sábado, 30 de dezembro de 2017

Jantar de Natal; Natal; Balanço 2017

Jantar de Natal da empresa...obviamente é sempre um pavor para mim. Estava a correr normalmente, metido no meu canto, ouvir os outros a falar sobre assuntos que para mim eram desinteressantes, apenas confirmava a minha falta de vida, participava raramente quando o tema era sobre futebol. Tentava rir com as piadas sem graças que contavam, talvez uma forma de me tentar integrar no grupo. O pessoal já está habituado à minha personalidade, nem ligam muito o meu silêncio, no entanto o funcionário que entrou recentemente deu conta de algo de errado comigo e interveio, deixando-me embaraçado. "Então estás sempre calado?", perguntou aos outros se era assim. Sei que não é por maldade, uma tentativa para me fazer abrir, mas a partir daí fiquei triste. Fiquei com isto na memória, o sentimento de tristeza não me largou mais nos dias seguintes.
Na véspera de Natal constipei-me tal como o ano passado, já começa a ser um clássico, culpo-me porque fui apanhar tanjas sem a proteção adequada ao pescoço, num dia de que estava vento frio. Para piorar no dia 24, deu-me uma dor de dentes que subiu para o olho e depois para a cabeça e só passou já no dia 26, os ben u ron's e os brufens a mim não me fazem efeito, parece que são água. Um dos meus dias preferidos estragado, não consegui estar a 100% para ver os miúdos abrir os presentes e depois jogar com eles para relembrar os meus tempos de criança. Fartam-se depressa, a quantidade é abundante... no meu tempo um dos maiores entretenimentos era um tapete em formato campo de futebol, sentava-me como os chineses (longe de imaginar que essa posição é terrível para a saúde), pegava nos bonecos dos bolos de aniversários, usava um berlinde como bola e simulava jogos de futebol, muitas tardes seguidas, enquanto a minha família assistia a novelas Venezuelanas e assim passava o tempo livre... e não era infeliz.

Breve Balanço do ano:

A nível financeiro deve ter sido o melhor ano para mim, a empresa teve muito trabalho consegui reaver algumas dividas, recebi todos os meses sem falhas (o que não é normal) e tive direito a um subsidio e a um valor de um seguro, um familiar chegado também recebeu uma avultada indeminização. Infelizmente no emprego a situação parece que está a ficar mais negra novamente, a falta de trabalho paira no ar e consequentemente coloca em causa a saúde financeira da empresa. Lá fiz um investimento em moedas digitais, não queria que daqui a uns tempos valessem muito mais e ficava novamente angustiado, é claro que a partir daí foi sempre a descer e já estou arrependido e angustiado 😒.
A última semana do ano é complicada, queria meter o trabalho todo em dia, mas aparece sempre alguma coisa a atrapalhar, os meus colegas não ajudam, dificultam, parece que andam a gozar, sei que é apenas a personalidade deles a atrapalhar tal como a minha de maneiras diferentes, o meu patrão não entende porque não lhe consigo explicar... "só estás cá por que confio em ti", mas com um ar de ameaça, denunciando a minha incompetência e revelando que pode estar desconfiado de andar a desviar dinheiro. Posso ter muitos defeitos, mas honestidade não é um deles, é um ultraje, se tivesse outras opções tinha batido a porta.
A nível de saúde acho que foi melhor que o ano passado, não me constipei no Verão, não tive que tomar antibióticos. Atualmente estou com uma tosse terrível, faz já uma semana, não me lembro de ter nada assim, noites em claro, necessidade de estar sempre a cuspir. Não sei como aliviar os pulmões, o meu colega disse-me várias técnicas mas não compreendi. As dores de cabeça é que dão cabo de mim! A minha mãe melhorou a nível de humor, nos últimos meses o cancro não aumentou. Subscrevi um seguro de saúde, sei que vou ter prejuízo mas ao menos que aproveite.
A nível de relacionamentos foi uma ano normal para mim, ou seja nulo. Cada um tem aquilo que merece, não me posso queixar, se não faço nada nesse campo para melhorar, arriscar, como é que que quero tirar proveitos?
As paranoias aumentaram, gerei novas, a confiança diminuiu, a alegria desapareceu de vez. Existem alguns dias que estou melhor, mas na maioria estou péssimo.
No cômputo geral em relação ao ano passado até foi melhor mas pk raio estou tão infeliz? Que inferno é este em que estou enfiado sem qualquer razão?

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Bitcoin; Avançar Assuntos; Stress Comunidade; Plano de Saúde

Um exemplo do azar e da falta de coragem que tenho.  Há uns meses resolvi investir em bitcoin,  como desconfiado que sou(provavelmente é mais seguro do que o meu empréstimo obrigacionista  ao FCP) adquiri um valor baixo tendo em conta o dinheiro que tenho parado no banco. Todo os foruns falavam do assunto, sabia que ia valorizar quando mais gente tivesse conhecimento. Entrei já tardiamente pois já sabia disto há muito tempo, quando comprei, a moeda valia um pouco mais de três mil euros. Desde que comprei a moeda desceu lentamente, isto durante cerca de dois meses, pensei que já era tarde para ganhar algum, que tinha comprado na hora errada. Resolvi vender quando subiu a um valor superior ao que tinha comprado, esperava que descesse para comprar novamente ganhando assim algum nessas flutuações. Desde aí não parou de subir, agora já vai em mais de 14 mil euros, podia ter quintuplicado o investimento! No fundo não perdi nada, mas sinto-me como se tivesse tido um prejuízo de milhares. Ainda vou a tempo? Será que vai  aumentar ainda? Sei que este ramo das moedas digitais ainda está no inicio... chamo-lhe azar, mas sei que não tem nada a ver com a falta de sorte e sim por causa desta personalidade impaciente e cobarde que me fez perder uma grande oportunidade de fazer bom dinheiro extra, fico angustiado só de pensar. Queria tanto mostrar a certas pessoas que sou uma mais valia.
Quando estou a pensar num assunto não consigo concentrar-me em mais nada, não avanço para o próximo. Devia conseguir abstrair-me pensando noutros ou fazendo actividades diferentes, é como se estivesse a cometer algo ilegal tal o "peso" que fica em cima dos meus ombros. Já comprei todas as prendas de Natal, enquanto não o fiz não descansei, esta minha maneira de ser prejudica-me em tudo. Estou outra vez revoltado por um stress que tive numa comunidade, não gostei de ler o que um utilizador escreveu, uma opinião diferente, mas não me sai da cabeça, não percebo porque fico tão irritado por alguém tão irrelevante na minha vida, acho que vou ter de deixar de ir a esse tipo de foruns, umas das poucas interacções com pessoas que tenho.
Outro assunto que tenho que resolver e que me está a deixar ansioso é a adesão a um plano de saúde, os dentes e os olhos são sempre uma preocupação para mim, devido aos problemas que tenho. Ultimamente tem me caído pequenos pedaços de dentes, enfiando-se comida nos espaços criados, de vez em quando é difícil a sua remoção, já tenho evitado comer algumas peças de frutas. Perco tanto tempo com porcarias e não o faço com assuntos sérios, tenho medo de quê afinal?
Ando me a "apaixonar" muito por actrizes, tenho invejo das relações que vejo nos filmes. Não posso fugir de as ver, até os filmes de acção têm histórias de amor. Pesquiso pelo nome delas, admiro a beleza, sonho com uma realidade impossível.
Este fim-de-semana, de madrugada ouvi muito baralho na minha rua que habitualmente é calma, pessoal a divertir-se... nunca fui capaz de sair da minha "prisão". Mesmo que pense em sair, ir para onde?

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Personalidade Limitadora; LinkedIn; Reuniões; Traumas Colegas Antigos; Critério de Seleção Confiança, Aniversário Pai

Esta minha personalidade é muito limitadora, por causa dela muitas oportunidades se fecham, por exemplo não me imagino a fazer apresentações com pessoas a assistir o que me faz desistir de possíveis projectos, nem sequer pensar neles. Bastantes ideias que ficam condenadas logo à nascença. Cada vez mais as pessoas usam a tecnologia para comunicar, uma ferramenta importante para encontrar contactos e abrir novas possibilidades, mas também não usufruo pela timidez. Tive a pensar criar um perfil no LinkedIn, mas rapidamente desisti... 😠
Actualmente mais uma coisa positiva para mim, é terem acabado com reuniões da empresa, com o decréscimo acentuado de pessoas a trabalharem já não se justifica. Só de ouvir essa palavra "Reuniões" fico angustiado, no meu dicionário significa tortura. Umas quinze pessoas na mesma sala com mesa redonda a debater, quando tinha que intervir bloqueava de tão embaraçado que estava. Não consigo falar, passo atestado de burrice, até posso ter razão mas perco-a logo por não conseguir defendê-la. Aquelas 2 horas é como se demorassem 2 dias, a sensação de alivio e contentamento é imenso quando finalmente ficava sozinho (escrevi verbos no passado e presente propositadamente). Só de pensar nisso fico todo arrepiado, tenho medo que no futuro tenha que as defrontar novamente. Sempre foi assim, quando andava na escola, detestava ir para a frente do quadro, perante os meus colegas, acontecia-me exactamente o mesmo, evolução desde aí 0.
Passado uns 20 anos, ainda continuo com medo de certos colegas que convivi de perto ou de longe. Fiquei com traumas tão grandes, que quando penso neles fico assustado e espero nunca os encontrar no futuro. Sempre fui uma pessoa fraca, no entanto pertencia a um grupo de amigos e nunca tive grandes problemas com bullying. O problema é que como frouxo que sou ficava muito afectado com os comentários que faziam ou quando me gozavam. O meu melhor amigo na altura, era muito mais gozado e não se importava, bola para a frente, mas eu não sou assim infelizmente. Alguns Exemplos: Tinha um colega que era daqueles que estava sempre a gozar com todos. Desde novo que ele tinha os genitais muito desenvolvidos, ao contrários dos meus, gozava sempre com isso e contou para as meninas que os tinha pequenos. Quando chegava ao grupo lá estava ele a perguntar «já tocas ao bicho?» ou merdas desse género, nunca sabia o que responder, ficava envergonhado.  Uma vez um gajo deu-me um cartolo tão forte que fiquei com uma dor de cabeça forte e com vontade de vomitar, a partir daí cada vez que via esse personagem fugia a sete pés. Fugia doutro gajo com o qual nunca troquei uma palavra (nem deve saber que existo), pelo simples facto de saber que fumava, andar com facas ou por bater nos outros, etc.
Qual é o meu critério de selecção de confiança? Quando estou com uma pessoa nova, não sei qual o critério que o meu subconsciente usa para filtrar aquelas que me transmitem confiança. O facto é que com algumas consigo falar à vontade, com outras não consigo abrir a boca. No outro dia fiquei espantado por ter estado à vontade com um possível fornecedor a falar de trivialidades
Para comemorar o aniversário do meu pai fui almoçar com ele. Estava com estado de humor terrível, mas depois de ter almoçado e passear até às terras dele, fiquei melhor e arrependido de não o fazer mais vezes. Por que não o faço? 😖

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Actividas Solitárias, Trabalho, Famila...

O tempo passa e não consigo mudar, qualquer dia tenho que mudar o nome do blog para timidez aos 40 anos. As minhas actividades solitárias estão cada vez maiores, fico muito tempo sozinho, não gosto de ter pessoas à minha volta, não consigo arriscar e sair da zona de conforto, expor-me a situações para evoluir, nem procurar ajuda médica, sou um cobarde. A ansiedade, tristeza, falta de confiança e a consciência pesada continuam a ser parte integrante do meu dia a dia. Sou prisioneiro da minha mente, tenho medo de ser uma pessoa básica e sem conteúdo, tenho dificuldades em desenvolver em qualquer assunto... até aqui tenho problemas em explicar. Farto de viver a minha vida num raio de 30km's, queria ir para longe, viajar, conhecer novas paisagens! Ultimamente ando novamente com pensamentos e paranoias estúpidas. Por exemplo estou a assistir um filme ou uma série e tenho receio de não entender a história, parece que não absorvo os conteúdos dos diálogos...antigamente não era assim, estou cada vez pior a gerar problemas que só o meu cérebro os tem. Devia mudar o meu tipo de leitura, procurar algo mais rico intelectualmente, em vez de ler essas histórias de aventura, drama ou romances que no fundo só me fazem deprimir por não vivê-las. Procurar mais documentários em vez de reality shows, quando era criança estranhamente até gostava, agora que sou adulto não aprecio, tenho medo de não perceber mais de metade, sou ao contrário das pessoas normais. Porque me custa tanto deixar estas actividades "no life"? Devia procurar algo em que pudesse conviver mais, tipo frequentar um ginásio ou um clube de natação, sei bem o que fazer mas falta-me coragem. Passo muito tempo a imaginar situações que nunca vou passar, ontem deitado na espreguiçadeira imaginei-me com uma mulher a fazer-me uma massagem e depois trocar carinhos, continuo sempre com necessidade de inventar histórias para não cair em tédio. Até quando fui serrar os ramos da laranjeira imaginei-me uma personagem de uma série onde estava numa missão...ridículo. Estas personagens acompanham-me durante o dia, às vezes até no trabalho, imagino estar sempre com alguém, criar diálogos que me ajudam a raciocinar, sei que não é correcto.
No trabalho as coisas como sempre estão complicadas ou se calhar não, eu é que vejo sempre tudo complicado, qualquer acção me faz pensar que vou ser despedido. Gostava de um dia ir para o emprego sabendo que está tudo bem e que não corremos o risco de encerrar. A crise já dura à mais de 10 anos, é verdade que até agora conseguimos sobreviver mas até quando? Neste tempo já fiquei sem receber durante vários meses, emprestei inclusive dinheiro do meu bolso, fui para o desemprego e continuei a trabalhar sem vencimento. Nenhuma pessoa normal fazia isso, só eu, porque não tenho mais opções devido a esta personalidade. Não consigo imaginar-me sem este trabalho, o que faria para passar o tempo? 
Tirando a minha mãe e avó sinto que estou cada vez mais longe dos meus familiares. Passam-se semanas sem ver os meus primos, antigamente iam muitas vezes a minha casa almoçar, mas vicissitudes da vida fizeram com que isso deixasse de suceder, tenho saudades dos pequenos. Já não falo com o meu pai à dias, não atende o telefone, provavelmente anda muito atarefado na colheita da azeitona. Os meus tios emigrados normalmente telefonam no domingo, procuro não ouvir/falar com eles porque o tom de voz é sempre critico o que me deixa em baixo.
Novamente passei uma situação sobre um assunto pouco importante, que me deixou nervoso, irritado, sem dormir, só pelo facto de não ter conseguido defender o meu lado. Não percebo porque ligo tanto às opiniões dos outros de tal maneira que me tenha perturbado a minha vida daquela forma.
Resolvi  mais uma vez poupar dinheiro em vez de investir numa compra que me era util, não sei porque o faço, deixa-me angustiado.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Problemas trabalho; Sonhos; Incêndios

Ultimamente tenho passado por bastantes problemas por causa das minhas dificuldades de interacção, várias situações que me surgem em que passo um atestado de incompetência, na hora não sei explicar e duvido que tenho razão, depois quando estou sozinho vejo que normalmente estou certo. O meu colega está cada vez mais indisciplinado, não o consigo controlar e depois ainda mete as culpas em mim. É um tipo porreiro, mas é muito desorganizado e isso faz com que gere problemas sem necessidade, perde muito tempo em assuntos sem importância. Estou sempre dependente dele, quando deixa o trabalho em atraso o meu também fica, sinto-me responsável porque podia ajudar mais se percebesse alguma coisa e também não tenho coragem de alertar o chefe. Faço uma recapitulação do que está errado e está tudo mal em todas as áreas, deixa-me sem forças para lutar e desmotivado. Finalmente está resolvido uns problemas que tive, estar na ilegalidade deixava-me completamente desnorteado, agora estou totalmente legal, mas a sensação não mudou muito,  sinto que tenho mais responsabilidades. Guardo tudo para mim, devia ter alguém com quem falar para deitar tudo cá para fora, esta raiva acumulada deixa-me desorientado.Os meus problemas não são nada comparados com a maioria das outras pessoas, deixa-me revoltado sofrer pelo motivo ser o meu "cérebro".
Chega a certa altura que penso: Mas afinal vou para o emprego ganhar dinheiro para quê? Se não tenho família para sustentar, não tenho capacidade para ter amigos e engates...o melhor é ficar sempre em casa, assim não tenho que enfrentar os desafios terríveis que é todos os dias sair de casa e relacionar-me com as pessoas, aquilo que sou fraco. Não posso pensar assim nestas atitudes negativas, ficar sempre em casa seria provavelmente um desenvolvimento para aumentar a minha doença. Os sonhos que tenho são o reflexo do dia a dia, dos meus medos, muitas vezes me chamam de incompetente, inútil, é raro ter um sonho bom, mas no outro dia aconteceu. Sonhei que me tinha relacionado com um mulher jeitosa, quando acordei só queria voltar para o sonho novamente, foi uma sensação fantástica que gostaria de repetir mais vezes. Será que o meu inconsciente tem problemas de dialogar?  Gosto de ver séries, filmes e até novelas românticas, gosto de acompanhar o desenvolvimento das relações e imaginar-me no lugar dos personagens.
Mais uma vez apetece-me fugir da rotina, penso em acções sem grande importância que me limitam. Na próxima quarta-feira vou fazer algo de diferente, estou ansioso por esse dia... ansiedade domina a minha vida em todos os seus capítulos.
No outro dia tive uma festa de aniversário infantil em que o tempo passou muito rápido, gostava de ter esta sensação mais vezes, em vez de só ter para aí uma vez por ano. Ver as crianças a jogarem, ingénuas, brinquei com elas, sem saberem do meu problema de timidez.
A nossa zona foi afectada pelos incêndios. Foi uma noite desesperante, a casa do meu pai fica junto a matas, vi na tv que havia desaparecidos no local, as comunicações falharam não o conseguia contactá-lo, fiquei logo aflito, pensei logo no pior e nas consequências, não estou preparado. Só no dia a seguir é que falei com ele e verifiquei que estava tudo bem, apesar dos terrenos terem dele ardido.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Feriado Perfeito; Aniversário Prima; Retrospectiva

Feriado "perfeito"... dormir quase até ao meio-dia, ouvir musica, almoço, depois jogar, ir apanhar sol enquanto lia um livro, masturbar, brincar com o cão, jantar, ver um filme, o peso desse dia esteve inexplicavelmente elevado. Adorei jogar aquela missão, os capítulos do livro que li foram muito bons, mas pk raio estou com esta consciência pesada? Até ganhei as apostas que fiz! Porque não consigo gastar o dinheiro que ganho em coisas para mim, porque o poupo em vez de gozar? Arrependo-me de nada ter feito durante a minha juventude e continuo assim, este espírito de tristeza não me larga e não me permite pensar em diversão, principalmente quando incluiu outras pessoas.
No final do dia, depois do trabalho fui a casa de uns familiares dar uma prenda a uma primita que fazia anos, encontrei uma casa acolhedora, um ambiente de aconchego que me fez sentir ciumes e desejar um dia ter um igual, mas sei que por causa desta minha personalidade nunca o conseguirei. O miúdo a colar cromos juntamente com o pai na caderneta de futebol, a pequena a estudar os seus primeiros textos... estes pormenores...isto é que é viver e ser feliz. Essa minha prima até era uma pessoa tímida,  desconfio que também tenha passado por episódios de depressão, aos 30 ainda não tinha emprego depois de ter passado vários anos na universidade com dificuldade em acabar o curso, não tinha nenhuma relação amorosa, de um momento para outro desabrochou e tudo mudou. Arranjou um bom emprego, casou-se, teve filhos, aquela pessoa envergonhada que não falava mais que 5 palavras, agora é o centro de todas as conversas, se ela conseguiu porque me parece impossível para mim fazer o mesmo? Até devia ser um exemplo para mim! A moradia não é muito grande como a minha, mas é muito confortável, um quintal onde as crianças podem brincar descansadas, as divisões muito bem mobiladas, quartos a condizer com os ocupantes. Por causa de umas obras tenho que ficar com o cão deles, brinco bastante com ele no final do dia quando chego stressado do trabalho, vou ter saudades quando for embora. É mesmo brincalhão, nunca pensei que um animal me desse tanta alegria, na empresa estou habituado a vê-los infelizes.
Mais uma noite sem dormir nada por causa de um assunto inútil, fico cansado no trabalho, as horas não passam, não me apetece fazer nada! O clima está muito quente para a época, continuo a usar calções, sandálias, não usar meias, ir de mota para o trabalho. Agora estou com a paranóia de me constipar, pelo menos não quero que aconteça este mês, enquanto os dias são maiores.
No final do dia faço uma retrospectiva do mesmo e imagino que estou a contar os episódios vividos a alguém, quando o queria realmente era ter alguém em carne e osso para falar, fora do ambiente familiar e profissional. De vez em quando escrevo em foruns, mas não é o suficiente.
Continuo com dores no joelho, estou à espera que isto passe com o tempo, mas vou ter mesmo que consultar um médico. Um dos meus hobbies está a prejudicar-me na saúde, a poeira é imensa e agora estou aflito dos pulmões, será que vou ter que desistir de um dos meus passatempos preferidos para passar o tempo?
Devia passar mais tempo com o meu pai, por exemplo ir lá passar uma tarde ao fim de semana. Às vezes chateia-me para ir buscar fruta, ora uvas, maças, etc, mas não me apetece lá ir, tenho medo das conversas dele, de ouvir as verdades, prefiro ficar o tempo livre em casa, mas sei que é uma atitude má.
No escritório estou cada vez mais descontente com o meu colega, o que me deixa desmotivado e sem apetite para trabalhar. Não faz nada daquilo que digo, não o consigo controlar, não digo nada ao chefe para não gerar conflitos.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Sobreviver, Eleições, Fim-de-Semana

Muito complicado viver com esta timidez, eu não vivo, apenas sobrevivo. Estou sempre preocupado, impaciente, sofro por antecipação, não consigo planear objetivos para o meu futuro, tudo me parece difícil e a mudança provoca-me pânico e acabo por desistir de ter ideias.
Não encontro as palavras certas para dizer aquilo que penso, interagir torna-se complicado, explicar qualquer assunto é um pesadelo, atrapalho-me, quero despachar-me, não consigo passar a mensagem que as outras pessoas transmitem, às vezes tenho medo de não compreender, a minha falta de confiança deixa-me burro, sinto medo do medo. Sei que posso dar mais de mim em tudo, no trabalho, na vida pessoal, mas assim não dá. Os episódios tornam-se repetitivos, no outro dia não consegui explicar o que queria à minha colega e ela foi questionar o patrão o que me deixou embaraçado, voltei a duvidar da minha falta de capacidade e competência.
Mais umas eleições em que fui incapaz de sair de casa para ir votar. Ansiedade social veio ao de cima, não fui porque estava com receio de encontrar alguma pessoa do passado conhecida que me tentasse desencaminhar do meu caminho "no life". Em toda a minha vida só votei uma vez, numa das raras fases em que tentei conviver, lembro-me de ficar numa fila enorme e depois disseram que era noutra sala, fiquei pior que estragado.  O meu colega perguntou-me se fui e levei nas orelhas por não usar o meu dever cívico, está longe de imaginar o porquê. Sinto inveja da sua personalidade, apesar de todos os seus problemas segue em frente, evolui, faz projectos, planeia, está sempre a mexer-se e a procurar soluções.
Um fim-de-semana sem sair de casa, já não o fazia a algum tempo, provavelmente vai-se repetir muitas vezes, já não tenho necessidade de ir às compras ao sábado. A minha casa é grande, posso variar entre as diversas divisões, portanto não fico entediado de olhar sempre para as mesmas paredes e depois tenho o bendito quintal onde posso estar em contacto com o ar puro, passo lá bastante tempo. Comecei a ler um livro, dos melhores que li até agora pois revi-me em algumas passagens, jogar uma nova serie, ver futebol, enfim... as minhas habituais tarefas de lazer solitárias. O fim-de-semana passou rapidamente, nem tive tempo para ver o filme no domingo depois de jantar como habitualmente. Continuo a ver jogos de futebol através de streams, muitas vezes sem qualidade, com bastantes paragens, incertos, quando podia perfeitamente pagar a mensalidade ao canal que os transmite, tenho poucas despesas, porque não uso algum dinheiro para este pequeno "luxo"? Penso nos anos que já podia ter feito, as dores de cabeça que podia ter evitado, mas por outro lado penso que o dinheiro me pode fazer falta no futuro. O mesmo se passa com outras coisas como jogos de computador, prefiro fazer download a ter que pagar.
Começa a semana e mais uma vez sou posto à prova perante a minha competência e paciência, iniciou logo com um erro em que sofri uma repreensão injusta, mais uma vez nem tentei rebater e depois ter que levar com o meu colega chato. Ter que ouvir as conversas alheias, de vidas normais, com problemas normais, deixaram-me mais uma vez com aquele sentimento de não ser do mesmo planeta.
A minha mãe levou uma reprimenda merecida, mas que deixou-a triste e por consequência a mim, ela não consegue controlar a doença, deve ser terrível o sofrimento dela. Logo agora que até tinha saído e pegado no carro coisa que não fazia à meses, espero que não a deite abaixo.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Funeral; Péssima Sensação; Concerto; Perdido

Recentemente tive um familiar que faleceu. Teve o dom de juntar toda a família, coisa que nunca aconteceu e até possibilitou reconciliações entre membros afastados por guerras antigas e estupidas. Não sabia o que dizer aos familiares mais diretos, queria dar uma palavra de conforto mas limitei-me a dar os meus sentimentos e força. Mais uma vez senti-me um anormal, completamente fora da realidade deste mundo, como se não pertencesse a ele, devo ter deixado uma péssima imagem como sempre. O meu estado de espirito normal é tristeza portanto enquadra-se bem em funerais. Em toda a cerimónia só pensava que em breve podia ser a minha vez de assistir à morte de alguém mais próximo, o que me deixou de rastos, não estou preparado!
Péssima a sensação que tenho que um dia no futuro vou ter saudades do momento que estou a viver no presente, vou imaginar-me a apanhar sol na espreguiçadeira, relembrar alguns pormenores sem importância como juntar calmamente as folhas com ancinho, apanhar e atirar os pêssegos que caem do pessegueiro da vizinha, apanhar o lixo, etc, coisas que não poderei fazer brevemente pois terei que mudar para pior. Por falar em lixo, até a ida ao contentor do lixo se torna uma tarefa angustiante, normalmente vou de manhã cedo, porque a probabilidade de encontrar pessoas é mais escassa.
As criticas são justas, falta-me conhecimentos e competências em muitas áreas e também imaginação para criar algo de novo, não tenho aquela habilidade inata de aprender como os outros, nem acho que seja por falta de capacidade mas sim por confiança. tenho medo que me chamem inútil. Já escrevi isto aqui, não vale a pena estar sempre a bater na mesma tecla, mas se o fizer talvez mude aos poucos.
Vejo muitos assuntos que complicam sem razão, que são fáceis de entender, mas fazem uma tempestade num copo de água. Fico enervado, sem paciência, não consigo expor o que penso sem me chatear.
No outro dia arranjei coragem para ir à cidade passar o dia, almocei, passeei, jantei, no final assisti a um concerto de um artista que aprecio, mas mais uma vez olhei com inveja as pessoas que pulavam, aplaudiam, abanavam as mãos para cima ou seja que se divertiam e eu apenas a assistir de mãos nos bolsas sem gostar aparentemente, mais uma vez a sensação de pertencer a um mundo diferente. O barulho era imenso, saí de lá com uma dor de ouvidos que durou dias, ainda hoje não estou a 100%, como este pessoal aguenta os decibéis tão elevados?
Perdido na cidade, bloqueado, conheço aqueles sítios mas ao mesmo tempo desconhecidos, detesto essa sensação, começo a ter medo de conduzir, de não respeitar as prioridades, ou entrar num sitio proibido, estacionar é um problema em lugares com muita gente, sou excelente em manobras quando estou sozinho, com muitas pessoas em redor torno-me péssimo, prefiro estacionar em locais mais distantes, por exemplo andei mais de 10 km's a pé para evitar o pesadelo de ir para o centro. Ainda bem que no meu emprego, não tenho que apanhar trânsito e tenho parque sempre disponível.
Aleijei-me num joelho, abusei no exercício físico, corri demasiado, os meus músculos não estão habituados. A sensação que tenho é que se tivesse parado agora estava melhor, não me sai da cabeça que poderei ficar com esta dor para sempre, afinal o exercício no meu caso faz pior.

sábado, 9 de setembro de 2017

Anuncios de Emprego; Noites Complicadas...

Recebi no mail um anuncio de emprego, nunca liguei muito pois sei que não arranjarei melhor do que tenho actualmente, este por acaso li, os requisitos que pedem são dinamismo, motivação, proatividade, capacidade de aprendizagem, trabalho em equipa, capacidade de comunicação, bom relacionamento interpessoal... ou seja totalmente o oposto daquilo que sou. Passo-me da cabeça com certas injustiças, mas vou ter que aguentar porque depois vai ser muito pior(ou talvez não, sei lá). Ainda a semana passada estive à beira de berrar, mas felizmente consegui conter a minha raiva, depois vingo-me doutra forma. Para o inicio do próximo mês vou ter que ganhar coragem, uma coisa tão fácil para os outros e difícil para mim, eles é que me estão a dever, mas porque sinto que é ao contrário? Sou incompetente em muitas tarefas, isto porque não tenho capacidade de liderança, fazem tudo o que lhes apetece, não tenho controlo nenhum!
As noites estão complicadas, várias horas para adormecer sempre a pensar em assuntos pendentes, às vezes até estou calmo, mas depois começam os pensamentos e a ansiedade aumenta. Acordo várias vezes de noite e muito antes do despertador tocar, olho para o relógio uma série de vezes, incrível como o tempo passa de maneira diferente. Quando resolvo um assunto que me esteja a apoquentar rapidamente arranjo o seu substituto.
Vejo familiares chegados a fazerem vários programas, visitas a locais bonitos em todo Portugal, eu ainda sou jovem, estou a desperdiçar os meus melhores anos parado em casa, não é justo, muitos queriam e não podem, mas não me consigo libertar destas amarras . O "paraíso" que estou está a acabar, não consigo deixar de pensar que em breve vou mudar para pior. 
Ele foi dizer-me, mas não consegui me voluntariar para o ajudar como fiz o ano passado. Ele é muito nervoso, tem que assumir as responsabilidades dos seus actos, senti-me humilhado com as bocas que enviou, no entanto não lhe consigo dizer porque estou zangado, não quero gerar conflitos. Para além das dores o que mais me custa é ver aquele personagem que me quer tirar do meu mundo de solidão e fantasia. Sei que parece mal e pode ter consequências no futuro. 
Tive a ver alguns documentos do passado de mais 15 anos atrás, arquivos insignificantes que me custam a apagar, tive vergonha de os ler, desde cartas de aniversário que enviava sem qualquer tipo de conteúdo útil, diários com pormenores ridículos, etc
Num dos meus estados de raiva dei uma palmada no portátil... não ligou mais. (In)felizmente ainda estava na garantia, portanto não tive que pagar nada embora preferisse repará-lo por conta própria. Assusta-me as possíveis pessoas que tiveram acesso ao conteúdo do meu disco rígido e que a minha privacidade tenha sido violada. Tenho muita coisa privada que me faz corar de vergonha, incluindo este blog.
Sei que devo solicitar ajuda médica, mas tenho medo que saia de lá ainda mais frustrado, bloquear e não transmitir exatamente aquilo que sinto. No fundo acho que não mereço ser ajudado, a culpa é minha de estar neste mundo só meu, que me impede de crescer, evoluir e ser feliz. Existe uma parte de mim que não quer abandonar e é a mais forte.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Susto; Investimento; Horizontes; Comparação

Tenho a cabeça a mil, não sei explicar o porquê, não consigo descansar. Foram-se embora, a agitação acabou, voltou o casarão a ficar sem vida. Um susto gigante apanhei, uma queda, podia ter deitado tudo a perder, tenho medo que aconteça novamente, mais uma situação que não me deixa dormir. Ela não aceita o facto de estar a ficar muito velha e já não conseguir fazer as tarefas em condições, até andar tem dificuldade, no entanto recusa uma bengala, deve pensar que isso a faz caminhar mais rapidamente para a velhice. Sei que sofre bastante, olho para ela do andar de cima enquanto deambula no quintal, vejo-a triste e deixa-me da mesma forma. Viver com duas pessoas doentes é complicado, fico logo em baixo e por vezes com saudades de voltar para o meu posto laboral. Tenho que começar a ajudar mais nas atividades diárias, não posso perder muito tempo em inutilidades, aceitar isto é complicado para mim.
Sabia de um investimento que quase a certeza que ia dar um bom dinheiro, mas mais uma vez fui um cobarde e a minha personalidade passiva e medricas impediu-me de o concretizar, hoje verifiquei que podia ter triplicado o valor inicial. Não acredito no dinheiro fácil... porque acho que só os outros merecem? Ainda vou a tempo mas algo me diz para parar. Gostava de ter outra fonte de rendimento e de demonstrar a certas pessoas que sou bom em alguma coisa. Quanto mais leio, mais dúvidas fico, aceitar que é mesmo verdade, tenho a impressão que funciono a "carvão" .
Na empresa querem que encontre soluções impossíveis, não gosto de andar a caçar gambozinos, mas lá faço a vontade. Apetece-me gritar com eles, outras vezes falar com sinceridade, mas guardo tudo que penso pois tenho medo que ache que estou a atrasar o progresso e assim mandar-me embora.
Gostava de ir para longe durante uns dias, fazer uma viagem ao estrangeiro...lol, nem dentro do país tenho coragem. Planear uma ida ao Alentejo, dizem que existem praias tranquilas, pesquisar quartos para passar uma semana... não me sinto preparado, provavelmente nunca estarei, quero abrir horizontes mas não consigo, saio muito à minha mãe.
Ainda no outro dia me pus a pensar numa das minhas típicas conversas que tenho comigo mesmo. Às vezes passo minutos a dialogar comigo mesmo sem nunca avançar na conversa, repetir o mesmo assunto, sou mesmo estranho.
Há uns anos...Actualmente:
Possuía apenas um PC Desktop: Estava limitado a uma divisão, passar frio, calor, barulho da ventoinha ensurdecedor, pc lento...agora tenho um portátil rápido, permite-me deslocar e encontrar o melhor ambiente, posso jogar os mais recentes títulos, ver filmes com qualidade ultra hd, etc;
Tinha apenas 4 canais de televisão...hoje tenho 200 e em muitos deles consigo recuar a emissão durante 7 dias;
Internet: Downloads limitados(já para não falar dos tempos do modem 56kb), demorava dias a fazer um download de um filme de 700mb, a informação era pouco fidedigna...atualmente faço download de um filme de 20gb em 30 minutos.
Telemóvel: Só fazia chamadas e recebia/sms's...agora tenho um smarphone que é um verdadeiro canivete suíço, substituiu leitor mp3, camara digital, rádio, jogos...já chega de dar exemplos, era mais feliz com pouco ao contrário de hoje, já lá vão 5 anos de sofrimento, desde que realmente começou a depressão ou lá que raio tenho.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Prisioneiro; Familia Ideal; Ideias Absurdas; Fátima; Dar Formação

Continuo prisioneiro na minha própria casa, não me agrada esta situação desconfortável, mas por outro lado até tenho tido convívios em que me divirto e sei que vou ter saudades quando se forem embora. É muito positivo experimentar estar numa família "ideal", às vezes tenho inveja de não ter nascido filho deles, em vez de um casal separado que nunca saiu para lado nenhum, não conseguiu ser independente, onde o negativismo imperava. Se aquela determinada pessoa não tivesse sempre a mandar bocas a deitar-me abaixo, a reclamar por tudo e por nada, até em assuntos sem qualquer importância, tudo era melhor. Por exemplo no outro dia num passeio à serra, ele estava com medo de conduzir devido à altitude, ia bastante devagar e com medo das curvas apertadas, mas mesmo assim não confiou em mim para levar o carro, não consegui confrontá-lo directamente, ouvi dizê-lo para outra pessoa que não estava habituado ao carro. Na empresa já peguei em mais de uma dezena diferentes de modelos de automóveis, apetecia-me reclamar com ele, mas não tive confiança, imaginei logo que ia ter um acidente, desisti. Nem sempre é assim, de vez em quando dá para falar bem com ele, infelizmente estou sempre à espera de uma  das suas criticas, impossibilitando assim uma boa relação. Não me dou com o ar condicionado, fica-me sempre a doer a cabeça, a viagem de carro foi um pesadelo. Não gosto da confusão, ficar perdido, arranjar estacionamento, só penso o momento em que estou em casa sossegado.
Às vezes ocorrem-me ideias absurdas se a vida me correr pior, fazer uma cobardia, penso em mergulhar para dentro de uma barragem e afogar-me, atirar-me para a frente de um comboio, tomar muitos comprimidos, ou ir contra um camião enquanto conduzo. Por que raio tenho esses pensamentos? Não terei coragem para o fazer, acho.
Fui a Fátima visitar o santuário. Gostava de encontrar paz de espírito, sentir a presença de Deus,  encontrar fé, força para lutar contra os meus medos, mudar. Observei vários indivíduos, de diversas etnias... africanos, asiáticos, muitos idiomas diferentes, fiquei maravilhado com as diferentes culturas. Vi muitos crentes a pagar as suas promessas, o que mais me chocou foi ver uma mulher com o filho às costas, via-se que ia com dores insuportáveis. Não tenho direito de pedir nada a Deus, eu é que não vivo como devia. Tirei fotos, para depois imprimir e colocar no meu album que se devia chamar "No Life"
Ando à procura em clínica de tratamentos que me possam ajudar, agora com o período de férias, tudo funciona a carvão, o Verão não tarda acaba e eu não fiz nada de diferente.
No trabalho começo a ficar desesperado, as contas estão outra vez a ficar apertadas, não consigo controlar nada como queria, quero deitas as culpas no meu colega, mas a verdade é que sou o único culpado. Tive que dar uma pequena formação a uma nova colega de trabalho, detestei, não tenho nenhum jeito para explicar e vou ter que dar mais ensinamentos o que me preocupa e me deixa angustiado. Enquanto o software instalava o silêncio dominava, lá tentei fazer conversa de café, fiz lhe uma pergunta e ela contou a vida toda... dos desentendimentos com a mãe, do antigo trabalho, etc. Fui incapaz de contar alguma coisa sobre mim, não tenho nada a contar da minha vida aborrecida, sem conteúdo, fiquei mais uma vez triste. Aposto que falaram mal de mim quando se foram embora. Pessoal novo a entrar e "já é tudo deles", incrível o à vontade que têm, falam para o patrão de uma maneira que não consigo e já o conheço há quinze anos.
Não sei o que se passa na cabeça da minha mãe, está mal do sistema digestivo, mas continua a abusar da má alimentação, apesar da insistência do pessoal para ela fazer uma dieta saudável, ela não liga nenhuma, não percebo a mente dela. O único dia que a vi bem foi quando eles não estavam lá.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Verão, Familiares


Em pleno Verão... férias, + festas, pessoal todo na rua a conviver, oiço a música em fundo, gente a passar na rua a falar, gritar, assobiar, alegre, definitivamente a minha mente está cada vez mais doente. Como habitualmente nesta altura tenho uns familiares a passar um mês na "minha" moradia. Está a tornar-se um pesadelo, não consigo ter liberdade na minha própria casa, aquilo que costumo fazer não o faço, por exemplo nem um filme vejo com medo dos possíveis comentários. Tudo o que eles dizem encaro como criticas e a minha confiança fica abalada. Bastou dizer "Se eu tivesse cá não ias reconhecer o quintal", para ficar muito triste. Devia saber fazer algo para o ter bonito, talvez colocar relva, dinamizar os canteiros com flores, ou algo de mais útil como semear batatas, tomates... mas não estou para aí virado, nem a limpeza sei fazer em condições, não sei porque não aprendo, parece que algo superior me proíbe. Gosto deles, dão outra vida, sei que até vou ter saudades, mas conto os dias para eles irem-se embora, não o consigo evitar. Domingo, um convívio familiar, preferia ficar em casa a ver futebol, mas parecia mal recusar, nem sequer tinha coragem. Oiço-os a falar dos planos, das coisas que fizeram, das viagens, fico angustiado, fujo, refugio-me nas crianças ou no cão em vez de fazer o mais correcto, estar na mesa a conversar com os adultos, a imagem que passo deve ser horrível. Tirei fotos, parece mesmo que foi um convívio altamente, que passei bons momentos... e eram se não fosse esta minha mente a criar este peso inexplicável que suporto todo o tempo. Têm tudo, eu só não tenho por causa esta personalidade, estou mesmo farto de ser assim.
Nova fase da empresa, as exigências estão a aumentar, preciso encontrar soluções, pesquisar novos produtos, não gosto de mudança, estou sem confiança, se nem em casa consigo ser líder quanto mais no escritório. Muita paciência tem o meu patrão, também mereci por isso.
Queria planear algo de diferente para fugir da rotina, aproveitar o calor do verão, mas não sei o quê, esta falta de ideias deixa-me perturbado! Já nem me apetece masturbar, as últimas vezes que o fiz foi como quase uma obrigação. Farto de me satisfazer sozinho, ver imagens/vídeos deixam-me com inveja, já nem me excita, o que vale é a imaginação, mas mais uma vez sinto-me mal em sonhar com cenas irreais. Já lá vão 5 anos que tive a minha única relação, não vejo a minha ex a algum tempo, nem sequer sei nada dela, felizmente perdi o vicio de ir ao face dela, ainda bem só de a ver ficava logo sem forças.
Nunca estou bem de saúde, ou é um desconforto no maxilar ou má digestão, ou uma prisão intestinal, ou uma dor de cervicais, ou no recto, ou nos músculos, ou tonturas, ou dores de cabeça. Os resultados dos exames da minha mãe não estão piores, não esperava estas boas noticias, mas a minha mãe consegue arranjar logo uma maneira de pensar negativamente, é como eu, tenho a sua genética. Estranhamente está pior desde que chegaram os meus familiares, desconfio que as criticas também lhe afectam imensamente.

domingo, 9 de julho de 2017

Porque estou assim?

Triste, angustiado, ansioso, agitado, revoltado, acomodado, impaciente, sem confiança, enfim é mais do mesmo, os meus sentimentos de sempre...já me começo a repetir muito. Chega de lamurias, devia conseguir lutar para mudar de personalidade e viver a vida, tenho tanto medo de defrontar os inimigos criados na minha mente! Difícil para mim combater este "estado de letargia" em que me encontro, farto da minha vida rotineira, aborrecida(criar situações imaginárias para não me saturar comigo mesmo), de estar deprimido sem razão... saudades de sentir felicidade. Dou prioridade a coisas que não interessam, mas porque tenho tanto medo de as abandonar? Gosto delas, mas sei que não estou a fazer o mais correto, não me comporto como uma pessoa adulta. Se me sinto assim preciso de uma mudança, mas uma parte de mim não a quer fazer ... não faz qualquer sentido, estou tão baralhado! No outro dia vi uma foto numa zona de guerra em que pessoas podiam ser atingidas por uma bomba a qualquer momento, como se sentirão essas pessoas? Ou aquelas que perderam os seus familiares no fogo de Pedrogão, tento pensar em situações desse género, para pensar que não tenho razão para estar deprimido, mas em vão. Estou supostamente tranquilo, a escrever no quintal num domingo à tarde, sozinho, devia sair, ninguém me impede, procurar relações com outras pessoas. É especialmente difícil no Verão, férias, festas populares, festivais de verão, ou outros convívios que nesta altura são mais frequentes, querer ir a algum lado mas o íman imaginário de minha casa é mais forte. Hoje estou a ler revistas sobre testes a alguns artigos que podia adquirir, incrível como nada se adequa à vida que levo.
As criticas são fortes mas justificadas, na sexta no final do dia lá tinha que me ligar para me chatear a cabeça e assim ir de fim-de-semana mais deprimido. Ele não deve imaginar o forte  impacto que tem sobre mim, deve pensar que não ligo nenhuma, está tão enganado, a minha atitude passiva deve iludi-lo. Às vezes penso o que estou a fazer, serei útil, a minha contribuição é zero? Vejo maldade em tudo, sinceramente não percebi a gravidade do mail que reencaminhei, porque as pessoas não podem ser mais sinceras e honestas? Estou tão farto de algumas situações!
Ultimamente ando a ver muitos vídeos de youtubers, invejo a maneira como muitos se expõem, como falam, gostava de viver na primeira pessoa algumas daquelas brincadeiras dos vídeos que fazem.

domingo, 18 de junho de 2017

Adormecer, Casamento

O calor tem sido demasiado nestes últimos dias, o que me dificulta dormir, ainda mais que o normal. Só quero descansar, já vou para a cama com o pensamento que não vou conseguir adormecer, fico às voltas com ideias absurdas, medos surreais, pesadelos acordados.
Fui a um casamento de um familiar, já não ia há uns anos a um evento desse género, fico sempre nervoso. Não preciso de dizer o medo que senti desse convívio, ver familiares que já não via à uns anos. Foi um dia de calor intenso, 40 graus para a maior parte do dia, tive que levar um fato sufocante e obviamente sapatos fechados que não permitem respirar os pés. A minha mãe e avó não deixavam de pensar nesse dia nas últimas semanas... não têm mais nada em que pensar, fico triste pela pouca vida activa delas. Tomei banho, fiquei à espera no quarto da hora de saída, a ansiedade aumentou, despachei-me mais depressa do que o previsto, ia vestindo uma peça de roupa progressivamente lentamente, estava muito calor não queria vestir o fato antecipadamente. Ainda era cedo, mas chatearam-me que era tarde, tinha razão, fomos os primeiros a chegar. Os convidados foram chegando e depressa falaram do tema que tanto temia, "quando é que arranjas uma mulher"? Todos os meus primos da minha faixa etária estão casados, alguns com bebés pequenos. Lá respondia que ainda não tinha encontrado a certa, ou na brincadeira que era muito exigente. Estava com receio que eles vissem na minha cara o fracassado que sou. Fiquei com inveja, gostava de ser pai, fico babado quando vejo crianças pequenas. Durante a festa fiquei algum tempo a refugiar-me na brincadeira com os miúdos, não ficava muito tempo no mesmo sitio, nada de conversas com ninguém, observava o pessoal a dançar e a divertir-se. Alinhei numa brincadeira para não parecer mal com um tipo que admiro por ser extrovertido, cada vez que o vejo está num país diferente e tem outra mulher, impressionante. Todos devem pensar que sou um desinteressado, alheado, desligado. Mais um dia que me senti que não pertencia a este mundo. Não sei(claro que sei) como as pessoas aguentam tanto tempo nestes eventos, para mim são uma seca, as horas não passavam, a festa deve ter acabado de madrugada, fui embora mais cedo por causa dos problemas de saúde da minha mãe. Nunca tinha ido àquela quinta de casamentos, quando fui para casa de regresso enganei-me no caminho, cortei num cruzamento cedo de mais, andei às voltas até encontrar o percurso certo, já estava tão baralhado que até nos sítios que já conhecia me confundi, fiquei lixado comigo mesmo, não consigo memorizar um simples trajeto. Ainda por cima já estava com a minha típica dor de cabeça, acontece sempre que vou para algo diferente. O que vale é que era perto, se um dia me convidarem para longe como farei? Não tenho confiança nenhuma, por sorte ainda não aconteceu mas um dia poderá acontecer. Quando cheguei à terra vi tanta gente numa festa, voltou outra vez o pensamento que não sou normal, nem sabia qual o artista que estava a actuar.
No outro dia as criticas negativas deixaram-me em baixo, não aproveitei o resto do dia, tinha planeado uma coisa diferente, até conhecer uma figura pública que sigo no instagram, mas no momento não fui capaz de lá ir ter com elas. Mesmo que tenha um mínimo de razão perco, pois não tenho capacidade de argumentar, nesse dia fiquei mesmo mal. Está a tornar-se uma constante, fico deprimido, mas felizmente no dia a seguir melhoro.
Irrito-me com muita facilidade com a minha mãe e avó, não consigo ter paciência, demoram muito tempo em coisas que deviam ser mais rápidas, no outro dia cheguei a gritar, arrependo-me, mas quando estou assim não me consigo controlar. Tenho que melhorar muito nesse aspeto, às vezes quero silêncio e até o ouvir dos passos me enervam.
Hoje estou a escrever fora de casa, no quintal, lá dentro está um inferno, não sei como vou dormir com tanto calor, assim nem me apetece ver uma série ou jogar...btw estou a escrever de noite, ainda nem configurei o fuso horário deste blog, acho que existem 8 horas de diferença entre a hora que aparece no blog e a hora real que escrevo. Até os sons dos grilos e dos gatos me deixam enervados. Amanhã tenho que acordar cedo para mais uma ida ao hospital, espero mais uma noite em claro.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Ansiedade Elevada; Decisões

Não acho normal estar tão ansioso quando estou em casa sem fazer nenhum, não consigo relaxar por mais que me tente distrair. Tentei inventar algo... observei as flores, visualizei os pormenores da pedra da casa, peguei na enxada para raspar umas ervas, fui buscar a escada e espreitei para dentro de um ninho, limpei caleiras, apanhei laranjas, cortei uns galhos... nada me cura por mais que tente diversificar actividades. Imagino as brincadeiras que posso fazer com o cão "alugado", preparei uns paus e pedra para lhe atirar, fica tolo de emoção, mas o burro não os devolve, é um brincalhão, parece que gosta de trollar comigo. Se tiver calor, pego na mangueira e molho-o, será que vai gostar? Cansa-se com facilidade, sai a mim. Penso ansiosamente no dia de amanhã, procuro uma razão para estar melhor, no dia a seguir igual, é um ciclo que não consigo sair.  É caricato ficar com mais stress nessas ocasiões do que por exemplo quando estou no trabalho e tenho imensas coisas a fazer! Tenho mesmo que procurar ajuda, não queria tomar medicamentos, os relatos que leio na net assustam-me.
Tomar decisões torna-se complicado, não saber qual a certa, medo de escolher a errada, deixar andar acaba por ser a opção, mas não devia ser assim. Tenho que fazer uma listagem de vantagens e desvantagens, os prós e os contras... não sei o que fazer. Sinto-me injustiçado, enervado, apetecia-me gritar com ele, explicar-lhe o que se passa, mas não posso, estou amarrado. Não me pode obrigar a tomar uma decisão imediata, tenho que pensar. Até o percebo, mas se soubesse a minha realidade, sinto-me envergonhado, não devia passar por isto quando estou a trabalhar. Só queria um emprego estável, a situação está novamente a ficar descontrolada, depois de uma pequena melhoria, sai mais dinheiro do que entra, a divida aumenta, assim não vamos longe. Apostei tudo, estou em grandes sarilhos, o risco é enorme, se isto correr mal vou ficar de rastos, não sei se me conseguirei erguer psicologicamente. Se alguém ler isto, não vai compreender, isto é só um desabafo da minha parte, preciso de escrever para me sentir melhor, é uma terapia, desculpem.
Depois de me obrigar a comprar o fato agora quer que adquira uns sapatos a condizer, tenho uns praticamente novos que calcei umas 3 ou 4 vezes, acho um desperdício de dinheiro, vou acabar por ceder.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Como conhecer uma pessoa tímida? Casamento, Tarde de Folga

Como conhecer uma pessoa tímida? Devia saber, afinal sou uma! É impossível haver uma relação entre tímidos, se ambos são retraídos e não têm o poder de iniciativa, automaticamente está destinada ao fracasso. É pena, porque podíamos ter muitos sentimentos em comum, gostava tanto de lhe ler os pensamentos, o pessoal que me conhece deve dizer o mesmo.  Estar em grupo é muito complicado, ouvir histórias dos outros, ser incapaz de contar algumas pela minha inaptidão de diálogo.Não sei escolher as palavras certas, não me lembro delas, deixo de ter neurónios, quero chegar muito rápido à conclusão... entretanto os conversadores saem e o silêncio é constrangedor, tento juntar-me a outro grupo. Uma tagarela(inveja) enquanto falava tocou-me várias vezes, não sei qual o significado, provavelmente dever ser um tique, mas despertou-me desejo. Evito ao máximo estas situações de convívio, acho que acaba por ser normal, as pessoas fogem quando não estão à vontade. Fico preocupado com a impressão que deixei, não deve ter sido famosa. Vou ter saudades, já as sinto hoje. Fico saturado comigo mesmo, passo o dia a querer chegar a casa, apanhar o sol do final do dia, ir para a espreguiçadeira ler um livro, bater uma bola contra a parede, chatear o gato do vizinho, jogar Far Cry Primal, ver as noticias de deporto, o instagram onde sigo apenas figuras públicas (jogadores de futebol ou mulheres que me atraem como atletas ou atrizes), fóruns, youtube...as habituais actividades de lazer solitárias.
Carlos Albuquerque... tinha que inventar um nome, na altura do registo saiu-me este sem justificação plausível, o objetivo é esconder-me no anonimato, arrependo-me de ter escolhido um tão comprido. No entanto não acho justo enganar as pessoas, como vi num comentário a tratarem-me por Carlos.
Em breve vou a um casamento, não consegui ser eu a escolher a roupa, a minha mãe já tinha pensado no fato que ia comprar, como sempre para a não desiludir fiz-lhe a vontade. Tenho tanto medo desse convívio, ver primos que já não vejo aos anos, vão me perguntar como ainda não tenho ninguém, porque não estou inscrito nas redes sociais, vão achar que sou estranho.
Já estava a melhorar da minha dor da zona rectal, agora estou outra vez pior, é uma desilusão quando pensamos que estamos curados e de repente volta a dor.
Resolvi tirar uma tarde de folga, fui ao centro comercial, almocei uma pizza, cortei o cabelo, fiz uma massagem aromática(a massagista diz que eliminou algumas contracturas, mas continuo com as mesmas dores), comprei uma prenda para o meu afilhado, visitei lojas de roupa, fui ao cinema. Mas mais uma vez o sentimento de culpa e a tristeza não me largam durante o dia, estou desiludido comigo mesmo por não conseguir alterar o meu estado de espírito. Desligo-me facilmente da realidade presente, estou sempre alheado, dentro do meu mundo de ideias, por exemplo até a ver o filme em vez de estar concentrado na acção, estava a pensar em coisas que não tinham nada a ver, memórias que vou buscar sem qualquer contexto. Passei por uma vitrina, onde tinham expostos alguns panfletos de uma agência de viagens... como gostava de fazer uma viagem ao estrangeiro...
Se existisse o gênio da lâmpada e me aparecesse, sei bem qual o desejo que pedia, nada de dinheiro, saúde, apenas que me retirasse esta inabilidade.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Pai, Poder de Atração, Dor...

Quanto mais contacto tenho com o meu pai mais verifico o enrascado e atabalhoado que ele é. Parece que não pensa, bloqueia, atrapalha-se, é esquecido, na farmácia fiquei com vergonha, só me apetecia fugir. Pode ficar incontinente para o resto da vida, não sei se vai aguentar se tal acontecer, nem tive coragem de contar a conversa que tive com o enfermeiro. Observei-o desde o carro enquanto ia para casa, a cambalear devagar, apavorado, desengonçado, fico tão triste quando o vejo assim em baixo. Também me começa a atrapalhar a minha vida, por exemplo saio de casa a meio da noite para o ajudar. O tempo passa e percebo o porquê de ter assim esta personalidade, tenho todos os defeitos dos meus pais, não deviam ter gerado um filho ao mundo. No dia a seguir já começa a perceber melhor, parece que tem uma aprendizagem retardada, é como eu, ou seja no momento da acção é como se o cérebro hibernasse, a vergonha é tanta que não capta metade do que é dito. Tenho medo que o meu futuro se torne igual ao dele, mas eu não vou ter ninguém que me ajude...
O meu cérebro, coração e corpo está sedento por uma relação, qualquer rapariga que tenha um mínimo de contacto penso logo se está disponível, fico com vontade de a conhecer, mas não sei como falar com ela, como abordá-la, tenho medo que me ache patético. Invejo as pessoas que falam abertamente de todos os assuntos sem qualquer problema. Vivem o dia a dia, não poupam, totalmente o oposto de mim, fiquei admirado com as histórias de vida de uma mulher que já tem trisnetos.
Não ter conhecimentos é muito mau, principalmente quando não se sabe fazer nada.
Momento de masoquismo: Fui ver os mails, os sms's que troquei com a minha ex, uma temporada que por uma vez na vida senti-me mais normal. Momento Nostálgico: Ver fotos antigas e ter saudades daqueles tempos.
Fico tão chocado com certos temas que abordam, felizmente desconhecia muita coisa. Parece que tenho o poder de atracção, por exemplo se falarem em piolhos dá-me vontade de coçar a cabeça, se falarem em tosse, começo a tossir...por vezes a ignorância é mesmo uma bênção.
Estou preocupado com uma dor que tenho frequentemente na zona do recto, será que é problema da próstata? Dos Intestinos? Vou constantemente à casa de banho obrar e urinar, sempre atribui isso a aspectos psicológicos, quanto estou o dia todo fora de casa é uma loucura as vezes que preciso aliviar-me. Se for a um sitio desconhecido a primeira coisa que procuro são as casas de banho. Já falei com o médico, ele disse que provavelmente não era nada de especial, mas que para confirmar teria que fazer um exame, o problema é que são preciso duas pessoas e eu não sei a quem recorrer. Ainda vou contrair uma doença grave por ser assim, tão passivo.  Deixa-me tão abalado, sem vontade de fazer nada, apenas quero ter saúde, se já não posso ter outras coisas.
Financeiramente as coisas estão a correr melhor, tenho recebido alguns vencimentos em atraso, a minha família tem-me ajudado, por exemplo quando vou com a minha avó às compras ela paga-me a gasolina, somando isto tudo já tenho algum dinheiro à ordem, nem sei o que fazer com ele, investir em qual aplicação financeira? Tenho tanto medo depois do último fundo ter corrido tão mal. Devia comprar um carro novo, gostava de um melhor, mas para aquilo que ando sei que o meu é suficiente,  farto de ter que andar sempre atento às fugas de água e óleo.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Dias Intensos, Nova Formação, Prima, Pai

Estes últimos dias tem sido intensos... trabalho, uma nova formação, pós recuperação cirurgia pai, consultas mãe, obras em casa, estou sempre a mil à hora, stressado com saudades dos meus tempos calmos, como por exemplo ir para o quintal apanhar sol e ler um livro... chego a casa com a cabeça em água, nem consigo fazer as minhas atividades de lazer inúteis.
Estas formações deixam-me completamente de rastos psicologicamente. Muitas vezes quero intervir, mas não consigo devido à minha timidez, penso que é uma inutilidade e acabo por perder a coragem. Rezo que a formadora não me pergunte nada, pois devo bloquear e não me sai nada de jeito. Muitas vezes nem tenho opinião, não sei o que dizer, toda a gente a tem, devo ser caso único no mundo. Fico revoltado pois estas formações obrigatórias não tem muito interesse, nem sequer são importantes, ando a perder o meu tempo, ao menos que fosse algo mais adequado à minha formação académica, mas não tenho alternativa, tenho que a gramar, só quero que termine depressa. Às vezes desligo-me e voou nos pensamentos para outros assuntos, de qualquer maneira procuro sempre organizar-me e aprender o máximo que posso, detesto faltar, fico em desvantagem em relação aos outros formandos, mas desta vez vai ter que ser, espero que aceitem a justificação.  Os intervalos lembram-me o inicio do secundário, todos em volta, onde muitas vezes a falta de diálogo impera revelando a minha incapacidade de comunicar com os outros. Não gosto quando as pessoas sabem que sou daquela localidade e vêm com perguntas conheces a fulana x? Fico sempre embaraçado, nem sequer sei quem são as minhas vizinhas. Deste grupo não me identifiquei com ninguém, tirando uma mulher aparentemente também bastante calada. Gostava de tentar falar com ela, conhecê-la melhor, mas não sei como quebrar o gelo, vai ser impossível.
Recebi uma noticia, não sei se é má ou péssima. Provavelmente vou ter que trocar a moradia pelo apartamento mais cedo do que esperava, a chegada prematura de uns familiares assim o obrigam. Por mais que pense nas vantagens, vejo mais desvantagens... não devia ser assim.
Sou filho único, no entanto desde sempre morei com uma prima uns anos mais velha, é como se fosse uma irmã. Quando era pequeno andávamos sempre à porrada e depois fazíamos as pazes, era uma relação saudável, mas com o tempo deteriorou-se. Ela tinha os seus interesses e eu tinha os meus, não sabia o que falar com ela. Morávamos na mesma casa, mas eramos desconhecidos, ela enfiava-se no quarto e não saía de lá, até os horários das refeições eram incompatíveis, por exemplo jantava às 19:00 e eu às 21:00, apesar de morar juntos havia vários dias que não a via. Atualmente casada, continua a ir muitas vezes à minha casa, não me liga nenhuma, nem eu a ela, não estamos zangados, simplesmente a minha personalidade justifica mais uma relação que podia ser unida mas é estranha. Acho que devia ajudar mais a nossa avó, só pensa no bem estar dela e nos seus filhos, suponho que seja normal. É assim com vários membros da família, não consigo mudar.
Tenho procurado ajudar o meu pai o máximo que posso, visitá-lo sempre que possível, mas tenho a sensação que a família do lado dele acha que eu não lhe ligo nenhuma, o que é obviamente incorreto, não sei como mudar-lhes a opinião. É um facto que devia ter mais interesse nas terras dele que um dia podem ser minhas, mas o trabalho do campo não é para mim. Ele tem muita lenha, escusava de a comprar se soubesse usar um motosserra, teria que pagar a alguém para fazer o serviço, espero que essas decisões tenha que as tomar bastante mais tarde.
Tenho exames para fazer, mas na minha zona não são comparticipados pelo estado. Ou pago do meu bolso ou tenho que me deslocar a uma grande cidade e fazer 150km's para um sitio completamente desconhecido. Acho que vou optar pela primeira opção, obviamente o que um gajo normal optava pela 2º.
A bateria do carro da minha mãe morreu. Fui procurar na net como fazer as ligações para a voltar a metê-la a funcionar, segui todos os passos mas sem sucesso, é mais um exemplo da minha aselhice.
Olho para mim ao espelho, ou nas selfies, de vez em quando acho que tenho uma aparência agradável, melhor que muitos, olhos bonitos, definitivamente não é pelo aspeto físico que não tenho ninguém, outras vezes acho que tenho um ar drogado, olheiras gigantescas, uma cor de pele estranha, incapaz de alguém no seu perfeito juízo se interessar por mim.
A minha mãe agora está sempre a arrotar, tão alto que me incomoda bastante, não aguento o barulho, fico tão triste de a ver sofrer assim. Cada um tem a sua cruz, a minha é cada vez mais pesada, mas a culpa é minha, não faço nada para a tornar mais leve.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Pai, Anormalidades, Boleia, Observado, Miuda do Restaurante


O meu pai felizmente está melhor da depressão, aquele olhar assustador de tristeza já desapareceu, agora está novamente bem humorado e pronto para me chatear a cabeça com os discursos surreais que só ele sabe fazer. Foi submetido a uma cirurgia, tal como eu é mesmo enrascado, teve que ser a irmã a fazer a mala, ele nem sabia bem o que lá tinha dentro, não sei como consegue viver sozinho. Casou com uma segunda mulher, infelizmente faleceu devido a cancro. Tem duas irmãs, todas viúvas tal como ele. Tinha uma relação dentro do normal como a minha minha madrasta como em todas as minhas relações não me dava mal, mas também não dava muita confiança. Há uns anos queria-me juntar com uma das suas sobrinhas, é claro que a minha timidez fez com que não se desse qualquer oportunidade de conhecê-las profundamente. Não sei quanto tempo vai ficar internado, estou em pânico com as visitas e possíveis pessoas que posso ver, só mesmo eu para ter este tido de anormalidades.
Vou dar alguns exemplos das minhas anormalidades em relação às pessoas "normais": Música - Quando oiço uma musica que gosto, faço o download dela e não paro de a ouvir enquanto não a "enjoo". Na maioria das vezes como gosto só de uma parte da musica estou sempre a "rebobiná-la", isto centenas de vezes até me fartar.  Depois tenho o hábito de estar sempre a aumentar e a diminuir o volume, não sei porquê mas dá-me "pica", enquanto isso fantasio personagens que gostava de ser, principalmente ser um conhecido jogador de futebol. Livros: Sou capaz de demorar mais de 10 vezes que o normal a ler um livro. Estou sempre a fantasiar e imaginar a história, os cenários, os lugares, vivê-la na primeira pessoa. O mesmo se passa com jogos, séries ou filmes. Imagino uma amiga/namorada loira com cabelo comprido de olhos azuis com um corpo fenomenal, brincalhona, diariamente presente comigo.
Depois de uma visita ao hospital o meu pai pediu-me que desse boleia a umas vizinhas. Preocupei-me logo, o que vou falar durante aqueles 30 minutos de viagem?  Elas já com certa idade, a viver numa aldeia, nunca tiveram contacto com tecnologia. Quando era criança nas raras vezes que ia à aldeia onde morava o meu pai lembro-me de brincar com as filhas dela e sobrinho. Pareciam-me um bocado retardados, pois perderam vários anos na primária. Perguntei-lhe por eles pois já não os via à muito tempo... começou a falar e nunca mais se calou. Mais um caso de uma mulher em que é mal tratada por um homem, foge e depois volta para os braços dele... por vezes fico feliz por ser solitário, pelo menos não participo nestas confusões. Chegou a um ponto que desliguei, deixei de acompanhar o que dizia, mergulhado nos meus pensamentos, é um hábito que tenho que deixar de lado. O facto é que geraram uma família, vivem como é suposto, ao contrário de mim.
Sinto muitas vezes que estou a ser observado, será que nos prédios tem uma boa visão para o meu quintal? É possível que me estejam a observar e a gozar comigo depois de me verem, a minha privacidade está em risco depois da minha vizinha ter cortado as laranjeiras que resguardavam o quintal e de terem aberto um caminho lá atrás. Ainda ontem corri dez minutos às voltas no meu quintal, ridículo se alguém me viu.
Sinto que não faço parte de nada, vivo a vida como um Voyeur, aquele que vê e não participa.
Lembro-me de uma oportunidade única que tive de ter algo com uma mulher em que desperdicei-a. Tinha uns 20 anos, no restaurante onde almoçávamos diariamente havia uma miúda que lá trabalhava que ficava muito nervosa quando se chegava junto a mim para me servir por exemplo a sopa, pensei que na altura era minha imaginação, mas os meus colegas também repararam e começaram a gozar. Um dia uma colega dela disse que ela gostava de mim e deu-me o número de telemóvel dela. Nunca tive coragem para ligar, confesso que apesar de ser jeitosa, não ia muito com a cara dela e corriam boatos que se prostitua, definitivamente não era com ela que queria uma primeira relação e talvez perder a virgindade. Acho que foi a única vez que uma mulher entrou em contacto comigo para me conhecer, se acontecesse isto hoje seria diferente?

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Consulta, Palpitações, Primita...

Ventania lá fora... antigamente ouvia com prazer os sons da natureza... o barulho da chuva, o chilrear dos pássaros, o vento a soprar com violência, trovoada, gostava de ver os magníficos relâmpagos... tudo mudou desde uns tempos para cá, até esses sons provocam-me nervos!
Mais uma consulta no médico, os exames e análises não revelaram qualquer problema de saúde, mandou-me fazer mais, nem todas as dores que tenho são psicológicas, algum problema físico tenho. Não abri o jogo, mas falei-lhe de alguma ansiedade que tinha, sugeriu-me uns medicamentos naturais para dormir melhor e uma consulta com a psicóloga. Talvez siga o conselho, é preciso é coragem para dar o primeiro passo, não sei se sou capaz.
Nos últimos dias as constantes palpitações, provocam-me cabeça pesada e mau estar, esta é nova para mim, agora tenho medo que daqui para a frente seja "o pão de cada dia". Só de pensar nisso, fico doente, parece que tenho a capacidade de atracão. Obviamente prejudica as minhas tarefas de trabalho e lazer.
Uma prima, ainda criança (anda na escola primária), passou alguns dias em minha casa nas férias da Páscoa. Quando estava lá, não me largava, queria brincar comigo. Tive pena dela, devia apanhar cada seca, sozinha sem nada para se entreter, fez me recordar o meu passado. Antigamente era pior, não havia tablet ou canais de televisão sempre a dar bonecada. Para me entreter jogava dominó, cartas, jogos de tabuleiro, imaginava que jogava com amigos, lembro-me das vezes que ganhava à Sueca como o meu companheiro imaginário. Gostava muito de jogar cartas, havia momentos em que o pessoal na escola não fazia outra coisa nos recreios. É claro que adorava, pois era uma forma de convívio em que não tinha que falar muito e ao mesmo tempo conseguia participar. Tenho pena que não o tivesse feito mais vezes.
Saturado de andar nas compras fui esperar o meu familiar no carro, comecei a observar uma jovem bastante atraente que estava à frente de um balcão. Fiquei surpreendido ao verificar que todos os clientes que apareceram ficaram vários minutos à conversa com ela, parece que gostou pois soltou largos sorrisos. Quando foi a minha vez de ser atendido, apenas paguei e não falei nada com ela. Que será que falaram? Fiquei triste de não saber conversa fiada.
Conheci um cliente que invejei de imediato. Sempre a falar, na brincadeira, a dizer piadas e a contar os seus planos para a night e os seus engates. Senti-me tão pequeno quando o ouvi a falar, não faço parte do mesmo mundo. Convidou-me para tomar café com o meu colega, é claro que recusei com a desculpa do trabalho. Planeavam ou ir assistir a um concerto da Paula Fernandes ou uma prova nocturna de rallys, Só de pensar na confusão que seria, desde a viagem, procurar estacionamento, arranjar bilhetes, muita gente, fez-me imediatamente desistir de qualquer tipo de tentativa de ida... lar doce lar.
Para me motivar penso nas pessoas que são cegas, que não andam ou que têm outros graves problemas, não tenho justificação para estar triste, mas em vão.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Como Relaxar?, + Compulsões, Conflitos Forum, Dia Diferente

Ando a visitar alguns foruns relacionados com depressão, ansiedade, etc. Leio relatos impressionantes, muito mais dolorosos que o meu. Vivo num "paraíso" comparado com alguns, não devia viver com este stress. Por exemplo no domingo levantei-me perto do meio dia, limpei rapidamente o quarto e fui almoçar(sorte que ainda tenho alguém que faço o almoço por mim), de tarde fui para o quintal, deitei-me na espreguiçadeira e apanhei sol, para passar o tempo escrevi num caderno uma cena sem qualquer utilidade, fui buscar o portatil e vi um jogo de futebol, brinquei como o cão que uns familiares me deixam para cuidar quando vão passar o fim-de-semana fora da localidade... até nestes pormenores sou ansioso, nunca mais chegava a hora para lhe dar comer, ver a felicidade dele quando visse o patê que lhe comprei no dia anterior. Vi futebol até à hora de jantar , depois vi um filme e tentei adormecer, um dia supostamente relaxante mas eu com a cabeça a mil, quase fiz directa nessa noite. Viver em vilas pequenas tem as suas vantagens... no dia a seguir vou para o trabalho, pouco transito, fácil estacionamento, penso naqueles que vão trabalhar e têm que atravessar longas filas de transito e depois encontram dificuldade em arranjar estacionamento, como conseguem combater o stress? Acho que não conseguiria viver assim! Como relaxar?  Quem me conhece pensa que sou uma pessoa extremamente calma, faço tudo para manter essa aparência, o que me prejudica, pois não consigo deitar para fora os meus sentimentos.
Mais umas compulsões estúpidas que tenho: aos domingos, dia que normalmente não saio de casa, proíbo-me de ir à garagem ver o meu carro. Às vezes preciso de lá ir mas espero pelo dia a seguir, é mais forte do que eu. De sábado para domingo tenho que deixar o telemóvel desligado. Porque o faço? Não faço a mínima ideia! Esta é pior: Não aprendo certas tarefas domésticas por ter medo que se conseguir a independência me castiguem com a morte dos meus familiares.
É habitual frequentar foruns, principalmente de futebol. É uma das poucas formas de convívio que uso, mas até aqui tenho dificuldades em me relacionar. Tenho muita relutância em responder a algumas discordâncias de opinião, não consigo defender a minha posição, se não replicar fico chateado, se o fizer fico sempre a aguardar a resposta e acabo por dar razão aos outros. Em ambas as situações fico revoltado, a raiva dentro de mim cresce sem qualquer motivo de força maior. Se sou assim, num sitio onde posso escrever à vontade sem ter que olhar para a outra pessoa imaginem  na vida real! Comporto-me como se ainda fosse um adolescente de 15 anos. Mais uma vez, evitar os conflitos faz com que não evolua, tenho consciência disso.
Vem aí a Páscoa, mais uma despesa com o folar dos afilhados, mas é engraçado que aqui não tenho aquele sentimento de culpa por gastar dinheiro, estou a pensar melhorar o meu calçado, principalmente umas sapatilhas mais leves, runing talvez, não devia ir ao mais barato, pois sei bem o que os meus pés sofrem.
Mais um problema com a minha mãe, a perna inchou provocado por uma trombose. Agora tem que tomar injecções, não tenho coragem para lhe dar, tem que ser a minha avó. Mais uma vez não soube o que falar com o médico, bloqueei, queria falar com um primo, mas aconteceu o mesmo, provoca-me frustração a minha incapacidade de saber dialogar. Tenho um assunto que queria conversar com um tio, mas sei que não vou ser capaz. Quando estou em casa sou incapaz de abrir a porta a quem toca a campainha, fico mesmo aterrorizado com medo de ser alguém do passado, ou atender um telefone por causa dessa incapacidade de falar provocada pela timidez excessiva.
Tive um dia diferente, fugir à rotina soube bem. Passei o dia na cidade, de manhã fui fazer um ECG e à tarde uns exames. Pensei que demorava mais tempo no cardiologista, quando saí de lá ainda faltavam cerca de 5 horas para o horário dos exames, o que fazer até lá? Decidi caminhar pelo centro da cidade, ir a sítios que não ia à muito tempo, alguns mesmo que me eram desconhecidos, fui a um restaurante que nunca tinha ouvido falar. Andei tanto, a app de saúde que tenho instalado no smartphone deu-me os parabéns de ter completado 11 mil passos, lol! Fui ao centro comercial... não tenho mesmo paciência para fazer tempo em lojas de roupa ou outros artigos, muitas delas nem consegui entrar, o facto do lojista me observar faz com que tivesse medo que lê-se os meus pensamento, é como soubesse que não ia comprar nada, só lá estava para ver. Já farto de andar, com as pernas a doer por não estarem habituadas, fez com que parasse num café onde aguardei algum tempo. Não me senti bem por lá estar muito tempo, mas qual é o mal? Estas coisas é que não entendo!  Começaram os pensamentos do género: será que estacionei bem o carro? Deixei-o trancado? Será que vou ser multado? Pior, rebocado? Durante os exames aconteceu-me uma situação caricata. Um dos exames que fiz foi à bexiga, a assistente da médica disse para desapertar as calças e me deitar. Ela puxou as calças e boxer's para baixo com tanta força que fez com que o meu pénis saltasse fora. Ela pediu desculpa e imediatamente foi-se embora. Quando cheguei a casa não consegui deixar de pensar nessa situação, excitou-me e tive que me masturbar, sou mesmo pervertido... sempre foi uma das minhas fantasias, o "CFNM". Esse exame foi totalmente desnecessário, sei bem que a vontade de urinar várias vezes por dia, se deve à ansiedade e nervosismo. O exame que preciso não o fiz.

sexta-feira, 24 de março de 2017

4 Anos Blogue, Compulsões, Pai, Oomoplata, Sonhos Sem Sentido

Já lá vão 4 anos de blogue, não pensei que o mantivesse tanto tempo. É uma boa forma de desabafar em qualquer sitio quando estou deprimido. Já é raro escrever nos meus cadernos, como fazia antigamente. Permanecem trancados nos meus 2 cofres, que comprei propositadamente para esse efeito. A minha família pensa que os tenho  por causa do dinheiro que guardo. Já pensei os queimar, estão lá muitos segredos que não quero que sejam expostos, se bem que a minha letra é tão má que não iam perceber mais de metade. Gosto de manter a minha privacidade, como solitário que sou, no entanto nos meus dossiers tenho impresso muitos documentos importantes, tenho medo que alguém vá lá cuscar, principalmente os meus tios quando lá passam férias. Pensei comprar um armário com chave, mas parece-me uma despesa sem sentido e faria com que suspeitassem que ando a esconder algo.
No outro dia quis fazer uma limpeza em casa, mas não consegui livrar de coisas que não me fazem falta, até no disco rígido do meu pc tenho dificuldade em eliminar arquivos que sei que nunca vou usar. Tenho que me livrar desta compulsão! Já me libertei de uma: Antes de dormir tinha a necessidade de repetir uma expressão (tão ridícula que era que nem tenho coragem de escrever), senão o fizesse não dormia bem de noite e ficava a remoer-me a mente.
No dia do pai fui almoçar com o meu , preferia ter ficado em casa, mas como ele anda muito em baixo lá fiz o esforço e convidei-o para ir almoçar num restaurante. Nem o reconheço, normalmente é uma pessoa com discurso optimista, sempre a rir-se, agora é pessimista, até a foto que tirámos demonstra tristeza na sua cara. Ofereceram-lhe um cheque cirurgia para ser operado noutro hospital, visto já ter passado o tempo de espera. No mesmo dia em que recebeu a carta veio ter comigo à espera que lhe dissesse qual a opção certa a tomar, queria que decidisse por ele (é mesmo parecido comigo). Não queria ser eu o responsável, tive receio que não conseguisse corresponder... ir para um sitio mais longe, desconhecido assustou-me, a minha falta de confiança venceu novamente, sou um péssimo filho. Combinámos na semana a seguir ir ao hospital saber mais pormenores, ou tentar falar com o médico para ver se o operava mais cedo, mas não aguentou a espera, no dia a seguir foi lá sozinho e cancelou...
As minhas dores no omoplata estão a aumentar, tenho medo que por causa da minha burrice não tenha feito bem o tratamento e assim não recuperei :(. Segui as instruções à letra, mas a farmacêutica diz uma coisa o médico diz outra, cada vez percebo menos. Não consigo carregar pesos, está a afectar-me bastante em todas as tarefas, até aqui no pc a escrever, só estou bem com o braço completamente para baixo. Se tiver que ser operado não tenho ninguém que me acompanhe, é um dos efeitos secundários de não ter amigos. O facto é que questões físicas afectam bastante o psicológico.
O sentimento de culpa permanente não me larga, por não fazer uma tarefa bem feita no trabalho, penso logo que me vão mandar embora. No outro dia passei mais um atestado da minha burrice, nem uma simples coisa consegui fazer, tive que pedir ajuda a um colega, fiquei tão embaraçado e a pensar nessa situação durante vário tempo.
Ando a ter muito sonhos sem sentido nenhum. Sonhei com uma ex colega que já não falo desde os tempos do secundário, mas que ultimamente tenho-a visto duas ou três vezes quando passo de carro. Só por esse simples facto foi relevante para que entrasse nos meus pensamentos e se tornasse personagem principal de um sonho. Realizou a festa de aniversário em minha casa, tal como na vida real fiquei com medo de ir esse convívio. A festa realizava-se no 1º andar, eu estava no 2º andar apavorado... acabei por descer. Na festa estavam personagens que não tinham relações entre elas, desde as colegas da minha primita que só as vi umas 2 vezes, uma mulher que trabalha numa instituição pública (wtf, como é que o meu cérebro foi buscar essa personagem?),  tios, o cão dos meus primos enjaulado no galinheiro com a minha avó, etc. No entanto o objectivo era encontrar a personagem principal, depois da procurar não a vi em lado nenhum. Até que apareceu no quintal com altos óculos de sol, tal como a vi na vida real.  O que mais me intriga é que ultimamente tenho tido alguns sonhos em que os recordo com facilidade, normalmente esqueço-me deles rapidamente.  Outro sonho habitual é participar em jogos ou filmes que vejo. Não sei se chore ou se ria.

segunda-feira, 6 de março de 2017

Acidente Carro, Criticas Patrão, Dores,Passatempos


Tive um acidente de automóvel, agora tem sido um pesadelo conduzir, ao entrar nos cruzamentos/rotundas parece que estou sempre à espera de um embate. Muito receio de conduzir, principalmente para sítios que desconheço, quando chove ainda pior, parece que a qualquer altura posso perder o controlo do carro. Que sensação horrível, no outro dia com granizo fui a 20km/h à hora... só me faltava mais esta!
O meu patrão quando começa a falar nunca mais termina, totalmente o oposto de mim, as criticas no trabalho são pesadas "os dois não fazem trabalho de 1". Tem razão, sou mesmo incompetente em tudo, não sei nada, devia ser mais proactivo em tudo, em vez do habitual deixar andar e esperar que os outros resolvam os problemas. Mas sou assim, medo de arriscar, de criar conflitos, de piorar o que tenho, não consigo mudar.
Vou falhar a um compromisso importante, marquei exames para essa data para não ter que ir, cada vez que vou a essas reuniões é um risco de ser descoberto, até agora tem corrido bem (... nunca mais passa o tempo....). O problema é que não consegui marcar exactamente para o mesmo horário, vou tentar uma justificação, vamos lá ver se aceitam, senão estou tramado.
O tratamento que o médico me indicou para fazer, não serviu de nada, encharquei-me de comprimidos e continuo com dores. Estou a pensar experimentar marcar uma sessão de acupunctura, procurar algo que me alivie. A minha mãe está cada vez pior, só consegue estar deitada, a medição não lhe faz efeito, faz-me sofrer vê-la sofrer.
No outro dia vi um filme que me deixou mesmo em baixo, uma história parcialmente parecida com a minha, um rapaz que não se conseguia relacionar com ninguém. Ando a evitar ver esse género de filmes bem como os românticos que me fazem triste, só procuro acção e terror.  As minhas distracções agora passam por jogar Resident Evil 7, depois vou assistir vídeos de youtubers a jogar o mesmo, isto diz muito do meu sem vidismo. Mas é um dos passatempos que mais me faz deixar de pensar nos meus problemas. Acompanho a série Vikings, sempre gostei desse tipo medieval, faz-me flutuar nos pensamentos e futebol, principalmente jogos da champions, só não sou mais viciado para meu azar (ou sorte) porque o clube que apoio não ganha nada.
Existem artigos que devia comprar, mas tenho dificuldade em gastar dinheiro neles, não consigo arranjar explicação! Por ser agarrado e não me importar de andar com peças antigas? Medo de não saber bem o que adquirir, e comprar uma pior opção que já possuo? Dois exemplos: Parece que emagreci nas ancas, pois o meu fato de treino que comprei há uns 15 anos neste momento cai-me quando faço exercício. O meu auto radio, já é tão antigo que nem sequer lê mp3, agora está descontrolado, quando mudo de faixa de cd muda para estações de rádio, mas dá bom audio. Sei que cd é uma tecnologia obsoleta, mas gosto de  seleccionar as músicas que gosto do momento e gravá-las no formato de 80 minutos.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Consulta Médico

Lá fui ao médico de família. Mais uma vez a ansiedade e nervosismo apoderaram-se de mim, principalmente na sala de espera antes da consulta, já não tenho idade para me sentir assim em situações que deviam ser normais! O medo de não conseguir transmitir as minhas queixas, por causa da minha falta de capacidade de comunicação deixou-me em pânico. O doutor ainda jovem, talvez mais novo que eu, pareceu-me simpático, senti-me à vontade com ele.  Fiz as queixas dos meus problemas de saúde que me incomodavam, mas não consegui falar do principal... os meus problemas psicológicos. Podia-lhe contar a minha história, talvez me ajudasse, mas tive vergonha de lhe contar que sou tímido. Marcou-me alguns exames e análises, daqui a dois meses tenho nova consulta, gostava de ter coragem para me abrir. Mostrei-lhe o espermograma, ele ficou admirado de o ter feito o exame por minha recreação, não consegui explicar o motivo de o ter feito para confirmar a minha fertilidade. Depois de anos a não ligar nada à minha saúde, agora ando a ficar hipocondríaco, qualquer coisa fora do normal fico logo preocupado a pensar que é um sintoma de uma doença grave. A minha vida de sedentarismo está cada vez mais a aumentar, estas pequenas impressões de dor que tenho no estômago, joelho, pé ou no anus são desculpa para não fazer actividade física.
Talvez deva procurar uma consulta de terapia de fala, tenho alguns sintomas, parece-me tão dificil ter coragem:
«O adulto…
… não se lembra do nome de objetos e/ou de pessoas?
… tem dificuldade em falar e em construir frases correctas?
… sente-se frustrado ou embaraçado com o seu discurso?
… no seu discurso substitui sons ou palavras?
… apresenta um discurso desorganizado ou sem conteúdo?
… tem dificuldade em fazer-se compreender, total ou parcialmente, ou em compreender o que lhe é dito? ... tem dificuldade em falar e em construir frases correctas, sente-se frustrado ou embaraçado com o seu discurso, no seu discurso substitui sons ou palavras»
Uma receita inesperada surgiu entretanto na família. É uma boa noticia, mas tenho algum sentimento de injustiça na divisão de dinheiro. Afinal fui quem trabalhou mais no processo, enquanto outros recebem mais sem terem mexido uma palha. Não quero gerar conflitos com familiares por causa disto.
Vem aí o Carnaval, como me sinto mal nestas alturas do ano. :(


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Grande Embrulhada, Saúde Pai Mãe, Primos

Meti-me numa grande embrulhada, não me apetece contar pormenores, infelizmente tive o azar(mas dos grandes) de lidar com gente sem escrúpulos. Pensam que lhes devo dinheiro e vêm atrás de mim com ameaças. Estou tranquilo, a razão está no meu lado, mas porque tenho tanto medo e não consigo de deixar de pensar no assunto?  Se soubesse falar como uma pessoa normal, podia ultrapassar o problema, com esta timidez não dá. Agora não vou dormir descansado, basta ouvir um motor de um carro parado à minha porta que desconfio logo que sejam eles, trabalho num sitio isolado vou ter sempre medo. A despesa vai ser grande, podia comprar tanta coisa, um desktop novo(o meu é de 2005), um topo de gama da iphone, ando a poupar em tanta coisa para depois gastar devido a uma distracção ridícula!
A minha mãe diz "já não tenho esperança", é muito triste ouvir isto, apetece-me chorar, infelizmente penso o mesmo, não estou preparado para a perder, pode ter muitos defeitos, mas é minha mãe. Custa-me tanto ver o sofrimento dela, as dores que ela sente em todo o corpo, agora anda-lhe a doer o anûs e as costas, sinto-me impotente, não sei o que fazer para a ajudar, nem os comprimidos para as dores aliviam.
O meu pai está com severa depressão, depois de vários anos a combatê-la com sucesso. A saúde começar a faltar, o que o leva a ficar muito tempo em casa e ter pensamentos que não deve, ele ao contrário de mim não sabe se entreter em casa, não vê filmes/séries, na televisão só vê noticias, não sabe o que é um computador, assim é difícil passar o tempo. Fui com ele a uma clínica para fazer um exame aos intestinos, como foi com anestesia precisou de levar um acompanhante. Quanto mais convivo com ele, mais vejo no trapalhão que é, tenho mesmo a quem sair. Neste momento se precisasse de fazer esse exame já não tinha ninguém a quem recorrer, os meus familiares mais chegados não tem saúde, quem iria comigo? Esta solidão vai ter consequências mais cedo do que o tinha previsto.
Lá marquei uma consulta para o meu médico de família, tenho tanta coisa que me queixar que nem sei por onde começar. Tenho que pedir análises gerais, coisa que nunca fiz na vida, mostrar-lhe o espermograma e falar-lhe da próstata, estas dores de costas/omoplata/anca, etc. Estou a viciar-me em demasia nas séries e nos videojogos, vi os novos lançamentos e estou ansioso por jogar. É uma maneira que tenho para me ajudar a deixar de pensar nos problemas, mas sei que devia fazer algo de útil. As noites têm sido terríveis, as paranoias estão-me a deixar mais doente. Sinto-me injustiçado com algumas situações que me acontecem, para aliviar imagino que estou a ralhar ou a bater neles.
Primos de longe foram-nos fazer uma visita a convidar para ir ao casamento e baptizado, não estava à espera e não consegui descer ao piso de baixo para falar com eles, um medo irracional inexplicável apoderou-se de mim. A minha mãe teve que me chamar para ir cumprimentá-los, é importante ter família a dar nos apoio porque os quero afastar? Já não os via a alguns anos, devo causar mesmo má impressão, eles devem pensar "estou sempre na mesma".

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Ex Melhor Amigo; Ansiedade

Soube que o meu melhor amigo dos 10 aos 15 anos acabou de ter o seu  terceiro filho. Mesma idade que eu e já fez tanto na vida, saiu da terrinha para longe, tirou um bom curso superior, tem um bom emprego, bom carro, gosta de desporto, principalmente correr, até participa em ultra maratonas, a mim cansa-me só de correr 1 minuto! Ele não era mais inteligente que eu, tirava piores notas, no entanto a sua personalidade e a maneira como pensa fez com que tivesse um futuro feliz. Quem o conhece agora está longe de imaginar que ele na escola era gozado e era o pior aluno em educação física. Sei de muita coisa dele porque tem um blog, às vezes vou lê-lo, apetece-me mandar-lhe uma mensagem a perguntar se se lembra de mim... claro que não tenho coragem. Passei dias com ele em actividades como jogar futebol, computador, andar de bicicleta,  etc, foi por causa da influência dele que tomei decisões como escolher a escola onde estudar a partir do 10º ano. Posteriormente não gostei das atitudes dele, revelou logo ao pessoal a minha situação da timidez (naquela fase era o meu primeiro grande teste num ambiente diferente), gozou-me, revelou assuntos que não queria que fossem expostos. Ele cresceu, evoluiu, eu fiquei na mesma, enquanto começou a interessar-se em andar atrás das gajas eu ia para o salão de jogos, não o posso culpar do declínio da nossa relação. Depois dos 17 anos acho só o vi duas vezes, uma vez veio me convidar para um jantar com ex colegas, é claro que inventei uma desculpa e disse que não podia, Pergunto-me: Podia comprar um carro melhor? Podia, mas tenho receio que o dinheiro me faça falta para outras coisas.
Estou sem energia, cansado, parece que vou desfalecer a qualquer momento, de manhã o medo apodera-se de mim, não quero sair de casa. Para além de psicologicamente sinto-me tão mal fisicamente, sou tão fraco que no outro dia até o saco de ração de cães me custou a transportar. Uma dor no omoplata esquerdo tem me deixado arreliado, será uma lesão antiga mal curada? Uma vez aleijei-me em educação física, não disse nada a ninguém, não conseguia subir o braço durante vário tempo, mas lá passou. Arrependo-me tanto de não me ter queixado na altura. Cuspo e as minhas narinas estão cheias de sangue, penso logo que será um problema grave, não tenho vontade nenhuma de ir ao médico, já estou farto de lá ir acompanhar familiares.
Ansiedade está a níveis máximos, não adormeço logo, não consigo dormir mais que duas horas seguidas,   acordo com uma vontade imensa de urinar, durante a noite vou várias vezes às casa-de-banho, estou sempre a olhar para o relógio, os sonhos que tenho são ridículos, mudo muitas vezes de posição, mas estou sempre desconfortável.
No outro dia tive uma discussão com a minha mãe porque queria meter uma foto minha no facebook, ela é como uma criança se não lhe fizerem as vontades fica amuada e eu não consigo dizer que não, mas desta vez não levou a dela adiante. Ela não faz a mínima ideia do motivo de não querer fotos expostas na net, fico triste por não perceber o que se passa comigo.
Pede-me para fazer um esforço, quero, mas não consigo, o trabalho não flui, não sei pk, quando está quase tudo aparece sempre mais alguma coisa que me faz perder tempo e não ter os processos em ordem.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Doença Mãe, Pai, Inverno

Mais um dia triste... soube hoje que a doença da minha mãe está a piorar, os tratamentos que anda a fazer não estão a resultar, o doutor não sabe qual a próxima decisão a tomar, disse que ia ter uma reunião com os outros médicos e expor o caso, desanimou-me completamente :( Já tem cancro a algum tempo, talvez por medo, ou falta de coragem e mesmo por timidez não consigo saber pormenores, só sei quais os órgãos que a afetam. Também não pesquisei nada na net sobre o que era o cancro detalhadamente. Na consulta gravei a conversa e agora custa-me tanto voltar a ouvir o áudio, só me massacro. Estava mesmo esperançado que os marcadores tumorais diminuíssem, tenho medo que um dia o médico diga que não existe mais nada a fazer. Mais uma vez estive sempre calado, não consegui encontrar conteúdo útil para intervir, muito menos animar a minha mãe, sou um zero. Recentemente ouvi uma história no serviço de oncologia que deixou a minha mãe desanimada, uma mulher muito simpática que até nos ajudou, nesse dia descobriu que infelizmente o pai já não ia fazer mais tratamentos, está condenado.
Estou bastante preocupado com o meu pai. Pessoa habituada a trabalhar no campo, estar fora de casa desde o nascer do sol até à noite tem que nestes dias repousar, não pode fazer esforços enquanto não for operado a uma pedra que tem na bexiga. Um dia abusou e foi parar às urgências. Está a ficar deprimido por estar sempre em casa, no outro dia até me ligou a desabafar a tristeza, não é hábito dele, até costuma ter bom astral, fiquei mesmo preocupado. Tenho receio que um dia faça alguma loucura, também tenho esse medo com a minha mãe, no outro dia andava a dizer "o que ando aqui a fazer, mais vale ir embora de vez". Para completar os problemas dos meus familiares mais chegados, a minha avó também anda cheia de dores no pescoço, o que faz com que dificulte os trabalhos domésticos, tenho tanta pena de não a conseguir ajudar mais.
Finalmente recebi algum dinheiro da empresa, o meu patrão está entusiasmado para ultrapassar a crise. Quanto a mim sou bipolar nesse assunto, existem dias que me sinto motivado e esperançado que as coisas podem mudar para melhor, gosto do trabalho, noutros dias acho que não existe nada a fazer e só estamos a evitar o inevitável, sendo o trabalho uma seca. No global isto tanto pode correr bem e até ganhar mais dinheiro ou pode correr pessimamente e ficar na merda, é um investimento que tem um risco muito elevado e eu que gosto pouco de arriscar, mas aqui não está pendente(devia) de mim.
Uma mulher que em trabalho foi ao escritório, foi abordada pelo meu colega de forma natural, mandou umas bocas na brincadeira e para meu espanto ela foi na onda, disposta a sair com ele mais tarde. Mais uma vez fiquei impressionado, como gostaria de ter o à vontade dele.
O Inverno tem sido demasiado frio, seco, sempre sol, faz com que o tempo arrefeça. Mais uma vez estou numa rotina idiota. Nos dias de trabalho chego a casa pouco depois das 18, a seguir ligo o meu velho pc para ouvir as minhas musicas que tenho gravado no disco, faço a minha contabilidade, atualizo as minhas folhas de excel, aponto tudo, até o café que tomo depois da hora de almoço. Entre as 19 e 21, ligo o portátil à tv, vou buscar o comando da xbox para jogar, neste momento jogo Fifa 2017 ou Doom 4. A seguir vou jantar, enquanto isso aproveitando a oferta de 3 meses do nplay vejo séries, neste momento estou a acompanhar "Agents of Shield". Passo o resto do tempo na net até às 23.Depois vou para a cama onde ligo a tv e vejo até me dar sono. A "NOS" também me ofereceu durante 3 meses o pack com os canais Playboy e Vénus, pela primeira vez tenho acesso a canais pornográficos, não consigo deixar de comparar o tamanho do pénis, o tempo de ereção, a quantidade de esperma ejaculado... sexualmente sou mesmo um nabo.
Gostava de ter alguém com que pudesse desabar estes assuntos, em vez de estar a escrever num blog.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Que Preguiça! Mais um convivio falhado

Apetece-me estar sempre na cama, custa-me muito levantar, estou cada vez mais preguiçoso. Não me apetece ir trabalhar, mas o que vou ficar a fazer em casa? Antigamente adorava ficar em casa e arranjava sempre algum entretenimento, agora não tenho deias para passar o tempo.  Que futuro esperar com esta personalidade? Mais um convívio, um almoço em que participei e que não soube estar, não sabia o que falar, olhei em redor e observei as pessoas a partilharem as suas histórias, esta falta de interação não me faz evoluir. O que elas pensam por estar sempre calado? Que impressão tão negativa que devo causar! No final muitos trocaram contactos, eu mais uma vez não fiquei com nenhum para o futuro. Gostava de conhecer duas ou três pessoas daquele grupo mais em pormenor. Fiquei fascinado por uma jovem também ela bastante calada, fui incapaz de meter conversa com ela para a conhecer melhor, será que também tem problemas de timidez? Outra mulher me encantou pelo facto de estar sempre a mandar piadas, conversadora, uma pessoa bastante bem humorada. Tão diferentes, incapaz de me abrir. Volto para casa e oiço as minhas lamurias de sempre. Ando tão irritado, nunca pensei um dia viver este pesadelo que é criado pela minha triste mente. Devia ser tão mais feliz.