sábado, 19 de dezembro de 2015

Jantar de Natal / Ida às Meninas

Normalmente a empresa realiza um almoço de Natal, desta vez organizaram um jantar. Não preciso de dizer o pânico que tive em relação a esse convívio. Sentei-me ao lado dos patrões, mas preferia mil vezes estar do outro lado da mesa. Não me sinto à vontade junto deles, talvez por ter medo que a minha personalidade prejudique o trabalho mesmo estando fora dele. Uma coisa é um assunto de trabalho, outro é fora dela, não fazer a mínima ideia sobre que tema conversar. Mais uma vez pouco interventivo e bloqueado, as horas não passavam, ouvir histórias do qual gostava de viver e nunca tive oportunidade por causa da timidez. No final do jantar tiveram a infeliz ideia de irem a um bar. Tentei beber álcool mas não consegui, fiquei espantado com um colega meu e da sua lata a meter-se com gajas, mesmo ele tendo namorada. Fiquei admirado de ver tanta gente tão tarde na rua, que mundo perdi(ando) a perder...
Tendo ido dar uma volta a pé para procurar relaxar  enquanto esperava o fim do tratamento, passei perto de um bairro onde costumam estar prostitutas. Elas viram-me e chamaram-me e fui ter com elas. Duas brasileiras boazonas, fiquei admirado pela beleza delas, não imaginava apanhar assim meninas daquele nível. Vi ali uma oportunidade de ter contacto com o sexo feminino. Depois de me tentarem, perguntei qual era o preço, ambas disseram 20 euros, exactamente o dinheiro que tinha na carteira, escolhi a mais atraente e entrei no apartamento dela. Fomos para o quarto, despiu-se e disse para tirar a roupa, achei a cena sem qualquer química (o que estava à espera?). Imaginava que fosse ela a tirar-me a roupa e eu a dela, era para lhe dizer para fazer daquele procedimento, mas não tive coragem. Disse-lhe que preferia de luz do candeeiro aceso, em vez da do abajur e pedi-lhe que mostrasse o corpo. É claro que já estava bloqueado e ansioso, nem me lembro mais do que falei com ela tal os nervos. Vi-a sem qualquer sentimento. Comecei a beijar o corpo (coisa que me arrependo de o ter feito), gemeu de uma forma que me pareceu muito teatral, meteu-me o preservativo de uma maneira profissional, mal tocou no pénis e começou-me a fazer sexo oral, rapidamente ejaculei, nem sei o tempo exacto, mas nem deve ter demorado 30 segundos. Assim acabou, ainda perguntei a ela se podia aguardar para que me restabelecesse e prosseguisse, mas pediu mais dinheiro e eu não aceitei pelo facto de já não ter. Fiquei frustrado por não ter sexo vaginal, quando me masturbo-me sei como controlar. No final tive medo de me terem visto entrar e sair, ainda é um bairro onde mora bastante pessoal, imagino a quantidade de pessoas nos apartamentos a espreitar. Sei que não estou a fazer nada de mal, não tenho namorada, mas o sentimento de culpa está cá. Foi uma desilusão, creio que só sexo não me preenche, quero alguém que goste de verdade. Irei repetir? Não o espero fazer nos próximos tempos. Se um dia for terei que ejacular antes, senão vai-me acontecer de novo. Mas se ejacular, fico saciado e não me vai apetecer lá ir. Será que sofro de ejaculação precoce? Ou foram os nervos que me traíram? Lembro-me de ter acontecido isso com a minha ex, mas depois com mais confiança consegui controlar melhor. Desde que fiz a circuncisão que sinto que a minha erecção já não era como antigamente, estou preocupado.
Para a semana preciso de demonstrar resultados e não os tenho. Não sei como sair desta situação, agora é tolerância 0, estou mesmo tramado. Quando penso nisso dá-me uma angústia tão grande, apetece-me berrar porque algumas coisas me escapam do controlo. Às vezes penso que o melhor era sair, outras vezes penso que ali é a minha única solução para ter um futuro. Apetece-me gritar com eles, mostrar a minha insatisfação com algumas atitudes que têm comigo que parece que andam mesmo a gozar comigo. Dizer que a culpa é toda dele, mas também tenho responsabilidades. Se não andasse a perder tempo com outras coisas...