sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Trabalho, Cães, Visita ao Politécnico, PES, Bruxas

Fim do mês e sem receber e sem previsão para tal. Não tarda pedem-me dinheiro emprestado, não consigo ter motivação para trabalhar e isso deixa-me bastante triste. Uma receita que caiu foi para uma coisa supérflua, tendo em conta o momento de crise que atravessamos. Continuo a não ser capaz de resolver certos problemas que me aparecem por causa desta minha apatia, timidez e falta de dinamismo. Ontem estava muito em baixo, mas depois de conseguir resolver um problema o meu humor subiu durante umas horas, mas rapidamente caiu. Quando resolvo um problema penso que sou o gajo mais inteligente do mundo e quando não consigo resolver penso que só o gajo mais burro do mundo, o meu pensamento é de extremos, esta variação deixa-me confuso e desiludido.
Devia aproveitar os pequenos momentos do dia, como o momento em que vou "lanchar" com os cães quando trago biscoitos. Levo comer de casa para eles, quando chego à empresa, fazem uma festa, ficam tão excitados que até tenho que ter cuidado para não os atropelar... é bom ser amado mesmo que seja por animais. É engraçado que me revejo nestes cães, parecem que estão sempre tristes, deprimidos, com medo de tudo apesar de serem grandes. São bastante pacíficos, um deles deve ter um trauma, pois foge quando tento dar festas e quando o consigo apanhar treme todo, é como se estivesse à espera que seja espancado, dá-me mesmo pena. Sempre tive medo de cães, quando era criança uma vez um encurralou-me e felizmente apareceu alguém que me salvou. Quando vejo cães que não conheço fico sempre de pé atrás, este ano quase que caí de mota por causa de um que me tentou atacar em andamento.
Aproveitando uma ida à cidade para levar a minha mãe ao tratamento resolvi ir fazer uma visita ao politécnico. Já não ia lá desde o inicio de 2014, quase dois anos. Certo que nunca levei a "sério" o curso visto a prioridade ser o emprego, mas porque não continuar? Aos poucos podia fazer umas cadeiras, mas a minha personalidade não o permite. Estive lá umas horas a recordar o tempo que lá passei. Almocei por lá, fui aos sítios onde habitualmente ia como a biblioteca e ao laboratório dos computadores. Sítios esses onde procurava o isolamento, passava bastante tempo nos períodos longos de pausa das aulas. Liguei o meu portatil e passei assim o tempo, as minhas credenciais de acesso à net ainda estavam válidas. Senti-me um corpo estranho, fora do meu habitat, até os caminhos me pareceram quase como desconhecidos. Fiquei logo em pânico, porque como já não sou aluno da escola, não sabia se tinha direito a lá almoçar. Verifiquei que o meu cartão de estudante ainda está válido até final deste ano e assim ganhei mais coragem. Fui comprar a senha e vi que já não havia caixa registadora, logo o funcionamento devia ter mudado. Andei lá às voltas e lá consegui perguntar a uma funcionário. Estranhei o fraco movimento. Corri os corredores, observei em redor o ambiente... um grupo de raparigas a estudar, um rapaz sozinho no portátil como eu, uma rapariga bonita a estudar, etc. Fotografei, filmei para um dia ver mais tarde.
Infelizmente, descobri o que era jogar online no PES 2016, é mais um vicio que tenho que me impede de crescer. O tempo começa a arrefecer, em vez de jogar podia fazer coisas mais úteis como por exemplo aprender a cozinhar. De vez em quando fico tão nervoso pelo jogo correr mal que grito asneiras, atiro o comando contra a cama e ele cai no chão, ainda não sei como está a funcionar. Talvez seja o facto de estar a expulsar o que tenho que reprimir o dia todo. No outro dia excedi-me e atirei com o tablet contra a parede deixando-o em mil bocados. Até a jogar PES noto que tenho algum receio de não estar à altura dos meus adversários e de ser humilhado e quando estou a ganhar parece que não acredito que sou eu que esteja a jogar e inconscientemente baixo o meu nível. Sou muito precipitado e bloqueio, tenho medo de não evoluir. Quando estou no meu mundo e sou interrompido, fico agressivo. Ainda ontem estava a fazer uma cena (nada de importante) e a minha avó veio falar comigo e eu "tratei-a" mal. Fico possuído nessas alturas.
Dia de bruxas, sempre sonhei ir a uma festa de halloween. Deve ser divertido, pelo menos é o que parece, por causa da timidez nunca tive oportunidade de ir. Gostava de ir a um baile de máscaras.
Nas Selfies que tenho tirado começo a notar que estou a ficar mais feio, velho, bolachudo, olheiras enormes.  Ontem a presença de uma ambulância parada vário tempo na rua deixou-me preocupado, apesar de saber que nada tinha a ver com alguém da minha família.

Sem comentários:

Enviar um comentário