segunda-feira, 28 de março de 2016

Até ao telefone me destroem a Páscoa

Até pelo telefone conseguem destruir o meu humor durante a Páscoa. A pior Páscoa de sempre com a minha mãe no hospital, não recebi em condições a visita dos meus afilhados, agora aquela conversa ao telefone que não consigo esquecer. Criticam tudo, não existe pachorra para aturar esta gente. Eles são perfeitos, enfim. A única coisa para a qual não existe solução é a morte, estou a ver que a morte é a única maneira de poder solucionar os meus problemas. Mas porque eu fico tão abatido com os comentários dos outros? Porque é que fico com mais medo de os defrontar do que morrer? Eles sabem conversar, eu não, fico com uma raiva, apetece-me desaparecer, as minhas forças vão-se embora, não consigo lutar. Não os posso culpar, não conseguem entender o quão abalado fico, não percebem os meus problemas. Às vezes penso em dar uma volta de carro e nunca mais voltar, atirar-me para a barragem. Espero um dia não o fazer, mas eles têm que saber o como estou tão desesperado. Eles pensam que sou um deficiente, queria provar que estão errados, mas não tenho forças. Continuo sem conseguir dar o próximo passo para crescer e ser independente.  Eu e a mecânica não nos damos, porque raio tenho eu tanta dificuldade em aprender? Quando é que deixo de lado coisas que não interessam para o meu crescimento como jogos de computador ou as histórias imaginárias que crio para não ficar tão entediado sozinho?
Esta semana mais um final do mês que se prevê terrível, pagamentos por fazer, não estou bem em casa nem na empresa, que situação que estou a aguentar, apetece-me explodir .
Agora até o meu portão da garagem está avariado, tenho que deixar os carros lá fora, denunciando a minha presença em casa. Não me apetece fazer nada, ontem quis ver um filme, mas rapidamente desinteressei-me. Que bosta de sentimentos. Há semanas que não vou ao quintal distrair-me um pouco.

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