segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Omegle / Ida ao Futebol / Placard / Mapas / Vindimas...

Omegle é um site onde as pessoas interagem com desconhecidos, através de texto ou vídeo. Uma forma fácil de comunicar com pessoas de todo o mundo, basta clicar num botão, nem é preciso registo. Já tinha acedido ao site, mas nunca consegui ligar a câmara. Lembrei-me de uma maneira cobarde... coloquei a minha máscara que uso para me esconder no Carnaval. Mesmo com ela colocada foi-me difícil ligá-la, procurei um sitio onde não houvesse fotos na parede e depois de muitas indecisões permiti o acesso à minha câmara. A maioria dos utilizadores são do sexo masculino à procura de mulheres para se satisfazerem desta forma, muitos a masturbarem-se. É claro que mal me viam desligavam ou eu desligava até que me surgiu uma rapariga jeitosa só de roupa interior que queria festa. Bloqueei totalmente, fiquei a olhar para ela e não consegui fazer nada até que se cansou e desligou. Foram 26 segundos especado, tinha o software de gravação ligado(queria ver a reacção do pessoal), ficou tudo registado em vídeo. No final masturbei-me a ver aquele momento. O que deveria ter feito na altura? Podia ter feito uma sessão de masturbação conjunta, como qualquer homem faria naquele momento. Podia ter baixado os calções e os boxers, teria coragem de mostrar o meu pequeno pénis? Ao menos podia ter escrito alguma coisa, para aguardar que me preparasse. Fiquei na dúvida se falava português, acho que o site emparelha por idioma, deve ter sido alguma brasileira. Sempre tive traumas por causa do tamanho do meu orgão sexual, uma das razões que deixei de jogar futebol, com medo que me gozassem nos balneários. Ás vezes penso que se o tivesse maior fosse menos tímido. Se tivesse sido operado quando fosse criança, talvez não tivesse este problema. Parece que o meu próprio pénis tem vergonha, não sei se teria erecção naquele momento por causa do meu medo.

Gosto bastante de futebol, vejo muitos jogos na televisão, raramente vou ao estádio. Resolvi pela primeira vez assistir um jogo ao vivo da 1ª divisão portuguesa. Vi o caminho no maps google, preparei o GPS no meu smartphone e lá parti nesta minha aventura. Arranquei muito cedo, cheguei mais rápido ao destino do que tinha previsto, nem precisei ligar o GPS, pelas placas cheguei ao destino. Faltavam mais de duas horas para o inicio do jogo, nenhum sinal de movimento, até que chegou a claque da equipa visitante e viram-me sozinho e meteram-se comigo, pareceram simpáticos. Fui dar uma volta pela cidade e já a doer-me a cabeça porque o sol estava quente parei num café e estive lá até perto da hora do jogo. Dei 20€ pelo bilhete. No final fui até um café e aguardei uns minutos para evitar a confusão da saída. Foi um dia diferente, serei capaz de repetir? Não tão cedo. Durante o jogo acedi à net através do meu smartphone, fiquei lixado comigo mesmo, devia aproveitar aquele momento 100% e deixar isso para outra altura.

A Santa Casa criou um novo jogo de apostas chamado Placard. Agora é proibido apostar online em Portugal, apesar de terem odds ridículas o vicio foi mais forte e apostei algum dinheiro. Falhei praticamente todas e o prejuízo foi brutal, já dava para pagar uma das mais caras massagens. Estou a pensar experimentar novamente, depois da desilusão da última (já faz 1 ano). Deixou-me com azia, porque nem arrisquei muito, mas os favoritos não quiseram vencer. Antigamente tinha mais de 50% de acerto, nas ultimas vezes online e no Placard nem aos 20% chego. Tenho uma mapa com os ganhos e percas das apostas, ainda tenho lucro, mas cada vez menor.

Tenho mapas em excel para controlar tudo. Lanço os custos/ganhos, consumo de veiculos, orçamento, bancos, divida empresa, comunicações, EDP, etc, tudo ao pormenor. Sou muito organizado, uma trabalheira actualizar tudo, mas se não o fizer sinto-me mal. Será que vale a pena o trabalho que tenho?

Altura das vindimas, espero bem que o meu pai faça a dele durante a semana, enquanto estou a trabalhar. Não gostei nada das vezes que fui. É muito cansativo para os meus músculos, para as minhas costas, o sol faz-me doer a cabeça e depois o convívio é o pior. Estar junto com tantas pessoas, ter que falar, conversar, enfim não é para mim.

No outro dia andei a distribuir folhetos para fazer publicidade à empresa, aproveitando uma festa que decorreu. Uma tarefa que como é obvio detestei fazer(e não é pelo trabalho, mas sim pelas pessoas olharem). Meti o capacete para passar mais despercebido. No final confesso que pensei que fosse pior, foquei-me de tal maneira a completar a missão que rapidamente o fiz. No final fiquei todo transpirado por causa do capacete, espero que não me voltem a pedir para fazer o mesmo.


A minha vizinha cumprimentou-me e seguiu sem olhar para trás, atrapalhado tirei rapidamente as compras do carro. Passei por um ex colega meu, pela cara que fez reconheceu-me. Em breve vai haver uma festa e eu com medo de me chamarem, é aí que às vezes me chateiam para sair.

Comecei a ver a famosa série "Games of Thrones", no IMD tem pontuação de 9,5 por isso deve ser excelente. É o meu entretenimento, depois de jantar. Agora estou com uma paranóia de não conseguir perceber a série.  Os personagens são muitos e estou com dificuldade em decorar os nomes ficando assim a história confusa e muita coisa me passa ao lado.

Na empresa colocam-se novos desafios aos quais não os consigo enfrentar. Sinto-me incapaz, o meu patrão alerta-me para o facto de ter que ser mais dinâmico.

Estacionei o carro à frente da minha garagem. Entretanto estaciona um carro do outro lado da estrada, deixando um espaço mínimo para os carros que circulavam na estrada passarem. Eu vi pela janela, mas fui incapaz de lhe chamar a atenção. Mas que raio de imbecil? A tipa não viu? Meia dúzia de metros mais à frente podia estacionar. Podia ter danificado os carros. Eles passaram à rasca, até que chegou uma carrinha e viu-se aflita e com razão, até apitou. Fiquei tão furioso com aquela situação que gritei e chamei-a quantos nomes havia! É claro que só estava a minha mãe por perto. Apetecia-me ir tocar à campainha de casa e alertá-la da porcaria que fez. Fiquei com a garganta a doer, talvez por não estar habituado a gritar.

Começou a escola, agora vai ser raro ver os meus pequenos primos que me fazem esquecer um bocado quem sou. Já tenho saudades e só agora começou.

Continuo na maior parte do tempo triste, não sei porque razão ou até sei, o tempo avançar e eu na mesma. + uma aniversário passado :(

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Afilhada

Recebi a visita da minha afilhada que já não via desde a Páscoa. Está cada vez  mais uma mulher, já em plena fase da adolescência, este ano vai para o 10º ano. Aquela menina com quem brincava desapareceu, já me senti envergonhado à frente dela, nem a consegui abraçá-la, fiquei embaraçado, incapaz de lhe pedir para tirar uma selfie comigo. A minha mãe era a ama dela, ficou connosco até aos 9 anos, era como uma irmã para mim. Os pais deixavam-na lá até tarde e eu brincava como uma criança e divertia-me bastante com ela. Ela não foi baptizada de bebé e já criança tomou a decisão de eu ser o padrinho dela, o que me deixou bastante orgulhoso (poucos têm a sorte de serem escolhidos pelos próprios afilhados). Na altura por causa da minha timidez fiquei em pânico de ser padrinho, de ter que ir à preparação, ir à igreja, enfrentar uma multidão de gente, medo que alguém me reconhecesse, enfim cenas sem sentido nenhum que só eu sofro por causa da minha personalidade. Pensei logo na altura... ela escolheu-me porque brinca comigo, um dia crescerá e verá a merda de Padrinho que sou. A esta hora já deve estar arrependida. A família dela ao contrário da minha é rica, o pai é advogado, a mãe é dona de um estabelecimento comercial, tem vários irmãos. Sempre lhe dei bons presentes, "acima" das minhas possibilidades e muito influenciado pela minha mãe. No Natal, pelos anos, pela Páscoa, quando a íamos visitar no verão eram dadas prendas caras (gastei mais com ela do que comigo). A minha mãe diz que parece mal dar lhe prendas fracas. É claro que a minha mãe também dava e comprava com o meu dinheiro o que me ficava no dobro. Estou com uma sensação de Deja Vu, já devo ter contado isto neste blog.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Concerto

Fui buscar o meu portatil que já estava reparado. Aproveitando a ida à cidade fui ver um concerto, coisa que não fazia à largos anos. Lá liguei à minha mãe a dizer que não ia jantar e que ia chegar tarde. Ela ficou logo preocupada e implorou-me para ir cedo para casa. A reacção dela transpareceu que ia para uma situação de elevado risco de acidente/morte. Arranjei estacionamento num sitio onde normalmente não existem lugares vagos, até fiquei admirado. Passado uns minutos, fiquei logo com paranóia, a pensar que me iam rebocar o carro por não ter pago o parquímetro (apesar de saber que à noite não se paga). Depois fiquei na dúvida se tinha travado e fechado o carro...inacreditável a minha mente. Procurei um sitio para comer e decidi ir a um restaurante movimentado, péssima decisão... não havia mesas disponíveis e o relações públicas arranjou-me um lugar ao pé de uma família. O comer demorou quase 1 hora a chegar, estava a ver que perdia o concerto, pareceu-me que estive lá 10 horas! Eu de casaco e com frio, olhava em redor e via o pessoal de manga curta. Estarei doente? Muita "gaja boa" vi, juventude com cerca de 20 anos, deprimi-me pensar que já começo a chegar à meia idade e nunca tive qualquer espécie de contacto. Uma multidão... senti-me mais sozinho que nunca, vi vários casais, amigas/amigos... terei sido o único que fui sozinho ao concerto? Mais uma vez não consegui aproveitar, viver, senti-me um corpo estranho, um alien vindo de outro planeta, a minha casa chamava por mim. O que as outras pessoas pensavam ao ver-me sozinho? Vi uma mulher mesmo linda, quem será o sortudo que roubará o seu coração? A medo lá filmei um bocado para ter uma recordação. Fiquei em estado de inércia, não sei explicar, definir o que tenho naqueles momentos, fiquei incapaz, se viesse alguém ter comigo não conseguiria reagir, comunicações totalmente fechadas. A meio do concerto fui-me embora, já não aguentava mais estar de pé, o joelho direito e as costas começaram-me a doer. Fui a medo para o carro, com receio que fosse assaltado ou que o tivessem roubado ou que não pegasse e não conseguisse sair de lá, paranóias que só eu tenho. Cheguei a casa e estava a minha mãe com luz acesa, preocupada a fazer-me sentir mal.


As férias passei praticamente em casa, nos primeiros dias só saí para ir às compras. Vi alguns filmes, através de um site que tem streams hd com legendas embutidas sem necessidade de fazer download. Com o aumento do calor, lá fui dar uma volta de mota, ir para caminhos secundários onde nunca tinha ido. Tirar fotos desses lugares para recordar (mais uma paranoia estúpida).  Não era para visitar o meu pai, mas lá o fiz quase inconsciente, um desses caminhos que não conhecia dava para uma estrada que fica perto da casa dele. Num programa que fiz o homem até ficou espantado de estar sozinho quando normalmente só lá vão famílias. Ainda disse a uma prima ser queria ir à praia com os miúdos, mas ela não quis e eu também não insisti, praticamente não tive coragem para falar. Fiz pela primeira vez na vida uma aula de hidromassagem, fiquei apaixonado pela instrutora, vou ter saudades desse momento único. Fui ao facebook e tinha lá uma foto dela e dos alunos (eu incluído), memorizei para um dia recordar aquele momento.
Comprei preservativos com data de validade até 2020, não sei pk o fiz, provavelmente nunca os vou usar, tal como aconteceu com os anteriores, cuja validade era 2013. Ida às meninas? Serei capaz?