quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Ceia Natal; Queda Pai; Mobília

Ceia de Natal, fiz o tradicional prato, batatas cozidas com bacalhau. A dor de cabeça é imensa, nem com um brufen e 2 aspirinas fiquei aliviado. Suspeito que seja pela mudança de rotina diária, quando vou trabalhar são mais raras. Deito-me mais tarde, acordo mais tarde, não tomo o pequeno almoço. Logo de manhã fiquei meio zonzo, já sabia o que me esperava. A minha avó já foi para cama cedo, como de costumo, jantei sozinho. Amanhã o almoço de Natal é em casa dos meus primos. 

O meu pai sofreu uma queda numa das suas propriedades, tinha muitas dores. Foi a um sábado, ligou-me e levei-o ao hospital às urgências, passei lá todo o dia, zangado por não poder assistir ao United vs City.  Tenho que assumir que de vez em quando vou ter que perder coisas que gosto de fazer porque existem outras mais importantes. Felizmente as noticias foram positivas nada de fraturado, apenas muito dorido. Mas este episódio fez-me pensar. O meu está pai mora sozinho, já tem alguma idade, o que me aguarda no futuro? Estes episódios podem ser recorrentes? E se ele ficar de alguma forma inutilizado como procedo? Depois veio com uma conversa de querer tratar de uma procuração para mexer no dinheiro caso ele não possa. Fiquei dividido, confesso que tenho curiosidade em saber qual o valor que guarda, ele é como eu, muito poupado à espera de o gastar numa necessidade futura, sei que tem algum. Por outro lado assumir uma responsabilidade que queria adiar, por causa disso fiquei mais angustiado. Disse para não gastar o dinheiro enquanto fosse vivo, pareceu preocupado, acho que ainda não confia em mim o suficiente. Queria pedir o online dos bancos, para gerir melhor, mas não sei se o deva fazer.  Depois falou-me de assuntos com o vizinho. Disse que o vizinho estava preocupado quando eu vender a casa, com assuntos como os fios de eletricidade passarem no terreno ou as telhas caírem...fiquei admirado, lol. 1º Espero que o meu pai viva por muitos anos. 2º Porque acha que vou vendê-la? Tem um espaço exterior ótimo ao contrário do apartamento, não faço a mínima ideia o que farei. Encarar isto deixa-me angustiado, devia estar feliz porque no futuro aquilo vai ser meu ao invés de imaginar todos os encargos que daí advém. O meu pai vai passar a consoada e o Natal sozinho, deixa-me inquieto ao pensar nos pensamentos que lhe podem ocorrer.

Aproveitei uma promoção e comprei alguma mobília para o apartamento. Finalmente tive coragem para o fazer depois de vários meses em dúvida se alguma vez o faria. Aqui está um exemplo de como a minha personalidade me fez gastar a mais 150€. Esse valor deve-se à montagem. 1º Sou uma nódoa, fosse outro iria montar calmamente o sofá e o móvel para TV. 2º Não ter conhecimentos e vergonha, se falasse com uns primos eles provavelmente iam montar na boa. 3º Se arranjasse um homem para lá ir montar, de certeza que ficaria muito mais barato, Agora estou em pulgas para fazer mais renovações, como a mudança do pavimento, mas depressa me vou arrepender. Tenho que falar com os meus primos para irem tirar de lá as coisas. Amanhã podia falar com eles, aproveitava a dica das compras dos moveis, para dizer para tirarem as coisas de lá e pintarem o apartamento.



terça-feira, 10 de novembro de 2020

Hoje o Massacre foi Demais

Hoje foi demais, o meu colega que se acha chefe e superior a mim massacrou-me a cabeça com sermões surreais, metendo as culpas em cima de mim, tentando desculpar a sua incompetência. Fiquei bloqueado, não consegui defender-me, ouvi, ouvi, ouvi e fiquei calado. Fiz um esforço para não gritar com ele, tenho tanta coisa entalada que me apetece dizer. Desde que saí do escritório penso em mil maneiras para lhe responder. Cheguei a casa e fui passar roupa a ferro durante horas, uma tarefa que detesto fazer, mas que hoje soube bem. Teve que ser, sem espaço exterior para espairecer devido às noites longas. Não tenho fome nenhuma, apesar de já ter passado a hora de jantar, tenho o estomago embrulhado. Estou com tanta raiva dentro de mim. Aposto que hoje não vou conseguir dormir, vou estar sempre a pensar no mesmo assunto. Desespero perante a minha cobardia. Apetece-me mandar-lhe uma mensagem... Tenho que ter coragem amanhã para ter uma conversa com ele. Não posso dizer aquilo que penso, mas de uma forma suave mostrar o meu descontentamento. Mas não o sei fazer, vou me atrapalhar todo.. Apetece-me contar tudo aos chefes, mas é certo que vou perder e a possibilidade de despedimento pode ser real. Sei que de manhã já estarei mais calmo e provavelmente não terei coragem. Sei que se falar com ele, vou perder na mesma porque não suporto conflitos. Porque o meu cérebro me faz passar por esta agonia? A minha cabeça faz um grande filme, outra pessoa estava simplesmente a cagar-se. Ele se soubesse os sentimentos negativos que me provoca, talvez fosse mais meigo. Mas é assim a vida, todos lidam com este tipo de pessoas, eu não sou o único, é uma provação que não consigo ultrapassar. Não nasci mesmo para viver neste mundo. Não tenho ninguém com quem desabafar e que me apoie, talvez melhorasse com uma pessoa real a dar uma palavra de conforto. O que vou fazer na vida com esta minha personalidade?

domingo, 1 de novembro de 2020

Mundo Real vs Mundo Imaginário

Quando é que consigo sair do meu mundo e tentar fazer algo de positivo no mundo real? Uma parte de mim quer acabar com este mundo imaginário que me acompanha sempre, é uma forma de não ficar aborrecido na minha solidão, imaginar amigos, ser alguém que nunca vou ser na realidade. Sem eles, a minha vida seria um tédio. Imagino-os em todo o lado, por exemplo no computador  a ser um dançarino que concorre ao got talent e ganha o programa com a sua jovem parceira, tiro ideias de vídeos e reproduzo a minha própria coreografia, ou o meu filme inspirado no warcraft, ver televisão e arranjar maneira de participar no programa em questão, quando vou a tomar banho, ser espiado por uma detetive por que sou suspeito de ser um bandido, estar a bater umas bolas no quintal e imaginar estar a defrontar uma equipa adversária, fazer desafios com pontuações de ténis. É isto o ser patético que sou. Uma felicidade efémera, vou abdicar disso? Cada vez mais a minha agenda está esgotada, com programas para fazer, como ver streams no twitch, foruns, twitter, youtube, nem tenho tempo para jogar um videojogo, lol. Quando penso naquilo que a minha personalidade não me deixa viver, como ter namoradas, amigos, convívios de todo o género, desporto, etc, fico angustiado. Como gostava de saber interagir, esta minha deficiência está a dar cabo de mim.
Estou a fritar da cabeça por causa de um colega. Nunca pensei que um dia ele seria responsável pelo 
ódio que sinto, não por ele mas por não conseguir responder à altura. Tenho medo dele, sei que não posso ir contra ele, corro o risco de sair da empresa, uma das poucas coisas positivas que tenho na vida. Sabe argumentar ao contrário de mim, vou perder sempre. Não gosto de entrar em conflito com as pessoas. Ele humilha-me, chateia-me a qualquer hora, não me respeita. Está sempre ocupado, mas vejo-o a tratar de assuntos pessoais, ir fumar e perder tempo vários minutos, não tem noção como detesto a forma dele trabalhar. Imagino em ciclo as repostas que lhe devia dizer. Como vou aguentar? Agora quer organizar um magusto, numa altura de Covid-19, mas na verdade estou preocupado é com o convívio, num grupo de pessoas não conseguirei abrir a boca. Vou ficar envergonhado, sem saber o que dizer, o tempo passa muito lentamente, felicidade só quando acaba. É sempre isto que senti a minha vida toda, o que raio estou aqui a fazer? Sofrer para quê? Não param de aparecer situações em que falho por causa da minha incompetência, tenho perdas de memórias, devido sobretudo à minha falta de confiança, gerada pela timidez, passei e passo demasiado no meu mundo paralelo. Não me consigo concentrar, quando pego em vários assuntos fico completamento baralhado, stressado, não desenvolvo, bloqueio não sei o que dizer. Porque a minha mente sente tanta infelicidade? Podia aceitar quem sou e ser feliz à minha maneira.
Como é obvio o apartamento está parado, lá comecei a tentar desenvolver um "projecto", mas não consigo prosseguir, adio sempre. O apartamento em si é bom, mas fica no último andar, não tem elevador e não tem terraço para uma pessoa apanhar ar. Estou no quintal a imaginar o quanto vai ser angustiante não ter aquilo no futuro. Ás vezes penso que o melhor seria tentar arranjar outro em vez de investir naquele, mas não tenho coragem. Estou numa fase na vida que tenho que crescer, mas não consigo fazê-lo :(

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Horrível Dia da Lenha

Dia de armazenar lenha,  preparar o próximo Inverno. Encomendei 4 m3, mas faturaram 5m3, mas tenho impressão que a quantidade foi mais próximo dos 4 do que dos 5. Já estou habituado a ser enganado e a não reclamar. Já estava a stressar com os sucessivos adiamentos, por duas semanas que falharam. Finalmente chegaram, depois de uma noite mal dormida a pensar no assunto. Pensava que iam acartar e empilhar a lenha, mas simplesmente atiraram-na para a garagem.  O dia estava a começar mal, tinha que fazer o serviço sozinho, resignado já pensava que ia perder o dia todo, no entanto uma vizinha apareceu para ajudar e deu boost enorme. Uma mulher que já deve ter mais de 60 anos, tem mais força e resistência do que eu. Ela não parava de falar mal das vizinhas, não sabia o que dizer, apenas acenava com a cabeça a concordar em gesto de agradecimento. Ouvindo as sua palavras, ficava satisfeito por não ter nenhum convívio com ninguém, não consigo lidar com aquele tipo de maldade. Provavelmente no fim deve ter falado mal de mim. No final fiquei cansado, uma dor de cabeça deixou-me KO.

Estava a almoçar quando aconteceu aquele maldito telefonema, não consegui fugir(normalmente para não ficar triste evito de o ouvir) e escutei a conversa. O meu tio que fala demasiado e só sabe criticar. Começou com o mesmo paleio de sempre a dizer que eu não estou habituado, ele é que é bom, fazia aquilo numa hora, sabe tudo. O pior veio depois quando ele disse "podia dizer ao primo que o ajudasse, mas o ano passado não o ajudou". Para já acho que ele nem deve ajudar,  sei que que é uma idiotice, mas a mim custa-me pedir ajuda a uma pessoa que depois não vai usufruir. Fiquei completamente fulo com a injustiça. Em 1º não fui ajudar porque ninguém me disse nada, só soube no final. Em 2º, eu ajudei-o por duas vezes. Se é assim que as coisas funcionam então ele ainda me está a dever dois favores. Uma dessas vezes fiz tanto esforço que provoquei uma lesão crónica na anca para o resto da vida, ninguém sabe de nada, quero ocultar, provavelmente ainda seria criticado. Devia ter-lhe dito e defendido, mas não sei falar, um dos meus maiores medos é ficar mal com ele. Não sei porque aquilo que fala é tão importante para mim. Sou livre, não tem que controlar a minha vida, pk a palavra dele para mim é lei? Zangar-me com ele de vez significaria ficar afastado da restante família :(. Não lhe consigo mostrar através de palavras. Se soubesse falar com calma, talvez visse o meu lado. Ele quando está em modo "porreiro" até uma pessoa tolerável. É perfecionista, organizado, identifico-me com muitas coisas dele. Crescer, crescer, crescer, é isso que me falta. Se ligasse mais à vida real do que a minha vida "virtual" talvez as coisa fossem diferentes. Ás vezes penso se não deveria encontrar outra localidade para morar. Estar a investir num apartamento, para depois pensar em mudar no futuro... estou preocupado, não sei mesmo se quando vier de vez vou conseguir aguentar a pressão da sua presença constante. Fez um negócio totalmente precipitado, não beneficiou em nada a minha mãe que se deixou levar como sempre, como eu. Nunca deixou arrendar o espaço, podia ter ganho um dinheirão desde 2002 que está vazio, o único beneficio foi ter ajudado os filhos. O meu coração está cheio de ódio, contra mim próprio. Os antigos inquilinos ainda não tiraram as coisas de lá, estão tanto tempo de férias e não arranjam um dia para lá ir. Depois ainda vou ter que lá ir, sinto que tenho obrigação de ajudar, quando não tenho. Mais uma vez a culpa é somente minha, porque não os pressiono, tenho vergonha de falar com eles. Acho que prefiro pagar a dois homens para me ajudarem, do que pedir a ajuda. 

Desde esse dia que o meu cérebro está em ebulição, pensamentos não me saem da cabeça, estou angustiado, sinto raiva de mim mesmo por estar assim. Ele não tem a mínima noção dos sentimentos negativos que as palavras dele provocam em mim. Este grau de timidez não me permite viver. Complico tudo, não tenho razões para estar triste, tenho tudo para reverter a situação, mas as minhas forças estão sempre em baixo. Vim desabafar para o blog, talvez assim pelo menos me consiga livrar do enorme peso que sinto.

Recentemente um colega foi despedido, uma boa pessoa contudo revelou incompetência para o cargo. Saiu a chorar, senti tanta pena dele. Ele que está a tentar abraçar uma nova vida, com a mulher num país novo. Tem encargos elevados, só a renda é um balúrdio. Imagino que podia estar no lugar dele, a sorte que tenho,sinto que não a mereço.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Fim das Férias

Acabaram-se as férias! Depois de quase dois meses de calor intenso, assim que começou as férias, o tempo ficou mais fresco, sendo uma semana sem muito calor, como aconteceu em anos anteriores, tenho sempre azar com o clima. Ainda bem que este ano já tinha ido à praia, assim não fiquei tão chateado. Agora que me lamentei do clima vou continuar a lamentar-me como sempre, faço-o mas não reajo. 

Em relação ao post anterior acertei em cheio, não sou bruxo, era tão evidente. Ligaram-me todos os dias do trabalho, pelo mesmo colega de sempre a perguntar cenas que devia saber, mas a preguiça fala mais alto, não se desenrasca em nada no que diz respeito a assuntos administrativos. Depois tive que lá ir um dia como previ: «Vão me chatear tantas vezes, de certeza que vou ter que ir lá um dia como acontece sempre. Principalmente pelo mesmo colega de sempre, apetecia avisá-lo para não me ligar por situações menos urgentes, mas tenho medo de sofrer represálias.»

Vou fazer um resumo das minhas aborrecidas férias. As manhãs e as noites não diferiram muito...

De manhã, estive na cama quase até o meio dia. Acordava ansioso, ligava o rádio e mudava de estação até encontrar uma música que me agradasse, depois repetia o procedimento, na cama mudava várias vezes de posição, sem nunca me sentir confortável, esperava por um telefonema do trabalho. É triste estar assim de férias, uma pessoa nunca larga realmente o emprego. 

De noite normalmente via um filme, navegava na net, depois abria o Twich para assistir aos streamers. Regozijava enquanto via a azia que o jogo Fall Guys que está actualmente na moda lhe provocavam. Nestes dias deitava-me por volta das 2 as da manhã.

Dia 1

Decidi ir até à capital do distrito pela primeira vez de Scooter. Fui calmamente por trajectos alternativos, dei uma volta na cidade(incrível como é muito mais fácil andar do que de carro, o arranque é mais rápido, consegue-se ter uma melhor perceção do trânsito). Esqueci o covid e decidi ir procurar uma mulher  para me satisfazer. Encontrei mais uma brasileira, com aspeto de pouco mais de 20 anos. Disse-me o preçário, 20 €, 50€ nas calmas, claro que escolhi o mais barato. Passado dois minutos de começarmos a ação vi que ela já queria que acabasse, começou a ser mal educada. Queixava-se de todas as posições, ora por a sufocava, ora porque mexia demasiado. Normal, tenho pouca experiência, ela deve ter dado conta. Tentei ejacular o mais rápido possível, para sair de lá. Saí de lá enfurecido, não disse nada, apetecia-me mandá-la para o crlh, dizer-lhe que com aquela atitude nunca mais arranjava clientes. Arrependi-me, tenho mais prazer sozinho do que acompanhado. A seguir fui até ao centro comercial, ir ao cinema, programa que ainda não tinha feito este ano. O centro comercial estava cheio, não me pareceu que houvesse menos gente que o normal. Fui dar uma volta pelas lojas, comprei uns calções de banho diferente do que uso com vários desenhos, comi um gelado de marshmallow, queria comer um hamburguer ou uma pizza mas estava cheio das pipocas que comi no cinema. Voltei para casa com medo do frio.

Dia 2  

Decidi dar um passeio de carro. Depois de muitas dúvidas lá escolhi um destino novo para mim, uma serra, um museu para visitar. Uma das raras vezes que coloquei o suporte para telemóvel afixado no vidro. Verifiquei que o smartphone estava bem preso (faço tão atabalhoado que cai sempre, mas desta vez perdi tempo para que tal não sucedesse e com sucesso). Deu-me 3 alternativas de percurso, selecionei o que o GPS sugeriu, na volta escolhi outro, evitei o que tinha portagens. O caminho tinha rampas de inclinação de % elevada, a estrada era estreita, sítios onde não dava para passar dois carros, curvas fechadas, tive que ir devagar. Cheguei ao local procurei sitio para estacionar, a vontade de urinar era imensa, fui rapidamente a um café para me aliviar . Fui dar um passeio pela vila, rapidamente me perdi por aquelas caminhos com vários cruzamentos, depois fui à procura do museu, lá andei com o telemóvel na mão, com a aplicação do maps google activa para encontrar o local, mesmo assim ainda me consegui enganar no caminho, rotflol, só mesmo eu. Pergunto-me o que seria de mim sem esta ferramenta tão útil. E se deixasse de funcionar? Não encontraria o caminho pela minha fraca cabeça. No museu estive lá mais de uma hora, senti-me um burro a olhar para um palácio, tentei ver a beleza daquelas obras, quadros, bustos, tapetes, vestes, etc, mas não percebo realmente nada do assunto para sequer dizer qual o que gostei mais e o por quê. Fui lanchar e de seguida regressei a casa, pensando se valeria a pena fazer mais destas viagens sozinho. Gostava de passar para o próximo nível brevemente, ou seja  uma estadia longe de casa.

Dia 3

Pediram-me ajuda no trabalho, tinha que me deslocar ao escritório, ao então tentava executar a tarefa remotamente. Mas optei por lá ir e depois visitar o meu pai, sentia-me mal se não o fizesse apesar de não me apetecer. Fui lá à hora de almoço, para não encontrar ninguém, concluí rapidamente o serviço e fugi. Estou a tentar interessar-me mais pelos assuntos do meu pai, pelos terrenos que um dia provavelmente me vai deixar. Não quero ser enganado no futuro ou vendê-los por uma bagatela, sem conhecer os limites. Pedi-lhe uma visita a um que ainda fica distante da casa, levámos as scooter's, o caminho era complicado, muito inclinado. Deve ter ficado admirado da proposta que lhe fiz. Levou-me a um terreno que desconhecia com 3 hectares, acessos melhorados pelos fanáticos das corridas. Pergunto-me como é que alguém consegue correr naquelas trilhas tão inclinadas? Fiquei logo cansado a caminhar! O meu pai tentou me explicar os marcos, até onde ia o terreno, mas sinceramente não percebi nada, fiquei na mesma, parece-me tudo igual. Tinha lá uma casa onde albergava lenha e tentou compor as telhas, alguma animal andava lá visto haver fezes com alguma dimensão, espantado por ter lá aquela construção e nunca soube de nada. Lenha essa que vai lá morrer uma vez que ninguém a vai buscar naquele fim do mundo, era preciso muito trabalho, não vale o valor. Durante esse período ligaram-me do escritório a dizer que necessitavam de mim urgente. Estava no meio do mato a uma meia hora a pé de qualquer estrada, fiquei lixado de me estragarem a visita. O meu pai riu-se de tantas vezes que fui perturbado e fez o seguinte comentário "e se tivesses na praia com a namorada?". Não lhe conto das minhas pequenas viagens, tenho medo que pense que ando a gastar dinheiro à toa. Ele é muito poupado, está sempre a pensar no futuro, receio de doença, que vá para o lar idosos. Queria ter capacidade de o ajudar nas produções agrícolas. Se me dedicasse podia ter vinhas, olivais, batatas, etc. Trabalhar isolado no campo, sozinho no mundo, talvez melhorasse os meus níveis de ansiedade, às vezes penso que devia seguir por aí. Chegado ao trabalho estive lá ainda umas horas, pelos menos organizar a documentação empilhada.

Dia 4

Dia de ir às compras. Calmamente fiz uma lista com a minha avó de todos os artigos que necessitava. À muito tempo que não ia a um super sem stress da hora. A seguir fui ao apartamento abrir todas as janelas para arejar. Estive lá horas a pensar mais uma vez como posso melhorar o espaço para me sentir confortável para lá ir morar. Penso, vejo e cada vez fico mais baralhado sem saber qual a opção certa a tomar. Tenho medo que erre na mobília, no espaço a utilizar. Já está na hora de tomar uma atitude, senão fica como está. Porque é tão difícil? Pk não consigo avançar com nada? Pedir orçamentos, ver soluções..,

Dia 5 

O verdadeiro dia de férias para mim, fiquei todo o dia em casa. Apanhar sol, escrever resumos de filmes que tinha visto, ler um livro, entreter-me no smartphone com aplicações como o Clash Royal e o Tik Tok. Deitei-me cedo porque combinei com o homem da lenha, no entanto ele não apareceu. Liguei-lhe, disse que como era feriado não podia ir, fiquei fulo com ele por não me ter avisado e fulo comigo mesmo por não me lembrar do feriado.

Os meus primos continuam a ter a chave de casa, entram por ali a dentro como se fosse deles, não tenho privacidade nenhuma, quase que me apanharam a masturbar... 

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Quando Cresço? Inicio das Férias; Visitas Vizinhos

Quando é que cresço? Está difícil deixar o meu mundo de fantasia, só aí é que estou feliz. Ouvir musica, ver vídeos,  imaginar uma história onde sou o personagem principal, não estar lá significa estar amargurado. Ver filmes, séries ou livros e em vez de estar atento à história, imagino o meu próprio enredo.
Resolvi tirar uma semana de férias, começa hoje. Ao contrário das pessoas normais estou ansioso, triste, angustiado e cansado. Mais uma vez não tenho nada planeado, não sei o que fazer, podia orientar coisas importantes no apartamento, mas uma força estranha que não sei explicar impede-me. Quem é que tenho de pedir autorização para ganhar a minha liberdade? Estou sem imaginação, apetecia-me ficar a semana toda em casa, mas não o posso fazer pela minha sanidade mental. Já estou farto de andar sozinho de scooter pelas matas, ir por caminhos desconhecidos que rapidamente desaparecem na minha memória. Ir até à capital do distrito de Scooter, dar um passeio de carro para um sitio onde nunca fui... não faço a mínima, ainda por cima com o covid. Era o ano ideal para ir ao Algarve, uma vez que a confusão seria menor, também não poderia ir por causa da minha avó. Gostava de ter convívio com mulheres, mas o corona vírus deixa-me reticente. 
Queria tirar uma semana sem stress, sem pensar no trabalho, mas é impossível, ficaram muitos assuntos pendentes por resolver. Vão me chatear tantas vezes, de certeza que vou ter que ir lá um dia como acontece sempre. Principalmente pelo mesmo colega de sempre, apetecia avisá-lo para não me ligar por situações menos urgentes, mas tenho medo de sofrer represálias. Estou a pensar se tento trabalhar remotamente para evitar a deslocação ou orientar através da minhas péssimas explicações, não tenho paciência. Invejo os meus primos que tiram várias semanas seguidas sem serem chateados. Quando regressar ao trabalho vou encontrar a minha secretária atolada de papeis, ninguém faz nada por mim,  demorarei meses a conseguir pôr tudo em ordem. Ás vezes penso se vale mesmo a pena tirar férias. É a cruz de ter esta personalidade. Ainda por cima fiquei mais angustiado por saber que um colega que não me dou bem vai tirar férias na mesma altura que eu, eram duas semanas sem o aturar.
Hoje os vizinhos receberam visitas, tantos carros na rua, ainda por cima à frente da minha garagem, deixa-me numa ansiedade incompreensível. Imagino tantos cenários, que seja um hábito, que passem cá férias e me perturbem, fico com raiva de choro. Tudo se resolvia facilmente se conseguisse avisá-los, mas tenho medo de gerar conflitos que não sou capaz de enfrentar, esta paranoia está me a deixar de rastos. Apetece-me ir para a cama descansar o meu cérebro, mas não consigo. Dá-me vontade de urinar constantemente, agora é cada vez mais frequente acordar a meio da noite com o pénis erecto e quando vou fazer xixi é um pesadelo, sujo a casa-de-banho toda por ter dificuldade em acertar na sanita.
O meu pai plantou tomates e vai-me levá-los várias vezes por semana. Fica orgulhoso, quando lhe digo que a minha prima gostou das batatas dele, ou que um colega levou os seus tomates, vejo parecenças na maneira de eu ser. Estou preocupado com a saúde dele, está a ficar com uma barriga enorme, ele não se importa é sinal que enche a pança, temo que um dia mais tarde tenha problemas.
As minhas corridas tem sido cada vez mais raras. Uma dor na parte da frente das pernas deixa-me limitado. Um assunto que devia ir ao médico tratar, mais um que vou deixar andar, agora nem consultas existem no meu médico de família por causa desta pandemia. Pensei que obtivesse resultados com o avançar das corridas, mas não, continuo lento como um caracol, sem energia, esgotado, problemas em respirar, dor de garganta, pequenas lesões, dores, afinal quais os benefícios?
Termino com uma frase que li num livro que me revejo «As pessoas querem mudar tudo, e ao mesmo tempo desejam que tudo continue igual»

terça-feira, 14 de julho de 2020

Conflito Colega; Não ter Legitimidade para reclamar o Direito; Paranoia Incêndios

Estou em baixo, tudo porque mais uma vez não consegui defender a minha posição, ele ficou por cima mesmo não tendo razão. Deu-me sermão e não consegui responder, bloquei, não argumentei quando tinha tudo para o fazer. Não faz o trabalho dele, tento ajudá-lo, diz que existe falta de comunicação e com razão, tenho vergonha de falar. Ainda tentei abordá-lo com o assunto várias vezes e ele e nem sequer me ligou e eu não consegui insistir. Apesar de ser incompetente em algumas tarefas sabe dialogar, é o forte dele, mente com grande facilidade, dá a volta a fornecedores, clientes e chefia, nasceu para interagir com as outras pessoas, tem muitos mais conhecimentos do que eu, não gosto do seu estilo. Estou abatido, tenho medo do que ele possa fazer contra mim. A minha palavra para ele vale 0, não faz nada do que eu digo, tenho que dar conhecimento à chefia. ficando lixado comigo. Acho que até não faz por mal, não me consigo impor nas minhas curtas palavras, falo como se tivesse medo, espero sempre que a outra pessoa complemente. Sei que tem relevância junto à chefia e pode-me tramar. Ele tem uma família criada, que direito tenho eu uma pessoa incapaz de o fazer? Mais vale estar calado e deixar andar do que tentar resolver e ficar de rastos.
A minha avó por causa do covid-19 não sai de casa, espera por mim para poder conversar, mas eu não sou de muitas palavras, deve ficar frustrada. Não sei o que dizer, não tenho tema de conversa. Às vezes enerva-me a sua presença, quando quero estar sozinho, sinto-me tão mal. Depois ouve mal e eu não gosto de falar alto e também não me gosto de repetir.
Um dos meus hobbies é andar de scooter no meio da mata, mas mais uma vez sinto-me mal ao fazê-lo, mas pk? Não entendo :(  Agora deu-me a paranoia das pessoas pensarem que estou a atear incêndios.
Estes dias de calor...tenho dormido todo nu, o calor no meu quarto é imenso, não aguento lá estar. Por vezes tenho medo, porque a minha avó pode cair e perco mais tempo no auxilio. Fico no andar de baixo, no quintal até horas de dormir. Ás vezes fico a olhar para as estrelas, a pensar...
Queria planear uma ida à praia, conhecer uma nova. Tenho ido uma vez de 3 em 3 anos, quero mudar essa média. Não vou ao fim-de-semana por causa do trânsito que é mais elevado. Graças aos mapas do google dá para estudar o caminho, os cruzamentos, tenho medo de chegar a um, bloquear e não perceber as prioridades. Quem me dera que houvesse um botão para o meu inconsciente pensar por mim, consciente o meu cérebro coloca problemas que não existem. Tirar um dia no meio da semana para lá ir, mas sinto que não tenho o legitimidade para o fazer, fdx, tenho o direito de gozar férias como trabalhador, está na lei, não estou a cometer nenhum crime, tenho 22 dias e  ainda não tirei nenhum e de certeza que até o fim do ano se gastar 1/4 é muito. Sou incrível! Como é possível?! Lá pedi o dia, mas uma dor de cabeça gigante impediu essa viagem e fui trabalhar para o espanto de todos. Quero escolher um dia com as condições atmosféricas ideais, com calor para aproveitar, estando esse dia insuportável no interior.  Estou novamente com a paranoia dos fogos e se um me bloqueia o caminho? E claro do Covid, e se fico infetado nessa viagem? Queria aproveitar ao máximo esse dia, mas uma vez apanhei um pouco de ar fresco e já me ficou a doer a garganta, acompanhada por afta.
Estou a pensar recorrer a um osteopata para ver se ele me ajuda a ver estas pequenas dores, no pulso, anca, pescoço, costas, ombro, etc. Devo estar cheio de contraturas, tensões, já não faço uma massagem à tanto tempo. Esta porra do Covid veio impedir muitas coisas, o ano passado tinha decido ser mais ativa sexualmente com mulheres, estragou tudo.

sábado, 6 de junho de 2020

Fugir Conflitos; Histórias Novos Colaboradores; Data definida

Não consigo ficar mal com ninguém. Um exemplo: Um colega estava-me a chatear por causa de um assunto que não fazia parte das suas competências, disse-lhe que não era a sua função na minha própria maneira atabalhoada de falar, sinto raiva por estar sempre a interromper-me, estragando-me a concentração. Depois fiquei mal, não posso mesmo entrar em conflito com ninguém. Não consigo expressar a minha opinião sem me sentir culpado, tenho medo da reação contrária das pessoas, ficando aliviado quando lhes dou razão mesmo sabendo que não a têm. Estou a cometer demasiado erros, muito stress, bloqueio, não sei para onde me virar, só penso no final do dia, nos últimos para apanhar os jarros e coloca-los no contentor, fincado na solidão do meu mundo. Fujo de conflitos porque sei que vou ficar angustiado pensando na opinião negativa dos outros, assim não dá para viver. Não consegui tirar da ideia o quanto patético e básico eu sou. Nunca serei feliz, com esta personalidade,  será assim o resto da vida, não consigo mudar.
No outro dia vi um vídeo onde estavam a perguntar às pessoas quais os melhores momentos da vida e quais os piores. Os piores momentos tenho vários como a morte do meu avó, a descoberta da doença da minha mãe, o fim do meu namoro, a morte da minha mãe. Mas relativamente aos melhores momentos por mais que penso não consigo definir nenhum, o registo positivo é nulo.
Nos últimos temos com a entrada de mais pessoal na empresa tenho tido alguns exemplos de como estou a desaproveitar a vida:
Um colega queria presentear à mulher no seu aniversário um vídeo com os melhores momentos, desde a infância, quando se conheceram, os amigos dela que ficaram dele, os filhos, etc. Ele não sabe trabalhar com softwares de edição de vídeo, tentou mas não conseguiu, fazia-me imensas perguntas(a verdade é que tinha um mau professor), chateou-me mas chegou ao dia do aniversário sem o projeto realizado.... senti pena e ajudei-o. À pressão, em poucas horas lá tive que o fazer deixando o meu trabalho atrasado. Deixou-me de rastos ver as fotos e vídeos da vida de festa, convívios noturnos, muitos amigos, cheio de momentos os quais eu nunca gozei por falta de capacidade de comunicação, derivada a esta timidez excessiva.
Comecei a falar mais com uma colega, falou-me de vários assuntos pessoais da vida dela, do seu estilo de vida diferente, mostrou-me as fotos do casamento, uma cerimonia completamente inovadora do habitual, até reportagens fizeram. Senti-me pequeno, queria contar algo de relevante sobre mim mas não encontrei nada de interessante. Como conseguiria eu alguma vez ter algo com uma pessoa daquele nível?
Um outro colaborador recente falou-me das constantes viagens que fez, mostrou-me as fotos, de vários locais do mundo que visitou, eu só os vi pela televisão. Ouvir conversas entre dois amigos a falar da bebedeira num jantar, outro a contar-me das viagens de bicicleta que fez, do seu talento para fazer esculturas e arte fotográfica.
Quanto ao exercício físico tenho melhorado na corrida, já corri uma vez mais de 3km's. O objectivo a alcançar será os 5km's. No entanto nos últimos tempos o meu gps está com problemas e a  aplicação não regista corretamente quais os km's percorridos, o que me está a frustrar nesta minha meta.
Já tenho uma data definida para o regresso em do meu tio. Já tenho menos de 1 ano para preparar a mudança… é agora que tenho que me mexer se quiser criar algo a partir da minha mente.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Falta Ambição; Exploração Quarto Prima; Investimento Apartamento; Culinária; Exercicio Fisico

Continuo a trabalhar normalmente, o coronavírus até agora não teve reflexos na minha rotina. Tenho medo de apanhar o vírus, tento fazer o máximo possível para o evitar, mas existe sempre aquela chave, cadeado, puxador ou outro objecto que pode estar contaminado e me transmitir o vírus, lido com demasiadas pessoas… Por um lado quem me dera estar em casa em Lay-Off, sem me expor, continuaria a receber o mesmo valor, o salário mínimo e ao menos podia continuar a ver as minhas séries, filmes ou videojogos com a cabeça fresca, coisa que não acontece após um dia desgastante de trabalho e o fim de semana é muito curto para por tudo em dia. Aderi ao netflix por 1 mês gratuitamente, vou tentar ver a série muito badalada "La Casa de Papel" e alguns filmes em UHD. Cada vez que penso que trabalho à 18 anos com o meu patrão e ele não me aumenta a minha raiva vem ao de cima, devia ter vergonha de continuar no mesmo emprego…mas depois reflito e acabo por achar que não mereço mais, muito do meu trabalho não é aproveitado, mais uma vez revela falta de ambição como posso pensar em constituir familia? 
Fui explorar o antigo quarto da minha prima, que já não mora na casa desde 2008.  O quarto bem decorado, com bijuterias, bugigangas, etc, com muito bom gosto para embelezá-lo. Encontrei uma impressionante coleção de livros como Os Maias, Lusíadas, e vários outros de grandes autores como é o caso de Paulo Coelho. Encontrei também livros com utilidades para lidar com problemas do dia a dia, flores medicinais, culinária, etc., tudo o que devia ler, em vez de perder tempo com histórias fictícias de policiais. Cd's, a maioria da década de 90, Nirvana, Michael Jackson, Offspring, etc. Olhei para uma mala de viagem... com 36 anos nunca tive necessidade de usar uma, pois nunca viajei para lado nenhum. Este ano queria tentar, mas esta história do COVID e a crise económica que se adivinha já tenho a desculpa ideal para ficar em casa. Já começo a pensar que vou ficar sem alguns dos investimentos, como os 5000€ que emprestei ao FCP. Vi os álbuns dela, fotos do antigo namorado, da universidade, de saídas, diversão, vive muito mais que eu!
Fui ao meu apartamento tentar perceber a mobília que quero para a criação da divisão lazer/escritório e de arrumos, tirei as medidas e agora ando a pesquisar soluções. Quero um móvel de TV, para colocar lá uma TV grande, a box, soundbar e a futura playstation 5, um sofá chaise long para estar confortável com as pernas esticadas, uma secretária em L para ter espaço para colocar dois monitores ligados a um bom desktop e ainda espaço para o portátil. Na divisão arrumos, uma estante para colocar os meus livros, um armário fechado para colocar os meus dossiers, um armário para colocar a roupa, umas prateleiras e o resto de espaço para colocar as tralhas que talvez um dia decida o que fazer com elas. Um investimento que deve rondar uns milhares, difícil para alguém como eu. Ainda por cima tenho que pagar pela montagem, pois eu sou um zero em bricolagem. Quem é que estou a enganar? O mais provável é adaptar nesses espaços os moveis antigos que lá estão, levar o meu velhinho pentium IV, as colunas do século passado, etc. Primeiro tenho que pintar a divisão, será que tinha habilidade para executar o serviço? Que tinta escolher, quais os utensílios a usar? Sou tão complicado, vejo problemas em tudo. O antigo inquilino é que devia ser responsável, pois pintou o quarto de rosa para a filha, mas não tenho tomates para falar com ele. Neste meu "projecto" faço tudo de forma arcaica, uso o paint quando existem n ferramentas mais desenvolvidas, só mostra o quanto não evoluo. Felizmente tenho uma planta que me elaboraram uma vez para resolver um problema. Esta indecisão de não saber ao certo quando se vai proceder a mudança deixa-me.. queria encontrar um adjetivo mas não sei definir o que sinto.
Ando a tentar melhorar os meus dotes de culinária, finalmente já aprendi a fazer algumas coisas, como arroz, massa, batatas, puré, grelhar carne, cozer bacalhau etc. Definitivamente não confio em mim, farto de ler como fazer e tenho sempre dúvidas se estou a fazer de maneira correcta. Mais uma vez tenho duvidas dos utensílios a utilizar, das quantidades certas, dos temperos, do tempo de cozedura, etc. O meu paladar não distingue o insosso do salgado. Como os meus pratos com grande rapidez, lol não percebo tanta ansiedade. Depois tenho medo de lavar mal os alimentos, que depois fique doente por causa da minha burrice.
No outro dia a chutei a bola para ao quintal do vizinho. Estava perto do muro, fui buscar uma cana e uma pá para içá-la. Pensava que fosse um procedimento fácil, no entanto foi dificil e fiz um esforço diabólico no tornozelo esquerdo para tirar uma bola que custa uns 3 euros. Desde esse dia fiquei com o tornozelo a doer, uma burrice da minha parte. Agora também me doi o pulso, curiosamente também o esquerdo, deve ser de estar sempre no computador ou a jogar com o comando da Xbox. Tenho medo de alongar a dor, por não descansar. Problemas do meu lado esquerdo: Tornozelo, joelho, anca, pulso e ombro. Se me fizessem um teste acho que a minha idade biológica seria de um velho de 80 anos. Quero mudar isso praticando mais exercício físico. Farto de andar a correr à volta no meu pequeno quintal decidi aproveitar esta fase da pandemia onde pouca gente circula para correr na rua, coisa que não faria se os cafés tivessem abertos(sou ao contrário do outros). Rapidamente fiquei cansado tive que parar passado 5 minutos, não aguentava mais. Consegui correr uma distância fantástica de 1,7kms, até a app colocou uma imagem de uma tartaruga, lol, 1 semana depois ainda estou com dores desse "fantástico" feito. Por exemplo tento fazer um exercício que é estar ao pé coxinho com a perna esquerda, mas não aguento, tenho que parar. Sinto uma fraqueza extrema nos músculos e tendões, pergunto-me se padeço de mesmo alguma doença física ou estar deprimido é o suficiente para perder a força. Exercício físico faz me dores, por isso não tenho motivo para continuar :(. Um dos artigos que quero comprar quando foi para o apartamento é uma bicicleta, gostava de andar quando era pequeno e sempre me permite perder umas calorias, se bem que tenho a felicidade de geneticamente não ganhar peso.. Gosto de dança, estou a visualizar alguns tiktokers que fazem tutorials, mas é tão difícil para mim imitar os seus movimentos, decorar os passos,  olho-me ao espelho e vejo um verdadeiro pé-de-chumbo.

sábado, 21 de março de 2020

Impacto do Novo Corona Virus na Minha Vida

A humanidade está a enfrentar uma pandemia nunca antes vista (pelo menos para todas as pessoas vivas). O presidente decretou estado de emergência e o governo tomou medidas para abrandar a propagação do vírus, fecharam muita coisa. O pior ainda está para vir...
Até agora diretamente ainda não teve impacto na minha rotina diária. A empresa continua a trabalhar normalmente, viajo de casa-trabalho-casa-trabalho-casa. Só saio para ir à farmácia ou ao supermercado. Como não tenho vida social, também não me faz diferença. Assim que soube que o vírus tinha chegado a Portugal, decidi não tomar café fora de casa e ir a outros sítios, por exemplo falhei a reunião do condomínio(nem sei se realizou, se tivesse contactos com ele podia perguntar mas não conheço ninguém :( ). O meu posto de trabalho está à distância de mais de 2 metros dos restantes, mas outros continuam a usá-lo. Desinfeto com lixivia, lavo as mãos com sabão ou álcool gel, mas estou sempre em risco. Como sei que o pessoal que contato não esteja contaminado, vão lá fornecedores, clientes, colegas de trabalho. É inevitável ter que trocar papeis, dinheiro, etc.  Imagino trabalhar a partir de casa, teria que levar todas as tralhas e o pc do trabalho, não daria jeito, não gostava que o meu espaço de lazer fosse invadido por tarefas laborais. Trazer o cão para casa, medo de o transportar e ser apanhado pela policia, que fuja do meu quintal, de me habituar tê-lo e não conseguir levá-lo de volta. No dia do pai tive que almoçar com ele num restaurante, não queria, mas não consegui dizer que não.
Combater este vírus que ninguém vê, que pode estar em qualquer lugar, tenho medo do meu pai e principalmente da minha avó, que estão num grupo considerado de risco.
Já li muita contra-informação, as máscaras e luvas fazem bem ou não?  Não consigo evitar de colocar a mão no rosto. Algumas perguntas me passam pela mente. Como vou cortar o cabelo, ir ao dentista o ir à inspeção com o carro?
Esta doença vai levar a uma crise na economia e uma crise social onde os inúteis e os fracos vão ter dificuldades a impor-se como é o meu caso.
Ultimamente entraram vários funcionários na empresa. Uma delas é uma fala barato, está vários minutos a debitar palavras e eu sem dizer nenhuma, fico sem jeito e a pensar como seria a minha vida se tivesse habilidade para articular do mesmo modo.
3 dias que me doi a cabeça. Ainda estava a dormir, quando um colega me ligou, acordei sobressaltado, coração apertado fez despoletar essa dor. Não sei explicar parece que sinto que o coração está a bombear demasiado rápido o sangue para a minha cabeça. Agora com os médico todos virados a combater o covid-19 não sei como obter ajuda se precisar, espero que passe, esta sensação é horrível não consigo trabalhar em condições, nem me divertir nos meus momentos de lazer.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Dia dos Namorados; Condominio; Sábado; Prazeres Tirados

Hoje é dia de namorados, sinto-me triste por nunca ter comemorado este dia. A tristeza adensa-se, reflito o quanto esta timidez me prejudica e tira os prazeres da vida. Imagino os outros a saírem para um restaurante chique, ou fazer em casa um jantar romântico, a trocarem presentes como flores ou chocolates, afetos... Qual o motivo da minha existência? Sofrer, sofrer, sofrer por causa desta personalidade maldita, este cérebro idiota que fica baralhado tão facilmente, que não retêm informação, que não sabe articular uma simples frase, medo de tudo e de todos. Como conseguir conquistar alguém? Impossível! Como eu gostava de entrar na mente de outras pessoas e ver o mundo claro, sem estas limitações que imponho a mim mesmo.
Reunião de condomínio, pessoas praticamente desconhecidas, não sei se sabem da minha timidez, mas no final já devem ter desconfiado. Não sei como participar, o que opinar, falaram da substituição de telhas ao qual estava contra, mas não o consegui dizer. Sempre a criar boas impressões, lol. É só mais uma despesa, para quem não vive lá é tramado ter mais este custo. O apartamento onde decorreu a reunião estava muito bem decorado, acolhedor, imaginei a divisão de lazer que quero criar no meu, o tipo de sofá, a mesa de centro, um móvel de tv, prateleiras, acho que não vai sair de ideias, pesquisei, pesquisei e tudo me parece mal naquele diminuto espaço, vou acabar por deixar estar como está. Gostava de ser eu mesmo lá ir pintar, mas tenho medo de não ter competência necessária para executar o serviço. Devia lá ir mais vezes, mas nem lá passo, pois sei que no futuro provavelmente um dia vou lá estar todos os dias...ridículo.
Hoje até andava de bom humor, a pensar que até estava bem onde estou, bastante espaço ao ar livre, ao invés daqueles escritórios no centro da cidade que não deixam respirar. Ouvi qualquer coisa indiretamente sobre ter que ir trabalhar ao sábado, o que se veio a confirmar. Fiquei fulo, apetecia-me deitar tudo que tenho guardado cá para fora. Avisam em cima da hora sem tentarem saber se tinha algum compromisso, não me pagam nada ao contrário dos outros, nem a gasolina da deslocação. Imaginei a conversa com eles, a acusar que todos estavam a ser aumentados e eu continuava sempre na mesma, com o salário mínimo e merecia tanto como os outros ou se calhar não. Tive que me acalmar e perceber que este emprego é tudo que tenho e sair só iria piorar a minha vida.
No trabalho peguei numa carrinha que foi adquirida à pouco tempo, fiquei apaixonado pela condução, diferença brutal para o meu carro que já é bastante antigo. Fez me pensar qual o motivo de não comprar um carro novo? Estou à espera de ter 70 anos? Tenho medo de um dia o dinheiro fazer-me falta.  Mais um prazer que não pratico, nunca gozo nada da vida, um dia sei que me vou arrepender.
Não tenho sentido necessidade de me masturbar, deve ser por causa da medicação que ando a tomar, o anti-depressivo que nada faz. Este ano quase um mês sem o fazer, mais um prazer que "me foi" tirado!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

2020 Repetitivo; Funcionário Incoveninente

2020, a revelar-se o mesmo de sempre. Eu angustiado, com medo de tudo… oiço, oiço, oiço e não consigo falar, nem criar laços com ninguém, cada vez me sinto mais isolado no meu mundo de solidão. Sou um anormal, com vergonha de ter esta personalidade que faz com que o sentimento de depressão esteja sempre presente. Não consigo viver, não me apetece fazer nada, nem sequer escrever aqui, os meus relatos são tão repetitivos e sou tão nabo a escrever que me envergonha. Para este ano defini objetivos que quero concretizar como aumentar os meus conhecimentos culinários, dar tratamento a artigos herdados da minha mãe, procurar soluções de renovação do apartamento. Preocupa-me o facto de não ter qualquer tipo de aquecimento, aqui ao menos tenho o fogão de lenha. Tento procurar soluções, mas nunca sei o que escolher e deixo andar até um dia alguém diga o que fazer. Proíbo-me a mim mesmo, por quê? Que merda de sentimentos são este?
Em breve vou ter uma reunião de condomínio, estou tão assutado. 
A minha vida resume-se a casa-trabalho-casa-trabalho. Aos sábados vou às compras e de vez em quando almoço com a minha avó, domingo passo o dia em casa, não tenho vida social nenhuma. Um tipo andava a estacionar o carro em frente da minha garagem, fiquei fulo porque achei que ele sabia que não saía de casa.
Na empresa os investimentos aumentaram, máquinas, viaturas e funcionários novos. Durante uma semana laborou uma nova funcionária junto a mim. Senti empatia, parecia-me uma mulher porreira, podia ajudar-me nas tarefas, no entanto teve uma proposta do anterior emprego e foi-se embora. Ela  ficou admirada de eu ganhar o salário mínimo estando à 18 anos a trabalhar com o meu patrão, tantas tarefas que executo. Incentivou-me a falar com ele, apetece-me arriscar, mas depois tenho medo que ele me jogue na cara que sou um incompetente e se quero aumento devia evoluir nas minhas competências e só não me despediu por pena. Prefiro ficar no meu canto, a explodir por dentro. Quando está furioso, tenho medo de falar com ele e de sobrar para mim. Ele quer que dê ideias de melhoria, mas não me sai nada, então quando estou com ele fico mesmo bloqueado, burro que nem uma porta. Este ano vai ser essencial se as coisas derem para o torto, acho que a empresa fecha. O meu patrão sempre teve a tendência de arriscar, uma vez já correu mal...
O pessoal não liga muito à minha personalidade, pelo menos pela frente. Excepto um, que de vez em quando se mete comigo, chateando-me, sinto-me incomodado apesar de tentar não lhe ligar às bocas que ele manda. Já a algum tempo que não me sentia tão pressionado, cada vez que goza comigo fico de rastos o resto do dia, rezo para ele não ir ao escritório. Apetece-me gritar com ele, dizer-lhe para me deixar em paz, no fundo acho que só quer me ajudar a tentar integrar-me um pouco mais. Para os outros trabalhadores o que eu faço não é trabalho, farto que menosprezem! Chego sempre ao final do dia com a cabeça em água, com a vista cansada. Eles devem pensar que estou no computador no Facebook a ver gajas, que falta de noção.Mas porque isso me afecta tanto?
Este inverno tem sido um fartote em dores de garganta e as idas ao dentista não param. Fiz o apanhado do ano passado, gastei cerca de 1000€ o que corresponde a mais de 10% do meu rendimento! Este ano vou pelo mesmo caminho. Às vezes penso que é a dentista que percebe que sou uma pessoa que pode explorar e que não reclamo com nada.