domingo, 11 de agosto de 2019

Acabaram-se as Férias

Consulta com o médico: Queixei-me da dor da anca, mandou-me repetir os exames que já fiz e que não detetaram nada, enfim não vejo solução. Lá arranjei coragem e disse-lhe que andava deprimido, angustiado, ansioso por causa da doença e depois morte da minha mãe. Não lhe revelei o real motivo, mesmo antes desses episódios já estava neste estado de humor depressivo. Receitou-me um antidepressivo, estou em pulgas para saber se realmente melhora o meu humor, no entanto ainda nem sequer comecei a tomá-lo...
Sempre estive uma semana de férias. Planeava ir à praia, mas não se concretizou por causa do tempo demasiado frio (aposto que para a semana está calor). Tinha que pensar em fazer programas diferentes. Num dia fui dar uma passeio de mota, ver a volta a Portugal em bicicleta pela primeira vez na vida. Fui até a uma subida, procurei um lugar solitário onde pude vê-los passar tranquilamente. Estava com medo que as camaras de televisão me apanhassem, fiquei aliviado quando reparei que nessa altura não estavam a filmar a etapa. Fui visitar o meu pai e apanhei outra vez o percurso da volta, desta vez muita gente a assistir naquele cruzamento e por azar encontrei um primo. Cumprimentei-o e ficámos por aqui, não falei mais com ele, sabe que não tenho qualquer jeito para interagir. Quando cheguei a casa do meu pai vi que não estava, andei lá a passear e a ver os terrenos. Um dia aquilo vai ser meu e só vejo preocupações, às vezes penso que fez um testamento para não ser o seu herdeiro.
No dia a seguir fiz um programa que já pretendia fazer a algum tempo(até falei no blog em 2016), viajei de comboio até Lisboa. Já não ia à capital à mais de 15 anos. Era quase meia noite quando comprei os bilhetes online para o dia a seguir. Tive que me levantar cedo, deixei o carro estacionado ao pé da estação. Começou com o pé esquerdo, pessoas conhecidas que curiosamente ficaram juntamente a mim, mesmo azar. Uma dessas pessoas saiu cedo, fiquei aliviado. Depois outro inconveniente, é que o lugar que escolhi foi em direção contrária ao sentido do comboio, não tive atenção a esse aspeto, o que me provocou uma má disposição. Chegado a Lisboa, o primeira impacto foi péssimo, senti-me como uma criança perdida, não sabia que direção tomar. Felizmente essa sensação passou rapidamente quando comecei a descer os degraus. Fui a um centro comercial, almocei por lá. Na escolha surgiu uma situação caricata, tinha que optar entre dois acompanhamentos de três, na altura bloquei e não percebi o que a empregada queria, provocando um mau entendido como tantas vezes acontece. De seguida fui passear, a ideia era apanhar o metro e tentar conhecer o máximo possível. Acabei por ficar pelo parque das nações, ir de um lado para o outro, dei uma volta de teleférico, visitei a marina, o oceanário, só lá devo ter estado quase 3 horas a maravilhar as espécies aquáticas. Lanchei num tasco com muito mau aspecto, arrependi-me logo mal entrei, quando apresentaram a conta até fiquei a suar, cobraram-me 8€ por uma torrada e um sumol! A maioria das pessoas eram estrangeiras, viajam para conhecer Portugal, é claro que ver famílias e eu sozinho fez-me pensar. Um dia devia visitar outros países com a minha mulher e filhos, era esse tipo de coisas que gostava de realizar na vida que nunca vai acontecer e me deixa frustrado. Mais uma vez certos problemas que tenho que me provocam dúvidas se voltarei a fazer programas deste género: 1º A vontade permanente de ir à casa-de-banho, não só para fazer xixi, como também cocó, deve ser dos nervos que me provoca essa reação no meu organismo. Tenho que andar sempre à procura de casas-de-banho e se forem muito movimentadas é um pesadelo para mim usá-las. 2º As constantes dores-de-cabeça. Deu-me uma forte dor de cabeça a meio do dia que me estragou o resto. Fui apanhar o comboio de regresso, com dúvidas se o perdia, fui até à linha como as informações indicavam, mas encontrei outro comboio para um destino diferente, fiquei logo em pânico. Tentei acalmar-me, era só um atraso. Voltei a sentar-me no lugar ao contrário, a doer-me tanto a cabeça, fiquei logo enjoado, foram horas passadas num sofrimento atroz. A minha avó a ligar a dizer que estava preocupada, não lhe fui capaz de dizer ao certo o que ia fazer, sinto-me "preso". Chegado ao carro, usei as escovas completamente sujas o que provocou visibilidade reduzida, vi-me à rasca para chegar a casa. Só eu! Esta dor de cabeça durou mais de 2 dias a passar, é terrível viver assim.
Noutro dia fui à capital do distrito. Ir ao cinema, ver um concerto, ter sexo com uma mulher. Vi o feedback positivo de um utilizador de um forum e resolvi combinar com ela. Mais uma vez a bexiga não me largava, sempre com vontade de ir ao WC. Encontrei rapidamente o apartamento dela, entrei e reparei numa bela morenaça, bem melhor que as outras mulheres com quem tinha estado anteriormente. Pedi-lhe para ir à casa-de-banho, estava com vontade urinar, mas não me saiu nada, só passado um tempo, ela deve ter logo pensado boas coisas. Despimos-nos, a seguir fiz-lhe sexo oral, ela tinha um espelho onde se via toda a acção. Sabia que não ia durar muito pedi logo que fossemos para o vaginal, mais uma vez ejaculei demasiado rápido sem ainda ter atingido a erecção completa. Mal falámos, fui rapidamente embora, deve ter sido o pior homem com quem esteve.
Entrei em paranoia quando entrei num cruzamento, bloqueei e não percebi quem tinha prioridade, é por causa destas coisas que não posso ir muito longe. Fui ao cinema, jantei num restaurante onde pedi um prato que custava 10€ e cobraram 16€, mais uma vez não conseguir reclamar. De seguida fui ao concerto e fui embora, deve ter sido das poucas vezes que cheguei a casa depois da meia-noite, preocupado pela preocupação da minha avó. No dia a seguir doía-me o pescoço e pernas por falta de hábito.
Passei a semana sem ver filmes, ler um livro de fantasia, estar na espreguiçadeira, jogar... coisas positivas. Pelo lado negativo não dei continuidade a assuntos mais sérios, nem ao apartamento fui.
Todos os dias uteis o meu colega ligava-me 3 ou 4 vezes por vezes sobre assuntos que bastava perder um bocado de tempo para resolvê-los, estou mesmo farto dele ser tão chato, apetecia-me ralhar. É claro que um dia tive que ir ao trabalho, espero que tenha desconfiado que não estava contente com ele, às vezes nem lhe respondia ou falava áspero, uma atitude hostil da minha parte, reprimia ao máximo uma explosão. Pensei lá passar 1 hora e afinal foram 6 horas. Não passam uma semana sem mim, nem sei se é positivo ou negativo. Quando lá chegar vou ter o trabalho todo atrasado, ninguém o faz por mim. Só de pensar o stress que vai ser deixa-me logo com um aperto no coração.

Sem comentários:

Enviar um comentário