto-mutilação, nunca tive essa tentação, mas já me aconteceu puxar os cabelos, ontem andei aos pontapés às cadeiras e aos baldes de lixo pelo mal estar em que me encontrava. Espero que aquilo que comprei ao vivo seja melhor, depois tenho um "azar" com o timing, enfim, nem apetece pensar.  Não era uma despesa que queria ter, depois de vários meses sem receber e sem previsão para tal. O pessoal reclama comigo por muito menos, como eu queria lhes gritar, lhes dizer como é a minha situação. Se contasse nem acreditavam!
Como tenho sofrido dos dentes, dois abcessos em menos de 1 mês, o problema da anca está a fazer com que vá lá para fora fazer exercício. Se pago uma fortuna por dentes, porque não ir ao médico especialista? Que xulisse os dentistas, já lá vai em cento e tal euros. Detesto tomar brufens e antibióticos, tenho medo que isso me provoque problemas no estômago, fígado ou rins. 
A minha mãe veio do hospital, surpreendentemente até me parecia com maior animo, mas durou pouco, passa o tempo na cama, só se levanta para ir comer. A dor deixa-a logo em baixo, como a compreendo. Vê-la assim e não conseguir fazer nada, a culpa também é minha por não consegui-la animá-la mais.
Tenho passado um tormento com o meu portatil, agora é o disco rígido que me está a deixar à beira de um ataque nervos. Tenho que me acalmar, hoje tive uma ansiedade tão grande que nem comi dejeito, sempre com pressa não sei bem para quê. Não me apetece escrever nada, nem sei qual foi a ideia de abrir o blog para desabafar.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Até ao telefone me destroem a Páscoa

Até pelo telefone conseguem destruir o meu humor durante a Páscoa. A pior Páscoa de sempre com a minha mãe no hospital, não recebi em condições a visita dos meus afilhados, agora aquela conversa ao telefone que não consigo esquecer. Criticam tudo, não existe pachorra para aturar esta gente. Eles são perfeitos, enfim. A única coisa para a qual não existe solução é a morte, estou a ver que a morte é a única maneira de poder solucionar os meus problemas. Mas porque eu fico tão abatido com os comentários dos outros? Porque é que fico com mais medo de os defrontar do que morrer? Eles sabem conversar, eu não, fico com uma raiva, apetece-me desaparecer, as minhas forças vão-se embora, não consigo lutar. Não os posso culpar, não conseguem entender o quão abalado fico, não percebem os meus problemas. Às vezes penso em dar uma volta de carro e nunca mais voltar, atirar-me para a barragem. Espero um dia não o fazer, mas eles têm que saber o como estou tão desesperado. Eles pensam que sou um deficiente, queria provar que estão errados, mas não tenho forças. Continuo sem conseguir dar o próximo passo para crescer e ser independente.  Eu e a mecânica não nos damos, porque raio tenho eu tanta dificuldade em aprender? Quando é que deixo de lado coisas que não interessam para o meu crescimento como jogos de computador ou as histórias imaginárias que crio para não ficar tão entediado sozinho?
Esta semana mais um final do mês que se prevê terrível, pagamentos por fazer, não estou bem em casa nem na empresa, que situação que estou a aguentar, apetece-me explodir .
Agora até o meu portão da garagem está avariado, tenho que deixar os carros lá fora, denunciando a minha presença em casa. Não me apetece fazer nada, ontem quis ver um filme, mas rapidamente desinteressei-me. Que bosta de sentimentos. Há semanas que não vou ao quintal distrair-me um pouco.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Encontro Ex Colega

Numa visita ao hospital encontrei um ex colega de trabalho que não via há uns 10 anos. De todas as pessoas que conheci na vida, talvez seja a pessoa com a personalidade que me identifiquei mais. Rapaz humilde, bom de mais...parece que está a ter sorte profissionalmente, ainda bem pois merece tudo de bom. Era um tipo que não tinha relacionamentos femininos, não lhe consegui perguntar se conseguiu evoluir nesse ponto,  achei descabido,  tive medo que me questionasse de volta. Deu-me saudades dessa fase da vida, (feliz q.b, sem depressão). Relembrei pessoal com quem convivia e fiquei nostálgico, os almoços eram uma paródia. Ainda me lembrei de lhe pedir o número para quem sabe podermos conviver um pouco num sitio mais agradável, mas não tive coragem :(.  Recuei ainda mais no tempo ao ver o facebook de um ex colega de escola, durante anos o meu melhor amigo. Era uma criança constantemente gozada principalmente porque via muito mal. Por causa dele escolhi a escola onde segui os meus estudos secundários, foi aí que o nosso relacionamento deteriorou-se, arranjou novos amigos, mandava bocas tão foleiras que preferia apanhar outro autocarro só para não ter a sua companhia. Hoje está a trabalhar como programador numa grande empresa, corrigiu o seu problema de visão, além disso é atleta, a mim basta subir umas simples escadas para me sentir cansado! Não era mais inteligente do que eu, tirava piores notas na escola, mas a diferença de personalidade fez com que ele fosse um homem que é hoje, já casado com filhos e eu praticamente um "parasita da sociedade". Queria trabalhar, mas sinto-me tão triste, tudo o que faço parece-me de uma inutilidade extrema. Estou outra vez a sofrer por antecipação, sou dependente, tenho tanto medo.
Por causa do problema da minha mãe troquei umas curtas palavra com a minha vizinha (minha ex colega), felizmente só falámos nesse assunto, estava com medo que abordasse outros temas.
Está a chegar a Páscoa, não tenho nada programado,já não tenho contacto com a minha afilhada aos meses, estou tão chateado por ela não me ter visitado como prometeu.
A semana passada estive bastante mal por causa de uma fistula dental, uma infecção muito grave no dente. Não dormi nada uma noite por causa das dores de dentes, na noite a seguir foram as fortes dores de cabeça, nunca passei uma noite tão mal como aquela, parecia que o meu cérebro ia explodir! As paranóicas não me largavam, a minha saúde mental está a deteriorar-se cada vez mais.
Ontem vi o Got Talent e não me sai da cabeças algumas actuações, já as vi várias vezes. A menina a tocar acordeão com a bonita melodia encanta-me, faz-me querer entrar noutro mundo, a dança maravilha-me. Gostava de ter um talento especial.

terça-feira, 15 de março de 2016

Momento Chocante


Um dos momentos mais chocantes da minha vida foi ver a minha mãe perder os sentidos devido à fraqueza que se encontrava, pensei mesmo que a podia perder, esse desfalecimento ficará gravado na minha memoria para sempre. Ela não parava de vomitar, não conseguia segurar comida no estômago, uma semana assim, era de prever que isso acontecesse, ainda por cima sendo ela doente oncológica! Já tínhamos ido às urgências, mas deram-lhe alta(como é possível?). Culpo-me por não ter sido mais activo, se tivesse sido mais insistente talvez as coisas não chegassem a esse ponto. Da segunda vez que foi às urgências já a trataram melhor, (felizmente encontrou uma boa médica que lida com o caso dela) que a internou, dizia a mim mesmo que tivesse força caso a quisessem mandar embora, tinha que ultrapassar a timidez, pensava naquele momento chocante e dava-me forças para lutar. As urgências estava um caos, macas e cadeiras de rodas por todo o lado, corredores cheios de gente de pé a sofrer, que ambiente horrível. Saí de lá de madrugada, tonto, zonzo, a doer-me a cabeça, cheguei a casa e não consegui adormecer. Está internada a alguns dias e as melhoras são poucas. Recebeu uma visita de uma pessoa que tem a mesma idade que a minha mãe, mas de aparência parecia 20 anos mais nova. Isto de estar sempre a fazer análises, exames, quimioterapia está lhe a tirar anos de vida :(. Vejo mães de antigas colegas minhas da primária que estão praticamente iguais de aparência. Este episódio fez-me lembrar outro momento chocante, que foi a morte do meu avó. Tinha 12 anos, estava a ver um jogo do Barcelona(na altura a liga espanhola era transmitida na TVI), estava todo contente porque o Figo tinha acabado de marcar um golo e comecei a ouvir a minha avó a gritar de aflição...
Mais uma vez senti-me um inútil, devia contribuir mais para a sociedade como fazem os bombeiros. Ajudam as pessoas, eu passo os meus tempos livres em actividades tipo jogar ou ver series. Sou um anormal, tenho dificuldades em fazer tudo, em compreender como são feito os sistemas, até os que são simples. Estou sempre à espera que os outros façam por mim, esta passividade deixa-me de rastos, mas pk raio não consigo mudar? Às vezes só compreendo quando estou sozinho, parece que o meu cérebro deixa de funcionar quando estou com outras pessoas, é como se me tivessem a julgar, não sei explicar. Espero que um dia se alguém precisar de ajuda não tenho o azar de ser eu a estar naquele local, sou um incapaz.
Gostava de tirar um curso de primeiros socorros, na empresa somos obrigados a ter formações mas não existe dinheiro para os fazer. O meu patrão chateia-me a cabeça para ter os números em ordem, mas que motivação tem uma pessoa que não recebe e até empresta dinheiro? Se contasse a alguém não acreditavam como eu aguentava. Mas eu aguento porque não tenho alternativas. O medo de mudar, de arriscar não me corre nas veias.
Tenho tido dores constantes, ou nos pés, ou na anca, hoje são os dentes que me estão a arreliar, não estou a aguentar.
Não sei o que fazer relativamente à minha vida, não quero sofrer, quero ser feliz, mas preciso trabalhar, a apatia que me encontro não me deixa fazer progressos

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Festa de Anos, Avó, Bricolage, Jogos

Um colega meu convidou-me para a sua festa de anos, é óbvio que fiquei logo em pânico. Mas pk razão fico assim? Não consigo explicar! Ainda por cima a festa realiza-se numa aldeia perto de onde eu vivo, posso conhecer algum pessoal que já não vejo aos anos... traumas antigos, que me deixam desesperado. Como é que me vou safar desta? Já me estou a imaginar lá, num canto, bloqueado, sem falar, a olhar para todos os lados e esperar que aquela festa chegue ao fim rapidamente. Uma oportunidade para me divertir, conhecer pessoal, mas com este meu medo sou incapaz de o fazer. Algum dia sentirei novamente alegria de viver? Porque complico tanto a felicidade?
A minha avó anda muito em baixo, sempre agoniada, geme, grita de desespero, chateia-me vê-la assim e não conseguir ajudá-la em nada. Vivo com ela e com a minha mãe, não é fácil estar em casa acompanhado de pessoas com doenças ou idosas. Se tivesse arranjado mulher, filhos, casa, não teria que passar por esta situação. Não sou um caso normal, aqui sinto que seria complicado sair de casa, quem iria ajudar a minha avó a ir às compras ou a minha mãe à idas ao hospital? Estou um bocado condicionado para fazer a minha própria vida, ninguém percebe isto, ninguém dá valor, nesse sentido até é bom ter esta personalidade.
Na sexta o meu humor estava em baixo, mas melhorou depois de ter resolvido alguns problemas, ficou tudo claro na minha cabeça, trabalhei até tarde, concentrado, uma das raras vezes que aconteceu nos últimos tempos. Hoje estou outra vez confuso, o cérebro está bloqueado, não sei o que fazer para resolver alguns obstáculos que se atravessam no meu caminho. Procuro foruns onde pessoas partilham problemas idênticos ao meu. Estamos outra vez sem dinheiro na empresa, as dividas têm que se pagas, vejo o barco a afundar-se e posso sair dele, mas não arrisco, porque tenho medo que fique ainda pior. As segundas-feiras são terríveis, acordar é um problema, a ansiedade apodera-se, não consigo dormir em condições, quem me dera ficar na cama mais um tempo. O meu victan (ansiolitico) está a acabar e ir ao médico de familia neste momento é quase impossível. Receitaram-me em Setembro de 2013 e para o mês acaba a validade, ando a tomar só quando estou mesmo em baixo.
Sou um desastre em bricolage. Certos assuntos que podia resolver, não consigo e tenho que pedir ajuda a alguém, chateia-me ser assim tão dependente de terceiros e não conseguir mudar. Falta de capacidade ou falta de confiança, ter medo de estragar mais do que já está. Tenho grandes dificuldades em entender certas mecânicas, até a desmontar um portátil tenho dificuldades. Sou mesmo deficiente!
Ando a ficar muito viciado em jogos como há muito tempo não acontecia. Durante o dia penso muitas vezes que nunca mais chego a casa para poder jogar. O mais engraçado é que às vezes chego a casa e estou tão cansado que não jogo. Estou num grande dilema...se deva comprar um portatil ou não. Estou a precisar claramente de fazer um update ao meu, muito lento, faltam-lhe teclas, vai-se muitas vezes abaixo devido a ter componentes avariados na motherboard. Mas se comprar vou procurar jogos mais recentes, o que me vai ficar mais viciado.
Doi-me os músculos, agora tenho uma dor na anca que nunca tinha sentido na minha vida, nem sei identificar o problema, será que é o nervo ciático? Fui à farmácia disseram-me para tomar um relaxante muscular, farto de medicamentos! Estou a pensar fazer uma massagem relaxante, mas desta vez vou a outro sitio, não gostei muito da última. No outro dia fui ajudar numas mudanças, um esforço que o meu corpo não está habituado a fazer. Sabia que não o devia ter feito e que ia haver consequências, mas não consegui dizer que não, mais uma vez aqui se prova a minha inutilidade. Depois fui jogar à bola com um rapaz, lembrar tempos do passado, que nostalgia. Queria fazer exercício, mas cada vez que faço tenho estas dores e depois tenho que tomar porcarias.Ontem bastou dar uma corrida para me sentir cansado, sem força nas pernas. Bolas, só tenho 32 anos, isto não é normal! Ando novamente a comer muita porcaria, não consigo resistir a gomas, batatas fitas e chocolates. A minha avó com preguiça (compreendo-a) de cozinhar, anda-me a dar daquelas embalagens congeladas que é só meter no forno para aquecer ou restos de sopa, não me parece que seja um comer muito saudável. Tenho medo da higiene dela, vai à casa de banho e nem sequer lava as mãos.
Já não vejo o meu pai a algum tempo, não atende as chamadas (raramente tem o telemóvel com ele, também não sabe ver quem lhe liga), tenho que lá ir ver o que se passa. Desde aquela semana que o amigo dele veio visitá-lo que pouco convívio tenho tido com ele, acho que só o vi uma vez.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Visita do Amigo do Meu Pai/ Dores Garganta / Trabalho

Um amigo do meu pai veio do Brasil passar uma semana com ele. Felizmente é uma pessoa que tem uma personalidade diferente do que imaginava. Uma pessoa pacata, humilde, gostei muito de conviver com ele e também de estar mais tempo com o meu pai. Às vezes não percebia o que ele dizia e até me ria, não tinha aquele olhar fulminante que me faz sentir medo quando converso com certas pessoas que nem tenho coragem de olhar directamente nos olhos. Até me identifiquei com a maneira de ser dele... o falar baixo, o estilo de caminhar arqueado, etc. Fomos almoçar sempre fora, no fim-de-semana fomos passear e conhecer as redondezas. Não sei se ele gostou da estadia, tal como eu não demonstra alegria, talvez seja da personalidade.
Ouvir musica alta pelos phones é um hábito que sempre tive, ajuda-me a entrar no meu mundo à parte, de sonhos, de encarnar personagens imaginárias, mas por causa dessa irresponsabilidade ando à duas semanas com dores de garganta e ouvido, doi-me a falar e a ingerir alimentos. Mais uma vez adiei o máximo possível a ida ao médico, mas lá tive que ir às urgências. Tanta gente constipada, horas à espera, com aquele ambiente até tive medo de sair de lá gripado. Já deu para tarde, a diferença de temperatura foi brutal, agora já estou com a paranóia de me constipar.
Nas apostas não tive paciência e deitei tudo a perder depois de melhorias significativas da minha banca. Se não me tivesse dado aquela "tiltada" talvez cumprisse o objectivo. Deu pelo menos para matar saudades,  muitas vezes fiquei enervado, pensando destruir coisas, não posso continuar nesse vicio. Passo-me completamente quando fico com raiva, dei um pontapé à porta e lascou, como vou justificar isto a um familiar? Estraguei um aparelho que media a temperatura, na altura fico cego e agora? Se não me consigo controlar não devo me meter em certas coisas. Tenho que arranjar um anti-stress para ter à mão nestas ocasiões. Não faço a mínima ideia onde comprar isso.
O meu colega de trabalho anda sempre a dormir, não faz as tarefas dele e pior não deixa que os outros o façam, por causa dele tenho que ouvir o meu patrão, passei-me com ele, mas rapidamente fiquei arrependido de o ter mandado calar quando sei que no fundo é ele que manipula os dados e que pode vingar-se. Mais uma tarefa que ficou por concluir, não foi nada de verdadeiramente importante, mas ficou  mais uma marca no meu histórico negativo. Mais uma vez não consegui comunicar de forma ao assunto ficar claro e esclarecido.
Hoje ainda faltavam uma horas para o despertador, quando a ansiedade se apoderou de mim, andei às voltas na cama a pensar nos meus problemas e nos que ainda não tenho mas que posso vir a ter no futuro.
Vi a temperatura do carro a subir e não fiz nada, parei o carro e o motor a fumegar, vi o radiador vazio, sabia que tinha uma fuga, felizmente parece que está operacional, mas voltei a deixar andar um assunto que podia ser resolvido facilmente e que poderia ter tido consequências graves.
No outro dia vi uma mulher nas bombas a abastecer que me chamou a atenção. A minha avó conhece a pessoa que estava com ela. Acho que fiquei apaixonado, gostava de a conhecer, mas como fazer?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Advinham-se dias Dificeis

Ano novo de 2016... não tenho tido paciência para escrever no blog. Não descrevo como foi o final do ano e inicio porque foi mais do mesmo.  Comecei com o pé esquerdo, logo no 1º de Janeiro meti 50 euros numa casa de apostas, que actualmente é ilegal. Fui impulsivo, tinha saudades de apostar, mas arrependi-me logo a seguir, pensei nas consequências, coimas, prisão, etc, deixou-me angustiado. Não tenho mesmo jeito para fazer trafulhices, por ingenuidade depositei directamente pela conta do banco. Não o devia ter feito, existem maneiras mais indirectas, como depositar através de uma conta Skril ou neteller, mas não consegui criar conta, nem tenho muita confiança nesses serviços, apesar do pessoal dizer que é seguro. Levantar é que vai ser o problema, mas não me devo preocupar com isso visto estar quase a falir e as condições do bónus serão muito difíceis de dar a volta. Por alguns relatos que tenho visto em foruns a casa de apostas não é de confiança, devia ter analisado melhor, mas queria aproveitar uma falha deles para ganhar dinheiro fácil. Eles tinham algum atraso nas transmissões desportivas. Mas desde que me registei que isso nunca mais aconteceu. É melhor dar esse dinheiro como perdido. 
Tanta coisa para fazer e eu aqui bloqueado sem saber como desempenhar certas funções. Vejo o barco a afundar-se e não tenho coragem para mudar, não consigo pedir ajuda, tenho vergonha daquilo que vão pensar. Os próximos dias vão ser complicados, mas porque não tento? Deixar andar é o melhor? Estive por breves momentos num escritório com umas estagiárias novas, pareceram bastante simpáticas, sinto falta do convívio com esse tipo pessoal.
Ando a sofrer muito por antecipação, pensar na morte de meus familiares chegados deixa-me doido.
Brevemente um amigo do meu pai vem visitá-lo pela primeira vez, a estadia dele durará durante 1 semana . Não se conhecem pessoalmente, correspondem-se por correio desde 1981 e eu comecei a trocar mails com ele recentemente. Como o meu pai não tem carta de condução, todos os dias vou ter que servir de motorista. Preocupa-me não estar à altura quando for conviver com ele, vai ser mais uma pessoa que verificará que sou um homem calado, ausente...
Quando vejo tópicos em foruns que relatam experiências vividas , histórias da faculdade, etc, fico em baixo.
Ando viciado em jogos. No android joga muito online o 8 ball pool,o soccer stars e um de hockey do gelo. Desde novo que sou um viciado em estatísticas, por isso é que também gosto de apostar e analisar jogos, fico frustrado quando às vezes acontece surpresas.  No PES 2016 online, a adrenalina é grande, pareço um puto a saltar de alegria quando corre bem o jogo ou fico fodido quando perco, adoro jogar com vários elementos ao mesmo tempo cada um controlando o seu  jogador. Chego a casa por volta das 19:00, a seguir vou actualizar os dados(fotos, excel, etc) e depois vou para a cozinha que é a única divisão da casa que tem uma temperatura agradável, aí o sinal da net é péssimo. Actualmente durante o jantar vejo a primeira temporada da série "24" e depois jogo uma missão do Starcraft II e vou navegar na net. Por volta das 23:00 vou para cama, ligo a televisão e vejo até me dar o sono. 
Não devia estar triste, tenho uma vida de sonho tendo em conta a minha personalidade. Mas sinto-me mal por viver desta maneira. Devia contribuir mais para a sociedade, não ser tão solitário, ajudar mais a minha familia, não tenho que fazer comer, lavar e outras actividades domésticas. Sou um sortudo e não sei aproveitar.