segunda-feira, 16 de abril de 2018

Tristeza Fim-De-Semana; Consulta Médico

Ultimamente parece que fico mais triste ao fim-de-semana do que durante a semana, um padrão estranho, pk será? Tudo o que faço são coisas que gosto, talvez a culpa seja maior por sentir que não estou a agir correctamente como uma pessoa normal. Ora bolas, cada um deve ser livre de fazer o que lhe apetece desde que esteja a respeitar os outros, mais uma vez sinto como se tivesse a cometer alguma ilegalidade. Toda a gente faz as suas actividades sem remorsos, porque sou diferente? Quero sentir felicidade, os adjectivos que encontro são insuficientes para descrever aquilo que passo, não me quero estar a repetir em demasia, simplesmente não consigo viver o momento, não quero continuar assim.  Não sei se é por acordar mais tarde nestes dias, mas fico com dor de cabeça que me impede de curtir aquilo que costumo fazer, penso demasiado nisso. Qualquer problema pequeno transformo-o num grande. A minha vida é muito repetitiva e monótona, devido a não conseguir relacionar-me com ninguém. Não saio para lado nenhum, nem procuro actividades diferentes, só estou "bem" em casa no meu mundo solitário.
Novamente uma consulta com o médico de família, mais uma vez provei a mim mesmo o cobardolas que sou em não revelar qual é o meu maior problema. Falei lhe apenas de uma ansiedade excessiva e dificuldade em dormir, não fui capaz de dizer que o meu estado de humor é habitualmente de tristeza. Não entendo o porquê de não conseguir manifestar os meus problemas a um profissional especializado que me podia reencaminhar para um tratamento que pudesse melhorar, no meu intimo parece que não quero ser ajudado. Falei uma vez dos meus problemas com o antigo médico de família que cagou completamente no meu caso, provavelmente sabia que iria sair daquele centro de saúde. Também o culpo pelo agravamento da doença da minha mãe, ela queixava-se e ele nunca a mandou fazer exames, dizia que era uma tosse normal, foi salva por um doutor temporário. Este novo médico é completamente diferente, novo, simpático, vê-se que se preocupa com o paciente. Durante o diálogo tive várias oportunidades de me abrir, mas não fui capaz e naturalmente deixou-me em baixo. Ainda estou a tempo... mas tenho receio que me pergunte porque não contei mais cedo. Já pensei dizê-lo mas não entrar em pormenores, dizer que foi depois de terminar a minha relação o que não deixa de ser verdade.

2 comentários:

  1. Todas as vezes nas quais leio teus textos, fica claro para mim que um dos seus muitos problemas é que você se preocupa demais com o que as outras pessoas vão pensar a teu respeito, como elas te enxergam. Não me entenda mal, não te estou criticando, apenas me identificando, pois no passado já fui assim. Ao ler o que você escreve sofro, pois me lembro do quão duro esse período foi pra mim. Então, se posso te dar um conselho, embora você já saiba disso, tenha forças, por favor e coragem para buscar ajuda especializada. Sei que é amedrontador, sei que muitas vezes sentimos que isso é inútil, mas se você persistir em buscar ajuda, com certeza vai conseguir melhorar sua vida.

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  2. Obrigado pelo comentário Eduardo. É sempre bom ler pessoas que tentam ajudar as outras mesmo que não mereçam como o meu caso. Tudo de bom para sua vida.

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