sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Stressado, Aventura na Serra

Estou stressado, não tenho dormido nada por causa de alguns assuntos que tenho pendentes, para pessoas normais não lhes tiraria o sono mas para mim são um pesadelo enquanto não os resolver. Não consigo dormir mais que umas horas seguidas e os sonhos são em redor desses assuntos, sem qualquer tipo de lógica. Até tenho levantado antes do despertador tocar, tal a adrenalina que se apodera de mim. Tenho medo que por causa de alguma precipitação não efectue a melhor opção, como já tem acontecido, quero me livrar do assunto, por raio não consigo "esticar a corda" o máximo que posso?
O meu colega perguntou-me se estava tudo bem comigo. Diz que me estava a achar stressado, deve estar a gozar, será que não imagina pk estou assim?
Resolvi fazer mais uma "das minhas aventuras", desta vez o destino foi a Serra da Estrela e o objectivo visitar a Torre que é o ponto mais alto de Portugal continental. Só lá tinha ido uma vez, numa visita de estudo, quando ainda andava na escola primária, tinha uns 7 ou 8 anos. Claro que o ideal era visitá-la quando estivesse com neve, mas a confusão seria muita, preferi um dia de sol para conhecer o local. Parei para almoçar numa vila à entrada da serra e depois subi até à torre. Parei várias vezes ao longo da subida para apreciar a paisagem e tirar fotografias(+ uma obsessão que tenho). Quando passava pelos locais só me lembrava das transmissões da volta a Portugal em bicicleta. É um dos meus desportos preferidos que costumo acompanhar desde criança. Parecia que tinha alugado a serra, pouca gente se encontrava no local. Fui ao centro comercial só para conhecer, forreta como sou não pretendia comprar nada, mas o lojista insistiu tanto que não consegui dizer que não e levei uma recordação artesanal. Também me queria vender queijos e outros artigos da região, mas não levei nada, porque não estou habituado a comer aqueles tipo de enchidos. Estive lá uns 30 minutos e já estava farto, no topo estava frio, o vento era intenso, em contraste a temperatura do carro era elevada, assim que entrava os óculos ficavam embaciados tal a diferença térmica. Pensei em descer pelo outro lado da serra, mas teria que fazer muitos mais km's no regresso a casa, achei que era aventura a mais para um dia. Vi um jovem casal alemão a passear. Observei-os de longe, pareciam felizes, sempre na brincadeira, arrancaram de carro e foram por trilhos de terra para o meio da serra,  deu o mote para começar a pensar... como eu gostava de viajar para um sitio distante, com alguém que me amasse, parece que nunca vou ter esse tipo de aventura. Cheguei a casa e fui ver os sítios que visitei, numas dessas pesquisas descobri que o Vítor Gamito, um ex ciclista que sempre fui fã tem um canal do youtube onde coloca as corridas em que participa, apesar da idade continua a subir a Serra da Estrela, Pirineus, fazer provas BTT, adoro ver corridas no meio do mato (como gostava de fazer um programa desse género) e alia o desporto à tecnologia, sem dúvida uma pessoa a seguir. Estou a pensar ir à capital no meu próximo "programa", ir de comboio, viajar de metro, meios de transporte que que raramente usei.
Não disse nada à minha mãe da viagem, apenas disse que ia dar um passeio para não a preocupar, quando cheguei a casa estava a stressar, porque começou a imaginar que tinha ido ao médico, paranoias dela, tenho mesmo a quem sair.  Meteu na cabeça que queria comprar aquele casaco e como não a levei lá, resolveu ir sozinha, conduzir, coisa que não faz para coisas importantes.
Tenho que marcar uma consulta com o médico, gostava mesmo de fazer um check up, será que a minha falta de energia se deve só a factores psicológicos? Exames à cabeça, coluna, coração, análises ao sangue, o timming é perfeito pois neste momento posso tirar alguns dias.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Atitude Ex Colega/Empresa...

Um ex colega defendeu os seus direitos com uma atitude muito baixa. Não deve ter ficado de consciência pesada, fez aquilo que achou que era certo em seu proveito, devia aprender com ele. Fico de consciência pesada só por pensar em defender os meus direitos, não consigo me chatear quando são simpáticos para comigo. Quando estou sozinho fico com uma raiva por não conseguir fazer nada, mas é passageira, sei que se fizer alguma coisa de "extraordinária" ficarei arrependido. Estive a escrever as desvantagens e vantagens em relação a estar na empresa. As desvantagens são muitas, mas as vantagens são importantes. Mais uma vez não me pagaram, sei que o dinheiro faz falta para liquidar outras coisas, mas o resto do pessoal recebe e ainda reclama. Apesar de não receber da empresa, estou a conseguir mais rendimentos do que antigamente, mas é temporário, tenho que agir agora, mas como? Quem não sabe fazer nada não pode ser muito exigente.
Bastou um telefonema à hora errada para estragar o momento que tinha planeado à dias, fiquei tão fulo, não tirei mais aquele assunto do pensamento, não consegui ficar concentrado na atividade que estava a fazer. Mais uma vez fiquei desiludido comigo mesmo por não conseguir resolver o problema, por ficar atrapalhado ao tentar explicar o sucedido. Apetece-me faltar, mas desta vez sem aviso, será que percebiam que estou descontente? Por outro lado tenho medo que me afastem de vez, infelizmente isto é a única coisa que tenho. Tentar novos desafios, colocar-me-iam em dificuldades, só de pensar nas possíveis consequências deixa-me deprimido.
Preciso de calçado/casaco, o que uso já tem uns anos, os últimos que comprei foram tão baratos que me fazem doer os pés. Fui com a minha mãe comprar uns, ela disse que me pagava. Não tenho paciência nenhuma para comprar, procuro, fico sempre na dúvida em qual escolher e acabo por desistir. O calçado é um só exemplo, acontece com tudo. Estou a renegociar o meu contrato com a operadora de comunicações e tenho várias propostas, mas não consigo decidir qual a melhor por muita análise que faça, estou com dificuldade em dizer não aos comerciais. Agora que a minha mãe recebe reforma, já posso juntar mais dinheiro para as minhas poupanças. És um forreta, diz ela!
Detesto ficar com tonturas e dores de cabeça, não me apetece fazer nada, nem me divertir à minha maneira. As dores de costas estão-me a incomodar bastante, leio tanta coisa na net de como aliviar a dor, mas não consigo fazer nada que me ajude a superar. Sei que a minha postura não é a mais correta, mas não a retifico. Porque me "castigam" desta forma?

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Vindimas/Atitude Péssima Pai

Durante um telefonema com o meu pai, ele disse-me que ia fazer a vindima no fim-de-semana. Nem pensei, ofereci-me logo para ajudar, era uma oportunidade de aproveitar para fazer algo de diferente, de agradar ao meu pai, pois poucas vezes estou com ele e principalmente com os seus(meus) familiares. Tenho fraca conexão com eles, era uma oportunidade rara para conviver. Ele normalmente faz a vindima nos dias de semana, por isso aos anos que já não o ajudava. Sabia que provavelmente ia ter consequências para os meus músculos, pouco habituado a fazer exercício, mas sabia que a forte dor de cabeça era inevitável (não sei porquê quando vou fazer estes trabalhos fico com dor de cabeça insuportável, nunca contei isto a ninguém). Preparei-me: levei chapéu, água (fico facilmente desidratado), fato-de-treino comprido (apesar do calor não queria arranhões ou outras feridas), luvas e a tesoura da "poda". Quando cheguei ao local, já tinham arrancado, lá fui para o meio do mato com duvidas no caminho, com algum receio dos cães (naquela zona andam soltos). Ele é dono de várias pequenas propriedades, terras de pouco valor, os terrenos são aos altos e baixos, deve ter uns 30 "andares", imaginar carregar as uvas lá de baixo cá para cima! Apesar das "belgas" serem pequenas, andei lá perdido e com alguma dificuldade a encontrar as passagens em pedra para descer/subir, muitas delas perigosas. A produção foi pouca, acabámos mais cedo que o previsto, logo o cansaço não fui muito elevado.
A última semana até estive com humor aceitável, mas tudo foi abaixo nesse dia e até agora estou triste tudo por causa da personalidade do meu pai. Ele é muito nervoso e stressa demasiado, sempre a reclamar, aos berros. Ele é que é bom, progressista, até me enjoa esses discursos idiotas e sem noção. Mandou  bocas que não gostei, sempre a humilhar-me perante os outros, por não ter prática a fazer estes trabalhos, tive que me conter para não lhe responder e gerar conflitos, mais uma vez a minha atitude passiva prevaleceu. Apetecia-me ir embora dali! Não é assim que funciona a comunicação entre as pessoas, sei que é meu pai mas devia ter respeito, até porque o que ele não ajudou na minha vida não lhe dá direito de falar assim comigo. Se tivesse dito calmamente que estava a fazer errado não tinha ficado chateado. Dou um exemplo concreto: Fui vindimar uma videira que era brava(nos meus olhos são todas iguais), quando viu que já tinha cortado metade das uvas começou logo a gritar...devia ter sido avisado, não sou adivinho, depois a maneira que ele falou deixou-me logo sem confiança. Mais tarde não teve confiança em mim para realizar uma tarefa relativamente fácil, foi chamar outra pessoa, mas como estava ocupada lá teve que recorrer a mim, fiquei pior que estragado.  Ele é que trabalha, o que eu faço no escritório não é importante, não devia deixar menosprezar assim o meu emprego, tem que me respeitar, tenho a certeza que ganho mais em "algumas jogadas" do que ele a trabalhar todo o dia no campo. Assim sendo, futuros trabalhos vou pensar duas vezes antes de aceitar. Está habituado desde novo a trabalhar no campo, a tecnologia para ele não existe, nunca mexeu num computador, até para ligar a boxe da televisão tem dificuldade! Alguma vez gozei com ele? Nunca! Podia ainda o confrontar com a sua atitude, mas não vale a pena. Durante as vindimas falei com um primo que já não via à muito tempo,  para meu azar havia festa este fim de semana na minha localidade e ele perguntou se ia lá. É claro que não tinha intenção de ir, mas não consegui dizer a verdade e disse que sim, "depois lá nos encontramos". Fiquei mesmo abalado e mais umas vez os fantasmas da fobia voltaram. Eu queria ir, mas não consegui, voltei a não ter coragem para enfrentar um convívio social.