domingo, 18 de julho de 2021

Nova Colega; Falta 1 Mês; 1º Destino de Férias; Pai "Inapto"

Aquilo que tive receio aconteceu. Entrou uma nova colega para trabalhar comigo no escritório e tem se revelado um tormento pela minha falta de capacidade de comunicação. Ela não me parece ser má pessoa, trabalhadora, mas muito chata. Nos primeiros dias foi-se habituando ao ritmo e logo percebeu a desorganização daquele escritório. Aos poucos ficou mais mandona, mas se quiser vingar na sua profissão tem que ser assim. Ela já se deve ter apercebido que existe algo de errado comigo, deve pensar coisas ruins a meu respeito, o atrasado mental que sou, incapaz de ter um diálogo. Vejo-a toda simpática com os outros mas comigo fala de forma diferente o que me provoca ciúmes por não ter jeito para comunicar. Ás vezes procuro elogiá-la, à espera de uma reação, mas nunca acontece. Pequenos detalhes que me fazem aumentar a angustia de hora em hora. Dou vários exemplos só de hoje: Quando chega ao escritório, diz bom dia com um sorriso ao meu colega, ignorando-me totalmente. Qualquer duvida que tem pergunta a outra pessoa, foi lá fora de propósito perguntar sobre um assunto que eu sabia a resposta, tornando-me invisível. É normal, eu não sei nada!!! Será que o meu cérebro está exagerar? Vejo coisas onde elas não existem? Tenho o trabalho todo acumulado, por causa dela a concentração piorou ainda mais. Quando parece que estou pronto para avançar, parece sempre um assunto que me atrasa. Estou sempre a ouvir as conversas à espera de participar e ter uma prestação brilhante, mas nunca acontece. Acho que eles pensam que não tenho nada que fazer. Sinto inveja e tenho outros sentimentos negativos. É desesperante a minha hora de almoço, parece que estou sempre atrasado. Aqueles momentos em idas ao café e descansar um pouco a ler o jornal acabaram. Estou tão cansado, como vou aguentar? Como vou conseguir ultrapassar, como combato a minha genética?

Falta 1 mês para eles virem, todo o meu mundo vai mudar, também por causa disso estou super ansioso, com medo que a depressão possa aumentar. Tento aproveitar ao máximo, realizando coisas que provavelmente não sei se conseguirei fazer no futuro. Nem me apetece abordar o assunto de tanto sofrimento. Estou amarrado à minha mente. 

Agora que alguém pode tomar conta da minha avó posso finalmente tirar uma semana de férias para longe. Depois de uma breve pesquisa encontrei o meu primeiro destino de férias no estrangeiro: Ilha do Sal, em Cabo Verde. Parece-me bonito, um paraíso na praia, as pessoas sabem falar português por isso não teria problemas em comunicar. Cof Cof... Quem é que estou a enganar? Nunca terei coragem para fazer essa viagem! Tudo me parece obstáculos, nunca fiz uma mala de viagem, nunca entrei numa aeroporto, num avião, num hotel. Seria tudo uma estreia para mim. Coisas simples que para mim são complexas!  Primeiro tenho que pensar em ficar confortável no meu lar!

O meu pai não sabe fazer nada, tenho a quem sair. Estar com ele significa  ficar mais burro. Por exemplo no outro dia ficou sem pilhas no comando. Em vez de ver a referência e comprar pilhas não, não as conseguiu identificar, teve que ir à loja levar o comando e pedir à lojista para trocar. Aprender com ele é para esquecer, coisas que tenho vergonha em perguntar a outras pessoas podia questionar a ele...  não serve de apoio para mim. No outro dia diz que não fazia vida de rico, mas também não tem que fazer vida de pobre! É o que vejo nas raras vezes que lá vou! Todo o dinheiro que ganha é para acumular, pareço eu. Pode aparecer uma doença, é melhor guardar, mas se aparecer é mais uma razão para refletir e olhar para trás e ver que não aproveitei a vida! Aproveitar a vida é o que ando a fazer? Pouca noção da realidade eu tenho.

Vou tirar uma semana de férias. Ainda não defini o meu plano. Por mim ficava todo o tempo em casa, a apanhar sol no quintal. Escrevi algumas possíveis voltas, dependendo do estado do tempo. Ainda nem coragem tive de ver a previsão do tempo, para ver se poderia ir até à praia ou tentar conhecer algum lugar rico em cultura e natureza e aqui perto. Tanta coisa que desconheço deixa-me atrofiado.

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