sexta-feira, 27 de maio de 2016

Tempo

Ontem tive uma sensação que já não tinha à muito tempo. O tempo andou depressa demais, quando olhei para o relógio já eram 20:00, quando pensei que era muito mais cedo. Saudades de me sentir assim, triste por saber que não acontecerá tão cedo. Tudo aconteceu numa festa de aniversário, estava tão divertido com os miúdos que nem dei pelo tempo passar, fiz actividades como jogar à bola, brincar com o cão ou dar tiros na brincadeira com pistolas de plástico. O tempo normalmente passa demasiado devagar para mim, é no escritório, em casa, em todo o lado estou sempre fixado no relógio a ver as horas. Admirei um convidado pela forma como montou rapidamente o parque de estacionamento, ou a maneira como foi buscar a bola que tinha ido parar a árvore. Tarefas essas que não sei se seria capaz de fazer, pelo menos em público com tanta gente a ver. Cheguei a casa passei as fotos para recordar o dia, fiquei triste por não ter conseguido tirar fotos como queria.
Hoje queria fazer ponte, mas fui incapaz de pedir o dia, até pensei faltar sem avisar tipo numa forma de protesto, mas não tive coragem para tal.
O calor está a chegar e queria ir buscar a mota à casa do meu pai. Não tenho espaço para colocar a mota na garagem, não sei qual a solução que vou tomar. A garagem é estreita, é preciso grandes manobras para estacionar o carro. Pensei retirar os armários, mas colocá-los onde? Não tenho espaço, nem o dono da casa o permitiria, nem o conseguiria fazer sozinho. Podia tentar falar com 2 ou 3 vizinhos que tem espaço, mas mais uma vez a minha timidez tira-me a coragem para o fazer. Pensei levar o carro para a garagem da minha mãe, mas os anteriores inquilinos ainda a usam apesar de já terem mudado de casa. Essa é outra história que não entendo, mudam de casa, não entregam a chave e somos nós que pagamos as contas. Já falei nisso à minha mãe, mas ela não quer problemas, tem mesmo uma personalidade idêntica à minha. Além disso não sei se era prático, só mesmo experimentando, maldita a hora que estraguei os encaixes da garagem.
Agora a época futebolística está parada, parecendo que não ainda passo muito tempo a ver jogos de futebol, estou ansioso que comece o Euro 2016. Sempre senti um carinho especial por esse tipo de competições.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Avó, Portatil Novo, Empresa - Não sei que atitude tomar

A minha avó está muito em baixo depois da operação, não pode fazer nada, não consegue sequer estar deitada, passa as noites sentada no sofá, (diz que sente menos dores), o maior problema são as tonturas. Tenho receio que não descanse como devia, vai ser longa a próxima semana para ela. "Há males que vêm por bem", o facto da minha avó estar em baixo, fez com que a minha mãe assumisse o papel de doméstica, cozinha, lava a roupa, etc, tarefas que não fazia há anos, está com o humor para cima o que me deixa muito contente. Chego a casa e vejo-a no computador, a jogar ou no facebook, pelo menos está entretida, faz o jantar e deita-se tarde em vez de passar o dia na cama como antigamente. Talvez a pausa dos tratamentos a tenham ajudado a melhorar o humor, mas tenho medo que prejudique a saúde. Do hospital não disseram mais nada, a médica disse que ia fazer uma biopsia e ainda estamos à espera que a chamem.
Quando comprei o portatil novo um dos objectivos era deixar de me irritar pelos constantes bloqueios, lentidão e restantes problemas que me deixavam em stress. Agora que rapidez não é problema, estão me a surgir outros bugs que me deixam fulo por não os conseguir resolver. De vez em quando fico sem internet,  a ligação está activa, mas é como se estivesse offline. Uma porcaria quando uso aplicações que preciso internet sem falhas, como aceder remotamente a outros computadores ou jogar online. Instalei um programa que deu bronca por não conseguir fazer ligação aos servidores para instalar as actualizações. Foi um pesadelo fazer download de um ficheiro de 1gb, por causa dessas falhas.Tenho actualizado os drivers da placa, não sei o que mais fazer. Outro problema é a gráfica, a começar pelo software que não actualiza automaticamente, certas aplicações como o MEO GO não funcionam bem, a imagem está sempre a parar. Quando desactivo o anti-virus, ele volta a activar-se automaticamente apagando-me ficheiros que sei que não são virus. Quando o pc entra em modo de suspensão às vezes bloqueia. Pensava que não ia sofrer mais com a aquisição do novo pc, mas pelos vistos enganei-me.
A empresa está sem dinheiro para pagar aos funcionários, estado e outros fornecedores. Como fico sempre para trás não espero receber tão cedo, ainda hoje o meu chefe me deu a entender pelo facto de não ter filhos podia ficar para trás, uma justificação ridícula na minha óptica, porque se trabalhei mereço receber tanto como os outros. Ele fez uma proposta de me colocar no desemprego (continuava a trabalhar na empresa por fora), para ter menos custos com segurança social e outros encargos, assim poderia receber alguma coisa da segurança social, também tenho um seguro de desemprego, mas não sei se pagam nestas condições(pedi a apólice para analisar bem). Daqui a uns tempos a empresa fecha e aí teria direito ao subsidio de certeza. Sempre tive azar em aproveitar-me destas situações, não sei fazer trafulhices, não gostava de trabalhar ilegalmente. Vejo outros problemas, como explicar ao tipo da HST? E a indemnização? Esta situação faz-me lembrar a saída da empresa da minha ex. Não sei que atitude tomar sinceramente, vou deixa andar como sempre.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Operação, Corte de Cabelo, Massagem, Neuras

Escutei mais uma conversa telefónica que não gostei, infelizmente o pessoal aqui em casa tem sempre o hábito de ter a chamada em alta-voz. Estava à espera da minha avó para levá-la ao hospital, entretanto toca o telefone, ela não se apercebe que estava na divisão ao lado e falou sobre mim de uma maneira que não gostei, como se fosse um inútil, incapaz de conseguir completar uma missão tão simples. Criticar o que não sei e criticam aquilo que sei, sem paciência para aturar certas atitudes. Fiquei triste, fico chateado por estar chateado, não percebo como vou tão abaixo por umas palavras menos abonatórias, estragou logo o meu dia. Estou a pensar cada vez que falem ao telefone ir embora para evitar ouvir os outros. Deu conta e ficou mais simpática, mas não consigo esquecer, a minha maneira inconsciente de vingança é não falar(como se fossem dar grande importância, visto passar o tempo calado). Estou muito preocupada com ela, sempre com a tensão alta e com tonturas, tenho medo que lhe dê alguma coisa má. Fiquei preocupado por saber que ela não liga muito à medicação, no outro dia fiquei chocado quando soube que não andava a tomar tudo correctamente. Foi ao médico que lhe receitou mais um comprimido, mas parece que não resultou. Não posso deixar andar, tenho que ser mais persistente, antes que seja tarde de mais.
Enquanto a operavam dei a desculpa de ter uma reunião na contabilidade para sair da sala de espera (ia estar lá horas para quê? Farto de hospital já ando eu). Tinha agendado um corte do cabelo e uma massagem (ando a experimentar um tipo diferente por ano). Cheguei muito cedo à hora combinada, fui até à loja de tecnologia para passar o tempo, mas não é para mim andar lá a ver os produtos só por ver, sem interesse em comprar, que tédio, parecia que os vendedores me acusavam de um crime só por estar a ver, acabei por levar um livro para ler quando for para o quintal apanhar sol. Assim que cheguei fui logo atendido, por uma mulher bastante atraente. Costumo estar calado enquanto me cortam o cabelo e normalmente as cabeleireiras vendo que não sou de conversas calam-se também. Mas desta vez foi diferente, ela começou a falar comigo sobre vários temas...cabelos, tempo... eu queria conversar mas não sabia o que dizer, não tinha assunto, rapidamente a conversa acabou e o silencio imperou. Fiquei tão mal comigo mesmo, se fosse outro até o facebook daquela "brasa" arranjava. Depois seguiu-se a massagem, prometi a mim mesmo que não ia ficar triste como da última vez, sem grandes ilusões, apenas tentar aproveitar ao máximo o momento. A técnica foi a mesma da última vez, jeitosa e simpática, gostava de perguntar se lembrava-se de mim (obvio que não, no meio de tantos clientes). No inicio disse-lhe os pontos que me doíam mais e ela intensificou bastante os exercícios nessas partes, como é hábito no final fui incapaz de lhe dizer 2 ou 3 coisas, com medo do que ela pensasse. Gostava de me inscrever no ginásio, piscina, fazer body balance ou outro tipo de aula para exercitar o corpo, com companhia. Hoje estou outra vez com dores nas cervicais e na anca, com medicamentos e massagens isto não passa, terei uma dor crónica? Não sei o que fazer, queria marcar consulta com o meu médico de família para me passar exames, mas está difícil.  No outro dia marquei um espermograma numa clínica particular, mas nesse dia tive o abscesso dentário que me impediu de ir, terá sido um sinal? Já podia saber o resultado, que puta de neura me dá a pensar nesse assunto.
Quando tenho um assunto pendente que preciso resolver rapidamente fico ansioso, irritado, o tempo passa devagar, tudo me parece tão lento, desde o trânsito, a fila de carros para meter gasolina, a demora da caixa de compras, etc. A adrenalina apodera-se de mim e só quero me despachar para resolver o assunto. Quando me lembro de alguma coisa que tenho que fazer, só fico descansado quando o fizer mesmo coisas sem interesse nenhum.
Ontem à noite apeteceu-me chorar, já não o faço a vários meses, só não o fiz porque tenho medo que me faça mal à saúde ocular, agora que finalmente estabilizei a tensão...

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Tchaikovsky, Pequenas Situações, Trabalho, Rotina

Hoje resolvi ouvir Tchaikovsky. Não oiço habitualmente musicas clássicas, estou a tentar descobrir novas paixões para me abstrair dos meus problemas e tristezas. Agora que a minha avó vai ser operada, não posso de maneira nenhuma ir abaixo, tenho que ter forças para ajudá-la. Não sei fazer nada em casa e não tenho confiança para aprender, tudo me parece difícil de fazer, até estrelar um ovo. Sou ridículo, eu sei. A minha família devia-me ter ensinado desde novo a fazer algumas tarefas, no tempo em que ainda tinha capacidade de assimilação, nesse aspecto falharam. Irrita-me a maneira de gozo quando vêm que falho, fazendo-me desistir de aprender, não devia ligar, mas não consigo, a culpa é minha e destes malditos sentimentos... pk sou assim? Vejo os meus pequenos primos que vão para a piscina, dança, etc, eu nunca entrei em actividades extra-escolares. Até hoje nunca frequentei formações fora do meu trabalho para enriquecer o meu currículo, sei que poderei ser prejudicado por isso.
Existem pequenas situações que me deixa enervado, desde a meo facturar tráfego a mais quando não passei os limites, artigo que comprei danificado que não querem trocar... apetece-me tanto gritar com eles! Não saber falar tem muitos contras, não consigo coordenar as palavras, fico baralhado, bloqueado e corado. Vejo familiares que não fazem nada, passam o dia no café ou a dormir para ir para as noitadas. Podem ganhar dinheiro pelo simples facto de terem conhecimentos e serem "trafulhas", fico aborrecido com certas situações, não gosto de ter estes sentimentos, mas é injusto. Nunca me aproveitei de ninguém, nem do próprio Estado ou companhias de seguros que merecem serem roubados por roubar os outros. Porque não mudo essa filosofia de vida? Estou com um ódio às finanças, estão a destruir a empresa com as suas coimas e juros elevados. Apetecia-me ir lá reclamar, mas é contra uma entidade, as pessoas que lá trabalham não têm culpa.
Nem consigo comentar a situação que estou na empresa, montes de salários em atraso, empresto dinheiro, sem grandes perspectivas de trabalho. Pessoal a reclamar comigo, quando têm tudo em dia, se eles soubessem, de certeza que agiam de maneira diferente. Era boa hora para sair, mas ir para onde? Estar em casa poderia provocar o aumento da depressão, vejo algumas vantagens que posso perder saindo do meu emprego actual. É perto de casa e ao mesmo tempo fora da vila, tenho um horário normal(detestava por exemplo trabalhar por turnos). Estando em casa, tinha medo dos comentários do outros, de me chamarem... mas que raio de pensamentos são estes? Porque sofro de merdas que não tem lógica sofrer. Aqueles pensamentos antes de adormecer são devido a quê? Não consigo compreender o que tenho.
A minha rotina dos dias de semana é levantar às 8:20, de seguida tomo logo o pequeno-almoço e depois vou-me lavar e vestir, saio de casa por volta das 8:45/8:50 para estar no trabalho às 9:00, 8,2 km's, 10 minutos. Saio ao 12:30, vou a casa almoçar(um dia por semana, normalmente às sextas almoço num restaurante), por volta das 13:15 regresso, de vez em quando paro num café (procuro diversificar) bebo um e vejo os jornais ( 5 minutos máximo) se estiverem disponíveis. À tarde não tenho horário certo de entrada/saída, entre as 13:30 e 13:45 já estou no trabalho, às vezes até mais cedo. Saio por volta das 18:15-18:45, às vezes fico até mais tarde por obrigação ou escolha, podendo sair às 20:00, 21:00. Quando estou sozinho, até saio mais tarde, para não ir logo para casa, para aquele clima pesado. No sábado de manhã vou às compras, e depois fico à tarde em casa. Domingo de manhã fico na cama até ao meio dia, ficando à tarde em casa. Raramente saio,  por exemplo este fds aconteceu, fui ver um jogo de futebol. Ás vezes tenho que perder dias para ir ao hospital, de noite não saio... é assim a minha vida monótona.
Que medo aterrador é este de sair da zona de conforto? Basta me mandarem para um serviço diferente que perco logo as forças, como se andasse a correr durante km's ou segurar pesos.