sexta-feira, 27 de abril de 2018

Minha Voz, Colega Simpática

Às vezes gravo conversas em alguns locais como em consultas com o médico ou quando os bancos estão a tentar impingir novos produtos, etc. Faço isso por causa da minha dificuldade em decorar conversas quando estou à frente das outras pessoas. Por exemplo no dentista não tive possibilidade de gravar e agora estou cheio de dúvidas quanto ao tratamento.  No entanto depois raramente as oiço por vergonha da minha voz e das minhas patéticas intervenções, não digo nada de jeito. A minha voz é péssima, timbre, dicção, falo pouco, demasiadamente rápido, muitas disparidades no volume. Mas por exemplo leio bem, é por não encontrar as palavras que a minha voz sai assim? Também se pode treinar e aperfeiçoar? Acho que sim, mas parecia doido se por exemplo falasse sozinho.
Ultimamente tenho me dado bem com uma colega, sinto um à vontade com ela o que é estranho para mim. No outro dia tive a rara oportunidade de ficar sozinho com ela algum tempo. O silêncio imperava, esperava que ela tomasse a iniciativa, estava-me a sentir mal por mais uma vez a timidez  levar a melhor, até que pensei um assunto para quebrar o gelo e a partir daí para meu espanto a conversa fluiu. Revelou-se ser bastante simpática e desde aí que ela me fala de uma maneira carinhosa. Não consegui deixar de pensar nela à noite, estou apaixonado? Anseio que volte a estar com ela em breve. Ela provavelmente é assim para todas as pessoas, eu é que quero que tenha algum tipo de carinho especial por mim. Quais são os sinais se uma pessoa está interessada na outra? Como gostava de perceber mais sobre esta matéria!  Nem sei avançar e perceber os indícios para recuar., corria o risco de criar uma situação embaraçosa. Mas mesmo se tivesse sucesso como seria o depois? Se não conseguisse manter uma relação e por causa dela entrasse numa depressão maior como  aconteceu no passado?
P.S. Primeira vez na vida que estou a escrever no blog dentro de um carro 😕

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Tristeza Fim-De-Semana; Consulta Médico

Ultimamente parece que fico mais triste ao fim-de-semana do que durante a semana, um padrão estranho, pk será? Tudo o que faço são coisas que gosto, talvez a culpa seja maior por sentir que não estou a agir correctamente como uma pessoa normal. Ora bolas, cada um deve ser livre de fazer o que lhe apetece desde que esteja a respeitar os outros, mais uma vez sinto como se tivesse a cometer alguma ilegalidade. Toda a gente faz as suas actividades sem remorsos, porque sou diferente? Quero sentir felicidade, os adjectivos que encontro são insuficientes para descrever aquilo que passo, não me quero estar a repetir em demasia, simplesmente não consigo viver o momento, não quero continuar assim.  Não sei se é por acordar mais tarde nestes dias, mas fico com dor de cabeça que me impede de curtir aquilo que costumo fazer, penso demasiado nisso. Qualquer problema pequeno transformo-o num grande. A minha vida é muito repetitiva e monótona, devido a não conseguir relacionar-me com ninguém. Não saio para lado nenhum, nem procuro actividades diferentes, só estou "bem" em casa no meu mundo solitário.
Novamente uma consulta com o médico de família, mais uma vez provei a mim mesmo o cobardolas que sou em não revelar qual é o meu maior problema. Falei lhe apenas de uma ansiedade excessiva e dificuldade em dormir, não fui capaz de dizer que o meu estado de humor é habitualmente de tristeza. Não entendo o porquê de não conseguir manifestar os meus problemas a um profissional especializado que me podia reencaminhar para um tratamento que pudesse melhorar, no meu intimo parece que não quero ser ajudado. Falei uma vez dos meus problemas com o antigo médico de família que cagou completamente no meu caso, provavelmente sabia que iria sair daquele centro de saúde. Também o culpo pelo agravamento da doença da minha mãe, ela queixava-se e ele nunca a mandou fazer exames, dizia que era uma tosse normal, foi salva por um doutor temporário. Este novo médico é completamente diferente, novo, simpático, vê-se que se preocupa com o paciente. Durante o diálogo tive várias oportunidades de me abrir, mas não fui capaz e naturalmente deixou-me em baixo. Ainda estou a tempo... mas tenho receio que me pergunte porque não contei mais cedo. Já pensei dizê-lo mas não entrar em pormenores, dizer que foi depois de terminar a minha relação o que não deixa de ser verdade.