segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Ser Mais Independente / Explorado / Conhecimentos

A minha avó está a ficar velhota, a minha mãe doente, não tenho mulher, em breve vou ter que me safar sozinho, tento evitar estes pensamentos, mas não consigo, tenho que aceitar a realidade que me espera no futuro. Penso nestes assuntos sobretudo antes de dormir, o medo apodera-se de mim e começam as paranoias. Tenho 33 anos, já devia ser mais independente!
Sempre cresci com o pensamento que cozinhar era um bicho de sete cabeças, confesso que quando era pequeno tinha um pensamento machista  "cozinhar é para mulheres". Nos últimos tempos tenho observado alguns pormenores e parece que a dificuldade está na minha mente, na minha postura apática e sobretudo na minha falta de confiança, de certeza que já superei "sistemas" mais complexos. No outro dia aprendi a grelhar um peixe, fiquei a pensar "isto é assim tão fácil?"A minha família sempre me afastou, em vez de tentar ensinar essas tarefas desde que era mais novo. Aí erraram, deviam ter insistido mais para aprender. Falo em cozinhar mas pode-se aplicar em outros assuntos. Gostava de ter alguém que me ensinasse, alguém que tivesse paciência e me transmitisse confiança, tudo seria fácil se tivesse companhia. A minha avó não sabe explicar, fico enervado com o seu ar de gozão. Não sei se procure cursos que ensinam de forma profissional ou se tente pela internet...
Exploram-me ao máximo, é incompreensível para quem está de fora perceber porque razão continuo. No fundo vingo-me em não me aplicar nas tarefas que tenho a fazer, a motivação é 0. Envergonho-me de não ter capacidade de falar abertamente com eles e exigir aquilo que é meu. Deixo andar porque não tenho mais nenhum sitio para ir, tenho receio de uma mudança para pior e perder alguma liberdade e flexibilidade de horários. Durante o dia algumas tarefas são difíceis como falar com fornecedores/colaboradores principalmente quando sei que têm uma grau de licenciatura superior ao meu, apesar de ter já alguma experiência continuo com dúvidas da capacidade de transmitir a mensagem por mais simples que seja, é como se fosse sempre a primeira vez. Falto um dia por outro, mas sinto-me mal em casa sem fazer nada. Tenho medo do que os vizinhos possam pensar e que me achem um vagabundo. Com eles é só bom dia, boa tarde ou boa noite, não tenho coragem de tentar uma conversa. Irrita-me colocarem os carros à frente da garagem e eu sem coragem para lá ir avisá-los.
Com 33 anos continuo com um medo brutal de sair de casa, principalmente à noite para tentar conviver. Neste fim-de-semana houve uma festa, muita gente a passar pela rua onde moro, por momentos estive a espreitar pelo óculo da porta e pensei no anormal que sou. Porque tenho pavor em sair naquele momento ao contrário do que acontece quando por exemplo vou ao café antes de ir para o trabalho? Sem convívio nunca vou conseguir arranjar amigos e namorada.
O meu pai chateia-me para tentar travar conhecimentos que me podem ser úteis no futuro. Tem razão, mas eu não consigo falar, não consigo ter um tema de conversa que não me pareça despropositado, fora do contexto. Ele mora sozinho, deve ser bastante solitário, não quero acabar como ele. Contou-me algumas histórias do passado quando morava com a minha mãe, fiquei chocado, ele às vezes exagera, mas acredito nele por causa do perfil da minha família. Também o deitavam abaixo em vez de apoiarem, conseguiu demonstrar que do nada conseguiu viver uma vida relativamente estável. Claro que para ter essa vida não me ajudou em nada, ao contrário do que diz(será que ele pensa mesmo?).
Tenho uma culpa dentro de mim que não consigo deixar de sentir quando faço programas como jogar, ver filmes/séries, ler livros, ou outras actividades solitárias que me impedem de focar em assuntos mais importantes para a evolução do meu ser. Depois dos 30 esse sentimento adensou-se.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Ida à Praia, Depilação, Sexo

3 anos que não ia à de praia. Em vez de ir ao mesmo local de sempre, resolvi ir a uma praia que nunca tinha ido (em toda a minha vida apenas conhecia uma). Não contei a ninguém, pois sabia que ia preocupar a minha mãe, não estava para a ouvir e provavelmente acabaria por desistir da viagem. Vi o caminho pela net, pareceu-me bastante fácil lá chegar. Enchi o deposito e arranquei, cheguei ao destino muito mais cedo que imaginava, depois de entrar na auto-estrada demorei uns 50 minutos. Facilmente arranjei estacionamento(não estava à espera), fui dar uma volta a pé para conhecer a zona, tirar fotografias/selfies. Fui almoçar cedo, para ir ao mar apanhar ondas o mais rapidamente possível (tenho medo da congestão). Estendi a toalha perto do mar, vi outro homem sozinho o que me fez sentir melhor, pois não era o único solitário, sei que é triste. Deixei todos os pertences no carro, com medo que me roubassem numa ida ao mar, mas fiquei preocupado em ter deixado a chave no saco. Aconteceu uma situação bastante embaraçosa, numa onda mais forte os meus calções desceram deixando-me por instantes todo nu e o meu minúsculo pénis exposto. Reparei que um homem se estava a rir, deve ter reparado, estava muita gente à volta, provavelmente mais pessoas viram, que vergonha! Para o ano espero que dê para ir para longe, passar para o próximo "nível", ficar alojado durante uns dias, bem sei que provavelmente não terei coragem. Recentemente descobri uma praia fluvial aqui perto (cerca de 10km's), que desconhecia completamente, depois de uma volta de mota por aquela zona é que fiquei a saber da sua existência.  Às vezes aos domingos dou uma volta de mota ao fim do almoço. Vou visitar terras onde raramente fui, procuro um café e estou lá um bocado até me fartar.
Aproveitando uma ida ao cabeleiro para cortar o cabelo resolvi fazer uma extravagância, marquei uma depilação completa, resolvi arriscar e experimentar algo novo para sair desta monotonia. Cheguei ao local e os minutos de espera pareceram uma eternidade, a ansiedade aumentou, o coração disparou, tentei relaxar em vão. A minha expectativa era grande quando vi que trabalhavam lá várias jovens bonitas, mas a técnica que me atendeu já devia ter uns 50 anos, confesso que apanhei uma desilusão, pois preferia uma técnica mais jovem. Ela depilou-me as pernas, virilhas, rabo, axilas, peito, costas, pensei que ia doer mais, a zona do peito foi a mais dolorosa. A técnica foi rápida, falava muito para me deixar à vontade(preferia outra abordagem), não tenho dúvidas que é mais competente que qualquer uma das outras funcionárias mais novas e com menos pudores. Quando cheguei a casa resolvi cortar os pelos pubianos, para completar a depilação. O pior é no final o ardor, agora ando a chegar creme hidratante, que nunca usei na vida, vamos lá ver como nasce a nova "pelagem", espero não ter muita comichão.
Voltei a pagar a uma mulher para ter sexo e mais uma vez foi um fail. Ejaculei logo no sexo oral, ainda nem tinha atingido a erecção na totalidade. É como se meu pénis me dissesse "já está despachado, vamos sair daqui o mais rápido possível", para ir embora desta situação desconfortável. Não desisti e queria ter sexo vaginal, paguei mais uma segunda vez mas já não consegui erecção. Arrependi-me de não ter falado com ela que ejaculava muito rapidamente. Fiquei tão desiludido comigo mesmo, é mesmo para esquecer.