Cá estou eu debaixo do poço, carregado de peso com sentimentos de angustia e tristeza. Os últimos dias até foram bons a nível de relação no escritório. Estava a conseguir "cagar" no meu colega, não deixando que aquilo que falasse me afetasse com sentimentos negativos. Hoje tudo mudou, deu uma raiva por causa das atitudes dele que por pouco não consegui controlar. Estava-me sempre a dizer para fazer coisas que deviam ser da sua competência de uma forma pouco respeitosa, eu que tenho trabalho atrasado e ele que passa o dia todo em conversas que não têm nada a ver com trabalho. Devia falar, mas mais uma vez tive medo de arriscar a conversa e fugir para fora do meu controlo. Tenho que conseguir transmitir aquilo que sinto, nem que seja em modo brincadeira. Sou um escravo nas mãos dele, se fosse outro mandava-o para o crlh, recusando ajuda. Não tenho nenhuma colaboração dos meus colegas, enquanto eu estou sempre a ser interrompido para os ajudar. Supostamente a nova colega que entrou era para me ajudar, mas recusa-se a fazer tarefas fora do seu âmbito. Mas ela é que tem juízo e faz bem, olha que não faz mais 1 minuto, ao contrário de mim que faço quase 2 horas extras por dia. Lembrei-me depois do meu bloqueio instantâneo que podia lhe ter dito para pedir ajuda a ela, a ver o que respondia, esperava que dissesse que não fazia parte das competências, e eu dizia das minhas também não e apesar do trabalho que tenho acumulado não me importo de ajudar o meu colega. Depois os dois provavelmente juntavam-se contra mim. Ela é outra que está sempre a chatear os outros mas que não ajuda ninguém. Apetecia-me tanto falar com os chefes, mas tenho medo que o retorno ainda seja pior. É esperar que volte ao modo "estou a cagar para ele". Sou tão limitado... estou com ódio de mim próprio.
Ao contrário, ontem foi dos melhores dias. Fui tratar de um assunto nos outros escritórios com a minha "paixão secreta". Com algum pessoal de férias tive a sorte em ter um momento breve só com ela e visto já estarmos imunizados contra o covid19 perguntei-lhe se podia cumprimentar com um beijo. Ela disse que só um abraço. Dei-lhe um, mas depois um beijinho na face. Ela não disse nada, gostei tanto de sentir esse carinho. Fala de uma forma tão meiga...apetecia-me avançar mais, mas ela é casada. Depois queria pedir uma selfie, mas não consegui. Queria ter oportunidades, mas dificilmente acontecerá. Vou ter que guardar este momento único na minha mente.
Eles chegaram... até agora está a correr melhor que o esperado. Ele ainda não está muito rabugento. Desde a sua chegada que não têm parado, sempre na volta da casa a fazer melhorias como limpeza, pintura de paredes, colocar o abajur lá no alto... deixando-me a pensar o inútil que sou. Como têm tanta energia? Falta-me essa energia mental! Ele vai transformar aos poucos a casa à sua maneira, com várias obras. Ainda me estou a habituar ao ritmo, nem sei bem ainda o que pensar, muitas coisas deixei de fazer. Das piores até agora destaco estas: eles vão muito cedo para cama, por voltas das 22h e acordam às 6:00 da manhã, o que me provoca perturbações no meu sono pois oiço o barulho que eles fazem, no fim de semana ainda é pior. Não permitiram a mota na garagem, pois atrapalhava nas manobras de estacionamento. Coloquei-a num quintal da vizinha, lá a medo perguntei-lhe se me dava autorização, ela disse que não havia problema. Agora tenho receio que a roubem ou que se danifique por
